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Gasto energético em escolares. Introduzindo estratégias

para o trabalho deste conteúdo em aulas de Educação Física

El gasto energético em escolares. Introduciendo estrategias para el trabajo de este contenido en las clases de Educación Física

 

*Graduada em Educação Física. Universidade do Oeste

de Santa Catarina – UNOESC. São Miguel do Oeste – Santa Catarina

**Laboratório de Fisiologia do Exercício - LAFE. Mestre em Educação Física

Professora do curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC

São Miguel do Oeste – Santa Catarina

Sinara Bieger*

sinarabieger@hotmail.com

Sandra Fachineto**

sandra.fachineto@unoesc.edu.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do estudo foi implementar uma proposta de aulas de Educação Física embasada no gasto energético em alunos de uma turma do 3º ano do Ensino Médio. A amostra foi composta por 13 escolares (10 meninas e 3 meninos) de 16 a 17 anos. Os instrumentos para coleta de dados consistiram no Diário de Bouchard et al. (1983) para analisar o gasto energético e para o acompanhamento e registro da proposta de intervenção foi utilizado o Diário de Campo. As aulas tiveram como proposta norteadora a saúde renovada sendo usadas como estratégias de ensino aulas expositivas e dialogadas, aparelho de bioimpedância, pedômetros e cálculos energéticos em diferentes tipos de atividades físicas. Os dados quantitativos foram analisados através do programa computacional Excel usando a estatística descritiva (média) e os dados qualitativos avaliados por meio da técnica de análise do conteúdo. Os resultados mostraram que o gasto energético total, diagnosticado antes da proposta de intervenção, foi inferior ao previsto para o dia em ambos os sexos. Sendo assim, esses resultados serviram de parâmetro para o planejamento da proposta, mostrando aos alunos que o gasto na Atividade Física habitual pode ser aumentado com a prática da mesma. Conclui-se que é possível implementar aulas de Educação Física focadas no estudo do gasto energético e consequentemente, educar os alunos para um estilo de vida mais ativo.

          Unitermos: Gasto energético. Escolares. Estilo de vida ativo.

 

Abstract

          The aim of the study was to implement a proposed physical education classes grounded in energy expenditure in a group of students of the 3rd year of high school. The sample consisted of 13 students (10 girls and 3 boys) 16-17 years. The instruments for data collection consisted of Diary of Bouchard et al. (1983) to examine the energy cost and the monitoring and recording of the proposed intervention was used Field Journal. The classes were proposed as guiding the renewed health being used as teaching strategies lectures and dialogued, bioimpedance equipment, pedometers and energy calculations in different types of physical activities. Quantitative data were analyzed using the computer program Excel using descriptive statistics (mean) and qualitative data analyzed by the technique of content analysis. The results showed that the total energy expenditure, diagnosed before the proposed intervention, was lower than expected for the day in both sexes. Thus, these results serve as a framework for planning the proposal, showing students that spent in habitual physical activity can be increased with practice it. We conclude that it is possible to implement physical education classes focused on the study of energy expenditure and consequently educate students to a lifestyle more active.

          Keywords: Energy expenditure. School. Active lifestyle.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 192 - Mayo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Atualmente o estilo de vida das crianças e adolescentes é marcado pelo sedentarismo e pela alimentação excessivamente calórica, esses comportamentos diários são decorrentes dos confortos da vida moderna, sendo que eles passam a maior parte do seu tempo despendido em frente à televisão, video-games e computador, afetando o nível de atividade física habitual. (NAHAS, 2010).

    Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012), o sobrepeso vem aumentando ano a ano e hoje atinge mais de 30% das crianças entre cinco e nove anos de idade, e cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos. Para Mascarenhas et al. (2005, p. 215), o sedentarismo é definido como a falta e/ou ausência de atividades físicas ou desportivas. Essa inatividade física para as crianças e adolescentes pode trazer o constante aumento da incidência de doenças, como cardiopatias, hipertensão, diabetes, osteoporose e obesidade, potencializando os riscos para a saúde ao longo da vida.

    Baixa prática de atividade física está associada a um menor gasto energético diário. Em um estudo feito por Bracco et al. (2002), teve como objetivo comparar o gasto energético decorrente da atividade física entre crianças de ambos os sexos, obesas e não obesas, em uma população escolar de baixa renda da cidade de São Paulo. Os resultados mostraram que as crianças obesas apresentam maior gasto energético que as não obesas, porém menor tempo total de atividade física, sendo que este gasto energético se deve em função do peso corporal.

    Nesta perspectiva, o trabalho do gasto energético se torna imprescindível no âmbito escolar. No entanto, a maior parte dos estudos realizados sobre o gasto energético de crianças e adolescentes somente diagnostica como os mesmos estão, sem intervir efetivamente.

    Levando em consideração o aumento da prevalência de obesidade em crianças e adolescentes, é de grande importância trabalhar o gasto energético nas aulas de Educação Física, pois os alunos sabendo calcular o seu gasto energético terão um controle maior sobre o seu peso. Da mesma forma, considerando-se que os hábitos incorporados na infância e na adolescência podem influenciar os comportamentos saudáveis na idade adulta, deve-se incentivá-los para a prática regular de atividade física podendo tornar-se um hábito saudável no controle e tratamento da obesidade nesta fase da vida. (BRACCO et al., 2002)

    Dessa forma, objetivou-se implementar uma proposta de aulas de Educação Física embasada no gasto energético em alunos de uma turma do 3º ano do Ensino Médio.

Materiais e métodos

Amostra e instrumentos de coleta de dados

    A amostra foi constituída por 13 escolares (10 meninas e 3 meninos) de 16 a 17 anos, todos regularmente matriculados na 3ª série do ensino médio de uma escola da rede estadual pública de ensino, pertencente ao município de São Miguel do Oeste/SC. Os alunos foram selecionados de forma intencional e com participação voluntária. Como critério de inclusão foi adotado a entrega do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis, e o Termo de Assentimento, assinado pelos adolescentes.

    Para analisar o gasto energético semanal dos alunos utilizou-se o Diário de Bouchard et al. (1983) que estima o gasto energético diário registrando todas as atividades de 15 em 15 minutos durante um período de 24 horas, levando em conta períodos de inatividade, atividades leves, moderadas e intensas que representa os valores conhecidos como nível de atividade física habitual, sendo possível estimar o gasto energético diário total por peso corporal (kcal/kg/dia) bem como o nível de atividade física habitual pela média dos dois dias do recordativo.

    Para avaliar o questionário foi usado o software para avaliação física e prescrições de exercícios para crianças e adolescentes Sapaf Jovem.

    O Diário de Campo foi usado para o acompanhamento e registro da proposta de intervenção.

Proposta de intervenção nas aulas de Educação Física

    O planejamento da proposta teve por base a abordagem da saúde renovada, proposta por Nahas e Corbin (1992), que afirmam que as aulas de Educação Física devem trabalhar com conceitos básicos da relação entre atividade física, aptidão física e saúde, promoção da saúde, ou a indicação para um estilo de vida ativa. Para tanto, foram realizadas 13 aulas sendo que cada hora/aula correspondeu a 45 minutos, tendo uma frequência de três vezes por semana (uma aula na segunda-feira e duas na sexta-feira) pelo turno matutino, totalizando 5 semanas de intervenção, conforme mostra o quadro 1.

Quadro 1. Ações pedagógicas relacionadas à proposta

Fonte: as autoras

    Salienta-se que para a determinação do MET (equivalente metabólico das atividades) foi utilizado o Compêndio de Atividades Físicas de Ainsworth et al. (2000) traduzido no Brasil por Farinatti (2003).

    Para o cálculo do gasto energético das atividades utilizou-se a fórmula abaixo, preconizada pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva (2007):

    Exemplo de cálculo para uma atividade física realizada em 30 minutos para um aluno com 57 Kg:

  • Voleibol = 4 METs

  • Kcal/min = 4 x 3,5 x 57 / 200

  • Kcal/min = 3,99

  • Kcal = 3,99 x 30 min

  • Kcal = 119, 7

Técnica de análise dos dados

    Os dados quantitativos foram analisados através do programa computacional Excel. Foi usada a estatística descritiva (média) para análise do questionário.

    Os dados qualitativos foram avaliados por meio da técnica de análise do conteúdo. Que é considerada uma técnica para o tratamento de dados que visa identificar o que está sendo dito a respeito de determinado tema. (TRIVINOS,1987).

Resultados e discussão

Diagnosticando o gasto energético dos alunos

    No gráfico 1 são apresentados os valores médios da atividade física habitual para meninos e meninas (expresso em Kcal). Como pode se notar, o gasto energético total foi inferior ao previsto para o dia em ambos os sexos. Este fato comprova que tanto os meninos quanto as meninas apresentam um baixo nível de prática de atividades físicas durante a semana repercutindo também em um gasto energético inferior.

    Ainda, o gasto energético basal foi superior nos meninos em relação às meninas.

Gráfico 1. Atividade Física Habitual expressa em gasto energético diário (Kcal) para meninos e meninas

Fonte: as autoras

    A taxa metabólica basal ou de repouso representa a quantidade de energia necessária para o corpo manter suas funções vitais e os processos fisiológicos normais durante o repouso e corresponde pela maior quantidade de energia consumida pelo nosso corpo, totalizando 60% a 75%. (DIAS et al., 2009).

    Segundo Malina e Bouchard (2002, p. 341), o gasto energético basal aumenta em função da massa corporal, e está intensamente ligada à massa magra. Sabe-se que, meninos têm uma massa corporal magra maior do que as meninas. Isso explica o gasto energético basal maior nos meninos.

    Portanto, o gasto energético basal ou de repouso poderia ser aumentado com a prática de atividade física regular, uma vez que o gasto energético com atividade física representa a energia gasta levando-se em conta a massa corporal do indivíduo, a intensidade e a duração do esforço físico realizado. (DIAS et al., 2009). Sobre o gasto energético diário, Ulbrich et al. (2007) propôs um estudo para comparar indicadores do gasto energético entre adolescentes eutróficos e com sobrepeso. Os autores avaliaram 111 crianças, sendo aferidos o gasto energético absoluto e relativo, o gasto energético com atividade física, o nível de atividade física e a taxa metabólica basal. Os resultados demonstraram que os indivíduos mais pesados apresentam maior dispêndio energético quando comparados aos que possuem uma boa nutrição de ambos os sexos, isso é devido a uma maior necessidade de energia para mover a elevada quantidade de tecido adiposo excedente na realização das atividades diárias.

    Assim, o diagnóstico referente ao gasto energético basal e total foi utilizado para direcionar as aulas.

Implementando aulas de Educação Física focadas no cálculo do gasto energético de diferentes atividades físicas

    As atividades iniciaram com aulas expositivas-dialogadas, sendo colocado um cartaz expositivo na sala de aula, apresentando aos alunos informações para que eles pudessem conhecer o gasto energético, o qual é definido como a quantidade de energia gerada pelo corpo durante repouso e atividade física. (MASCARENHAS et al. 2005). Também foram expostas as variáveis que compreendem o gasto energético: o gasto energético basal ou de repouso, o efeito térmico dos alimentos e o gasto energético com atividade física. (MASCARENHAS et al. 2005,).

    Ainda, foram apresentados aos alunos os parâmetros fisiológicos para que os mesmos pudessem compreender o cálculo do gasto energético. Sendo eles: VO2max, MET e Kcal.

    O VO2max (Consumo Máximo de Oxigênio), é a taxa máxima que o organismo de um indivíduo tem de captar e utilizar o oxigênio do ar que está inspirando para gerar trabalho. (POWERS; HOWLEY, 2005).

    Para os educandos entenderem o VO2max, foi solicitado auxílio de três alunos para fazer uma demonstração, um deles ficou sentado sem qualquer atividade, outro aluno fez uma caminhada moderada pela escola, e o último realizou uma corrida intensa pelo ginásio, ao final do tempo determinado os três se reuniram na sala de aula. Foi solicitado a todos os outros alunos para que observassem e comentassem a respiração dos colegas que auxiliaram na demonstração. A partir de então foi explicado que o O2 consumido tem relação com a atividade física, pois grande parte do metabolismo energético do corpo depende de oxigênio para funcionar.

    O MET (Equivalente Metabólico do oxigênio), refere-se ao valor de oxigênio (VO2max) de uma pessoa em repouso. Equivale a aproximadamente 3,5 ml/Kg/min. Em função disso, determina a intensidade das atividades físicas. Atividades físicas leves (< 3 METs); moderada (de 3 a 6 METs); vigorosa (> 6 METs). (FARINATTI, 2003). Atividades leves correspondem, por exemplo, a escovar os dentes, arrumar a cama. Atividades moderadas a dançar, caminhar e vigorosas a praticar algum esporte. (FARINATTI, 2003)

    Visando facilitar o processo de cálculo da necessidade energética (Kcal) da atividade física, Farinatti (2003) traduziu e validou o Compêndio de Atividade Física proposto por Ainsworth et al. (1993) para o Brasil. Neste sentido, o compêndio representa um esquema de codificação é apresentado para classificar a atividade física de acordo com a taxa de gasto energético, isto é, de acordo com sua intensidade. (FARINATTI, 2003).

    Dessa forma, para a determinação do MET cada aluno recebeu um Compêndio de Atividades Físicas de Ainsworth et al. (2000) traduzido no Brasil por Farinatti (2003). O qual deveriam trazer todas as aulas para ser utilizado durante as atividades.

    Para os educandos entenderem o MET e o compêndio de atividades físicas, foi utilizado o exemplo da atividade com os três alunos que fizeram a demonstração, dessa forma foi exposto que o MET, sendo o múltiplo da taxa metabólica de repouso (3,5 ml/Kg/min), vai determinar a intensidade das atividades. Portanto para o aluno que realizou a caminhada moderada, o MET listado no compêndio seria equivalente a 3,8, multiplicado por 3,5 ml/Kg/min que equivale a 1 MET, teríamos 13,3 ml/Kg/min de oxigênio por minuto inspirados para gerar trabalho.

    A unidade Kcal, representa a quantidade de energia gasta em uma determinada atividade. (POWERS; HOWLEY, 2005). Assim, para o presente trabalho, foi adotado o cálculo do gasto energético (Kcal) proposto pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva (2007), conforme mostrado abaixo, uma vez que o mesmo é de fácil aplicabilidade. Sendo possível estimar o dispêndio energético em Kcal, específico para o peso corporal de cada pessoa. Assim em um primeiro momento calcula-se o gasto energético em um minuto o valor obtido pela fórmula é multiplicado pelo tempo de atividade física. (POWERS; HOWLEY, 2005). Nesse sentido, sua fórmula é apresentada da seguinte forma:

    Como forma de exercitar todo o aprendizado foram realizadas questões de estudo. Estas questões estavam relacionadas a perguntas sobre o conteúdo e também cálculos de situações problemas para a resolução dos alunos. Após foram corrigidas e sanadas todas as dúvidas.

    Outra estratégia utilizada foi medir a taxa metabólica basal ou de repouso através do aparelho de bioimpedância. Além da taxa metabólica basal, o aparelho de bioimpedância também apresenta os resultados da composição corporal do indivíduo, como o percentual de gordura e o peso da gordura corporal e da massa magra, e ainda traz recomendações, apresentando os valores atuais e o alvo ideal. Dessa forma os alunos puderam se avaliar de acordo com os resultados, percebendo a importância da prática de atividades físicas para a saúde.

    Da mesma forma foram realizadas comparações para melhor compreensão de alguns resultados, sendo comparados os resultados dos alunos da turma um deles atleta (futsal) e outro sedentário. O valor da taxa metabólica basal do aluno atleta foi superior a do sedentário. Então foi explicado aos alunos que a atividade física regular ou mesmo um programa de treino aumenta a taxa metabólica basal e isso é benéfico para controle do peso, por exemplo.

    Outra estratégia utilizada foi o uso de pedômetros, que tem por finalidade avaliar o comportamento do individuo durante a caminhada, efetuando o registro do número de passos e da distância percorrida. Primeiramente os alunos aprenderam a manusear o pedômetro e depois foi realizada uma caminhada intensa pela escola utilizando o mesmo. Após a caminhada os alunos se reuniram para fazer o cálculo de quantos Kcal haviam gastado durante a atividade, e nesse momento foi ressaltada a importância de adotar um estilo de vida ativo e a importância da caminhada para a saúde, ainda foram expostas as recomendações para um estilo de vida ativo sendo que recomenda-se 12.000 passos/dia para meninas e 15.000 passos/dia para os meninos.

    Incentivar à prática de atividade física para a população jovem pode além de auxiliar no controle da obesidade, promover saúde, garantindo que se tornem pessoas adultas fisicamente ativas e com riscos menores de possuírem doenças causadas por inatividade física, como doenças cardiovasculares. Uma forma fácil de avaliar e ainda, incentivar a prática de atividade física, em especial a caminhada, é por meio do pedômetro. Este aparelho que calcula o número de passos realizados pelo indivíduo e assim o seu nível habitual de atividade física, encontra-se pouco difundido. (BERTÉ; FACHINETO, 2013, p.1)

    E por fim, foram implementadas aulas práticas com diferentes tipos de atividades físicas como frisbe, voleibol, futsal e circuito de força, sendo que ao final das mesmas, era solicitado aos alunos para que eles mesmos calculassem a quantidade de Kcal gastas. Assim, os alunos puderam relacionar todas as variáveis fisiológicas estudadas com as atividades práticas propostas.

Conclusão

    Pode-se concluir que:

    Sendo assim, nota-se que faltam propostas de aulas direcionadas para a promoção de saúde dos alunos, em especial conteúdos ligados ao gasto energético em diferentes atividades. Sugere-se que mais trabalhos como este sejam desenvolvidos na escola.

Referências

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 192 | Buenos Aires, Mayo de 2014  
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