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Educação Física escolar: uma apresentação dos seus elementos

La Educación Física escolar: una presentación de sus elementos

 

*Acadêmico do curso de Educação Física (Licenciatura 6° Período)

Universidade Salgado de Oliveira, Campus Goiânia, GO

**Docente do curso de Educação Física. Universidade

Salgado de Oliveira, Campus Goiânia, GO

Gabriel Jamardo Beiro Salazar*

Neilon Carlos dos Santos**

gabrieljbs87@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo, trata acerca de uma experiência da disciplina Estágio Supervisionado II da Universidade Salgado de Oliveira, Universo, Campus Goiânia, realizado entre Setembro e Novembro de 2013. A citada experiência deu-se no Colégio Estadual Maria Rosilda Rodrigues, situado em Aparecida de Goiânia, com uma turma de 9° ano do ensino fundamental, com o intuito de analisar o entendimento da turma e da comunidade escolar envolvida, no que diz respeito à Educação Física escolar e seus conteúdos, a fim de desmistificá-los, apresentando os elementos constituintes da “Cultura Corporal de Movimento”, e como esses podem ser trabalhados em prol da formação da cidadania do alunado, servindo assim como uma primorosa ferramenta pedagógica.

          Unitermos: Educação Física escolar. Cultura Corporal de Movimento. Conteúdos.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 192 - Mayo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A Educação Física, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996), como disciplina obrigatoriamente presente no currículo escolar, a nível de Ensino Fundamental que é, pode e deve ser utilizada como ferramenta pedagógica, objetivando assim, o suporte de direitos básicos do alunado no que tange em relação a formação da sua cidadania.

    Porém, o que percebemos na prática escolar, nos mais variados ambientes, geográfica, cultural e economicamente analisando, é por vezes, uma subvalorização da área do conhecimento em questão, diminuindo-a à uma prática meramente recreacionista e/ou esportivista, entendida ainda, como nos primórdios de sua introdução na sociedade brasileira, com um estigma de área do saber exclusivamente anátomofisiológica, concepção essa, que povoa grande parte do imaginário da nossa população, incluindo-se nesse quadro, docentes, coordenadores e diretores de escolas.

    O objetivo do seguinte trabalho, consiste, justamente em desmistificar a prática alienada da Educação Física Escolar, propondo o uso dos variados elementos que constituem a “Cultura Corporal de Movimento” (BRACHT), a favor da sociedade, estimulando uma prática enriquecida de criticidade, favorecendo a utilização de uma consciência crítica transitiva por parte do alunado, tanto nas aulas de Educação Física, bem como no seu cotidiano.

    Notamos, que apesar do massivo movimento acadêmico e profissional da área do conhecimento em questão, que é a Educação Física, no que tange a produção de novos conhecimentos, abordagens, metodologias de elaboração e aplicação dos conteúdos pertinentes à mesma, no âmbito escolar, o que notamos em grande parte das vezes que nos deparamos com a realidade prática da disciplina, é justamente uma carência no que diz respeito a uma harmoniosa relação entre um planejamento objetivado, frente a uma prática focada e preocupada em atender aos objetivos propostos.

    Para evidenciar o quão importante é a preocupação por parte do profissional em dar sentido à sua prática, apresento citações de duas linhas filosóficas bem distintas entre si, primeiramente uma visão crítica, seguida de normas institucionais, porém dialogando em seus pressupostos, no que tange a intervenção do profissional professor de Educação Física. Castellani Filho (1998), afirma que "A Educação Física, enquanto disciplina curricular tem o objetivo de tratar pedagogicamente os conteúdos da cultura corporal e permitir aos alunos o conhecimento e a análise crítica desses conteúdos", sendo assim, não podemos, enquanto educadores, permitirmos que a nossa área de conhecimento e intervenção pedagógica, se rebaixe a uma prática meramente recreacionista, sem horizontes, ou seja, que se torne uma prática vazia, sem possibilidades de desempenhar seu papel formativo, pois como determina o artigo 205 da Constituição Federal (1988), “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”, e seguindo essa linha de raciocínio, cito a resolução CONFEF (n° 056/2003), onde afirma que:

    “Considerando as exigências de qualidade e de ética profissional nas intervenções, o Profissional de Educação Física deverá estar capacitado para:

  • Compreender, analisar, estudar, pesquisar (profissional e academicamente), esclarecer, transmitir e aplicar os conhecimentos biopsicossociais e pedagógicos da atividade física e desportiva nas suas diversas manifestações, levando em conta o contexto histórico cultural;

  • Contribuir para a formação integral de crianças, jovens, adultos e idosos, no sentido de que sejam cidadãos autônomos e conscientes”.

    Entendendo portanto, ética e constitucionalmente o papel pedagógico do profissional de Educação Física, cabe a indagação dos porquês envolvidos em práticas e por conseqüência, resultados, totalmente aquém do que se espera desse profissional, tanto analisando por um prisma focado no professor e suas metodologias, como também no alunado, principal sujeito no processo de ensino-aprendizagem, que em grande parte das vezes, não reconhece e/ou entende o que realmente é a Educação Física escolar.

    Um desses porquês, claramente é a falta de um planejamento contextualizado, realizado a partir da observação da real necessidade, das carências, que envolvem determinada turma, escola, comunidade, a ser contemplada com a intervenção profissional, e também dos objetivos pedagógicos buscados, pois segundo Coletivo de Autores (1994, p.23), “é preciso que cada educador tenha bem claro: qual o projeto de sociedade e de homem que persegue? Quais os interesses de classe que defende? Quais os valores, a ética e a moral que elege para consolidar através de sua prática? Como articula suas aulas com este projeto maior de homem e de sociedade?”. A partir dessas constatações, e a reflexão das suas respostas, ainda segundo o Coletivo de Autores (1994, p.56), “o currículo escolar representaria o percurso do homem, no seu processo de apreensão do conhecimento científico selecionado pela escola: seu projeto de escolarização.”

    Tendo em vista, que a intervenção realizada, contemplou uma escola estadual, situada em uma região de classe socioeconômica de camada popular, claramente proletariada, necessita-se trabalhar os elementos da Cultura Corporal de Movimento, de maneira a desvelá-los, retirando-os da esfera meramente mercadológica e midiática, e projetando-os como elementos de expressão biopsico-sócioculturais.

Metodologia

    Esse estudo se caracteriza como um relato de experiência de uma intervenção pedagógica baseada em elementos de uma pesquisa ação.

    A Pesquisa-Ação pode ser definida, segundo (THIOLLENT, 1996: 14) como:

    “um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual, os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema, estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo”

    A citada intervenção, ocorreu em função da realização da disciplina de Estágio Supervisionado II, do 5° Período do curso de Licenciatura em Educação Física, da Universidade Salgado de Oliveira em Goiânia, visando um público alvo de alunos do 5° ao 9° ano do Ensino Fundamental.

    A instituição escolhida para ser contemplada com o citado trabalho, foi o Colégio Estadual Maria Rosilda Rodrigues, situado no Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia-GO, onde a turma disponibilizada para a vivência do estágio, foi uma turma de 9° ano, com um total de 37 alunos, sendo 24 meninas e 13 meninos, com idade entre 14 e 17 anos.

    A experiência do estágio supervisionado II foi divida em três etapas, sendo elas:

  • Observação: 4 (quatro) visitas à escola, buscando analisar o espaço físico, materiais disponíveis, abordagem metodológica utilizada, a fim de planejar uma intervenção adequada para com os alunos, porém um problema se mostrou instalado naquela escola, que foi o não interesse por parte da professora em ministrar as aulas, segundo ela, pela falta de materiais pedagógicos adequados, explicitando que seria “impossível” ministrar uma aula de Educação Física sem bolas, deixando assim a turma à minha disposição, me colocando na posição de regente da aula, onde não se fez longo o tempo necessário para a percepção das principais carências daquela comunidade escolar em relação a Educação Física, justamente a falta de conhecimento do que ela é, e suas finalidades, resultados esses, que nos levaram a escolher a abordagem Crítico emancipatória para balizar nosso trabalho.

  • Co-regência: 2 (duas) aulas, porém já atuando na condição de regente, inclusive indo preparado para ministrar as aulas, munido de Plano de Ensino e Planos de Aula.

  • Regência: 10 (dez) aulas, atuando à frente da turma, implementando o proposto no Plano de Ensino, ou seja, uma apresentação básica dos elementos constituintes da “Cultura Corporal de Movimento”, através de vivência prática de cada um.

    Na segunda aula, foi passado aos alunos um questionário, com perguntas abertas e fechadas, relacionadas a seguir:

  • Na sua opinião, a Educação Física é uma disciplina indispensável na escola?

    • ( ) Sim, eu considero a Ed. Física uma disciplina importante.

    • ( ) Não, eu não considero a Ed. Física uma disciplina importante.

  • Explique o que é Educação Física no seu entendimento.

  • Você sabe quais são os conteúdos dessa disciplina? Caso saiba, cite:

  • Quais conteúdos e/ou atividades você já vivenciou nas aulas de Educação Física?

  • Dentre esses conteúdos, qual você vivenciou mais vezes?

  • Se pudesse propor um(s) conteúdo(s) para as aulas, qual(is) seria(m)?

  • Você entende as aulas de Educação Física como um momento onde há mais:

    • ( ) Competição 

    • ( ) Cooperação

  • Você gosta das aulas de Educação Física?

    • ( ) Sim 

    • ( ) Não

  • Quais benefícios você entende que a Educação Física pode trazer para sua vida?

    Os resultados desse questionário serão utilizados nos resultados e discussões do presente trabalho.

Referencial teórico

    Analisando e compreendendo fatos e fenômenos que cercam a Educação Física, tais como sua história de implantação em nosso país e interesses aos quais servia (Educação Física Higienista, Militarista, Eugenista, Esportivista), percebemos que essa área de intervenção social, constituiu-se desde seus primórdios em solo brasileiro, em uma poderosa ferramenta de disseminação ideológica (SOARES, 2012).

    Ao compreendermos a influência exercida no papel de professores de Educação Física, como formadores de opinião e esclarecedores de fatos e organizações sociais, temos a responsabilidade de nos posicionarmos político pedagogicamente, engajando-nos na construção de uma sociedade melhor. Sendo assim, devemos, no papel de mediadores da construção de conhecimento, apresentarmos a Educação Física, como construção cultural, pois segundo (DAOLIO, 2004), toda e qualquer manifestação corporal, advém da dinâmica cultural, expressando-se de diversas maneiras, e com significados próprios em contextualizações específicas de cada grupo.

    Percebemos então, a importância de transformarmos o entendimento, situado na esfera de senso comum, por parte dos alunos, da comunidade escolar e da sociedade em geral, para o estágio de uma compreensão crítica e consciente da correta utilização dos elementos que compõe a Educação Física no âmbito escolar, pois, apesar de toda e qualquer expressão corporal humana advir da dinâmica cultural, como citado anteriormente, Valter Bracht, afirma que não se trata de qualquer movimento que confere especificidade a Educação Física, e sim:

    “O movimento humano com determinado significado/sentido, que por sua vez, lhe é conferido pelo contexto histórico-cultural. O movimento que é tema da educação física é o que se apresenta na forma de jogos, de exercícios ginásticos, de esportes, de dança, etc.”. (Bracht, 1992, p. 16).

    Ao defender que o professor deve proporcionar aos seus alunos a vivência dos Esportes, Ginásticas, Jogos, Danças e Lutas, Valter Bracht é muito feliz em agrupar esses conteúdos sobre a nomenclatura de “Cultura Corporal de Movimento”, já que segundo o autor, "[...] o que qualifica o movimento enquanto humano é o sentido/significado do mover-se, sentido/ significado mediado simbolicamente e que o coloca no plano da cultura" (1999, p. 45).

    Portanto, sendo a Educação Física uma disciplina que tem o conceito de “cultura” inserido na sua prática, segundo Betti (2007), ao receber esse símbolo de cultura, consolida a ruptura entre a mesma, e a natureza (movimentar-se mecânico, biológico), sendo assim, devemos planejar a ação pedagógica no sentido de estimular a formação do cidadão como um todo, contribuindo para sua melhor percepção dos fenômenos sociais aos quais está inserido direta ou indiretamente, sendo isso possível somente através de uma metodologia utilizada no processo de ensino aprendizagem, que contemple os conteúdos em suas três dimensões apresentadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), que são:

  • Dimensão conceitual: aborda elementos técnicos de determinados conteúdos, como historicidade, regras, técnicas, além de reflexões acerca da ética, estética, desempenho, satisfação e eficiência;

  • Dimensão procedimental: trata-se da prática propriamente dita, não só focada no prisma das habilidades motoras, mas também da organização e sistematização de informações;

  • Dimensão atitudinal: refere-se a percepção de valores, atitudes e normas, não apenas no sentido teórico, mas também posto em prática nas vivências pedagógicas.

    Ao entendermos a complexidade da intervenção pedagógica que é dever do professor, e como este, para alcançar êxito no seu trabalho, deve trabalhar os conteúdos pertinentes à sua área de atuação de uma maneira crítica, desveladora, instrutiva e formativa, percebemos, que a abordagem Crítico Emancipatória, mostra-se eficiente para alcançarmos esses propósitos, pois segundo Kunz (2004), nessa abordagem, o processo de ensino-aprendizagem, deve contemplar três categorias, sendo elas:

  • Competência objetiva: trata-se do saber fazer, possuir conhecimentos e informações, contruindo-se técnicas, habilidades, destrezas, estratégias, para atuar individual e coletivamente de maneira bem sucedida, tanto nas atividades escolares propostas, como em atividades do seu cotidiano;

  • Competência social: refere-se aos conhecimentos e esclarecimentos acerca das relações sociais, ou seja, entender o mundo social em que está inserido, contextualizá-lo, entendendo os diferentes papéis que os indivíduos assumem em uma sociedade, levando essas percepções para as atividades propostas em aula, desvelando assim, preconceitos e discriminações geradas por diferenças de gênero, etnia, classe socioeconômica, orientação sexual, tornando as atividades mais cooperativas e solidárias, transformação essa, que necessita de muita reflexão e comunicação durante as aulas, o que nos leva a terceira competência:

  • Competência comunicativa: decisiva para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem, pois “saber se comunicar e entender a comunicação dos outros é um processo reflexivo e desencadeia iniciativas do pensamento crítico” Kunz (2004, p. 41), expressões e entendimentos esses, que devem acontecer tanto na linguagem verbal, quanto corporal.

Resultados e discussão

    Analisando o questionário proposto aos alunos na segunda aula, percebeu-se que a visão dos mesmos em relação à Educação Física, flutua justamente sobre o senso que comum que serve como cartão de visitas da área do conhecimento em questão, encarada e percebida, tanto no âmbito escolar como fora dele, por grande parte da sociedade, como uma disciplina meramente anatomofisiológica, que quando trabalhada no sentido de promover uma significância cultural, de estimular reflexões nas esferas conceituais e atitudinais, provoca por vezes espanto nos alunos, pois o entendimento por parte dos mesmos, acerca das atividades propostas nas aulas de Educação Física, é centralizada no que diz respeito às práticas desportivas e de exercícios físicos com fins de manutenção e ganho de saúde. O percentual de respostas nesse sentido, obtidas no questionário, explicita bem isso:

  • Quando perguntados sobre o que é a Educação Física na escola, das 24 meninas, 10 responderam que se trata de uma disciplina que lida essencialmente com esportes, e 13 responderam que a Educação Física lida exclusivamente com exercícios Físicos. Já do grupo de 13 meninos, 7 referiram-se a exercícios físicos e 6 às práticas desportivas. As respostas deram referências única e exclusivamente à conteúdos procedimentais, não levando em consideração as esferas conceituais e principalmente atitudinais.

  • Em relação à indagação sobre as vivências anteriores de atividades mais freqüentes nas aulas de Educação Física, das 24 meninas, 10 citaram futsal, 4 voleibol, e o restante dividiu-se entre queimada e dança. Já entre os meninos, todos os 13 referiram-se ao futsal como prática mais vivenciada nas aulas de Educação Física até então.

  • Quando indagados sobre quais os maiores benefícios que as aulas de Educação Física trariam para eles, nada menos do que cem por cento dos alunos, referiram-se a ganho ou manutenção de saúde e preparo físico.

  • Todos alegaram também que gostavam das aulas de Educação Física, e a julgavam importante no currículo escolar.

    Esses dados e números, vêm claramente a reforçar essa idéia de senso comum em relação à Educação Física Escolar, influenciada pela mídia, fazendo assim, com que perca grande parte de sua finalidade e capacidade, no sentido de ser uma primorosa ferramenta pedagógica, que se trabalhada de forma bem planejada e contextualizada, ajuda bastante na formação de cidadãos mais preparados para uma convivência ética em sociedade.

    O que percebemos ao realizar a intervenção proposta na escola, foi justamente uma carência de conhecimento sobre o que é, e para que/quem serve a Educação Física (a eles mesmos: os alunos), déficit esse, que ocorre em responsabilidade do professor, que é quem deve mediar o caminho rumo ao conhecimento, para o pleno desenvolvimento do aluno.

    Como resultado dessa intervenção, apesar do número pequeno de horas aula, relativando-as ao objetivo proposto, notamos um crescente interesse por parte do alunado perante atividades, que não foram tão exploradas quanto deveriam nas suas vivências anteriores. Notamos também, que para o sucesso pleno dos objetivos, seria necessário que uma metodologia parecida, no sentido de trabalhar a riqueza dos conteúdos da “Cultura Corporal de Movimento”, continuasse a ser trabalhada na referida escola.

Considerações finais

    Ao considerarmos então, o professor como mediador, capacitador do adquirimento de novos conhecimentos por parte do alunado, esse deve, então, propor conteúdos novos e/ou encarados e compreendidos por uma nova perspectiva, justamente desmistificando-os, desvelando-os do nível de senso comum, para uma prática formativa e crítica, ajudando na formação da autonomia e cidadania de cada um dos seus alunos.

    Para tanto, vemos com grande importância a metodologia de trabalho proposta nessa intervenção, que foi justamente a de apresentar e propor a vivência dos elementos constituintes da “Cultura Corporal de Movimento”, não levando em conta só a apresentação de gestos técnicos, robotizados, reproduzidos, mas sim, valorizando o movimento humano como forma de expressão corporal, dotado de significados e significância, construção simbólico cultural, promovendo assim, uma atitude de oportunização em relação aos alunos, no sentido de apresentá-los à práticas desconhecidas ou não antes vivenciadas, dando assim, subsídios para a formação da sua autonomia enquanto praticante consciente, perante a prática de qualquer elemento da “Cultura Corporal de Movimento” que seja.

Referencial bibliográfico

  • BETTI, M. Educação Física e Cultura Corporal de Movimento, uma perspectiva fenomenológica e semiótica. Maringá, v. 18, n. 2, p. 207-217, 2. sem. 2007

  • BRACHT, V. Aprendizagem social e Educação Física. Porto Alegre: Magister, 1992.

  • BRASIL. Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.

  • BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1998.

  • BRASIL. Secretaria de educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997.

  • COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. 1. ed. São Paulo: Cortez, 1992.

  • CONFEF. Resolução n° 053. Rio de Janeiro, 2003.

  • DARIDO, S. Educação Física na escola, implicações para a prática pedagógica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

  • KUNZ, E. Transformação Didático-Pedagógica do Esporte. 6ª ed. Ijuí: Unijui, 2004.

  • SOARES, C. Educação Física, raízes européias e Brasil. 5ª ed. Campinas: Autores Associados, 2012.

  • THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa ação. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 1996.

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