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Comparativos entre medicine ball e halteres para mulheres adultas

Una comparación entre medicine ball y pesas para mujeres adultas

 

*UNIFAE São João da Boa Vista, SP

(Brasil)

Jéssica Fernóchio

jehfernochio@hotmail.com

Luis Cláudio Paolinetti Bossi

luisclaudiobossi@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo analisou o efeito do treinamento funcional em indivíduos do sexo feminino. Foram doze voluntários com idade variando de 18 a 35 anos, todos praticantes de atividade física foram divididos em dois grupos, um grupo com oito indivíduos realizava treinamento com medicine ball, e o outro grupo com quatro indivíduos realizavam o treinamento com halter. Os dois grupos foram submetidos a avaliações de dobras cutâneas e circunferências. O treinamento para os dois grupos foi dividido em duas vezes na semana, sendo três series de oito repetições na primeira e segunda semana, e três séries de dez repetições na terceira e quarta semana com um minuto de intervalo entre as séries, totalizando um período de quatro semanas de treinamento. Após as quatro semanas de treinamento verificou-se um aumento de peso muscular e diminuição do peso gordo de ambos os grupos, porém o grupo medicine Ball obteve maior ganho de peso muscular assim como uma maior diminuição no peso gordo.

          Unitermos: Treinamento funcional. Medicine Ball. Halter.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 192 - Mayo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Segundo Guedes (1997) força é a capacidade de exercer tensão muscular contra uma resistência, superando, resistindo ou cedendo a ela. Para se gerar força, é necessário se extrapolar o limiar de despolarização das células musculares por meio de uma estimulação suficiente. A força se manifesta em duas formas: alterando o movimento de um corpo ou deformando-o, sendo a força um vetor de quantidade, que é caracterizado pela magnitude, direção e ponto de aplicação. Em relação ao músculo, ele exerce força sobre o osso quando ele realiza a ação concêntrica e excêntrica ou isométrica (ZATSIORSKY, 1999).

    Para se realizar o trabalho de Treinamento Funcional utilizou-se de instrumentos dos quais necessitavam de um trabalho de força para a realização dos exercícios trabalhados. Apesar de se apresentar como um método recente, o Treinamento Funcional não é uma novidade, afinal a funcionalidade do ser humano já foi uma questão de sobrevivência, sendo assim esse conceito aplicado há muito tempo, porém sem utilizar esta nomenclatura (GIANONI, 2011). De acordo com alguns autores (BOSSI, 2011; COUTINHO, 2011), o termo treinamento funcional surgiu do reconhecimento conquistado pela contribuição dos trabalhos da especialidade na reabilitação de lesões de soldados na segunda guerra mundial, e também em atletas olímpicos nos anos 50, quando então se percebeu a necessidade de trabalhar de maneira específica e diferenciada para cada modalidade esportiva. Nos anos 90, alguns estudos começaram a demonstrar uma melhora na agilidade, força e coordenação por meio de exercícios multiarticulares que exploravam variações de velocidade, semelhantes às atividades cotidianas ou as atividades esportivas. Dentre esse instrumento que podem ser utilizados no treinamento funcional tem a medicine ball. A medicine ball é uma ferramenta única que permite que os atletas executem exercícios explosivo funcional, com essa bola se desenvolve a força do núcleo e mobilidade, proporcionando resistência através de movimentos circulares, rotação e potência. Ao contrário das máquinas de peso que limita o movimento natural (ENAMAIT, 2003).

Treinamento funcional

    Treinamento funcional é um termo relativamente novo que aos poucos está invadindo o cenário da atividade física e se tornando uma “febre” entre praticantes e profissional. (GIANONI, 2011). No Brasil, o Treinamento Funcional teve sua origem com os profissionais na área de fisioterapia e reabilitação, já que estes foram pioneiros na utilização de exercícios que imitavam o que os pacientes faziam em suas casas ou no trabalho no decorrer da terapia (MONTEIRO e EVANGELISTA, 2010). A idéia de utilizar esse conceito tinha propósitos de reabilitação de funções. A partir disso, os profissionais de Educação Física e Esportes começaram a usar o mesmo conceito, no intuito de aprimorar funções. É uma modalidade de exercícios que vem crescendo em todo o mundo. Atualmente os programas de atividade física para idosos são incentivados por diferentes órgãos oficiais que trabalham na promoção de saúde e estão sendo implantados em muitos municípios em vários países. (BENEDETTI, 2007). Apesar de se apresentar como um método recente, o Treinamento Funcional não é uma novidade, afinal a funcionalidade do ser humano já foi uma questão de sobrevivência, sendo assim esse conceito aplicado há muito tempo, porém sem utilizar esta nomenclatura (GIANONI, 2011).

    De acordo com alguns autores (BOSSI, 2011; COUTINHO, 2011), o termo treinamento funcional surgiu do reconhecimento conquistado pela contribuição dos trabalhos da especialidade na reabilitação de lesões de soldados na segunda guerra mundial, e também em atletas olímpicos nos anos 50, quando então se percebeu a necessidade de trabalhar de maneira específica e diferenciada para cada modalidade esportiva. Nos anos 90, alguns estudos começaram a demonstrar uma melhora na agilidade, força e coordenação por meio de exercícios multiarticulares que exploravam variações de velocidade, semelhantes às atividades cotidianas ou as atividades esportivas.

    Como diz acima todas as valências físicas precisam ser estimuladas, porém alguns autores relatam que a força muscular parece ser a principal capacidade física relacionada à manutenção da capacidade funcional e, conseqüentemente, da independência funcional na fase do envelhecimento (MATSUDO et al., 2000). Conseqüentemente, o treinamento resistido deveria ser parte integrante e essencial nos programas de treinamento funcional. Essa afirmação está de acordo com o último posicionamento oficial do Colégio Americano de Medicina do Esporte (GARBER, 2011) acerca da prescrição de exercícios físicos para população aparentemente saudável, no qual a organização recomenda que o treinamento funcional seja inserido em meio ao programa de treinamento de força.

    Além de ser muito utilizado na reabilitação, na área de treinamento esportivo utiliza-se há muito tempo o treinamento funcional, com objetivo de aproximar o treinamento físico das demandas impostas pelos esportes específicos. Os treinadores acreditavam que treinamentos convencionais, aqueles que buscam apenas melhorias das valências físicas, com exercícios, as vezes que fugimos da especificidade da modalidade, realizados em aparelhos que proporcionavam toda uma estabilização externa para os movimentos, não eram suficiente para o que buscavam. Sendo que os esportes não eram praticados na posição sentada, nem eram praticados em ambientes rígidos, onde a estabilização do corpo não é feita por fontes externas. As estabilidades do corpo para realizar os movimentos nos esporte provem do próprio indivíduo. (BOYLE, 2003).

    Para criar bases sólidas para um bom planejamento, a metodologia do treinamento utiliza a multidisciplinaridade. E é necessário caracterizar os treinos como fortes, médios e fracos, assumindo os ciclos de treinamento, objetivos e conteúdos particulares. Utilizando o macrociclo que é uma parte do processo de treinamento íntegro, e o conteúdo, a organização e a sua duração estão relacionadas ao processo da realização da reserva adaptativa do organismo e do calendário competitivo, o mesociclo que representa o elemento da estrutura da preparação do esportista, e inclui uma série de ciclos menores para a solução das tarefas em dado período de treinamento e o microciclos que é a organização das influências do treino exercidas no organismo do atleta durante vários dias de treinamento consecutivos, de 3 a 14 dias (NUNCIATO, 2009).

Método

    Participaram do estudo 12 voluntários do sexo feminino, com idade de 18 a 35 anos sendo todos praticantes de atividade física há no mínimo seis meses. Os voluntários foram informados do tipo de treinamento que estariam realizando.

Procedimentos

    A pesquisa foi realizada na academia do Centro Universitário das Faculdades Associadas de ensino (UNIFAE). Os participantes foram divididos em dois grupos, onde um grupo com oito indivíduos treinaria com medicine ball, e o outro grupo com quatro indivíduos treinaria com halter. As avaliações deram-se através de análises individuas, em relação ao peso corporal, estatura, circunferência, dobras cutâneas, dobras ósseas, A composição corporal determinada pelas dobras cutâneas do tríceps, bíceps, subescapular, axilar médio, peitoral, supra ilíaca, abdominal, coxa e perna. Foram tomadas três medidas em cada local, em seqüência rotacional, do lado direito do corpo, sendo registrado o valor mediano. Todos realizavam o treinamento que foi dividido em dois dias por semana, durante quatro semanas, sendo os exercícios agachamento, avanço, desenvolvimento, elevação frontal, pull over, tríceps francês, os exercícios não alterou no decorrer do treinamento. Na primeira e segunda semana foram feitas três séries de oito repetições, e terceira e quarta semana três séries de dez repetições, mantendo o tempo de um minuto de intervalo entre as séries. O mesmo foi realizado através de repetições máximas (RM), e o ajuste da carga ocorrendo durante o treinamento. Os dois grupos realizaram o mesmo treinamento. A parte nutricional não foi considerada, mais foi pedido para manter a dieta dentro das normalidades, e não foi levado em conta durante o treinamento o ciclo menstrual. 

Exercícios

    Agachamento, Avanço, Elevação frontal, Desenvolvimento, Tríceps Francês, Pull over.

Resultados

    Os resultados serão apresentados através de tabelas que expressam a média e o desvio padrão, as dobras cutâneas do grupo de Medicine ball e o grupo de Halter.

Tabela 1. Resultado da média e desvio padrão dobras cutâneas da medicine ball e halter

    A tabela 1 mostra à média e o desvio padrão das dobras cutâneas verificou que tanto o grupo medicine ball quanto o grupo halter obteve uma diminuição nas dobras cutâneas, porém esses valores do pré para o pós-treinamento não se mostram com desvio padrão elevado.

Tabela 2. Resultado da média e desvio padrão das circunferências da medicine ball e halter

    A tabela 2 mostra à média e o desvio padrão das circunferências do grupo medicine ball obteve aumento em todas as medidas com desvio padrão se mostrando mais próximo. No grupo halter que também obteve aumento em algumas medidas e diminuição em outras com um desvio padrão mais elevado.

Tabela 3. Resultado diferença % gordura, peso gordo e peso muscular halter e medicine ball

    A tabela 3 ilustra os resultados do % gordura, peso gordo e peso muscular do grupo halter e do grupo medicinem ball. O grupo medicine ball teve uma perda de -2,71 no % gordura, e o grupo halter uma perda de -1,66. O grupo medicine ball teve uma perda -2,87 no peso gordo e grupo halter de -1,47. O grupo medicine ball teve um ganho no peso muscular de 2,28 e o grupo halter um ganho de 1,07.

Gráfico de porcentagem de ganho de peso muscular de todos os indivíduos.

    O grafico mostra o ganho em porcentagem de peso muscular do grupo de medicine ball e halter de todos os indivíduos. Observa-se que o grupo de medine ball ganhou 9,4% e o de halter 3,7% do peso muscular.

Gráfico de porcentagem de perda de peso gordo de todos os indivíduos

    Gráfico mostra a porcentagem de peso gordo do grupo de medicine ball e o grupo de halter de todos os indivíduos. Observa-se que o grupo de medicine ball obteve uma perda de 12,8% já o de halter obteve uma perda de 5,1% do peso gordo.

Discussão

    Os resultados no presente estudo nos mostra em forma de tabela onde utilizamos dobras cutâneas para medir o percentual de gordura corporal, para não ocorrer erros. Tem vários pontos anatômicos no corpo humano onde se pode coletar, o protocolos para uso no estudo adotamos o Protocolo de Pollock de sete dobras et al. (1978, 1980) apud Filho (1999).

    As avaliações das circunferências foram realizadas no início da noite pré e pós-treinamento. É valido destacar o fato que as dietas foram mantidas normais no dia a dia. As atividades físicas alteram significativamente os níveis de água corporal do indivíduo, assim podem ocorrer alterações do percentual de gordura e peso gordo bem como os demais componentes derivados dessa variável (BAUMGARTHNER, 1996). Os resultados encontrados no presente estudo mostraram na Tabela 1 de média e desvio padrão onde podemos ver que obteve uma diminuição para o grupo medicine ball e para o grupo halter. A Tabela 2 da média e desvio padrão das circunferências para o grupo medicine ball apresentaram um aumento em todas as medidas e para o grupo halter aumento em algumas e diminuição em outras. Tanto os resultados da Tabela 1 quanto da Tabela 2 o desvio padrão foi alto. De acordo com as palavras de Halpern e Mancini (2002), na sua pesquisa feita a perda % gordura e peso gordo são facilitados pela prática de exercício físico, pois mobiliza e utiliza gorduras como fontes energéticas estas são os substratos predominantes para os músculos durante o exercício assim ganhando peso muscular.

    A Tabela 3 mostra as diferenças de % gordura peso gordo e peso muscular. O grupo medicine ball obteve uma média -2,71 e para o grupo halter -1,66, peso gordo que a média para o grupo medicine ball -2,87 e para o grupo halter -1,47. E mostrou também a média do peso muscular que para o grupo medicine ball foi 2,28 e para o grupo halter 1,07. Podemos ver que a varias formas de ganhar massa muscular segundo o autor ganhos de massa muscular proveniente do treinamento diferem de indivíduo para indivíduo devido ao potencial individual para o desenvolvimento, estrutura física e composição corporal (LEIGHTON, 1987).

    Os gráficos ilustra de uma forma mais clara a porcentagem de todos os indivíduos, observando o ganho de peso muscular e a perda de peso gordo destacando o grupo de medicine ball. Os resultados não foram expressivos, porem nota-se que ambos os grupos obteve pequenas melhoras, que se tornam significativas por consideramos que os participantes treinavam musculação a mais de seis meses, e que o tempo de duração do estudo foi de quatro semanas, observando que os resultados para o grupo medicine ball foram melhores. Com essa perda de peso gordo e % gordura.

Considerações finais

    No presente estudo podemos visualizar que ambos os grupos medicine ball e halter obteve resultados para o seu prazo de quatro semanas, dentre esses resultados podemos destacar o aumento de peso muscular 1,07 para o grupo Halter, 2,28 para o grupo medicine ball, vendo que o grupo medicine ball teve um melhor resultado em uma diferença de 1,21. Sendo visualizado também no peso gordo onde o grupo Halter obteve -1,47, e o grupo medicine ball -2,87, percebendo um melhor rendimento para o grupo medicine ball em uma diferença de -1,4. Através desses podemos afirmar que ambos os trabalhos surtiram resultados positivos, mesmo os resultados obtendo um desvio padrão elevado, que pode ser pelo período do treinamento ter sido curto. Sendo importante a utilização tanto da medicine ball quanto do Halter para a prescrição do treinamento, destacando o do grupo medicine ball, já que seus ganhos foram maiores no peso muscular e maior diminuição do peso gordo, devido a novos estímulos neuromusculares, mudou-se a experiência motora dos indivíduos, novo desafio que eles gostaram dessa mudança, o que vem demonstrar a importância da variabilidade de treinamento dentro da periodização.

Referências

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