Perfil antropométrico e capacidade cardiorrespiratória de praticantes de musculação e treinamento aeróbio de uma academia Perfil antropométrico y capacidad cardiorrespiratoria de practicantes de musculación y entrenamiento aeróbico de un gimnasio |
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Especialista em Treinamento desportivo e Fisiologia do exercício pela Universidade Castelo Branco (UCB-RJ) (Brasil) |
Marckson da Silva Paula |
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Resumo O presente estudo teve como objetivo traçar o perfil antropométrico e a capacidade cardiorrespiratória (CC) para constatar se há fatores de risco associados à gordura corporal e baixo condicionamento cardiorrespiratório dos avaliados. Foram avaliados os praticantes de musculação e treinamento aeróbio de uma academia no bairro de Saracuruna, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, sendo 12 do sexo masculino e 9 do sexo feminino, de 18 a 36 anos. Para isso, realizaram-se avaliações físicas com mensurações de dobras cutâneas, estatura, peso corporal, IMC (Índice de Massa Corporal), percentual de gordura, para verificar a composição corporal e teste de banco de Katch e McArdle (1984) para obter o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) dos avaliados. Resultados: foram verificados bons resultados de condicionamento cardiorrespiratório. Os avaliados do sexo masculino foram classificados com boa aptidão física (66,7%) e excelente aptidão física (33,%). As mulheres desse estudo apresentaram um condicionamento regular (66,7%) e bom (33,3%). O percentual de gordura dos avaliados do sexo masculino foi classificado em: na média (41,7%), insuficiente (33,3%), regular (16,7%) e bom (8,3%), já as mulheres, apresentaram o percentual de gordura em: na média (77,8%) e regular (22,2%). O IMC dos avaliados do sexo masculino foi classificado em: Grau 1 – obesidade (41,7%), Grau 2 – obesidade (25%), limite desejável (25%), abaixo do limite desejável (8,3%), esses índices foram suficientes para classificar os homens desse estudo em um risco alto de mortalidade (25%), moderado (41,7%) e baixo (25%). As mulheres foram classificadas em: Grau 1 – obesidade (44,4%), limite desejável (44,4%) e Grau 2 – obesidade (11,2%), sendo classificadas com risco de mortalidade baixo e moderado (44,4%) e alto (11,2%). Conclusão: Os homens desse estudo apresentaram boa condição física, porém, houve maior risco de mortalidade e maior acúmulo de gordura corporal. Já as mulheres apresentaram índices razoáveis de condicionamento físico, porém foram classificadas com menores riscos de mortalidade e apenas 22,2% com gordura corporal acima da média, além do mais, apenas 11,2% foram classificadas com Grau 2 – obesidade. Unitermos: Capacidade cardiorrespiratória. Composição corporal. Aptidão física. Consumo máximo de oxigênio.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 192 - Mayo de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Na atualidade, há uma atenção maior com a saúde e a mudança de estilo de vida parece ser algo indispensável para uma melhoria na qualidade de vida e redução de doenças crônico-degenerativas (CUSSATI; PAULA, 2012). Além do mais, esses mesmos autores afirmam que o avanço tecnológico e as modernizações trazem uma facilidade para o desenvolvimento das suas atividades da vida diária (AVD’s), com isso, há uma diminuição da prática de exercícios físicos, afetando a saúde. Mas, segundo a OMS (1946 apud DIAS NETO; AREAL, 2012; ROCHA; GUEDES JUNIOR, 2013), a saúde está relacionada com o bem estar físico, mental e social, logo, um ser saudável é aquele que se enquadra nesse bem estar físico, mental e social e, também, que não é portador de doenças (seja ela qual for).
É extremamente relevante haver avaliações que mensurem o componente cardiorrespiratório e a composição corporal dos clientes de academias. Essas avaliações poderão dar indícios de possíveis propensões à doenças de natureza hipocinética, ou seja, as classificações feitas por meio de testes específicos e mensurações da composição corporal poderão fazer com que as preocupações se voltem para clientes com potencial para desenvolverem doenças associadas ao baixo nível de exercícios físicos e acúmulo de gordura corporal. A necessidade de se avaliar os componentes da composição corporal surgiu no início do século XIX e aumentou no final do século XX, pelo fato de diversas patologias estarem associadas ao excesso de gordura corporal (ROCHA; GUEDES JUNIOR, 2013).
A baixa atividade física (hipocinesia) está comumente associada à doenças e mortalidade. O termo atividade física deixou de ser apenas relacionado a questões de intensidade e quantidade e passou a ser discutido como um termo relacionado à qualidade. À medida que se pratica os exercícios físicos, a Aptidão Física (AF) é desenvolvida, sendo esta, a capacidade de desenvolver tarefas cotidianas com energia e vigor, fazendo com que o praticante tenha menores riscos de propensão à doenças crônicas. Alguns fatores compõem a AF relacionada à saúde, são eles: Capacidade cardiorrespiratória (CC), Força muscular, Resistência muscular, Flexibilidade e Composição corporal, esses fatores estão muito mais relacionados ao fenótipo do que ao genótipo (ROCHA; GUEDES JUNIOR, 2013).
Alguns conceitos devem ser esclarecidos e definidos antes de tudo, a capacidade cardiorrespiratória (CC) e a aptidão física (AF) são alguns desses conceitos. Segundo Nahas (2001), a CC é definida como a capacidade do nosso corpo em suportar um exercício de longa e média duração sem que este chegue à fadiga, a CC também é definida como a eficiência na utilização do oxigênio pelos músculos ativos e pela disponibilidade energética, seja de gordura ou glicogênio muscular.
Alguns outros autores conceituam essa CC, como Mcardlle et. al.(1998 apud LIMA; OLIVEIRA; DA SILVA, 2005) que define a CC como a eficiência do organismo em captar, transportar o oxigênio que é de origem atmosférica, essa capacidade tem um decréscimo de 1% ao ano após os 25 anos, chegando a ter uma queda de 27% aos 55 anos de idade, isso explica o aumento da adiposidade com o passar do tempo. Costill (1973 apud LIMA; OLIVEIRA; DA SILVA, 2005; MILANO; LEITE, 2009) afirma que o Consumo máximo de oxigênio (VO2 Máx) é uma variável fisiológica importante a ser avaliada, uma vez que ela é aceita como um bom índice de capacidade para suportar um exercício contínuo e prolongado, tornando-se um fator de suma importância no que diz respeito ao condicionamento físico.
Essa CC é treinável e pode ser aperfeiçoada, fazendo com que a pessoa consiga manter-se durante um período de tempo considerável realizando esforços e dependendo quase que exclusivamente da lipólise (quebra das gorduras estocadas no tecido adiposo) (ROCHA; GUEDES JUNIOR, 2013).
A AF deve, antes de tudo ser definida, para que entendamos melhor sobre a importância de ser apto fisicamente. Segundo Dias Neto e Areal (2012) a AF relacionada à saúde é a condição de ter energia para realizar os trabalhos e tarefas da vida cotidiana e, também, ter menor risco de contrair doenças coronarianas. Guedes (1996, p.51-62) define a aptidão física como:
Um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite a cada um não apenas a realização das tarefas do cotidiano, as ocupações ativas das horas de lazer e enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, mas, também, evitar o aparecimento das funções hipocinéticas, enquanto funcionando no pico da capacidade intelectual e sentindo uma alegria de viver.
Darido e Rangel (2008) também definem o termo “aptidão total”, inserindo a aptidão física como parte integrante dessa aptidão total. Para as autoras, a aptidão total seria uma interação entre o genótipo e o meio ambiente, tendo relação direta com o fenótipo de um indivíduo.
A AF está ligada intimamente à composição corporal, sendo esta variável um fator determinante para indicar fatores de risco. Cussati e Paula (2012) afirmam que a composição corporal tem relação com o estilo de vida, uma vez que quanto o maior o acúmulo de gordura corporal, maior será a possibilidade de desenvolvimento de doenças metabólicas como diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, etc.
Ronque et. al. (2010) com o mesmo pensamento que Cussati e Paula (2012), afirmam que o indivíduo com boa AF influenciará na sua qualidade de vida, uma vez que esse condicionamento cardiorrespiratório contribuirá para diminuição do excesso de gordura corporal e para que não se desenvolvam doenças metabólicas, reduzindo também o risco de mortalidade.
A composição corporal é um fator relevante e deve ser analisada, pois faz parte da AF relacionada à saúde, também está ligada ao desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas, como foi verificado anteriormente. Em diversas pesquisas foram constadas relações entre composição corporal e saúde (MONTEIRO, 2000). Como dizem Fleck e Simão (2008), o ingresso em um programa de exercícios físicos, sobretudo, um treinamento cardiorrespiratório, pode trazer alterações positivas no perfil lipídico, uma vez que haverá decréscimo nas concentrações de colesterol LDL e aumento nas concentrações do colesterol HDL, esses fatores estão ligados à redução do risco de doenças cardiovasculares.
O objetivo do presente estudo foi traçar o perfil antropométrico e verificar a capacidade cardiorrespiratória dos praticantes de musculação e treinamento aeróbio identificando possíveis fatores de risco relacionados ao baixo condicionamento físico e acúmulo de gordura corporal.
A importância de um estudo como esse está na diminuição do impacto gerado na saúde pública quando há uma detecção precoce de avaliados com potencial para prevalência de fatores de risco relacionados à saúde.
Metodologia
A pesquisa em questão caracteriza-se por ser do tipo quantitativa (THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2012). A análise dos dados constituiu-se em estatística descritiva básica (média e desvio padrão) em planilha eletrônica do aplicativo Excel, da Microsoft®. A amostra foi de 21 pessoas, sendo 12 do sexo masculino e 9 do sexo feminino, com idade de 18 a 36 anos. Os avaliados assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e tiveram livre arbítrio para deixarem o teste caso sentissem qualquer incômodo. Foram realizadas as coletas das informações antropométricas e depois realizou-se o teste de banco, com um banco de 41 cm, seguindo o protocolo de Katch e Mcardlle (1984), onde o avaliado realizou subidas e descidas contínuas no banco durante 3 minutos. Foi utilizado o aplicativo com função de metrônomo para computador, o Metronome Plus, versão 2.0.0.1, para ditar o ritmo de passadas. Utilizou-se o ritmo de 24 passadas (96 bpm) por minuto para avaliados do sexo masculino e 22 passadas (88 bpm) por minuto para avaliados do sexo feminino. Ao final do terceiro minuto, após 5 segundos do final do teste, foi coletada a FC (frequência cardíaca) do avaliado utilizando um monitor cardíaco Polar® FT-1. Os avaliados foram orientados a ter total motivação a fim de não interferirem negativamente nos resultados da pesquisa. Para a coleta das dobras cutâneas foi utilizado um adipômetro científico Cescorf® com precisão de 0,1mm, uma balança Welmy® com precisão de 100g e estadiômetro com precisão de 0,1cm foi utilizada para coletar o peso corporal e a estatura. Após a coleta de dados, foram realizados os cálculos para definir-se o IMC (Índice de Massa Corporal) e o percentual de gordura foi encontrado através do método de Faulkner (1968). A classificação foi feita através de confrontação dos dados obtidos de VO2 Máx com a tabela de classificação da American Heart Association (AHA). A composição corporal foi analisada e classificada por meio da tabela de classificação de percentual de gordura de Jackson e Pollock (1978) e o IMC analisado através da tabela de classificação de Jaéquier (1987) e Guedes e Guedes (1998).
Resultados e discussão
A tabela 1 apresenta os resultados da avaliação da composição corporal e da capacidade cardiorrespiratória dos avaliados, dividida pelos sexos feminino e masculino, com os valores de média e desvio padrão.
Tabela 1. Avaliados do sexo masculino e feminino
Os avaliados foram divididos em dois grupos por sexo. A razão dessa divisão foi pelo fato de que há uma diferença na captação máxima de oxigênio para os sexos. Segundo Katck e Mcardlle (2002), as mulheres têm uma captação máxima de oxigênio 15 a 30% menor do que os homens, em atletas a diferença ainda é alta, oscilando entre 10 a 20% menor do que o consumo máximo de oxigênio em homens atletas. Os autores afirmam que essa diferença no VO2 Máx pode ser explicada pelo fato de que as mulheres têm um percentual de gordura corporal maior do que os homens, em mulheres destreinadas o percentual de gordura corporal atinge em média 25%, enquanto nos homens, chega a 15%. O percentual de gordura corporal mais baixo indica uma menor quantidade de gordura no corpo e, consequentemente, maior será o tamanho da massa muscular. Com isso, o homem gera mais energia aeróbica que as mulheres, até mesmo em atletas a diferença existe, contudo, a gordura corporal é mais reduzida do que em indivíduos sedentários. Além disso, os homens têm uma quantidade maior de hemoglobina, cerca de 10 a 14% a mais, essa diferença de concentração de hemoglobina faz com que o homem tenha vantagem para carrear oxigênio durante o exercício (SALLES et. al., 2011).
Quadro 1. Consumo máximo de oxigênio de homens, AHA (American Heart Association)
Quadro 2. Consumo máximo de oxigênio de mulheres. AHA (American Heart Association)
Figura 1. Condicionamento cardiorrespiratório dos avaliados desse estudo
A figura 1 representa o condicionamento cardiorrespiratório dos avaliados desse estudo, onde, os homens obtiveram melhores índices de aptidão cardiorrespiratória, sendo classificados em aptidão cardiorrespiratória boa (66,7%) e excelente (33,3%), comprovando o fato de haver diferenças entre os gêneros quando se trata de VO2 máx. Em média, as mulheres avaliadas tiveram uma classificação regular, nenhuma avaliada foi classificada com os índices de muito fraca e fraca, cerca 33,3% das mulheres avaliadas obteve o índice de boa aptidão cardiorrespiratória e 66,7% alcançou o índice de aptidão cardiorrespiratória regular, nenhuma das avaliadas conseguiu alcançar o nível de aptidão cardiorrespiratória excelente. Em estudo realizado por Neto e Areal (2012), com 59 alunos do ensino médio de uma escola pública do Rio de Janeiro, observou-se a diferença na condição aeróbia, com os homens apresentando índices superiores às mulheres. Os avaliados dessa pesquisa apresentaram níveis de condicionamento cardiorrespiratório superiores aos da pesquisa realizada por Medeiros (2011), na qual os avaliados obtiveram classificações muito fraca, fraca e regular, porém, esses indivíduos eram sedentários, o que não é o caso dos avaliados dessa amostra.
Figura 2. Percentual de gordura dos avaliados desse estudo
No que diz respeito à composição corporal, de acordo com a figura 2, 41,7% dos homens avaliados apresentaram um percentual de gordura dentro da média, 16,7% no índice regular, 33,3% apresentaram um percentual de gordura insuficiente e apenas 8,3% tiveram a classificação de percentual de gordura bom. As mulheres que apresentaram seu percentual de gordura dentro da média foram 77,8% das avaliadas as outras 22,2% foram classificadas com um índice regular em relação ao seu percentual de gordura corporal. Em alguns estudos, o percentual de gordura mostrou relação inversa com o VO2 máx, ou seja, quanto menor o percentual de gordura corporal, melhor o condicionamento cardiorrespiratório (SALLES et. al., 2011). Nesse estudo, o percentual de gordura não influenciou no VO2 máx, pois, apenas 33,3% dos avaliados com índice de gordura corporal dentro da média ou boa, apresentaram boa classificação de aptidão cardiorrespiratória. Em estudo realizado por Lima, Zamai e Bankoff (2010) verificou-se uma discrepância dos valores de IMC e %G, devido ao fato que os avaliados, quando classificados pelo IMC, 57,7% foram classificados como acima do peso. Porém, quando enquadrados por suas faixas etárias e avaliado o percentual de gordura através do método Faulkner (1973), apresentaram índices considerados bons ou excelentes para suas faixas etárias. Nesse estudo, quando analisamos o percentual de gordura em comparação ao IMC, notamos que 50% dos avaliados do sexo masculino foram classificados em: na média e bom, já o IMC mostrou que apenas 25% dos homens estão no limite desejável da relação massa corporal/estatura. Já as mulheres, foram classificadas como: na média (77,8%), a partir da análise feita através do %G, porém, através da classificação do IMC, apenas 44,4% das avaliadas foram classificadas no limite desejável.
Quadro 3. Valores normativos do IMC (Guedes e Guedes, 1998; Jaéquier, 1987)
Figura 3. Índice de Massa Corporal dos avaliados desse estudo
A figura 3 mostra outro importante índice para avaliação da composição corporal, o IMC, em geral os avaliados do sexo masculino apresentaram um índice médio de 27 kg/m² no IMC, o que já é considerado como Grau 1 de obesidade, apresentando um risco mortalidade moderado, já as mulheres apresentaram um índice médio de 24,7 kg/m², o que representa um Limite desejável com baixo risco de mortalidade, de acordo com a tabela de classificação de IMC de Jáequier (1987) e Guedes e Guedes (1998). Dentre os avaliados do sexo masculino, 41,7% foram classificados como Grau 1 de obesidade com risco de mortalidade moderado, 25% foram classificados no limite desejável com risco de mortalidade baixo, outros 25% foram classificados no Grau 2 de obesidade com risco de mortalidade alto, apenas 8,3% esteve abaixo do limite desejável. Entre os avaliados do sexo feminino, tivemos 44,4% no limite desejável para um homem ou mulher com risco de mortalidade baixo, 44,4% foram classificadas como Grau 1 de obesidade com risco de mortalidade moderado e apenas 11,2% sendo classificada como Grau 2 de obesidade com risco de mortalidade alto.
Conclusão
No presente estudo, conclui-se que os homens obtiveram índices acima da média em sua capacidade cardiorrespiratória, sendo classificados em bom condicionamento cardiorrespiratório (66,7%) e excelente (33,3%) e as mulheres uma classificação regular (66,7%) e boa (33,3%) em sua capacidade cardiorrespiratória, sendo que as mulheres tiveram melhores resultados na composição corporal, apresentando um percentual de gordura dentro da média (77,8%) e regular (22,2%), já os homens apresentaram um percentual de gordura dentro da média (41,7%), insuficiente (33,3%), regular (16,7%) e bom (apenas 8,3%). Nesse estudo o percentual de gordura não influenciou nos resultados de condicionamento cardiorrespiratório dos avaliados, pois apenas 33,3% dos avaliados com classificação de percentual de gordura na média ou boa obtiveram boa aptidão cardiorrespiratória. Os homens apresentaram riscos maiores de mortalidade do que as mulheres e possíveis propensões a desenvolverem doenças crônico-degenerativas acometidas pelo acúmulo de gordura corporal.
Faz-se necessário conscientizar sobre a importância da prática de exercícios físicos e a relevância da manutenção do percentual de gordura corporal em níveis normais, a fim de manter o corpo em um estado de equilíbrio, sem que o mesmo acumule gordura de forma exacerbada, aumentando as chances em se desenvolver doenças como a arteriosclerose, diabetes, hipertensão arterial, trazendo assim, riscos de mortalidade.
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