Análise cinesiológica e biomecânica do exercício ‘rosca direta’ Análisis kinesiológico y biomecánico del ejercicio ‘rosca directa’ |
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*Discentes do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira **Orientador. Docente do curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira. Mestre e Doutor em Educação Física (Brasil) |
Felipe Freire Reis* Juliana da Silva Mota* Graciela Cingridi dos Santos Colaço* Prof. Ademir Schmidt** |
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Resumo O presente estudo tem como objetivo análise cinesiológica e biomecânica do exercício rosca bíceps, a pesquisa utilizada foi a pesquisa bibliográfica e aquela que se desenvolve tentando explicar um problema a partir das teorias publicadas em diversos tipos de fontes. O exercício rosca direta envolve-se somente a articulação do cotovelo. O cotovelo é formado por três ossos: a parte inferior do úmero (osso do braço) e as partes superiores dos ossos do antebraço: o rádio e a ulna. Essa articulação é classificada em uniaxial, sinovial e gínglimo. Na rosca direta pode-se observar que esse exercício é bem simples, mais que recruta vários músculos para sua execução, trabalha em apenas um plano e eixo, pode ser assimilada como uma atividade de levantar alguma coisa no dia a dia, pois o exercício é a flexão do cotovelo, tem amplitude média de flexão de 145º, sua alavanca é de terceira classe (interpotente), força entre ponto de apoio e resistência. Unitermos: Cinesiologia do cotovelo. Biomecânica do cotovelo. Exercício rosca direta.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 192 - Mayo de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
O principal objetivo desse trabalho é fazer a análise cinesiológica e biomecânica do exercício rosca bíceps, que é um exercício muito praticado em academias, que tem como a sua articulação de movimento a articulação do cotovelo.
A partir da idéia de que vamos trabalhar com o cotovelo, também será falado da articulação do cotovelo como um todo, para melhor entender a cinesiológia e biomecânica do exercício rosca bíceps.
Para melhor assimilar ao exercício rosca bíceps, pode-se dizer que o movimento consiste em flexão de cotovelo. Este é totalmente realizado no plano sagital ou ântero-posterior, apoiado no eixo frontal (CAMPOS, 2000).
A análise cinesiológica e biomecânica será feita dos seguintes aspectos: amplitude de movimento, descrição do exercício, articulação, plano e eixo, classificação da articulação, músculos agonistas, músculos antagonistas, tipos de alavanca e limitadores do movimento.
2. Metodologia
Esta pesquisa caracteriza-se como bibliográfica. Pesquisa bibliográfica e aquela que se desenvolve tentando explicar um problema a partir das teorias publicadas em diversos tipos de fontes: livros, artigos, manuais, enciclopédias, anais, meios eletrônicos, etc. A realização da pesquisa bibliográfica e fundamental para que se conheça e analise as principais contribuições teóricas sobre um determinado tema ou assunto. (HEERDT e LEONEL, 2007, p. 67)
Os indexadores utilizados para busca foram: cinesiologia do cotovelo, biomecânica do cotovelo, exercício rosca direta.. Foram utilizados artigos científicos publicados de 1998 a 2013, em revistas eletrônicas e sites de buscas (EFDeportes; Google Acadêmico; Scielo)
3. Análise cinesiológicas e biomecânica do exercício “rosca direta”
O exercício rosca direta envolve-se somente a articulação do cotovelo. Para que possamos começar essa analise deste exercício, precisamos conhecer a articulação do cotovelo.
O cotovelo é formado por três ossos: a parte inferior do úmero (osso do braço) e as partes superiores dos ossos do antebraço: o rádio e a ulna. Essa articulação é classificada em uniaxial, sinovial e gínglimo (dobradiça) (NEUMANN, 2011).
Possui três articulações (DULFOUR, 2004):
Úmero-ulnar, entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna;
Úmero-radial, entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio;
Rádio-ulnar proximal, entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna.
Suas estruturas articulares são (DUFOUR, 2004):
Cápsula Articular - circunda toda a articulação e é formada por duas partes: anterior e posterior. A parte anterior é uma fina camada fibrosa que recobre a face anterior da articulação. A parte posterior é fina e membranosa e consta de fibras oblíquas e transversais;
Cartilagem Articular - circunda as extremidades dos ossos para a proteção do mesmo;
Ligamento Colateral Ulnar - é um feixe triangular espesso constituído de duas porções: anterior e posterior, unidas por uma porção intermediária mais fina;
Ligamento Colateral Radial - é um feixe fibroso triangular, menos evidente que o ligamento colateral ulnar;
Ligamento Anular do Rádio - é um forte feixe de fibras que envolvem a cabeça do rádio, mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna. Da borda inferior do ligamento anular sai um feixe espesso de fibras que se estende até o colo do rádio, denominado ligamento quadrado.
Os movimentos possíveis que a articulação do cotovelo permite são apenas a flexão que compreende de 0º a 145º e extensão que é de 0º (NEUMANN, 2011). Esses movimentos acontecem no plano sagital e eixo frontal.
Os músculos responsáveis por esses movimentos estão divididos em dois grupos, o primário e o secundário, segundo (HALL, 2009 e SCHMIDT, 2010).
Grupo primário ou principal – Bíceps Braquial, Braquial, Braquiorradial e o Tríceps Braquial;
Grupo secundário ou auxiliar – Flexor Radial do Carpo, Flexor Ulnar do Carpo, Palmar Longo, Pronador Redondo, Flexor Superficial dos Dedos, Extensor Radial Longo do Carpo, Extensor Radial Curto do Carpo, Extensor Ulnar do Carpo, Extensor dos Dedos, Extensor do Dedo Mínimo e o Ancôneo.
Agora depois de entendermos sobre o complexo articular do cotovelo, podemos fazer a análise cinesiológica e biomecânica do exercício Rosca Direta.
Analise do exercício “rosca direta”
Descrição do exercício: partindo de uma posição em pé com os pés afastados na largura dos ombros e joelhos um pouco flexionados, segure a barra com os braços estendidos, pegada com afastamento igual ou um pouco maior que a distancia entre os ombros e com o dorso das mãos voltado para baixo. Leve a barra até o nível dos ombros, flexionando os cotovelos. Abaixe a barra de volta a posição inicial, mais não abaixar a barra de forma descontrola para uma maior eficácia do movimento. Em outras palavras esse exercício consiste em uma flexão de cotovelo;
Articulação: Articulação do Cotovelo;
Plano: Sagital. Segundo (HALL, 2009) o plano no qual ocorrem os movimentos para frente e para traz do corpo dos segmentos corporais é o plano Sagital;
Eixo: Frontal ou Latero-lateral (DANGELO, 2007);
Classificação da articulação: Sinovial, Uniaxial e Gínglimo (dobradiça) (HALL, 2009);
Músculos agonistas: Os músculos principais segundo (HALL, 2009) são: - Bíceps Braquial, Braquial e Braquiorradial. E também para (HALL, 2009) os secundários são: - Flexor Radial do Carpo, Flexor Ulnar do Carpo, Palmar Longo, Pronador Redondo e Flexor Superficial dos Dedos;
Músculos antagonistas: (HALL, 2009) diz que o músculo principal é o: – Tríceps Braquial. Para (SCHMIDT, 2010 e HALL, 2009) os músculos secundários são: - Extensor Radial Longo do Carpo, Extensor Radial Curto do Carpo, Extensor Ulnar do Carpo, Extensor dos Dedos, Extensor do Dedo Mínimo e o Ancôneo;
Alavanca: 3ª Classe (Interpotente) (LIMA, 2006);
Limitadores do movimento: Segundo (SCHMIDT, 2010) os limitadores na flexão são: - Contato entre as massas musculares da parte anteriores do braço e antebraço, contato ósseo da cabeça do rádio e o processo coronóide do úmero e a cápsula articular. E também para (SCHMIDT, 2010) os limitadores na extensão são: – Contato ósseo do olécrano da ulna com a fossa do olecrano do úmero, cápsula articular e músculos flexores.
Considerações finais
Com este estudo tivemos a possibilidade de entender uma pouco da articulação do cotovelo. O cotovelo é formado por três ossos: a parte inferior do úmero (osso do braço) e as partes superiores dos ossos do antebraço: o rádio e a ulna. Essa articulação é classificada em uniaxial, sinovial e gínglimo (dobradiça).
Na rosca direta pode-se observar que esse exercício é bem simples, mais que recruta vários músculos para sua execução, trabalha em apenas um plano e eixo, pode ser assimilada como uma atividade de levantar alguma coisa no dia a dia, pois o exercício é a flexão do cotovelo, tem amplitude média de flexão de 145º (CAMPOS, 2000). Sua alavanca é de terceira classe (interpotente), força entre ponto de apoio e resistência. Sendo ainda mais outros aspectos da análise cinesiológica e biomecânica do exercício rosca bíceps que foram analisadas.
Referências bibliográficas
CAMPOS, Maurício de A. Biomecânica da musculação. 2ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.
DANGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia humana – sistêmica e segmentar. São Paulo, Atheneu, 2007.
DUFOUR, Michel. Anatomia do aparelho locomotor. V. 02 Membro Superior, Guanabara Koogan, 2004.
HALL, Susan J. Biomecânica básica. Baruiri. Manoli, 2009.
HEERDT, M.L. LEONEL.V. Metodologia científica e da pesquisa – 5ª edição - Santa Catarina – 2007
LIMA, Claudia Silveira; PINTO, Ronei Silveira. Cinesiologia e musculação. Porto Alegre: Artmed, 2006.
NEUMANN, Donald. A cinesiologia do aparelho musculoesquelético. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
SCHMIDT, Ademir. Cinesiologia e biomecânica. Goiânia: 2010.
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