1 / 1

Introdução

    A Doença Renal Crônica (DRC) é uma síndrome metabólica que leva a perda irreversível da função renal, gerando alterações fisiológicas e funcionais em todo e sistema corporal, causadas pela redução da atividade física, hipotonia, anemia e alterações no metabolismo com prejuízo na qualidade de vida, acarretando problemas físicos, psicológicos, sociais e econômicos na vida diária destes pacientes (RIELLA, 2010).

    As principais causas da DRC também chamadas de doenças de base são o diabetes melittus, a hipertensão arterial e as glomerulonefrites. Uma vez estabelecida no organismo humano, a DRC pode levar a um conjunto de complicações e morbidades.

    Estudos apontam alguns fatores que contribuem para a progressão da DRC estabelecida, tais como: proteinúria persistente; dieta elevada de proteína e fosfato, dislipidemia, hiperfosfatemia, anemia, doença cardiovascular, tabagismo e obesidade (TERRA, 2010).

    Alterações cardiovasculares e músculo esquelético são comuns nessa população. Inúmeras desordens bioquímicas e circulatórias trabalham juntas para promover alterações musculoesqueléticas. Além disso, o estilo de vida sedentário acentua ainda mais essas manifestações.

    Pacientes com insuficiência renal crônica sofrem uma série de comprometimentos e limitações nas atividades diárias, isso se deve a síndrome urêmica, que vem a ser uma alteração dos sistemas no qual envolve anemia, uremia, alterações metabólicas, doenças cardiopulmonares, imunológicas e psíquicas, além das disfunções musculoesqueléticas que acarretam no comprometimento físico. (GUYTON; HALL, 2011).

    As principais complicações durante a hemodiálise são: câimbras, fraqueza muscular, lombalgia, dor em membros inferiores e parestesia. Isto se deve a uma série de fatores como a anemia, a miopatia urêmica e a neuropatia, a atrofia de desuso, o prejuízo do metabolismo muscular, a disfunção autonômica, a má nutrição e algumas comorbidades associadas. (TERRA, 2010)

    Esses pacientes, principalmente os sedentários, apresentam menor aptidão física, o que ocasiona o aceleramento e o agravamento da doença. De acordo com Barbieri (2007) e Martins e Cesarino (2005), o sedentarismo nos indivíduos com IRC é consequência de suas limitações em um cotidiano monótono, principalmente após o inicio do tratamento hemodialítico que se realiza em média, por quatro horas e três vezes por semana, e assim influenciando diretamente na capacidade funcional e a qualidade de vida (QV) desses pacientes.

    Na Insuficiência Renal Crônica (IRC), os pacientes demonstram diminuição da capacidade funcional devido a baixa tolerância ao exercício. Essa diminuição dos exercícios físicos pode causar alterações musculoesqueléticas como fadiga e diminuição da resistência. Sendo assim o exercício físico se apresenta como recurso terapêutico na prevenção e no retardo destas alterações.

    A fisioterapia é um instrumento de grande importância à pacientes com DRC, principalmente quando sua intervenção das manifestações musculoesqueléticas já ocorre dentro dos centros nefrológicos, melhorando significativamente nas alterações fisiológicas e funcionais desses pacientes. (COELHO, 2007)

    As atividades fisioterapêuticas tem sido bem reconhecidas como uma forma de intervenção terapêutica que pode melhorar as alterações fisiológicas, psicológicas e funcionais desses pacientes, pois a IRC é considerada um problema de saúde pública devido sua evolução progressiva, sem alternativas de melhoras rápidas tem como consequência altas taxas de morbidade e mortalidade (CHERCHIGLIA et al, 2010).

    Oportunizar e inserir o fisioterapeuta a equipe é de fundamental importância tendo como propósito estabelecer programas de exercícios durante a diálise para pacientes em hemodiálise dando motivação em um ambiente estruturado e monótono a fim de prevenir e diminuir os efeitos da condição clínica da doença renal, como as manifestações musculoesqueléticas, cardiovasculares e respiratórias nos pacientes. (SOARES; ZEHETMETER; RABUSKE, 2007); (MEDEIROS; PINENT; MEYER, 2002); (ROCHA et al,2010).

    Desta forma verificou-se a necessidade de realizar esta pesquisa de revisão integrativa com o objetivo verificar a importância da fisioterapia em pacientes renais crônico submetidos à hemodiálise.

Metodologia

    Realizou-se uma revisão integrativa de artigos científicos sobre a importância da fisioterapia em pacientes renais crônicos submetidos a hemodiálise, indexados nas bases de dados: LILACS (literatura latino-americana e do Caribe em ciências da saúde) e SCIELO Brasil (Scientific Electronic Library Online). Para busca, foram utilizados os seguintes descritores: fisioterapia, doença renal crônica, hemodiálise, exercício físico. Estas palavras-chave poderiam estar no titulo ou no resumo. Como estratégia complementar utilizou-se a busca manual em listas de referências dos artigos selecionados.

    Os títulos e resumos dos artigos foram analisados e incluíram-se os estudos que tiveram como desfecho a fisioterapia e sua importância em pacientes com DRC em Hemodiálise (HD), artigos disponíveis por completo nas bases de dados pesquisadas, escritos em português e publicados entre os anos de 2007 e 2013. Quando o titulo e o resumo não eram esclarecedores, o artigo era lido na integra para que estudos relevantes não fossem excluídos da revisão.

    A busca foi conduzida de março a agosto de 2013 de forma independente, seguindo os critérios de inclusão e exclusão. Foi realizada uma análise descritiva de dados extraídos dos estudos selecionados que foram: autor, ano de publicação, número da amostra, objetivos, principais resultados observados.

    A busca aos artigos, segundo a estratégia definida, resultou em 26 artigos, e, de acordo com os objetivos do estudo e os critérios de inclusão, apenas 14 artigos foram selecionados.

Analise e discussão dos resultados

    A análise e discussão dos resultados da Revisão Integrativa buscou identificar os tratamentos de fisioterapia e sua importância na melhora do paciente renal crônico em Hemodiálise.

Quadro 1. Caracterização dos artigos

Título do artigo	Ano/periódico	Autores	Método	Objetivo	Benefícios
Exercício físico em pacientes dialisados.	Rev Bras Med Esporte - 2007	Reboredo,M.M; Henrique, D.M.N; Bastos, M.G; Paula, R.B	Revisão Bibliográfica	Discutir entre autores aspectos da realização de exercícios físicos em pacientes portadores de DRC em diálise	Prática de exercícios durante as sessões de hemodiálise, contribui para a melhoria da capacidade funcional, da qualidade de vida e possivelmente para a redução da morbimortalidade cardiovascular em pacientes renais crônicos.
Efeito do exercício físico durante a hemodiálise em indivíduos com insuficiência renal crônica:Uma revisão.	Fisioterapia e Pequisa - 2008	Moura, R.M.F; Silva, F.C.R; Ribeiro, G.M; Sousa, A.S	Revisão Bibliográfica	Revisar sobre os programas de exercício físico durante a hemodiálise e sua influencia nos efeitos agudos e as adaptações crônicas, cardiovasculares e musculares em indivíduos no estágio final da doença renal.	A literatura disponível evidencia benefícios do exercício durante a hemodiálise sobre a capacidade aeróbica e força muscular dos pacientes.
Treinamento aeróbico melhora a capacidade funcional de pacientes em hemodiálise crônica.	Arquivo Brasileiro de Cardiologia - 2010	Henrique, D.M.N; Reboredo, M.M; Chaoubah, R.B; Paula, R.B	Estudo experimental	Avaliar o efeito do treinamento aeróbico durante as sessões de hemodiálise, sobre a capacidade funcional e a pressão arterial de pacientes renais crônicos.	Após o treinamento, observou-se aumento significativo da distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos e controle da hipertensão arterial (HAS).
Repercussão de um protocolo fisioterapêutico intradialítico na funcionalidade pulmonar, força de preensão manual e qualidade de vida de pacientes renais crônicos	J. Bras Nefrol - 2010	Rocha, R.E; Magalhães, S.M; Lima, V.P	Estudo experimental não randomizado, quantitativo e qualitativo	Verificar os efeitos da fisioterapia em hemodiálise para função da musculatura respiratória, força de preensão manual e QV	Apresentou melhora de oito domínios que avalia o nível de QV.
Efeito do exercício aeróbico durante a hemodiálise em pacientes com doença renal crônica: Uma revisão de literatura	J. Bras Nefrol – 2012	Bõhn, J; Monteiro, M.B; Thomé, F.S	Revisão Bibliográfica	Revisão sobre os efeitos do exercício aeróbio em ciclo ergômetro para membros inferiores durante a HD.	Promovem a melhora da capacidade aeróbia e o condicionamento físico, redução da fadiga e melhora depuração da uréia.
Maior Nível de Atividade Física associa-se a melhor função cognitiva em renais crônicos em hemodiálise.	J. Bras Nefrol – 2012	Stringuetta-Belik, F; Shiaishi,F.G; Silva, V.R.O; Barretti, P; Caramon, J.C.T; Bôas, P.J.F.V; Martins, L.C; Franco, R.J.S	Descritivo Quantitativo	Avaliar a associação entre o nível de atividade física e a função cognitiva de pacientes com DRC que realiza HD.	O nível de atividade física associou-se ao desempenho cognitivo em pacientes em hemodiálise, independen­temente de outros fatores de confusão.
Avaliação da capacidade funcional e pulmonar em pacientes pediátricos transplantados renais	J. Bras Nefrol – 2013	Ferrari, R.S; Shaan, C.W; Cerutti, K; Mendes, J; Garcia, C.D; Monteiro, M.B; Lukrafka, J.L	Estudo Transversal quantitativo	Avaliar a capacidade funcional e pulmonar de criança e adolescente submetidos a transplante renal	A força muscular respiratória e a capacidade funcional renal são reduzidos comparados aos da população pediátrica em geral sendo necessário a fisioterapia
Exercício aeróbico durante a hemodiálise: relato de cinco anos de experiência	Fisioter Mov - 2011	Reboredo, M.M; Farias, R.S;Portes, B.V; Mol, C.G; Pinheiro, B.V; Pinheiro, B.V; Paula, R. B.	Estudo descritivo	Descrever a experiência de cinco anos de um programa de exercício aeróbico intradialítico	A realização de exercício aeróbico durante a sessão de HD é uma prática bem aceita pelos pacientes melhorando a qualidade de vida.
Eficácia de um protocolo de exercícios físicos em pacientes em insuficiência renal crônica, durante o tratamento de hemodiálise, avaliada pelo SF-36	Fisioter Mov - 2011	Soares, K.T.A; Viesser, M.V; Rziski, T.A.B; Brum, E.P.	Estudo tipo experimental, longitudinal e com abordagem quantitativa	Analisar os efeitos de um protocolo de exercícios fisioterapêuticos em pacientes renais crônicos, durante a terapia hemodialítica	Melhora das capacidades funcionais, níveis de dor, vitalidade e saúde mental.
Efetividade do exercício físico na insuficiência renal crônica	Fisioter Mov - 2011	Nascimento, L.C.A; Coutinho, E.B; Silva, K.N.G	Revisão Bibliográfica	Avaliar sobre a influência do exercício físico em pacientes com DRC submetidos a HD.	Os exercícios físicos seja aeróbicos ou de resistência promovem melhora na capacidade funcional, função muscular e QV.
Aplicação de exercício isotônico durante a hemodiálise melhora a eficiência dialítica	Fisioter Mov - 2013	Freire, A.P.C.F; Rios, C.S; Padula, M.A.T; Lopes, F.S	Estudo Experimental	Avaliar o Kt/V em indivíduos com DRC submetidos ao exercício físico isotônico de baixa intensidade durante a hemodiálise	O programa de exercício físico isotônico de baixa intensidade em pacientes com DRC, aplicados durante a sessão de diálise mostrou a melhora da eficiência dialítica.
Programa de exercícios físicos para o doente renal crônico em hemodiálise	Rev Bras Ativ Fis e Saúde - 2012	Marchesan, M; Rombaldi, A.J	Estudo descritivo quantitativo e qualitativo	Mostrar a importância de um programa de exercícios dentro do centro diálise.	Melhoras biopsicossociais para esta população.
Fisioterapia transdiálise em doentes renais crônicos	Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR - 2011	Chaves, S. T.; Fernandes, T. F.; Carvalho, M. P.; Rabuske, M.	Estudo controlado longitudinal com uma abordagem quantitativa	Avaliar se um programa de fisioterapia aplicado durante a hemodiálise melhora a qualidade de vida e aumenta a força muscular do doente renal crônico.	O programa de exercícios físicos transdiálise mostrou-se benéfico para capacidade física com conseqüente melhora da qualidade de vida desses pacientes apesar de não demonstra aumento da força muscular
Avaliação funcional pré e pós-programa de exercício físico de pacientes em hemodiálise	Medicina (Ribeirão Preto) - 2013	Lima, F.F; Miranda, R.C.V; Rossi e Silva, R.C; Monteiro, H.L; Yen L.S; Fahur, B.S; Padulla, S.A.T.	Estudo Experimental	Avaliar os efeitos de um programa de exercício físico sobre a função pulmonar, capacidade funcional, qualidade de vida e dor, em pacientes que realizam hemodiálise.	Embora a capacidade pulmonar e a capacidade funcional (TC6') não tenham apresentado alterações ao final do experimento, os níveis reduzidos de dor, cansaço e dispnéia sugerem melhora do desempenho funcional, após programas de exercício físico para DRC.

    A partir da pesquisa bibliográfica realizado na base de dados LILACS e SCIELO observou-se que os artigos foram publicados em diferentes periódicos conforme Tabela 1.

    Em relação a metodologia dos artigos utilizados durante a amostra, foi realizado uma breve leitura das publicações sendo extraído fatores importantes como delineamento do estudo amostras e resultados como pode ser visto no quadro1.

    Na análise do quadro acima foram identificados 14 tipos de estudos que tem como um dos objetivos identificar e avaliar os fatores relacionados a inserção da fisioterapia na DRC, através da avaliação e dos protocolos de tratamento utilizados por esse pacientes. Apresentando a frequência e porcentagem da amostra obtida.

Tabela 1. Frequência e porcentagem dos periódicos.

    Em relação aos periódicos de publicação dos artigos utilizados neste estudo, quatro foram na J. Bras. Nefrol (28,5 %); um nas respectivas revistas Ciências. Saúde. UNIPAR (7,14 %); Rev Bras Ativ Fis e Saúde (7,14 %); Fisioterapia e Pequisa (7,14 %); Rev Bras Med Esporte (7,14 %); Arquivo Brasileiro de Cardiologia (7,14 %); Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (7,14 %); e quatro Fisioterapia Mov. (28,5 %) sendo todos os artigos publicados no Brasil.

    No que se refere o ano de publicação de publicação desses artigos podemos observar no gráfico 1.

Gráfico 1. Frequência e porcentagem dos periódicos por ano

Fonte: dados da pesquisa

    No gráfico acima o ano de 2011 a 2013 tem uma porcentagem em numero de publicações (75,5 %) seguindo dos demais anos com que no total soma (24,5 %). Isso sugere o aumento pelo interesse do tema, pois um estudo mais detalhado irar contribuir para adesão da fisioterapia no tratamento de pacientes com Insuficiência Renal Crônica.

    Os pacientes portadores de insuficiência renal crônica IRC apresentam redução da capacidade sendo que a tolerância ao exercício pode ser 50% menor em relação a indivíduos saudáveis. Essa perda da massa muscular, fraqueza muscular, e outras alterações musculoesqueléticas leva há um maior índice de mortalidade.(ROCHA et al, 2010)

    Pesquisas demonstram que a IRC e o tratamento hemodialítico estão entre as patologias e terapias que mais afetam a QV, pois levam a uma limitação da capacidade cardiorrespiratória e física, o que pode prejudicar o desempenho nas atividades de lazer, trabalho e convívio social,(CANTARERELI et al, 2009).

    Em cinco estudos buscou-se avaliar a adesão da fisioterapia ao tratamento hemotialítico, a fim de promover um maior condicionamento funcional nesses pacientes através de exercícios aeróbicos. Nesses estudos a fisioterapia através de programa de exercícios aeróbicos mostrou melhoras significativas na prevenção e no retardo de possíveis complicações do tratamento hemodialítico. Em estudo realizado por Reboredo et al. 2007, 14 pacientes renais crônicos em HD foram submetidos ao treino aeróbico, ao final de 12 semanas a distância percorrida no TC6’ aumentou em 10%.

    Apesar de se ter poucos estudos em relação a pacientes hipertensos com DRC, a fisioterapia através de um treinamento aeróbico realizado durante as sessões de HD, demonstrou redução dos níveis pressóricos, aumento da capacidade funcional, melhora da anemia e redução da creatinina, (ROLIM; BRUM, 2005).

    O estudo realizado por Coelho et al (2007), demonstrou redução significativa na distância caminhada, por crianças e jovens portadores de DRC, em relação ao grupo controle, sem comprometimento da função renal.

    Segundo Figueredo, Giacomazzi, Seixas (2009), durante a diálise a realização de exercícios pode aumentar a tolerância ao esforço físico levando a uma maior efetividade, contribuindo para maior e mais fácil aderência ao exercício, assim intervindo de forma eficiente no aumento da flexibilidade e da motivação em um ambiente estruturado e monótono.

    De acordo com Chaves et al (2011), os exercícios de fortalecimento resulta na melhora do condicionamento físico e assim reduzindo potencialmente efeitos adversos influenciando diretamente na qualidade de vida desses pacientes.

    Observou-se também, nos estudos analisados, uma grande diversidade quanto aos protocolos de treinamento utilizados em termos de intensidade, frequência e duração, o que demonstra que esses parâmetros devem se adequar às características físicas e condições clínicas de cada paciente. Além disso, os estudos não possuem a mesma metodologia, sendo necessário o desenvolvimento de estudos de maior qualidade metodológica utilizando grupos de pacientes mais homogêneos, principalmente com relação à idade e características clínicas.

    Percebe-se que os estudos apontam diferentes resultados positivos na adesão do tratamento fisioterapêutico promovendo melhores índices de Qualidade de Vida como relatado em outro artigo utilizado.

    Em relação os resultados relacionados a melhora do paciente, as principais foram as funcionais, as fisiológicas e as psicológicas, sendo de grande importância, pois tanto a DRC quanto o tratamento de hemodiálise causam diversas alterações em todo o sistema corporal. Estas alterações fazem parte das principais limitações na qualidade de vida desses pacientes.

    O exercício físico vem sendo apontado como co-adjuvante no tratamento de pacientes DRC. Um protocolo de exercícios físicos proporciona efeitos benefícios em multiplus sistemas através de técnicas especificas como os alongamentos quando possível, exercícios cardiorrespiratórios, treino de força e endurance, deambulação precoce, equilíbrio, propriocepção, e o treino de atividade diária e instrumentais (SOARES et al, 2011).

    Em todos os estudos avaliados a qualidade de vida de portadores de DRC submetidos à hemodiálise e inserido em um programa de fisioterapia. Foi encontrada uma tendência de melhor qualidade de vida em pacientes tratados, fato que sugere que a inserção de um programa de fisioterapia no cotidiano desses pacientes pode melhorar sua qualidade devida.

Conclusão

    Apesar dos poucos estudos de fisioterapia destinados aos pacientes portadores de IRC, os dados achados nesta revisão mostram que a fisioterapia através de um programa de reabilitação física tem repercussões benéficas na melhora da capacidade funcional, função pulmonar, força muscular e controle da P.A. No entanto devem ser realizados mais estudos no intuito de padronizar os tratamentos de acordo com freqüência, duração e intensidade incorporados aos exercícios físicos realizados no tratamento de pacientes com DRC submetidos à hemodiálise

Referências

• CANTARERELI, F; CORRÊA, L.B; OLIVEIRA, R,N; CUNHA, L. S. Efeito do treinamento muscular periférico na capacidade funcional e qualidade de vida nos pacientes em hemodiálise. J Bras Nefrol. 2009; 31(1):18-24.

• CHAVES, S. T.; FERNANDES, T. F.; CARVALHO, M. P.; RABUSKE, M. Fisioterapia transdiálise em doentes renais crônicos. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 15, n. 1, p. 71-77, jan./abr. 2011.

• CHERCHIGLIA, M. Leal et al. Determinantes dos gastos com diálises no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2000 a 2004. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 26(8):1627-1641, ago, 2010.

• COELHO, M. C; GODOY, C. G; Tavares H, Navarro F, Almeida AL. Avaliação funcional e prescrição de treinamento para paciente portador de insuficiência renal crônica submetido a hemodiálise: um relato de caso. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 2007;1(3):29-41.

• COOPER, H. Scientific guidelines for conducting integrative research reviews. Review of Educational Research. 1982 jan./mar.; 52 (2): 291-302.

• Exercício físico em pacientes dialisados. Rev. bras. med. esporte, 13(6), 427-430, 2007.

• FIGUEIREDO, A; GIACOMAZZI, C; SEIXAS, R. Fisioterapia Intradialítica na reabilitação do doente renal crônico. J. Bras Nefrol 2009, 31(3) p.235-236

• GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koorgan, 2011.

• MARTINS, M. R. I.; CESARINO, C. B. Qualidade de Vida de Pessoas com Doença Renal Crônica em Tratamento Hemodialítico. Rev Latino. Enfermagem.2005 setembro-outubro;13950:670-6.

• REBOREDO, M. D. M; HENRIQUE, D. M. N; BASTOS, M. G; PAULA, R. B. D. RIELLA, MC. Princípios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrólicos. 5ª ED. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

• MEDEIROS RH, PINENT CEC, MEYER F. Aptidão física de indivíduo com doença renal crônica. J Bras Nefrol. 2002;24(2):81-7.

• ROCHA, E; MAGALHÃES, S. M; LIMA, V. P. D . (2010). Repercussão de um protocolo fisioterapêutico intradialítico na funcionalidade pulmonar, força de preensão manual e qualidade de vida de pacientes renais crônicos. J. bras. nefrol, 32(4), 359-371.

• ROLIM, N. P. L.; BRUM, P. C. Efeito do treinamento físico aeróbio na hipertensão arterial. Hipertensão. 2005;8:35-7.

• ROMAN, A. R; FRIEDLANDER, M. R. Revisão integrativa de pesquisa aplicada à enfermagem. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v.3, n.2, p.109-112, julho/dezembro, 1998.

• SOARES A, ZEHETMEYER M, RABUSKE M. Atuação da fisioterapia durante a hemodiálise visando à qualidade de vida do paciente renal crônico. Rev de Saúde da UCPEL.2007;1(1):7-12.

• SOARES, K. T. D. A; VIESSES, M. V., RZNISKI, T. A. B; BRUM, E. P. (2011). Eficácia de um protocolo de exercícios físicos em pacientes com insuficiência renal crônica, durante o tratamento de hemodiálise, avaliada pelo SF-36; Fisioter. mov, 24(1), 133-140.

• TERRA, F.S. et al. As principais complicações apresentadas pelos pacientes renais crônicos durante as sessões de hemodiálise. Minas Gerais: Rev Bras Clin Med, 2010.

Outros artigos em Portugués

	Búsqueda personalizada
EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 192 | Buenos Aires, Mayo de 2014   © 1997-2014 Derechos reservados