Sexualidade na escola: um estudo
com alunos do ensino La sexualidad en la escuela: un estudio con alumnos de enseñanza básica II de una escuela privada de la ciudad de Registro, SP |
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Centro Universitário Adventista São Paulo Curso Psicopedagogia São Paulo, SP |
Vanderson Verediano (Brasil) |
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Resumo O objetivo desta pesquisa foi reforçar os estudos sobre sexualidade na escola e a preocupação existente com tal situação no período da adolescência em fase escolar. A metodologia usada foi uma pesquisa de caráter qualitativa com base em estudos bibliográficos feita em livros, revistas científicas, e ainda uma pesquisa de campo através de um questionário contendo 15 perguntas fechadas, com 30 alunos do ensino fundamental II de uma instituição privada situada na cidade de registro, os adolescentes tinham faixa etária entre 13 a 15 anos de idade, as meninas já tiveram a sua primeira menstruação, quase todos já foram a uma consulta com o ginecologista ou urologista e apenas 10% deles tem uma vida sexual ativa. Como resultados percebe-se que os adolescentes estão se interessando cada vez mais pela temática principalmente como medida de prevenção de gravidez indesejada, DST ou coisa parecida e que tal assunto tem sido abordado por entidades governamentais abertamente, mais precisamente liberados para todas as escolas sendo colocado em discussão através dos PCN’s, e é claro tratado como tema multidisciplinar. Dessa forma conclui-se que a escola torna-se o lugar apropriado para trabalhar a reflexão de tal tema com os alunos, onde poderão expressar suas opiniões e adquirir conhecimentos adequados sobre questões de sexualidade. Unitermos: Sexualidade. Adolescência. Escola.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título de especialista em Psicopedagogia. Orientador: Dra. Helena Brandão Viana.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 191, Abril de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Atualmente vêem freqüentemente educadores, gestores, consultores e até organizações governamentais ou não entre outros setores sociais, inclusive a mídia realizando ações voltadas à orientação dos adolescentes sobre o exercício de sua sexualidade. Tais ações nascem da preocupação dos adultos quanto à ideia de que vivemos em uma época de liberalização dos costumes levando os adolescentes a correrem determinados riscos que podem ser evitados.
O interesse em pesquisar sobre a sexualidade na escola surgiu a partir da convivência com adolescentes em uma escola particular da cidade de Registro e observar comportamentos diferenciados em alguns deles.
Sabe-se que a fase da adolescência não e fácil assim afirma Justo (2005) que a adolescência é uma fase de passagem de um circulo que se passa de um círculo social não tão extenso como a família a um universo social mais amplo passando a ter influências principalmente sobre os membros do grupo em que está inserido ou que pretende ser inserido como, por exemplo, a escola.
Para Moreira & Juarez (2004 p. 244)
[...] a adolescência é um breve e marcante período de transição da infância para a vida adulta, decorrente de uma multiplicidade de mutações físicas, psicológicas e sociais, as quais tendem a provocar a percepção de que as necessidades imediatas devem ter prioridade sobre as possíveis consequências em longo prazo perante as decisões a serem tomadas, sobressaindo-se também sentimentos de invulnerabilidade e de onipotência.
Podemos perceber isso na forma como os alunos se comportam, na forma como eles se relacionam entre si e nas suas falas, uma vez que em todos esses aspectos a sexualidade é um tema que aparece de forma urgente. Os adolescentes se comportam e se relacionam de forma a buscar reconhecer e serem a si mesmo e serem reconhecidos a partir de uma posição sexuada. Sendo assim, o ficar é privilegiado e, mesmo no que se refere às amizades, o toque (seja através de abraços entre as meninas ou tapas entre os meninos) assume grande importância nas relações cotidianas.
É por esse motivo que o autor Brandão (2004) afirma que a iniciação sexual e/ou amorosa franqueia aos adolescentes a possibilidade do aprendizado da dimensão relacional íntima no tocante às diferenças de gênero, além de representar nas conversas dos adolescentes/alunos, de inúmeras formas, a sexualidade aparece como uma questão primordial, mas algumas vezes é visível a dificuldade que eles apresentam de se expressar com relação a esse assunto. Sendo assim, artifícios como as brincadeiras e as piadinhas são utilizados no intuito de chamar a atenção para a sexualidade que aflora em seus corpos e almas.
A adolescência é uma etapa fundamental do processo de crescimento e desenvolvimento humano, marcada por modificações físicas e comportamentais influenciadas por fatores socioculturais e familiares. Pode ser considerada como um fenômeno de passagem, marcada pelo abandono da autoimagem infantil e projeção de vida no mundo adulto (ABERASTURY & KNOBEL, 1988 p. 155).
A escola tem sido uma das instituições privilegiadas para realizar a educação sexual. Além de ser um espaço formativo e humanizado, há como prerrogativa legal o incentivo governamental para que se ofereça nesse âmbito o esclarecimento formal sobre sexualidade – como pode ser visto no volume 10 dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Fundamental (BRASIL, 1997).
Os PCN’s (1998, p. 67) propõem que a escola trate a sexualidade como “algo fundamental na vida das pessoas, questão ampla e polêmica, marcada pela história, pela cultura e pela evolução social”.
O trabalho com foco na sexualidade deve, segundo essas diretrizes, considerar as emoções e noções sobre sexualidade trazidas pelos alunos, oriundas da família e de suas vivências, e possibilitar reflexões e debates que assegurem a construção da autonomia dos sujeitos, a capacidade de discernimento e escolha quanto ao exercício de sua própria sexualidade. Os PCN orientam que a escola não deve concorrer com o saber aprendido na família, nem concorrer com os seus valores, mas complementá-los (PCN 1998, p. 67).
Meirelles (1997) argumenta, ainda, que sexualidade, família e escola (ou qualquer instituição que se dedique à educação), devem ser pensadas a partir do princípio da não exclusão, ou seja, sistemas virgindade, homossexualidade, preconceito, questões de gênero e, sobretudo, gravidez indesejada na adolescência e HIV são preconizados pelos PCN's.
Alguns autores como Altman (2001, 2007), Bretãs e Silva (2005) chamam a atenção para os objetivos da educação sexual na escola e, de certa forma, problematizam o que é preconizado nos PCN, apontando que a escola não seria absolutamente neutra em seus interesses. Além de seu papel fornecedor e provocador de conhecimento, também atuaria como um meio de controle e coerção social, buscando produzir sujeitos autodisciplinados no que se refere à maneira de viver a sua sexualidade (ALTMANN 2001, p. 197).
Outro exemplo, segundo Louro (1998), são os padrões heteronormativos que colocam a diversidade sexual como um “desvio”, estimulando a discriminação entre os jovens na escola – algo bastante comum hoje em dia. Essa imposição de padrões acaba por ser algo repressivo na medida em que coloca como regra certos comportamentos em detrimento de outros (CHAUÍ, 1985).
No Brasil, nas últimas décadas, o fenômeno da gravidez na adolescência tem sido abordado de forma mais intensa e abrangente por diferentes segmentos da sociedade, envolvendo profissionais de saúde, educadores, juristas e a mídia em geral. Este fenômeno enquadra-se como um “problema social” e de saúde pública, inserido em um quadro de “gravidade” e “risco”, demandando tomada de ações efetivas (AMARA & PANTOJA, 2005).
Com relação aos corpos adolescentes, os discursos que prolifera se dirigem mais especificamente ao corpo das meninas, e apresentam uma proposta vinculada a um mecanismo de controle-estimulação, que ao mesmo tempo em que incita os adolescentes a mostrarem seus corpos, faz a exigência de que, para isso, eles estejam dentro dos padrões de beleza rigorosamente estabelecidos (Fischer, 1996, p. 97).
Os adolescentes em questão procuram esse tipo de relacionamento como forma de experimentar a intimidade e uma série de desejos, sentimentos e emoções relacionados a ela, sem, contudo, precisarem estar vinculados a um compromisso com outra pessoa. Além disso, o ficar “permite ao adolescente ser reconhecido e reconhecer-se ocupando uma posição sexuada” (GIONGO, 1998, p. 08).
Ao debater, discutir, esclarecer e tirar dúvidas sobre a temática da sexualidade, a escola faz com que os jovens possam vivê-la de modo consciente, mesmo porque o sexo não é a única forma de expressá-la, mas uma delas. O sujeito vive a sexualidade no âmbito individual, mas a sua construção é produzida levando em conta valores e normas sociais (CHAUÍ, 1985; BOZON, 2004; MEIRA et al., 2006). O sexo é relativo aos órgãos genitais e/ou à relação sexual, enquanto a sexualidade envolve o modo de como as pessoas lidam com seus prazeres e desejos, sendo mais cultural que biológico (LOURO 1998).
Diante do exposto, realizamos esta pesquisa qualitativa com o objetivo de identificar quais as principais ideias que se fundamentam na proposta pedagógica das atividades de educação sexual desenvolvidas com os adolescentes do ensino fundamental da escola particular em que atuo. Nesta pesquisa apresentaremos as noções relativas à sexualidade dos adolescentes e educação sexual na escola.
Metodologia
A metodologia usada para este trabalho foi uma pesquisa de caráter qualitativa com base em estudos bibliográficos feita em livros, revistas científicas, e também é uma pesquisa quantitativa, pois foi realizada uma pesquisa de campo, feita através de um questionário contendo 15 perguntas fechadas com 30 alunos do ensino fundamental II de uma instituição privada situada na cidade de registro, numa faixa etária entre 13 a 15 anos de idade, sendo a maioria do sexo feminino onde já tiveram a sua primeira menstruação e apenas 10% deles tem uma vida sexual ativa.
Além de mais perguntas como, por exemplo: Com quem você tem mais liberdade para falar sobre sexualidade e métodos de prevenção? Quais os métodos de prevenção ou anticoncepcionais de seu conhecimento? Se tivesse um namorado (a) usaria camisinha? Conhece alguém que engravidou na sua idade? Qual foi a reação dos mais próximos? Acredita que a camisinha é um bom método de prevenção de gravidez, DST ou coisa parecida? Gostaria de obter mais informações sobre sexualidade? Mais informações seriam melhor para evitar ou se proteger de DST, gravidez ou coisa parecida? Quem poderia for fornecer mais informações? Se sua escola pode fornece tais informações sobre sexualidade, qual o método? Tal pesquisa teve como proposito verificar se os adolescentes têm ou gostariam de obter conhecimento sobre sexualidade e a partir de quem.
Resultados
Nesta sessão serão apresentados os resultados obtidos por meio do questionário aplicado aos 30 estudantes que participaram da pesquisa, a fim de obter uma resposta sobre o tema proposto.
Figura 1. Com quem você possui maior liberdade para conversar sobre sexualidade e métodos de prevenção?
A primeira questão da figura 1 teve o propósito de verificar com quem o adolescente/aluno tem mais liberdade de conversar sobre sexualidade e percebemos que 60% com os pais havendo um empate entre 20% com os amigos e 20% outra pessoa.
Figura 2. Quais os métodos de prevenção ou anticoncepcionais de seu conhecimento?
Pelo que se vê na questão 2 que os métodos de conhecimento dos adolescentes sobre anticoncepcionais foram 67% camisinhas, 20% anticoncepcionais e 13% tabelinha.
Figura 3. Se tivesse namorado usaria a camisinha?
A figura 3, nos mostra que os adolescentes são conscientes embora nem todos tem uma vida ativa sexualmente e se tivessem conforme respostas 73% deles usariam a camisinha contra 27% que não usariam esse método, talvez usariam um outro de seu conhecimento.
Figura 4. Conhece alguém que já engravidou na sua idade?
Vemos na figura 4 através das respostas dos adolescentes quanto a pergunta em questão temos que 90% conhecem alguém contra apenas 10% não conhecem ninguém.
Figura 5. Qual foi a reação dos mais próximos?
A figura 5 nos diz que as opções colocadas pelos respondentes sobre qual a reação ao descobrirem uma gravidez indesejada foram 17% sugeriram aborto, 60% ficaram indignados talvez pelo fato de serem muito novos e apenas 17% deram apoio a situação.
Figura 6. Acredita que o uso da camisinha seria um bom método de prevenção de gravidez, DST ou coisa parecida?
A maioria dos respondentes 87%, conforme figura 6 alegam que sim ao uso da camisinha para prevenções diversas e somente 6% dizem que não, talvez por não ter conhecimento do uso e apenas 7% dizem que também pode ser um bom método.
Figura 7. Gostaria de obter mais informações sobre sexualidade, DST e gravidez?
É impressionante observar de acordo com a figura 7 as respostas dos adolescentes quanto ao obterem mais informações, 93% tem esse desejo e sabe-se que hoje em dia não adquire tais informações quem não quer.
Figura 8. Com mais informações evitaria DST, gravidez ou coisa parecida?
A figura 8, conforme os resultados realizados através do questionário verifica-se que 93% acreditam que com mais informações evitaria gravidez, DST ou coisas parecidas com apenas 3% acham que não.
Figura 9. Quem poderia dar mais informações?
Interessante verificar na figura 9 que embora no começo da pesquisa os adolescentes respondam que obtêm informações sobre sexualidade com os pais nessa questão 70% diz que a escola poderia contribuir com mais informações sobre o assunto de sexualidade, e 30% deveria vir dos pais.
Gráfico 10. Se sua escola pode fornece tais informações sobre sexualidade, qual seria o melhor método?
Na última questão 10 perguntamos quais os meios que a escola poderia contribuir com mais informações sobre sexualidade e a grande maioria 80% alegam ser através de palestras havendo um empate de 10% aonde tais informações na escola deveriam vir de professores ou orientadores.
Discussão
Na figura 1, observa-se que a grande maioria possui maior liberdade para conversar sobre sexualidade com os pais, isso Aberastury & Knobel (1988, p. 155) que a adolescência é uma etapa fundamental do processo de crescimento e desenvolvimento humano, marcada por modificações físicas e comportamentais influenciadas por fatores socioculturais e familiares. Pode ser considerada como um fenômeno de passagem, marcada pelo abandono da autoimagem infantil e projeção de vida no mundo adulto. E isso se projeta dentro de casa na base da sociedade que é a família, pode-se constatar então que a situação analisada necessita de um maior enfoque nas questões pessoais e de processo de transformação na adolescência.
A questão 2 sobre quais os métodos do conhecimento do adolescente sobre prevenção ou anticoncepcionais, a figura 2 demonstra que no caso estudado, foram avaliados por 67% dos pesquisados como sendo a camisinha. Talvez é por esse motivo que o autor Brandão (2004) afirma que a iniciação sexual e/ou amorosa franqueia aos adolescentes a possibilidade do aprendizado da dimensão relacional íntima no tocante às diferenças de gênero, além de representar nas conversas dos adolescentes/alunos, de inúmeras formas, a sexualidade aparece como uma questão primordial, mas algumas vezes é visível a dificuldade que eles apresentam de se expressar com relação a esse assunto. Os dados evidenciados nessa questão dão prova de que o adolescente além de conversar com os pais tem conhecimento sobre prevenção e riscos sobre a sua sexualidade.
A terceira questão identificou conforme figura 3 sobre as percepções dos adolescentes quanto ao uso da camisinha e a sua importância para prevenção de gravidez, DST ou outra coisa, assim como diz Louro (1998) o sexo é relativo aos órgãos genitais e/ou à relação sexual, enquanto a sexualidade envolve o modo de como as pessoas lidam com seus prazeres e desejos, sendo mais cultural que biológico. E tal situação independe de idade, acontece com certeza na adolescência e, portanto é importante o conhecimento de prevenções como a camisinha, por exemplo.
Notadamente na questão 4 e 5 os adolescentes conhecem alguém que já engravidou e a reação da maioria foi indignação, com certeza pelo motivo de que todos já tem algum tipo de conhecimento e ficamos indignados como mesmo com tal conhecimento ainda acontece a gravidez indesejada, isso se justifica diz Amara & Pantoja (2005), pelo fato de que no Brasil, nas últimas décadas, o fenômeno da gravidez na adolescência tem sido abordado de forma mais intensa e abrangente por diferentes segmentos da sociedade, envolvendo profissionais de saúde, educadores, juristas e a mídia em geral. Este fenômeno enquadra-se como um “problema social” e de saúde pública, inserido em um quadro de “gravidade” e “risco”, demandando tomada de ações efetivas.
A questão 6 sobre a prevenção de gravidez e DST ou coisa parecida com uso da camisinha podemos verificar a importância de tal conscientização dos adolescentes assim afirma Giongo (1998, p. 8) os adolescentes em questão procuram esse tipo de relacionamento como forma de experimentar a intimidade e uma série de desejos, sentimentos e emoções relacionados a ela, sem, contudo, precisarem estar vinculados a um compromisso com outra pessoa. Além disso, o ficar “permite ao adolescente ser reconhecido e reconhecer-se ocupando uma posição sexuada”, sendo assim prevenir é melhor do que remediar.
A questão 7 e 8 reflete a conscientização dos adolescentes quanto ao obter mais informações e que com certeza ocorrerá a prevenção de situações indesejadas como a gravidez ou DST ou coisa parecida.
Os dados coletados e expostos na figura 9 buscaram informar quem poderia dar mais informações aos adolescentes sobre sexualidade e a partir das respostas colhidas pode-se verificar que a escola seguida dos pais é o caminho mais evidente de conhecimento, este é o motivo pelo qual a sexualidade é um assunto tão importante na escola, pois os resultados demonstram que a sexualidade está sendo identificada mais como uma necessidade de conhecimento e informações para os adolescentes como nunca o foi no passado, como afirma Meirelles (1997) que sexualidade, família e escola (ou qualquer instituição que se dedique à educação), devem ser pensadas a partir do princípio da não exclusão, ou seja, sistemas virgindade, homossexualidade, preconceito, questões de gênero e, sobretudo, gravidez indesejada na adolescência e HIV são preconizados pelos PCN.
A décima e última questão revela a importância da escola estabelecer tais conhecimentos aos alunos/adolescentes para prevenção, pois é fator predominante atualmente nos PCN’s (1997) quando diz que a escola tem sido uma das instituições privilegiadas para realizar a educação sexual. Além de ser um espaço formativo e humanizado, há como prerrogativa legal o incentivo governamental para que se ofereça nesse âmbito o esclarecimento formal sobre sexualidade.
Considerações finais
O objetivo desta pesquisa foi reforçar os estudos sobre sexualidade em adolescentes em uma escola particular do fundamental II na cidade de Registro e a preocupação existente com tal situação no período da adolescência em fase escolar gerando grandes preocupações, por que falar de sexualidade é falar de crescimento do ser humano e no caso dos adolescentes/alunos.
Percebe-se que os respondentes se consideram conscientes e inteirados quanto ao assunto em questão e isso é importante, pois é uma fase de transição e tal conscientização traz mais conforto e segurança para eles.
Os resultados obtidos da pesquisa de campo e as respostas ao instrumento aplicado aos estudantes nos informam o quanto se sente informados e ainda tranquilos quanto a tais informações, ainda segundo os resultados da pesquisa a sexualidade é uma situação de importância para a escola, pois evidencia que a escola cujo ambiente de trabalho na sexualidade é equilibrado podem trazer resultados satisfatórios e ambientes agradáveis de trabalhar a sexualidade, ou seja, o contexto para discussão do tema apresentou um ambiente favorável e satisfatório na adolescência.
A contribuição dos resultados do estudo sobre o assunto sexualidade vistos nesse estudo que nos proporcionou uma visão ampliada para a compreensão, além de reforçar que tais situações, cujo objetivo se restringe aos resultados satisfatórios das necessidades de conhecimentos sobre sexualidade e contribuição para que adolescentes/alunos busquem mais informações e pelo visto através de mais palestras estabelecidas pela escola.
Como limitação deste estudo, pode-se apontar o fato de a pesquisa ter sido realizada em apenas uma instituição privada ou apenas com os adolescentes de uma única turma. Deste modo, para estudos futuros, sugerem-se pesquisas comparativas entre turmas diferenciadas com uma abrangência maior sobre sexualidade, escola e adolescentes, estendendo-se, também, que as escolas privadas ou até mesmo públicas, para melhor conhecer o tema e validar os resultados deste estudo.
Pode-se concluir que pelos resultados mencionados que principalmente nas respostas dos sujeitos sobre as questões aqui estabelecidas já afirmavam os autores Chauí (et al 2006) ao debater, discutir, esclarecer e tirar dúvidas sobre a temática da sexualidade, a escola faz com que os jovens possam vivê-la de modo consciente, mesmo porque o sexo não é a única forma de expressá-la, mas uma delas. O sujeito vive a sexualidade no âmbito individual, mas a sua construção é produzida levando em conta valores e normas sociais.
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