Fatores de risco de lesões em praticantes de exercícios de endurance: uma revisão sistemática Factores de riesgo de lesiones en practicantes de ejercicios de endurance: una revisión sistemática Risk factors of injuries practitioners of endurance exercises: a systematic review |
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*Equipe de Corrida Marcelo Batista, Canoas **Doutora em Ensino de Ciências -Universidade de Burgos, Espanha Professora do Centro Universitário La Salle, Canoas (Brasil) |
Marcelo Costa Batista* Adriana Marques Toigo** |
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Resumo O objetivo deste estudo foi revisar achados anteriores quanto aos fatores de risco para lesões relacionadas a exercícios de endurance. O estudo apresenta o perigo da prática de exercícios de endurance sem o acompanhamento de profissionais especializados no treinamento desportivo, já que sem o conhecimento dos princípios do treinamento, praticantes, tanto recreacionais quanto de rendimento, ficam expostos aos mais variados riscos de lesões. Unitermos: Lesões. Endurance. Sobrecarga.
Abstract The aim of this study was to review previous findings regarding the risk factors for injuries related to endurance exercise. The study presents the danger of training without a professional prescription, since that without knowledge of the training principles, both recreational or amateurs’ athletes are exposed to several risks of injury. Keywords: Injuries. Endurance. Overload.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 191, Abril de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Corrida de médias e longas distâncias têm cada vez mais aumentado em número de praticantes. Apesar dos benefícios proporcionados pela prática da corrida, como por exemplo a diminuição de doenças cardiovasculares, o aumento da longevidade e o bem estar emocional, sem uma correta orientação é possível que haja um aumento na incidência de lesões, principalmente em membros inferiores (PILEGGI et al, 2010), especialmente por ser de fácil prática e baixo custo.
Padrões de lesões comuns a todos os outros esportes também podem estar relacionados à corrida, decorrentes da sobreposição de vários fatores, que podem ser divididos em extrínsecos ou intríscecos. Os fatores extrínsecos são aqueles direta ou indiretamente ligados à preparação ou à prática da corrida e envolvem erros de planejamento e execução do treinamento, tipo de superfície de treino, tipo de percurso, tipo de calçado, alimentação e prática concomitante com outras modalidades esportivas. Os fatores intrínsecos são aqueles inerentes ao organismo e incluem anormalidades biomecânicas e anatômicas, questões relativas a flexibilidade, histórico de lesões, características antropométricas, densidade óssea, composição corpórea e condicionamento cardiovascular (FERREIRA et al, 2012).
Um histórico de lesão em corredores é um forte preditor de futuras lesões, o que deve ser uma importante informação a ser considerada (SCHWELLNUS; STUBBS, 2006).
Por outro lado, a inexperiência na prática da corrida pode ser um fator de risco para lesões musculoesqueléticas, já que quanto maior a experiência do corredor, maior sua capacidade de adaptação ao estresse musculoesquelético imposto pela corrida (HESPANHOL JUNIOR et al, 2012).
Observações realizadas a partir de estudos clínicos estimaram que aproximadamente 60% das lesões em corredores podem ser atribuidas a erros de treinamento, mesmo com supervisão de um profissional habilitado (HINO et al, 2009). Existem evidências de que boa parte das lesões decorrentes da prática de corrida de longa duração pode ser evitada pela correta adaptação ao treinamento, respeitando seus princípios (PAZIN et al, 2008). Um desequilíbrio provocado pelo treinamento muito intenso associado a uma recuperação inadequada pode levar a ruptura no tecido muscular e, eventualmente, lesões por sobrecarga (COSCA; NAVAZIO, 2007).
Em homens com níveis de atividade física semanal de moderados a altos, a aptidão cordiorespiratória foi associada ao aumento significativo no risco de lesões musculoesqueléticas em comparação com indivíduos pertencentes às categorias com baixa taxa de execução de exercício físico e aptidão cardiorrespiratória. O risco de lesão relacionada à atividade de endurance entre os homens na categoria de maior duração foi 2,8 vezes mais alto do que para os homens que praticavam o mesmo exercício na categoria baixa duração (HOOTMAN et al, 2001). Em outro estudo, verificou-se que os corredores que treinavam mais de três horas e quarenta e cinco minutos por semana possuíam 2,38 vezes mais probabilidade de sofrer lesões quando comparados com os indivíduos que treinavam menos que uma hora e quinze minutos por semana (HINO et al, 2009). O alto volume de execução (97 quilômetros por semana) está associado a maior incidência de osteoartrite do quadril (CYMET; SINKOV, 2006). A prevalência de lesões que culminam em afastamento da prática superior a três meses parece ser maior entre aqueles com volumes de treinamento entre 31 e 60 minutos por dia (HINO et al, 2009). Por outro lado, parece que níveis moderados de prática de corrida não aumentam o risco de osteoartrite nos joelhos e quadris para pessoas saudáveis, podendo até representar um efeito protetor (CYMET; SINKOV, 2006).
O objetivo desta revisão foi sintetizar os resultados de pesquisas feitas durante os últimos anos sobre fatores de risco de lesões em atletas de endurance.
Método
Foi realizada uma busca por artigos em periódicos arbitrados nos bancos de dados on line Scielo e Medline utilizando as palavras-chave lesões em corredores, lesões em endurance, lesões em maratonistas, lesões nos joelhos, lesões no quadril, lesões musculares, sobretreinamento e seus correspondentes na língua inglesa. O período escolhido foi de, pelo menos, dez anos anteriores a 2013.
Discussão
Pileggi et al. (2010) apontaram um índice de 50% de incidência de lesões em corredores brasileiros, sinalizando a necessidade de se ter atenção com preditores de lesões, como flexibilidade, amplitude articular, frequência cardíaca de repouso e velocidade de execução. Foram selecionados 18 atletas amadores os quais foram acompanhados durante um ano, para verificar a prevalência de lesões e os fatores intrínsecos e extrínsecos relacionados. Comparando o grupo sem lesão (GS) ao grupo com lesão (GC) identificou-se que no GC a quilometragem semanal foi de 88,8km e no GS, 78,8km. Os tempos em horas por semana foram de 8,7h no GC e 9,4h no GC. Oito dos nove corredores do GC utilizaram o mesmo par de tênis por mais de 800 km.
Lesões em função do tempo de prática semanal
Hino et al. (2009) pesquisaram os fatores associados a lesões em 295 corredores de ambos os sexos na cidade de Curitiba-PR, considerando lesão qualquer dor ou agravo que tenha limitado ou afastado a participação dos atletas em treinos ou competições nos seis meses anteriores a pesquisa. A prevalência de lesões foi 28,5%. Corredores que treinavam mais de 3 horas e 45 minutos por semana possuíam maior probabilidade de sofrer lesão, o que ocorre também com corredores que focam seus treinos em desempenho nas competições.
No estudo feito por Tauton et al. (2003) em dezessete clínicas de treinamento com 844 corredores recreacionais que tinham como objetivo completar provas de 10km e, se possível, melhorar seus tempos durante um período de treino de 13 semanas, não foram encontradas diferenças significativas entre corredores novatos e intermediários. Tais corredores seguiam planilhas elaboradas de acordo com seu condicionamento físico. A taxa de lesões relatada neste estudo foi de 29,5% dos corredores investigados. Um problema apontado no programa proposto é que somente em uma sessão semanal havia acompanhamento especializado; com isso, sugeriu-se que tanto “caminhantes” como corredores fossem disciplinados no cumprimento das prescrições nas planilhas quanto ao aumento de volume nos treinos. Um período de base com progressão de volume inadequado pode constituir-se em uma forma de aumentar o risco de lesões.
Lesões em função do calçado
Cheung e Gabriel (2008) investigaram as mudanças na força plantar em corredores recreacionais durante o exercício com tênis que controlam o movimento e compararam as medições obtidas em dois testes de condições dos calçados (usando tênis de controle de movimento e usando tênis neutros) no início e no final de uma sessão de corrida de 1,5 km. Os corredores com pronação maior que 6º desenvolveram maior força plantar sobre estruturas mediais do pé com tênis normal do que com tênis que controlam o movimento, indicando a necessidade do uso dos tênis conforme a estrutura do pé para prevenção de lesões.
Tauton et al. (2003) observaram diferença na prevalência de lesões entre praticantes que utilizavam mais de um par de tênis para o exercício (27,9%) e os que utilizavam o mesmo par de tênis (31,6%). Embora os resultados tenham sido inconclusivos, os autores alertam para uma possível associação entre lesão e uso do mesmo par de tênis por 4 a 6 meses contínuos.
Lesões por causas fisiológicas
Creatina Cinase (CK) é um marcador bioquímico que não tem a capacidade de atravessar a barreira da membrana sarcoplasmática. Com isso, extravasa para o meio extracelular após dano nas estruturas musculares, tornando o aumento da concentração sérica dessa substância um potente marcador indireto de dano muscular.
Há relatos sobre a ocorrência de lesões após esforço intenso, através de alterações histológicas no sarcômero, ou indiretamente, pela quantificação da concentração de proteínas musculares específicas (biomarcadoras de lesão) no plasma (MACHADO et al, 2010), entre as quais destacam-se a mioglobina e a CK. Esses autores investigaram o efeito nas concentrações séricas de CK em triatletas que participaram de uma prova do Ironman Brasil em 2007 e encontraram evidências de concentração significativas de CK nos músculos revelando a possibilidade de ocorrência de lesões musculares induzidas pelo exercício exaustivo. Após 12 dias da prova, na quinta coleta, os marcadores já se aproximavam das duas primeiras, 19 dias antes e 48 horas antes, recomendando este período como indicado para retorno aos treinamentos.
Lesões por segmento corporal
Lesões no quadril
Lesão no quadril é uma lesão ortopédica grave que pode provocar incapacidade permanente (NAHAS et al, 2007). É, geralmente, subsequente a um trauma de alta energia, estando mais frequentemente relacionada a acidentes provocados por veículos motorizados e tem sua condição agravada quando associada à fratura do acetábulo ou do trocânter maior.
Marti et al. (1989) citam que em exercícios de longa distância e duração foram encontrados preditores significativos de degeneração do quadril, detectados radiologicamente que são comparados aos efeitos da idade como fator de risco. Para estes autores, a fadiga muscular associada ao grande volume e intensidade de exercício compromete a capacidade de absorção de impacto aumentando o desgaste nessa articulação. Para Lun et al. (2004) um volume de treino em torno de 97 quilômetros por semana pode estar associado a osteoartrite no quadril.
Fatores intrínsecos (idade, sexo, condição física, histórico de lesões anteriores, alimentação e fatores psicológicos) e extrínsecos (gesto técnico, tipo de equipamento, prescrição do treinamento – volume e intensidade, condicionamento físico) afetam negativamente na anatomia do quadril (PALUSKA, 2005). Tensões musculares e tendinites são as etiologias mais comuns de dor no quadril e, normalmente, resultam de aceleração/desaceleração, manobras bruscas, mudanças de direção ou contrações excêntricas. A osteoartrite do quadril também pode produzir dor persistente que piora com a corrida. Essas condições podem ser evitadas por meio de treinos personalizados, com embasamento científico, pelo cuidado com as superfícies de execução e pela escolha dos tênis.
A síndrome da banda iliotibial é outra causa comum de dor no quadril associada aos movimentos excessivos de adução e rotação de quadril, podendo ser amenizada pela diminuição da frequencia da passada (HEIDERSCHEIT et al, 2011). Esses autores estudaram a influência da taxa de passada na carga sofrida nas extremidades inferiores. Em relação ao quadril, esta carga diminui aproximadamente 10% a absorção de impacto, logo, a diminuição da amplitude da passada é uma estratégia eficiente tanto para diminuir o risco de lesões, como para quando o corredor retornar de uma lesão, de forma progressiva, previnir uma ocorrência futura.
Lesões no joelho
Numerosos estudos têm investigado a associação entre execução prolongada do treinamento de corrida e lesões no joelho. Estudos anteriores sobre prevalência de lesões nos joelhos de corredores de ambos os sexos apresentam relativa similaridade, verificando percentuais variando entre 7,2 e 50% (FERBER et al, 2009, LUN et al, 2004, TAUTON et al, 2003, VAN GENT et al, 2007).
Cymet e Syncov (2006) encontraram como preditores de lesões nos joelhos a estabilidade articular, um elevado índice de massa corporal (IMC) e histórico anterior de lesão.
Fukushi e Duarte (2008) sugerem que a deficiente mobilidade articular em atletas idosos é preditora de lesões nos joelhos e que uma das maneiras de prevenir este tipo de lesão é um trabalho visando o aumento de força muscular, especialmente em sala de musculação no aparelho extensor do joelho. Outra constatação foi que pessoas com joelhos mais valgos tiveram menor prevalência de lesões em comparação às pessoas com joelhos menos valgo (VAN GENT et al, 2007), visto que um maior arco do joelho está associado a menor prevalência de lesões nessa articulação.
Ferber, Kendall, Farr (2011) compararam a relação entre a menor força do músculo abdutor e a mecânica na articulação do joelho em corredores que possuem a Síndrome da Dor Femuropatelar. Para os autores, a melhora na força da musculatura referida desempenha um papel protetor em relação a síndrome, mostrando que o percentual de diminuição de dor em 14 dos 15 participantes diminuiu em 40% ao longo das três semanas de trabalho de reforço muscular. Tyler et al. (2006) encontraram melhora de 66% na resistência após 6 semanas de trabalho de fortalecimento muscular.
Com relação ao IMC como preditor de lesões em corredores, Hino et al. (2009) observaram prevalência de 35,2% de lesões para corredores com sobrepeso/obesidade. Homens com IMC inferior a 19,5 kg/m² e maior que 27 kg/m² apresentam maior predisposição a lesões (MARTI et al, 1988,TAUTON et al, 2003).
Com relação ao tempo de prática e idade do praticante, em um primeiro momento, Van Gent et al. (2007) identificaram a idade elevada como fator de risco, entretanto em outros estudos por eles citados, esse fator foi considerado como protetor, já que com o passar do tempo os praticantes adquirem mais experiência e consciência das suas limitações.
O aumento de horas de treinamento semanal em uma proporção adequada é um importante fator de proteção contra lesões no joelho, enquanto que o aumento desordenado, em contrapartida, torna-se um fator de risco. Van Gent et al. (2007) relataram que um volume maior que 64 km/semana já é uma quilometragem arriscada para o corredor. Ainda foi verificada associação entre corredores de uma primeira maratona e lesão no joelho.
Com relação ao uso do calçado, Van Gent et al (2007) não encontraram associação entre lesões e tempo de uso do par de tênis.
Sobretreinamento
Quando um treinamento excessivo e prolongado é aplicado simultaneamente a uma inadequada recuperação, muitas das alterações fisiológicas positivas associadas com treinamento físico são revertidas ao sobretreinamento (ST) (CUNHA et al, 2006). O ST, definido como aumento no volume ou na intensidade do treinamento resultando na perda de desempenho, é responsável pelo afastamento do atleta por 6 a 12 semanas para recuperação de lesões por estresse. O ST é estimado em um percentual alarmante de 70% dos atletas de alto nível de endurance. Este desequilíbrio entre treinamento e período insuficiente de repouso causa inflamações locais agudas, evoluindo para inflamações crônicas e sistêmicas. Um ciclo de treinamento de um ano seguido sem um período de intervalo é um fator significativo de risco de lesões nas extremidades inferiores, entendendo-se então a necessidade da previsão de microciclos e mesociclos como transições dentro do macrociclo de treinamento (VAN GENT et al, 2007).
Palazzetti e Favier (2003) incrementaram um volume na carga de treinamento de triatletas na ordem de 21% na natação, 51% no ciclismo e 44% na corrida por quatro semanas e concluíram que esta sobrecarga comprometeu os mecanismos de defesa antioxidantes relacionados à resposta induzida pelo exercício. Este fato desencadeia um desequilíbrio entre a produção dos radicais livres e a resposta antioxidante, causando, assim, um estresse oxidativo crônico ou uma resposta inflamatória sistêmica induzida pelo estresse oxidativo, que pode interferir no desempenho físico e levar ao ST.
Segundo Ferber, Hreljac e Kendall (2009), entre 27% e 70% de corredores recreativos e competitivos experimentam uma lesão decorrentes do excesso na distância de treinamento durante o macrociclo de um ano. Neste estudo, os corredores que mantiveram a rotina de treinos durante um a três anos com uma distância semanal de 20 a 30 quilômetros conseguiram manter um treino consistente sem lesões.
A diminuição do desempenho e do desequilíbrio da musculatura em membros inferiores tem sido apontada como potencial fator de risco para lesões por ST, (BENNETT; REINKING, 2012, MILGROM et al, 2007).
Lesões por estresse
A fratura por estresse (FE) pode ser definida como uma fratura parcial ou completa de um osso resultante de repetidas aplicações de tensão suficiente para provocar o dano (IWAMOTO et al, 2001). Esse tipo de lesão ocorre quando micro lesões causadas por cargas repetitivas excedem o limite de elasticidade do tecido ósseo. O tempo de recuperação para este tipo de lesão é de aproximadamente 8 semanas, significando um decréscimo significativo do condicionamento cardiovascular e muscular (BENNELL; BRUKNER, 2005).
A fratura na tíbia está entre as dez lesões por ST mais prevalentes em corredores civis e militares, sendo que uma nova lesão ocorre em 10,6 % dos recrutas (TAUTON et al, 2002; RAUH et al, 2006; HAURET et al, 2001). Já para Dukham et al. (2012) os lugares mais prevalentes de FE foram os metatarsos (46%), tíbia e fíbula (38%), calcâneo (13%) e o fêmur (4%).
Dentre os fatores associados ao desenvolvimento de FE, encontram-se: volume/intensidade de treinamento, superfície onde é realizado o treino, mecânica empregada pelo atleta durante a prática do exercício e dieta. No estudo conduzido por Crowell e Davis (2011) cujo objetivo foi determinar se indivíduos poderiam reduzir carga na extremidade inferior, houve evidências de eficácia no período de um mês. Na mudança da marcha para redução do risco de FE, houve uma acomodação que foi rapidamente absorvida pelos voluntários, não havendo aparecimento de nenhum tipo de ferimento associado. Logo, a aplicação de um programa de reciclagem da marcha pode ter importante contribuição na prevenção de lesões de FE.
Considerações finais
O aumento da prática de exercícios de endurance sem acompanhamento de profissionais especializados tem aumentado a prevalência de lesões.
Para lesões no quadril, o aumento do volume com uma periodização mal planejada torna-se um fator prevalente importante, assim como acelerações, desacelerações e manobras bruscas de mudanças de direção ou contrações excêntricas. A falta de estabilidade articular e a falta de exercícios de reforço nos músculos abdutores do quadril têm forte influência não só em lesões de quadril como em lesões no joelho.
A inclusão do descanso na planificação do treinamento, diminuirá a possibilidade de lesões por sobretreinamento. Cargas repetidas de tensões sofridas pelo osso excedendo a capacidade biológica são fortes fatores de risco para lesões por estresse.
Os dados apresentados no presente estudo reforçam a importância do acompanhamento dos praticantes de exercícios de endurance por profissionais de Educação Física qualificados.
Referências
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