Estilo de vida e aprendizagem Estilo de vida y aprendizaje |
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*Centro Universitário Adventista campus São Paulo Especialização em Psicopedagogia **Docente na Faculdade Adventista de Hortolândia ***Coordenadora do Curso de Psicopedagogia do Unasp Docente na Faculdade Adventista de Hortolândia Docente no UNASP - SP ****Docente na Faculdade Adventista de Hortolândia *****Docente no UNASP - SP |
Selma de Almeida Gonçalves* Dra. Helena Brandão Viana** MS. Evodite Gonçalves Amorim Carvalho*** Magda Jaciara Andrade de Barros**** Célia de Oliveira Abrahão***** (Brasil) |
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Resumo O presente trabalho objetivou buscar informações de diversos artigos de estudos realizados nos últimos anos, com a finalidade de analisar e de certa forma comprovar como o estilo de vida exerce influência na aprendizagem e influencia no estado físico, intelectual e comportamental da criança. Este trabalho teve como propósito colaborar com profissionais, principalmente com psicopedagogos a fim de que enriqueçam seus conhecimentos e auxiliem na compreensão do comportamento das crianças, suas dificuldades na aprendizagem e como esses fatores apresentam conexão com o estilo de vida. Em primeira instância, a família tem a responsabilidade na formação de hábitos corretos, exerce diretamente influência na formação do estilo de vida, são os primeiros educadores, são modelos e referências. Cabe ao psicopedagogo trabalhar junto à família para prevenir, orientar e solucionar possivelmente dificuldades de aprendizagem. Contudo, a escola não está isenta de sua responsabilidade, visto que deve complementar, dar continuidade ao trabalho da família, ou seja, é necessário haver uma parceria entre ambas. Cabe à escola desempenhar um papel fundamental na formação de hábitos, sendo responsável pelo conteúdo educativo global, como também passar conhecimentos sobre a importância do estilo de vida saudável para o desenvolvimento harmônico de todas as faculdades. Unitermos: Aprendizagem. Alimentação. Sono. Sedentarismo.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 191, Abril de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O presente artigo embasado em uma revisão de literatura apresenta como tema “Estilo de vida e aprendizagem”.
Há muitas interpretações, definições sobre o que é aprendizagem, porém a definição que mais se prioriza nesse trabalho é a aprendizagem como mudança de comportamento resultante de um trabalho significativo, principalmente inserido no âmbito escolar.
Considerando que o estilo de vida é um componente essencial para manter a sobrevivência de forma qualitativa, esse trabalho aborda a importância que exerce o sono no rendimento escolar, pois dormindo acontece a consolidação da memória e a aprendizagem acontece, pois a promoção da saúde é conseqüência da qualidade de vida.
A alimentação saudável contribui para melhoria da oxigenação cerebral, visto que o equilíbrio resultante de um regime adequado contribui para o bom desempenho da memória e conseqüentemente interfere na aprendizagem.
O sedentarismo é outro fator preocupante, haja vista que quando as crianças em idade escolar apresentam dificuldades em coordenar movimentos simples, possivelmente apresentam comprometimento na aprendizagem.
A prática de hábitos saudáveis desde a infância naturalmente favorecerão o desenvolvimento físico, intelectual e comportamental que apresentarão repercussões positivas na adolescência e na vida adulta.
Diante deste contexto, este artigo tem como objetivo analisar, reunir conhecimentos para verificar e colaborar com profissionais, principalmente psicopedagogos a fim de que considerem que o estilo de vida é um fator que exerce considerável influência no processo de aprendizagem.
O que é aprendizagem e como ela se processa
A aprendizagem é um processo que acontece desde o nascimento, a amamentação, comer sozinho, caminhar e controlar os esfíncteres são atos de aprendizagem. Não se pode limitar a aprendizagem apenas no âmbito escolar, pois ela acontece também no âmbito familiar, social, ou seja, é um processo que está presente em toda a vida (MENDES, 2012).
A aprendizagem é a forma como o cérebro reage aos estímulos do ambiente ativando as sinapses e tornando as mesmas fortalecidas (MIETTO, 2012).
O termo aprendizagem apresenta vários significados e interpretações diversas. Alguns a definem como sinônimo de conhecimento ou processo de aquisição de conhecimentos, porém vai muito mais além é necessariamente mudança de comportamento (FUTAMI, 2012).
A aprendizagem está vinculada a neurociência, pois através dela podemos compreender como o cérebro assimila os conhecimentos, como se processa a aprendizagem no interior do nosso cérebro. O processo de mudança de comportamento é a forma como o cérebro processa e responde aos estímulos, isso varia de acordo com os recursos que a pessoa tem e o que ela vai fazer para processar. Esse processo provoca ligações entre os neurônios que são chamados de sinapses. Para que a aprendizagem aconteça é necessário proporcionar situações estimulantes, desafiadoras. Assim será possível aumentar a quantidade e a qualidade das conexões sinápticas, ou seja, o impulso será mais forte e a liberação mais intensa dos neurotransmissores, provocando bons resultados no processo da aprendizagem. A forma como chegam e se processam as informações são através dos órgãos sensoriais, cognitivos e motores. São esses sistemas que nos permitem apropriar dos conhecimentos que estão em conexão com as fases da aprendizagem. Através dos órgãos sensoriais, recebem-se as informações e transformam em impulso nervoso. A memória que está associada as capacidades cognitivas é onde se armazena as informações e está interligada com o raciocínio e atenção. O raciocínio, ou seja, é onde o indivíduo demonstra capacidade de pensar de resolver situações problemas e a atenção é onde seleciona, filtra os conhecimentos que são significativos e está interligada a retenção e compreensão das informações. Na memória a curto prazo, retém se apenas informações momentâneas, pois a sua duração é de alguns segundos ou minutos. A memória a longo prazo dura dias, meses e anos e a compreensão e a aprendizagem realmente acontece porque as informações ficam armazenadas na memória a longo prazo. Na aprendizagem, a compreensão atribui significado pessoal às informações, pois esse ato é importante no processo de aprendizagem. Para haver compreensão é necessário que o professor acrescente conhecimentos àquele que o aluno possui, resgate conhecimentos prévios, pois, o aluno relaciona algo que possui para criar algo novo. Quando o professor proporciona momentos de questionamentos, de dialogicidade onde os alunos tem a oportunidade de explicitar, de interagir, demonstrar o que aprendeu torna a aula significativa e leva o aluno a atribuir um significado pessoal e fazer uma reflexão mental sobre o assunto abordado (SILVA, 2012).
O conhecimento prévio é de suma importância para que a aprendizagem aconteça, ou seja, só aprendemos a partir daquilo que já conhecemos, a partir daquilo que possuímos, que está armazenado na nossa estrutura cognitiva (MOREIRA, 2006).
No processo de aprendizagem, o trabalho do psicopedagogo é de suma importância, pois atua no sentido de prevenir, minimizar e solucionar possíveis dificuldades que o educando possa manifestar na aquisição do conhecimento. Devem-se valorizar os relacionamentos, o professor deve estar sujeito a mudanças e independente do aluno apresentar dificuldade de aprendizagem e ou apresentar necessidades especiais cada aluno deve ser acompanhado de forma diferenciada para melhor desenvolver suas faculdades (DAMASCENO, 2012).
Ademais, a estrutura com seus neurônios desempenham um papel importantíssimo na aprendizagem. as estratégias usadas no processo de aquisição de conhecimento devem ser dinâmica, prazerosa, desafiadora, pois propiciará alterações na quantidade e qualidade das conexões sinápticas do funcionamento cerebral. No que se refere à educação sistemática, o professor deve fazer uso de estratégias facilitadoras, proporcionar aulas lúdicas, concretas, prazerosas, enriquecedoras, que possibilitem o aluno a questionar, interagir, expor suas idéias, interpretar e desenvolver a criticidade, propiciando uma aprendizagem significativa para formar cidadãos pensantes e atuantes na sociedade (MIETTO, 2012).
Influência do sono na aprendizagem
No processo da aprendizagem, o sono tem uma função importante para o bom desempenho da memória. Uma pessoa privada do sono tende a se tornar irritadiça, tensa, ansiosa ou apática, pois afeta o estado de humor, o raciocínio, atenção e vários fatores cognitivos. O bem estar, a saúde, a longevidade pode depender de boas noites de sono, pois dormindo é que as proteínas são sintetizadas expandem as redes neurais ligadas à memória e ao aprendizado. O cérebro durante o sono libera hormônios que interferem no bem estar. Segundo as pesquisas, foi comprovado que as crianças que dormem pouco, ou não têm um sono reparador apresentam baixo rendimento escolar, pois as mesmas necessitam de um período mais extenso de sono do que os adultos (VALE, VALE e REIMÃO, 2009).
Durante certo período do sono, a pressão sanguínea cai, os vasos sanguíneos dilatam e os músculos relaxam. Nessa fase, o organismo libera hormônio que é responsável pelo crescimento, reparação e renovação dos tecidos do corpo. Com a privação do sono, o hormônio é reduzido e o indivíduo apresenta alterações comportamentais como cansaço e mal estar em geral. Durante o estágio do sono REM que é onde acontecem os sonhos, ocorre a consolidação da memória e à aprendizagem. Nesse período acontece a liberação de outros hormônios que são responsáveis para a redução do estresse, beneficia o metabolismo e contribui para a resistência de infecções. Quando ocorre a privação do sono, esses hormônios são liberados em momentos que não são favoráveis e o indivíduo manifesta fadiga, e dificuldades de concentração. Adultos e crianças com privação do sono apresentam comprometimento da capacidade de aprendizagem (NETO, 2012).
Estudos comprovam que a qualidade do sono pode ser influenciada por vários fatores: psicológicos, condições do ambiente que dorme e o estilo de vida do indivíduo. A má qualidade do sono influencia de forma negativa na aprendizagem e um sono reparador, exerce um fator importante na consolidação da memória facilitando o processamento de novas informações (MARTINI et al, 2012).
Vários fatores são importantes para que a aprendizagem se estabeleça, dentre os elementos essenciais para se ter uma aprendizagem significativa é necessário se ter 8 horas de sono por dia associada a uma alimentação equilibrada (PANIZ, 2013).
Os alimentos que são ingeridos, principalmente à noite, influenciam na qualidade do sono. Deve se fazer nesse período refeições leves, priorizar alimentos saudáveis e pouca quantidade para que se tenha um sono considerável. O ideal é se alimentar duas ou três horas antes de deitar, pois dá tempo para se processar a digestão e propicia um sono tranqüilo (PAMPLONA, 2008).
A Associação das Farmácias (2009) relata que o sono influencia o rendimento escolar, que durante as aulas é necessária concentração para realizar as atividades propostas e que dificilmente se aprende com o corpo sem descansar. Quando não se dorme o tempo necessário, o cansaço, a irritabilidade e a falta de concentração tomam conta do corpo e esse é prejudicado, pois inibe a disponibilidade de aprender.
Se a criança assiste à aula pela manhã, ela deve estudar à tarde, ou seja, revisar os conteúdos abordados anteriormente na sala de aula. A forma para que o indivíduo se torne cada vez mais capacitado é fazê-lo estudar pouco, mas todo o dia, ou seja, estudar a matéria relacionada à aula que foi assistida, antes que se passe uma noite de sono, pois dormindo é que se vai fixar a aprendizagem. Portanto, é necessário que a criança tenha uma boa noite de sono para que a aprendizagem aconteça se solidifique e não se esqueça o que aprendeu (PIAZZI, 2012).
Influência da alimentação na aprendizagem
Uma alimentação equilibrada está diretamente relacionada a um significante desempenho da memória, pois uma alimentação adequada contribui para uma melhor oxigenação cerebral (BARRIOS, 2011).
Alimentos como sementes de girassol, gérmen de trigo e levedo de cerveja contém vitamina B1 e são recomendáveis para concentração ou para o rendimento intelectual, pois é importante para a memória. As vitaminas do complexo B provenientes de nutrientes de alimentos saudáveis influenciam no bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. As frutas secas exercem um fator importantíssimo para o desenvolvimento do sistema nervoso e do cérebro das crianças. O uso abusivo indiscriminado de alimentos que contêm grande quantidade de açúcar e certos aditivos químicos como os corantes contribuem para que as crianças sejam nervosas, irritadiças, ou seja, altera de forma expressiva o comportamento e conseqüentemente a aprendizagem (PAMPLONA, 2008).
A quantidade de alimento a serem ingeridos também deve ser equilibrada, sendo que comer bem não é comer em excesso, pois para regenerar e revigorar a condição mental é importante e necessário adquirir um estilo de vida saudável que inclui: relaxamento, meditação, exercícios e bom sono. A forma correta de como se alimentar vai gerar um bom funcionamento do cérebro, ou seja, pode contribuir para ajudar na produção da inteligência e no êxito das atividades mentais, como também no equilíbrio das emoções e comportamentos (CUSTODIO, 2008).
Muitos estudantes desenvolvem estresse e ansiedade devido à rotina de provas e trabalhos extracurriculares associados à freqüentes atividades esportivas, portanto, necessitam de um preparo físico e alimentar. Esses fatores interferem no apetite, diminuindo a vontade de se alimentar corretamente e induzindo a ingerirem certos alimentos gordurosos como chocolates. Tudo isso causa um transtorno no sistema imunológico aumentando o nível de toxinas e ocasionando o surgimento de resfriados, mal-estar, dores de cabeça, vômitos e diarréias (BARRIOS, 2011).
Nos períodos e nos dias que antecedem as provas, é importante escolher alimentos saudáveis que possam repor as energias, vitaminas e minerais. Respeitar os intervalos das refeições, evitando jejuns prolongados (BARRIOS, 2011).
Custodio (2008), aborda que existem inúmeros fatores que contribuem para o desenvolvimento do intelecto das pessoas e um dos fatores de grande relevância é a nutrição equilibrada que pode desenvolver o cérebro, melhorar a Inteligência e contribuir para o equilíbrio das emoções e comportamentos.
Influência das atividades físicas na aprendizagem
Com relação ao esquema corporal, quando a construção é deficiente a criança tem dificuldade de coordenar os movimentos e conseqüentemente interfere na aprendizagem. Problemas com a orientação temporal ou espacial levam também a criança ao fracasso em várias disciplinas e especificamente em matemática (SOUSA, 2012).
Há uma série de dificuldades que as crianças apresentam no que se refere a troca de letras por exemplo: a letra q por p, d por b e até mesmo em matemática como a troca do número 21 por 12, são situações de dificuldades encontradas em crianças que não foram bem desenvolvidas a questão da lateralidade. Pois, para escrever a criança mobiliza vários segmentos do corpo, e se faz necessário que as mesmas desenvolvam a tonicidade dos músculos. No entanto, deve-se trabalhar em primeira estância os grandes movimentos para obter êxito nos movimentos pequenos, ou seja, nos movimentos mais complexos relacionados a aquisição da leitura e escrita (SOUSA, 2012).
Estudos realizados com crianças em idade escolar e adolescentes constataram que a diminuição de atividades físicas e comportamentos sedentários como o uso abusivo, de forma indiscriminada da televisão, vídeo, jogo e computador podem contribuir para a obesidade e conseqüentemente afetar o processo de aprendizagem (DUARTE, 2011).
Esta opinião é também reforçada por Vaghetti & Botelho (2010) que aborda a questão dos malefícios que se causam no indivíduo quando esse usa de forma indiscriminada jogos no computador e na televisão. Essas atitudes têm contribuído para o aparecimento de vários problemas, tanto de ordem musculoesquelética, devido à ausência de exercícios físicos como o desenvolvimento da obesidade, fatores esses que também estão relacionados ao estilo de vida nada saudável e interfere de forma negativa na aprendizagem.
Duarte (2011) trata dois importantes fatores relacionados ao estilo de vida adotado que favorecem o desenvolvimento da obesidade: os hábitos alimentares e inatividade física. Essas questões, no contexto familiar assumem particular importância, sobretudo nas idades mais precoces como a da pré-escola.
Ademais, as famílias exercem uma enorme influência no que se refere aos estilos de vida saudáveis, constituem o primeiro ambiente de aprendizagem, que podem ser favoráveis ou não na formação de hábitos. Os integrantes da família, principalmente os pais por estarem mais próximos da criança, são exemplos, modelam de diferentes formas os hábitos alimentares e o hábitos de realizar atividades físicas. Essas práticas conseqüentemente influenciarão o futuro das crianças (DUARTE, 2011).
Discussão
Revisões recentes sobre o estilo de vida e aprendizagem evidenciou que ambos estão intimamente ligados e que estilo de vida exerce um fator importantíssimo no processo de aprendizagem.
No que se refere ao processo de mudança de comportamento que é a definição que se priorizou nesse estudo, ela acontece no interior do cérebro e segundo a neurociência, para que se obtenha um resultado significativo na aprendizagem é necessário que seja proporcionado, situações prazerosas, estimulantes de ensino, principalmente no que se refere ao âmbito escolar, pois dessa forma será intensa a quantidade e a qualidade das conexões sinápticas (SILVA, 2012).
Destaca-se no presente estudo que os conhecimentos prévios que os alunos possuem é algo expressivo e o professor necessita valorizar porque a mudança de comportamento se estabelece a partir daquilo que já se conhece e que está armazenado na estrutura cognitiva (MOREIRA, 2006).
Em relação a influência do sono na aprendizagem, deve-se priorizar boas noites de sono para que a mudança de comportamento se solidifique (VALE, VALE e REIMÃO, 2009).
O cérebro durante o sono libera hormônios que interferem no bem estar, quando esses hormônios, devido a privação do sono, são liberados em momentos desfavoráveis, compromete a capacidade de aprendizagem (MIRANDA NETO, 2012)
Muitas crianças apresentam comportamentos inadequados devido a noites mal dormidas. O presente trabalho aborda e explica porque tantos professores se depararam freqüentemente com alunos dormindo em sala de aula, esse número é verdadeiramente considerável. Pois, essas crianças apresentam o estado de humor alterado e vários fatores cognitivos são afetados, isso explica muitas vezes o baixo rendimento escolar (VALE, VALE e REIMÃO, 2009).
Para que o indivíduo retenha os conhecimentos explicitados na sala de aula, é necessário que o mesmo estude todos os dias a matéria relacionada a aula que foi assistida, antes que se passe uma noite de sono. A noite de sono é muito importante, pois, dormindo é que a aprendizagem é fixada no interior do cérebro (PIAZZI, 2012).
Deve se considerar, segundo Barrios (2011) que ingestão de alimentos saudáveis proporciona melhor oxigenação cerebral.
Muitos alimentos citados no trabalho contribuem para melhor concentração e rendimento intelectual, haja vista que o uso abusivo de alimentos com grande quantidade de açúcar e certos aditivos químicos colabore para que crianças sejam extremamente nervosas e irritadiças, conseqüentemente afetando de forma significativa o seu comportamento e interferindo na aprendizagem (PAMPLONA, 2008).
Por isso, é importante que pais, educadores atentem-se para essa situação e promovam mudanças de hábitos, afim de que tenhamos uma geração com mais qualidade de vida.
As atividades físicas aliadas ao consumo de alimentos saudáveis e outros fatores relacionados ao estilo de vida são elementos importantíssimos para a longevidade, qualidade de vida e conseqüentemente a aprendizagem.
De acordo com Sousa (2012), a criança que apresenta dificuldade de coordenar movimentos conseqüentemente apresenta a aprendizagem comprometida.
Há uma elevada exposição de crianças utilizando de forma indiscriminada a televisão, vídeo, jogo e computador. Resultante desse uso abusivo desses aparelhos tecnológicos apresenta-se como conseqüência um número elevado de crianças sedentárias e com dificuldades de coordenar movimentos. Logo, ser ativo produz efeitos favoráveis que reduzem o risco da obesidade e favorece o estilo de vida saudável (DUARTE, 2011).
Analisando essas questões, podemos constatar como as famílias exercem indiscutivelmente influência na formação do cidadão, os valores, as regras e ou limites estão se perdendo, as crianças não estão sendo preparadas para a vida. Como conseqüência nos deparamos com alunos que não possuem comprometimento algum com os estudos, não tem consciência da importância do mesmo para a vida e não buscam a excelência nesse processo de aquisição de conhecimentos.
Considerações finais
A realização desse trabalho trouxe conhecimentos pertinentes a associação do estilo de vida na aprendizagem. Quando o aluno apresenta dificuldades e ou algum comprometimento da mesma, ele está sinalizando que algo não está bem ajustado e é importante considerar alguns fatores que norteiam a questão do estilo de vida da criança.
Práticas abusivas no consumo de alimentos prejudiciais, alunos dormindo em sala de aula e crianças com dificuldades de coordenar movimentos são fatores que possuem relação com a aprendizagem.
Pode-se afirmar que a prática de hábitos saudáveis desde a infância, conseqüentemente favorecerão de forma significativa o desenvolvimento físico, intelectual e comportamental do indivíduo.
Diante dos conhecimentos abordados no presente artigo, refletindo sobre a problemática existente, pode-se considerar que a família é em primeira estância responsável pela formação do estilo de vida, pois são os primeiros educadores, modelos e referência, porém a escola também é responsável e exerce um papel importante e deve dar continuidade a essa formação. Proporcionar situações para a conscientização do aluno e ressaltar a importância de se adotar um estilo de vida saudável são aspectos que devem ser considerados relevantes pela escola para obtenção da qualidade de vida que resultará em repercussões positivas para o futuro.
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