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Efeito hipotensor pós-exercício em indivíduos idosos 

submetidos a uma sessão de treinamento funcional

El efecto hipotensor post-ejercicio en personas mayores que participaron de una sesión de entrenamiento funcional

 

*Discente do curso de especialização em Fisiologia do Exercício

do Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada, Goiânia, GO

**Docente do curso de especialização em Fisiologia do Exercício

do Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada, Goiânia, GO

Jeeziane Marcelino Rezende*

Giulliano Gardenghi**

jeeziane@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: Atualmente considera-se que o exercício físico é uma das melhores maneiras de manter a qualidade de vida durante o processo de envelhecimento, por exercer influência favorável sobre a condição funcional do organismo e também por atuar como fator protetor do sistema cardiovascular. Objetivos: Avaliar o comportamento da pressão arterial (PA) de idosos normotensos após uma sessão de treinamento funcional. Metodologia: Estudo transversal onde foram avaliados 24 idosos matriculados na UnATI/PUC-GOIÁS em 2013, submetidos a uma sessão de treinamento funcional que incluiu um período de aquecimento (dez minutos), exercícios aeróbios, de força, de coordenação e de equilíbrio (divididos 8 estações com aproximadamente 4 minutos para cada estação) e um período de relaxamento/flexibilidade (dez minutos). As respostas de pressão arterial foram avaliadas dez minutos antes dos exercícios e após 40 minutos do término da sessão. A determinação dos valores da freqüência cardíaca (FC) e das pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi realizada por meio de um esfigmomanômetro digital (G-Tech). Resultados: A amostra caracterizou-se por maioria feminina (91,6%), e média etária de 67,2±7,8 anos. Após a sessão de treinamento funcional os valores de PAS não se alteraram de maneira significante (PAS pré: 113,1±13,8 versus pós 40 minutos: 116,2±14,9 mmHg, p=0,12). O mesmo comportamento foi verificado na PAD (PAD pré: 67,6±8,3 versus pós 40 minutos: 71,8±9,1 mmHg, p=0,13) e na FC (pré: 78,6±12,6 versus pós 40 minutos: 81,5±12,1 bpm, p= 0,46). Conclusão: Indivíduos idosos e normotensos não apresentaram queda nos valores de PA após uma sessão de TF.

          Unitermos: Idoso. Hipotensão pós-exercício. Treinamento funcional.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 191, Abril de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Atualmente considera-se que o exercício físico é uma das melhores maneiras de manter a qualidade de vida durante o processo de envelhecimento, por exercer influência favorável sobre a condição funcional do organismo e também por atuar como fator protetor do sistema cardiovascular (SCHER et al., 2008). O treinamento físico tem sido empregado como um tratamento não farmacológico de doenças cardiovasculares e o entendimento do comportamento dinâmico da PA após uma sessão de exercício é de fundamental importância para compressão dos mecanismos envolvidos nas respostas e adaptações fisiológicas. (KOLB et al., 2012).

    O exercício físico pode promover a queda sustentada dos níveis pressóricos no pós-esforço. Esse efeito clássico é denominado hipotensão pós-exercício (HPE). A hipotensão pós-exercício caracteriza-se pela redução da pressão arterial durante o período de recuperação, fazendo com que os valores pressóricos observados pós-exercícios permaneçam inferiores àqueles medidos antes do exercício ou mesmo aqueles medidos em um dia controle, sem a execução de exercícios (BRUM, 2004). O objetivo deste artigo é avaliar o comportamento da pressão arterial (PA) de idosos normotensos após uma sessão de treinamento funcional.

Metodologia

    Trata-se de um estudo transversal. Fizeram parte do estudo, 24 idosos tanto do sexo feminino quanto do sexo masculino devidamente matriculados na UnATI/PUC-GOIÁS em 2013. Os idosos participantes foram submetidos a uma sessão de treinamento funcional compreendendo um período de aquecimento dinâmico global (dez minutos), exercícios aeróbios, de força, de coordenação e de equilíbrio (divididos 8 estações com aproximadamente 4 minutos para cada estação) e um período de relaxamento/flexibilidade (dez minutos).

    A montagem do programa de treinamento funcional obedeceu à seguinte ordem: após o aquecimento os idosos foram divididos e direcionados para cada estação de exercícios que incluiu agachamento avançado (no limite físico de cada idoso) com elevação frontal MMSS; agachamento avançado associado à rotação de tronco e a elevação de braços a 90º; sentar e levantar da cadeira, caminhar sobre a linha reta, ao final desta marcação da linha subir sobre a prancha multidirecional e retornar a posição inicial; andar sobre a marcação feita no chão em forma de zigue-zague, um pé a frente do outro, elevar o peso colocado na ponta de cada fita; andar de lado desfiando de obstáculos para frente e para trás o mais rápido possível; andar de frente ultrapassando os obstáculos o mais rápido possível; apoiar os antebraços sobre a bola suíça, apoiar joelhos no chão, levar a bola a frente e retornar a posição inicial; subir (de frente) e descer (de costas) da cama elástica e sobre a cama elástica realizar a marcha estacionária. Ao final do ciclo de cada estação de exercícios todos os idosos realizaram alongamento global por aproximadamente dez minutos.

    Os idosos foram monitorados por uma fisioterapeuta e por quatro monitoras participantes da Oficina de Fisioterapia na Promoção à saúde da Unati/PUCGOIÁS. As respostas de pressão arterial foram avaliadas dez minutos antes dos exercícios e após 40 minutos do término da sessão. A determinação dos valores da freqüência cardíaca (FC) e das pressões arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi realizada por meio de um esfigmomanômetro digital (G-Tech).

Resultados

    A amostra caracterizou-se por maioria feminina (91,6%), e média etária de 67,2±7,8 anos. Após a sessão de treinamento funcional os valores encontrados para a PAS, PAD e FC não se alteraram de maneira significante.

Tabela 1. Valores da média e desvio padrão da PAS, PAD e FC

Discussão

    Com base nos resultados obtidos, pode-se observar que não houve queda significativa nas pressões arteriais sistólica e diastólica após os exercícios. Os resultados da presente investigação estão em linha com aqueles encontrados por Rondon et al. apud Brum, 2004 os quais observaram que uma sessão de exercício não promove redução da pressão arterial após sua execução. Por outro lado, em hipertensos, tanto jovens (SANTAELLA, apud BRUM, 2004) quanto idosos (RONDON et al., apud BRUM, 2004), a queda pressórica é mais evidente que em normotensos.

    Rondon et al. apud Scher (2008), utilizando a monitorização ambulatorial da PA (MAPA), observaram em 24 idosos hipertensos, que uma sessão de exercício físico de baixa intensidade (50% do VO2 máximo), com idade média de 69 anos, provocou uma significativa redução na pressão sanguínea, por um período de 22 horas após a atividade. Bennett et.al. apud Forjaz (1998) estudando indivíduos hipertensos e normotensos, não verificaram comportamentos diferentes entre essas populações no que se referem ao efeito da duração do exercício físico na hipotensão pós-exercício.

    Segundo Forjaz et al (1998) demonstraram que a magnitude e a duração da queda pressórica provocada pelo exercício físico é dependente da duração desse exercício, isto é, o exercício dinâmico com duração de 45 minutos provoca queda pressórica mais acentuada e duradoura que o exercício com duração de 25 minutos.

    Buscando verificar os fatores que afetam a hipotensão pós-exercício, Forjaz et al. apud Brum (2004) monitoraram a pressão sanguínea de 30 indivíduos normotensos e 23 hipertensos após uma sessão controle e uma sessão de exercício físico, na qual os indivíduos realizaram exercício físico a 50% do seu VO2 máximo. Como resultado, foi observado que 65% dos indivíduos de ambos os grupos apresentaram redução da pressão sanguínea pós-exercício.

Conclusão

    A partir dos resultados encontrados neste estudo pode-se concluir que indivíduos idosos e normotensos não apresentaram queda significativa nos valores de PA após uma sessão de Treinamento Funcional.

Referencias bibliográficas

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