Composição corporal de universitários do sexo masculino do curso de Educação Física de uma instituição superior privada de Goiânia, GO La composición corporal de
estudiantes universitarios de sexo masculino |
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*Discentes do Curso de Educação Física **Orientador. Mestre e Doutor em Educação Física. Universidade Salgado de Oliveira, UNIVERSO (Brasil) |
Guilherme Lopes* Josy Kamenach Silva* Leandro Borges* Pedro Wilson* Sandro Martins Junior* Prof. Ademir Schmidt** |
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Resumo O excesso de gordura corporal está relacionado a diversos problemas de saúde, tais como o aumento do risco de doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, diabetes entre outras e através das medidas antropométricas é possível verificar a incidência desses problemas. Por outro lado muito pouca gordura corporal, também representa um risco à saúde, porque o corpo necessita de uma certa quantidade de gordura para a manutenção das funções fisiológicas normais. O objetivo deste estudo foi verificar a composição corporal de estudantes universitários do sexo masculino do curso de educação física de uma instituição de ensino superior privada de Goiânia-GO. Participaram desta pesquisa 34 sujeitos (todos do sexo masculino) com faixa etária entre 19 a 48 anos (média 25,5 ± 7,0). Verificou-se que os universitários ficaram um pouco acima dos níveis de gordura recomendados, porém não foram considerados obesos. Unitermos: Gordura. Doenças. Universitários.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 191, Abril de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
A obesidade vem se tornando preocupação mundial, já que, sua prevalência vem aumentando de maneira alarmante em praticamente todos os países. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o sobrepeso e a obesidade afetam 41% dos homens e 40% das mulheres no Brasil (IBGE, 2004). São apontados como causas a diminuição da atividade física e o maior consumo de alimentos pobres em nutrientes e em fibras e de alta densidade energética. Os riscos mais importantes da obesidade são o desenvolvimento de outras doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares, tendo como consequência maior risco de morte prematura ou redução da qualidade de vida do indivíduo (OPAS, 2003).
Na esfera econômica, em consequência do sobrepeso e da obesidade e dos agravos à saúde, é gasto no Brasil cerca de 1,5 bilhão de reais por ano com internações hospitalares, consultas médicas e medicamentos. Desse valor, 600 milhões são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e representa 12% do orçamento gasto com todas as outras doenças (DATASUS, 2006).
O aumento nos níveis de exercício físico pode ter diversas implicações na prevenção e tratamento do sobrepeso, e ate mesmo em casos de obesidade mórbida. Com isso, o presente estudo tem como objetivo estabelecer a prevalência de sobrepeso e obesidade em homens universitários.
2. Desenvolvimento
O excesso de gordura corporal é um sério problema de saúde e está ligado ao desenvolvimento de várias doenças. Segundo Pitanga (2008), a incidência de diabetes, aterosclerose, gota, cálculo renal e morte cardíaca súbita são bastante frequentes em pessoas obesas. Por outro lado, pouca gordura corporal representa também risco à saúde, porque o corpo necessita de uma certa quantidade de gordura para a manutenção das funções fisiológicas normais. No homem, quando a gordura corporal cai para abaixo de 5%, há uma queda na produção de testosterona e a quantidade de espermatozoides diminui, na libido e atividade sexual (BEAN, 1999).
A avaliação da composição corporal desempenha importante função no controle da massa corporal (peso corporal), pois fornece subsídios para: prescrever e orientar exercícios físicos; recomendar o consumo energético adequado; e como critério para acompanhamento das condições de saúde tanto individual quanto populacional (QUEIROGA, 2005).
Uma das vantagens em se utilizar as medidas antropométricas é que além delas oferecem informações valiosas aos riscos de saúde elas são fáceis de fazer e o custo é baixo. Filho (2003) explica que a antropometria é a ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as proporções do corpo humano, através de medidas de rápida e fácil realização, não necessitando equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro.
O tratamento do paciente obeso deve ter como objetivo a saúde e o bem estar do indivíduo, e não apenas os padrões estéticos, porém a prevenção da obesidade parece ser a melhor opção frente ao quadro delineado (NETO 2003 apud REZENDE, ALVES, CASTRO et al., 2008). A atividade física deve ser estimulada desde cedo e os seus benefícios também devem ser sempre lembrados, pois a prática de atividades regulares favorece a prevenção da obesidade, de doenças cardiovasculares, do bem estar, enfim, ajuda o indivíduo a ter uma melhor qualidade de vida. Além dos exercícios é importante salientar que um mau hábito alimentar e os excessos de consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro são fundamentais para que o indivíduo tenha predisposição a esses problemas.
3. Metodologia
A pesquisa se classifica como descritiva, que segundo Cervo e Bervian (2002) se caracteriza por observar, registrar, analisar e correlacionar variáveis sem manipulá-las, procurando descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.
Participaram da pesquisa 34 voluntários do sexo masculino com faixa etária entre 19 a 48 anos (25,5±7,0), alunos do 6º período do curso de educação física (2013/1) de uma instituição de ensino superior privada de Goiânia-GO.
Os sujeitos foram submetidos à avaliação antropométrica de massa corporal e composição corporal. As medidas de massa corporal foram obtidas através de uma balança manual de marca Wellmy (capacidade até 200 kg). A composição corporal foi estimada através da medida da espessura de dobras cutâneas (EDC), com base no protocolo de 4 dobras de Petroski (1995), utilizando um compasso de marca Sanny. O percentual de gordura foi calculado através da equação de Siri (1961), sendo a gordura absoluta e a massa corporal magra (MCM) calculadas de acordo com Guedes (1994).
Depois de estimada a composição corporal, os dados foram tratados com base na estatística descritiva utilizando o software Microsoft Excel (versão 2010) e comparados aos padrões de referência disponíveis na literatura pertinente.
4. Resultados e discussão
Gráfico 1. Porcentagem de gordura corporal
Gráfico 2. Gordura absoluta (Kg)
Gráfico 3. Massa corporal magra (Kg)
No total foram avaliados 34 universitários do sexo masculino. A média do percentual de gordura foi de 18,3 %. Os níveis de gordura recomendados para homens são de 15%, sendo que valores acima de 25% ou mais são considerados como obesidades (PITANGA, 2008). Dessa forma, podemos afirmar que os homens ficaram um pouco acima dos níveis de gordura recomendados, porém não foram considerados obesos. A média da gordura absoluta foi de 13,5 kg. A média da massa corporal magra foi de 59,5 kg.
Neto e César (2005) avaliaram a composição corporal 85 atletas de 8 equipes participantes da Liga Nacional de Basquete de 2003. A média geral do percentual de gordura dos jogadores foi de 23,68%. Um índice acima dos universitários pesquisados, porém também não foram considerados obesos.
5. Conclusão
Observou-se que o percentual de gordura dos universitários ficaram um pouco acima (18,3%), porém não foram classificados como obesos que é acima de 25%.
A realização das medidas antropométricas são importantíssimas no intuito de alertar as pessoas os riscos que o excesso e a baixa quantidade de gordura pode trazer para o indivíduo. Assim, a prevalência de sobrepeso e obesidade e o risco coronariano observada, evidencia a importância dos profissionais da área de saúde em alertarem para os riscos que o excesso de gordura pode trazer para o indivíduo.
Referências
BEAN, Anita. O guia completo do treinamento de força. São Paulo: Manole, 1999.
CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.
DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DO SUS. (DATASUS). Informações de Saúde. Disponível: http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acesso em 17 out de 2013.
FILHO, José Fernandes. A Prática da Avaliação Física. Seção: Avaliação. 2ª edição- 2003.
GUEDES, D.P. Composição corporal: princípios, técnicas e aplicações. 2ª ed., Londrina: APEF, 124p. 1994.
IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 - Análise da disponibilidade domiciliar de alimentos e do estado nutricional no Brasil. Rio de janeiro, 2004.
NETO, A. P.; CÉSAR, M. C. Avaliação corporal de atletas de basquetebol do sexo masculino participantes da liga nacional 2003. Cine. Des. Hum. 2005;7(1):35-44.
OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Brasília, DF; 2003.
PETROSKI, E.L. Desenvolvimento e validação de equações generalizadas para a predição da densidade corporal. Tese de Doutorado. UFSM-RS, Universidade Federal de Santa Maria, 1995.
PITANGA, F. J. G. Testes, medidas e avaliação em educação física e esportes. 5. ed. São Paulo: Phorte, 2008.
QUEIROGA, M.R. Testes e medidas para avaliação da aptidão física relacionada à saúde em adultos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
SIRI, W.E. Body composition from fluid spaces and density: analysis of methods. In. BROZEK, J.; HENSCHEL, A. Techniques for measuring body composition. National Academy of Science, p. 223-244, 1961.
REZENDE, V.A.; ALVES, APP.; CASTRO, LPT.; ET AL. Prevalência de Sobrepeso e Obesidade em Alunos de uma Rede Pública de Anápolis. Anúario de Produção de Iniciação Cientifica Discente. 2008.
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