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Possibilidades pedagógicas do punhobol na concepção crítico superadora

Las posibilidades pedagógicas del faustball en la concepción crítico-superadora

 

*Acadêmico do curso de licenciatura em Educação Física

da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC (Criciúma – Santa Catarina)

**Licenciado em Educação Física e Mestre em Educação

pela Universidade do Extremo sul Catarinense, UNESC

Professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC

Criciúma, Santa Catarina

Alexandre Benedet de Medeiros Zappelini*

xande_pv@hotmail.com

Carlos Augusto Euzébio**

cae@unesc.net

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo trata de compreender as possibilidades pedagógicas do Punhobol na concepção Critico-Superadora, pesquisa realizada em uma escola da rede particular do município de Criciúma SC. A Justificativa para a construção deste estudo está embasada verificar quais as possibilidades pedagógicas da modalidade esportiva Punhobol no âmbito escolar por meio da tendência pedagógica Crítico-Superadora. Desta forma, saber como essas possibilidades interferem nas aulas de Educação Física escolar, investigando sobre seu conteúdo metodológico, auxiliando para melhor ensino aprendizagem. Neste sentido, o problema desta pesquisa: Quais são as possibilidades pedagógicas de se trabalhar o Punhobol nas aulas de Educação Física na concepção pedagógica Critico-superadora? A partir deste questionamento foi construído o seguinte objetivo: conhecer a modalidade Punhobol e os demais conteúdos da Educação Física e identificar estratégias de ensino para aprendizagem da modalidade esportiva Punhobol utilizando a concepção Crítico-Superadora. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede particular de ensino no município de Criciúma, com os 8º e 9º anos do ensino fundamental final e o 1º grau de ensino básico. O tipo de pesquisa que foi realizada foi de pesquisa-ação, em que o pesquisador e objeto de pesquisa interagem havendo assim uma relação estreita entre ambos. No fim do processo Os alunos conheceram a modalidade Punhobol e por meio desta modalidade puderam abranger novos horizontes em relação a outras modalidades da cultura corporal. Deste modo podemos constatar estratégias de ensino para a aprendizagem da modalidade esportiva Punhobol utilizando-a concepção Critico-Superadora.

          Unitermos: Educação Física. Concepção crítico superadora. Punhobol.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Compreendendo a importância de trazer ao ambiente pedagógico da educação física escolar, novos elementos da cultura corporal e por darmos inicio a prática nos últimos anos a modalidade de Punhobol na região de Criciúma-SC, consideramos a possibilidade pedagógica de introduzir o Punhobol como um dos conteúdos da educação física escolar.

    Esta pesquisa foi balizada a partir do tema: Possibilidades pedagógicas de trabalhar o Punhobol nas aulas de Educação Física na concepção pedagógica Critico Superadora. Desencadeando a pergunta “quais as possibilidades pedagógicas da modalidade esportiva Punhobol a partir da tendência pedagógica Crítico Superadora? Com base no tema e no problema os objetivos foram traçados da seguinte forma: conhecer a modalidade Punhobol e os demais conteúdos da Educação Física e identificar estratégias de ensino para aprendizagem da modalidade esportiva Punhobol utilizando a concepção Crítico Superadora.

    Considerando que a modalidade Punhobol poderia ser mais bem aproveitada nas aulas de Educação Física, para verificar as possibilidades pedagógicas, bem como elementos de cunho cultural devido à colonização da região e sua ligação com a origem desta modalidade, podendo assim explanar mais sobre questões que vão além da modalidade Punhobol para o âmbito escolar.

    A pesquisa foi realizada em uma escola da rede particular de ensino no município de Criciúma, com os 8º e 9º anos do ensino fundamental final e o 1º grau de ensino básico.

    O tipo de pesquisa a ser realizada foi à pesquisa-ação, em que o pesquisador e objeto de pesquisa interagem havendo assim uma relação estreita entre ambos.

Punhobol (Faustball)

    Punhobol (faustball), como o nome aponta é um esporte praticado com uma bola e jogado com os punhos (faust=punho, ball=bola). Este esporte guarda semelhanças com o voleibol, contudo em vez de seis pessoas é jogado com cinco atletas. Seu campo – também dividido ao meio - é maior que a dimensão do vôlei, medindo 50 x 20 metros. Nesse esporte é permitido o quique da bola no chão, tendo assim um quique para cada toque, portanto, sendo três toques é permitido três quiques. No entanto, um mesmo jogador não pode encostar duas vezes na bola em um mesmo rally (o que é permitido no voleibol). Os três toques devem ser feitos por jogadores diferentes. Ao invés de uma rede, é colocada uma corda ou fita a 2 metros de altura no masculino e 1,90 metros no feminino, presa a dois postes. Como no vôlei, o Punhobol também tem uma linha de três metros (a três metros do centro do campo) de onde é dado o saque. (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2013).

    A história de jogos de Punhobol1 vem atravessando os tempos. O Punhobol teve sua origem em jogos com bolas desenvolvidos pelos romanos e inseridos pela Velha Grécia. Segundo Becq de Fourquieres, os romanos descobriram a bola grande (Follis) e que em épocas distantes, precisamente 300 anos A.C., vivia um pugilista chamado Dichter Plautus que, para seu preparo físico, batia numa bola oval com seus punhos. Alguns manuscritos de Büttcher indicam que o jogo foi introduzido em Sparta, dividindo-se dois grupos de participantes por uma mureta de pedra. Linhas feitas com pedras demarcavam o final do campo, de modo que, nas defesas e rebatidas em que a bola tocava fora destas marcas, o jogo tinha o seu final.

    O auge dos jogos italiano foi, segundo Giacomo Leopardi no final do século XVIII e começo do século XIX, onde em Milano e em Turim no ano de 1894, este moderno jogo de Punhobol foi assistido por um enorme público. Também em outros países o Punhobol foi jogado no final do século passado; na França praticava-se o "Ballon a la Ligne", daí os jogos chegaram ao Punhobol atual.

    Da Itália o jogo rumou para a Inglaterra, com toda a semelhança dos relatos italianos, até o começo do século XIX eventualmente o jogo foi praticado na Alemanha. Existiam muitos comentários deste jogo, mas nunca foram elaborados regulamentos. Só no final do século XIX, Weber deu vida nova ao Punhobol, sendo por isto denominado de Pai do Punhobol Alemão, impondo nos fins do ano de 1800 um rígido regulamento que foi imediatamente assumido por todas as equipes que praticavam este esporte.

    No dia 30 de junho de 1895 em Maddenburg as regras foram comentadas, retificadas e publicadas no Jornal Ginástica e Jogos Juvenis, sendo oficializadas e apresentadas para o povo nos Jogos Juvenis da Alemanha em 1898.Hoje temos o Punhobol no Brasil concentrado no sul do país, pois esta região foi colonizada principalmente por europeus. O Punhobol é praticado em muitos países, entre eles: Alemanha, Áustria, Suíça, Itália, Tchekchia, Slovachia, Brasil, Argentina, Canadá, Estados Unidos, México, Uruguai, Chile, Paraguai, África do Sul, Namíbia e Japão.

    A referência mais antiga do Punhobol no Brasil é de 1911 com a criação do Departamento de Futebol pela Sociedade de Ginástica Porto Alegre - Sogipa, clube do Rio Grande do Sul. São várias as cidades dos três estados do Sul que possuem fortes equipes de Punhobol e hoje já existem cerca de 5 mil praticantes no Brasil distribuídos em cerca de 100 equipes

Proposta didático metodológica Crítico Superadora

    Em um trabalho que se pretende refletir nas possibilidades pedagógicas do Punhobol em uma determinada proposta didático-metodológica evidentemente se faz necessário apresentar – mesmo que de forma sucinta – a referida proposta. Esta proposta pedagógica denominada de Crítico-Superadora segundo Darido (2005, p. 8) se preocupa com “o discurso da justiça social como ponto de apoio e é baseada no marxismo e neomarxismo, tendo recebido na Educação Física grande influência dos educadores José Libâneo e Demerval Saviani”. A proposta Crítico-Superadora foi elaborada por um Coletivo de Autores, que por meio do livro “Metodologia do Ensino de Educação Física” se desdobra sobre a proposta que será apresentada adiante. Veremos a partir desta proposta algumas preocupações sobre o seu conteúdo, como: o projeto político pedagógico, currículo e seus princípios, bem como o trato do conhecimento, os ciclos de escolarização, os conhecimentos que fazem parte da educação física escolar, o tempo pedagógico para assimilações destes conhecimentos, seus procedimentos didáticos metodológicos e por ultimo a avaliações do processo ensino aprendizagem em educação física escolar.

O trato com o conhecimento

    Nesta proposta pedagógica segundo o Coletivo de Autores (1992) é preciso de alguns princípios no trato com o conhecimento. Sendo necessário sistematizar os conteúdos abordados nas aulas de educação física. Entretanto para a seleção deste conteúdo para uma turma ou escola específica, devem ser respeitados alguns critérios como: a relevância social destes conteúdos, a contemporaneidade do conteúdo e a adequação as possibilidades sócio-cognoscitivas do estudante. E ainda, em quatro princípios para organizar e sistematizar os conteúdos: Confronto e contraposição dos saberes; Simultaneidade dos conteúdos enquanto dados da realidade; espiralidade da incorporação das referências do pensamento; e por último provisoriedade do conhecimento.

    O princípio da relevância social dos conteúdos implica em compreender o sentido e o significado do mesmo para a reflexão pedagógica escolar. Esta deverá estar vinculada a explicação da realidade social concreta e oferece subsídios para a compreensão dos determinantes sócio-históricos do aluno, particularmente a sua condição de classe social (COLETIVO DE AUTORES, 1992 p. 31)

Educação Física e o seu conhecimento

    A educação física é uma disciplina que trata na escola de forma pedagógica de uma área denominada de Cultura Corporal. A Cultura Corporal trata de conhecimentos específicos como os jogos, a dança, a ginástica, as lutas e o esporte, visando apreender a expressão corporal como linguagem (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

    Partindo da Cultura Corporal, as aulas devem estar estruturadas em três fases. Inicialmente na primeira fase, os conteúdos e objetivos devem ser apresentados e discutidos com os alunos, esclarecendo o que será trabalhado e aonde se quer chegar. Logo, na segunda fase da aula ocorre a apreensão do conhecimento, tomando a maior parte da aula, pois é somente a partir do conhecimento que o aluno terá subsídios para ir à busca da transformação, assim chegando à última fase da aula, fase das conclusões e avaliações de todo o processo, nesta fase nova encaminhamentos podem ser elaborados e repensados (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

A proposta na prática escolar

    Para a organização desta pesquisa foi necessário elaborar um plano de aula com seis aulas de 45 minutos com duas turmas de oitavo e nono anos, do ensino fundamental da rede particular de ensino de Criciúma. Irei apresentar o relato das aulas – conforme registrado em meu diário de campo – e em seguida analisarei do ponto de vista da proposta Crítico-Superadora as possibilidades pedagógicas oferecidas pelo Punhobol.

    As aulas ministradas foram organizadas desta forma:

Turma A. 1ª e 2ª aula

    Em função do cotidiano pedagógico definido na escola, os alunos foram “direto” para a quadra externa da escola. Iniciei a aula com uma breve apresentação explicando o motivo de estar ali que era devido a disciplina de estagio III e explicando o que iríamos trabalhar nas seis aulas. Antes de fazer a parte prática da aula o Professor (titular da turma) teve uma breve conversa com eles a respeito do que foi conversado no conselho de classe da turma. Montei quatro equipes de 7 jogadores, apresentei a bola de Punhobol (porém fiz o jogo com uma bola de voleibol). Na medida em que o jogo acontecia tirava dúvidas e explicava as regras.

    No auditório expliquei como funcionava o jogo, regras, tamanho de campo e foram surgindo algumas dúvidas – em grande parte respondida a partir da análise do que ocorreu anteriormente na aula prática. Expliquei que nas próximas aulas iríamos trabalhar alguns fundamentos do Punhobol. Questionei os mesmos sobre com que modalidade esse jogo parece e todos falaram que era parecida com o vôlei e também com o handebol, então expliquei que o Punhobol é mais antigo que o vôlei. Mostrei um vídeo que falava um pouco da historia e também o próprio jogo e notei a motivação dos alunos a praticarem a modalidade e conhecer mais sobre a mesma.

Turma A. 3ª e 4ª aula

    Com o campo de Punhobol montado, comecei ensinando os fundamentos o primeiro fundamento foi o passe em pequenos grupos ensinei o gesto correto do passe explicando que não era necessário jogar tanto o braço e sim usar movimentos de pernas, logo eles notaram que dessa forma não doía tanto o braço e era mais fácil para executar o mesmo. Propus então um desafio entre os grupos em que pedia para que eles contassem o número de passes efetuados, usei isso como um estímulo para a execução do mesmo chamei esse jogo de desafio dos passes.

    Depois ensinei o saque dizendo que era para por o pé de apoio na frente onde era fácil notar que muitos não sabiam qual o seu pé de apoio, auxiliei então pra que eles pudessem efetuar o fundamento. Depois foi o fundamento ataque onde os posicionei em filas mistas e jogava a bola para o alto eles esperavam ela dar um quique e depois atacavam. Começou então uma pequena chuva onde não teve jeito de tirar eles de campo então deixei, pois logo parou. Por fim fiz um feedback do conteúdo tirei algumas dúvidas e disse que na próxima aula faríamos a avaliação.

Turma A. 5ª e 6ª aula

    Cheguei à sala de aula pedi para que eles formassem filas para que a prova fosse entregue. Após a correção da prova mais de 80% da turma tirou nota acima de 8,0 e na questão do desenho eles não desenharam o circulo central do campo de futebol.

    Por fim fomos para o campo onde eles mesmos montaram a quadra, os times, e fizeram o jogo. Sem minha intervenção efetuaram o mesmo com sucesso utilizando das regras respectivas do jogo inclusive com a arbitragem e a contagem correta de pontos. Faltando alguns minutos para o fim da aula, chamei-os agradeci pela participação nas aulas e pela colaboração de todos e encerrei a mesma.

Turma B. 1ª e 2ª aula

    Os alunos foram direto para o ginásio esportivo da escola, cheguei um pouco antes e como seria uma aula expositiva preparei todo material e em seguida fui buscá-los Iniciei a aula apresentando-me e explicando o motivo de estar ali . Perguntei se eles conheciam o Punhobol e para a minha surpresa ninguém conhecia. Fiquei surpreso, pois a escola recebe treinamentos de uma equipe de Punhobol na categoria adulto em seus espaços, sendo inclusive uma das patrocinadoras da equipe.

    No campo com o auxilio de alguns alunos montamos o campo de Punhobol enquanto os outros formaram grupos e tentavam executar passes com a bola de Punhobol e as meninas reclamaram que a bola era dura e pesada. Falta de adequação as possibilidades sócio cognoscitivas, confronto e contra posição de saberes, pois o estudante percebeu que com material oficial de jogo seria difícil realizar a atividade proposta.Expliquei que faria a atividade com a bola de vôlei Com o campo montado, e como a turma era grande, formei quatro equipes com nove jogadores cada e realizei o jogo alternando o saque para que todos pudessem sacar. Quando uma equipe fez o ponto perguntei de quem era o saque, uma menina disse que quem sacava era a equipe que sofreu o ponto, então confirmei que era isso mesmo. Fiz um set e depois troquei as equipes pedindo para que os que estivessem fora prestassem atenção e também me ajudassem na contagem de pontos e nas regras. Noto que nessa turma há um clima de competição onde eles mesmos queriam fazer a suposta disputa de 3º lugar e a disputa de campeão. Por fim liberei para eles tomarem água e ir ao banheiro.

Turma B. 3ª e 4ª aula

    Comecei então ensinando os fundamentos o primeiro fundamento foi o passe onde em pequenos grupos ensinei o gesto correto do passe onde expliquei que não era necessário jogar tanto o braço e sim usar movimentos de pernas, logo eles notaram que dessa forma não doía tanto o braço e era mais fácil para executar o mesmo. Depois ensinei o saque onde disse que era para por o pé de apoio na frente onde era fácil notar que muitos não sabiam qual o seu pé de apoio, auxiliei então pra que eles pudessem efetuar o fundamento. Fundamento esse que existe outra forma de executá-lo, o saque viagem, lançando a bola ao alto e ainda ao ar tocar a bola com o braço e o punho fazendo com que ela ultrapasse o outro lado do campo, por cima da fita e ao cair no solo, o pé de apoio deverá estar atrás da linha de saque, localizado a três metros da fita. Depois foi o fundamento ataque onde os posicionei em filas mistas e jogava a bola para o alto eles esperavam ela dar um quique e depois atacavam.

    Logo após os fundamentos ensinados, iniciei o jogo onde eles conseguiram fazer o mesmo com suas respectivas regras, iniciei com a bola de vôlei mais eles mesmos queriam a bola de Punhobol onde um aluno me disse que agora que eles sabiam as técnicas o braço não doía mais. Fiz o jogo então com a bola de Punhobol a única regra que ainda não estava posta em prática era o número de jogadores em campo onde eles me questionaram e expliquei que na próxima aula seria com o numero correto de jogadores. Nessa atividade dividi em 4 grupos de 8 jogadores para cada lado.

    Por fim, fiz questionamentos no final da aula em relação a tamanho de quadra,altura de fita,quantos jogadores para cada lado e quais os fundamentos , todos sabiam as respostas corretamente.

Turma B. 5ª e 6ª aula

    Cheguei à sala de aula pedi para que eles formassem filas para que a prova fosse entregue. Perguntaram então se a prova valeria como nota de bimestre, onde para eu saber realmente se eles sabiam do conteúdo falei que sim a pedido do Professor. Durante a prova eu percebia que a grande maioria sabia realmente o conteúdo porem poucos não lembravam nem de como era a quadra ou talvez pelo fato de o campo ser montado num campo de futebol alguns alunos desenhavam o circulo central do campo. Por fim fomos para o campo já montado e foi feito um feedback sobre as regras e efetuamos o jogo dessa vez com a quantidade de 5 jogadores para cada lado e também coloquei alguns alunos para fazer a arbitragem do jogo. As duvidas que existiam na prova onde eles pensavam que valeria como nota no bimestre, porém usei esse método avaliativo também com o intuito de usar essa prova no meu projeto de pesquisa onde o conteúdo é as possibilidades pedagógicas de ensinar o Punhobol nas aulas de Ed Física na concepção Crítico Superadora.

Analise das aulas

    O princípio da simultaneidade do conteúdo apresentado pelo Coletivo de Autores ficou evidente em vários momentos das aulas. O princípio se apresenta quando os alunos -orientados pelo professor- comparam o Punhobol com o voleibol e engendram uma reflexão sobre os esportes apontando semelhanças e diferenças nos fundamentos, nas regras, no material utilizado.

    Um forte exemplo desta questão foi o saque “viagem” na 3ª aula da turma B onde o mesmo existe outra forma de executá-lo, o saque viagem, lançando a bola ao alto e ainda ao ar tocar a bola com o braço e o punho fazendo com que ela ultrapasse o outro lado do campo, por cima da fita e ao cair no solo, o pé de apoio deverá estar atrás da linha de saque, localizado a três metros da fita.

    O confronto de Saberes aparece com clareza na 1ª e 2ª aula da turma B, onde Questionei os mesmos sobre com que modalidade esse jogo se assemelha e todos falaram que era parecida com o vôlei, então expliquei que o Punhobol é mais antigo que o vôlei, então mostrando o material oficial do jogo onde o estudante percebeu que com material oficial de jogo seria difícil realizar a atividade proposta.

Conclusão

    Tendo por base a tendência pedagógica Critico Superadora, constatamos que de acordo com as aulas ministradas para a obtenção dos dados desta pesquisa juntamente com a modalidade Punhobol, verificamos que é de total relevância esta proposta pedagógica quando aplicada genuinamente. O que queremos dizer com isso é que esta proposta ajuda a dar possibilidades não apenas pedagógica mais sim social econômica e cultural, para a superação dos estudantes que colaboraram com a pesquisa

    De certa forma esta pesquisa teve como principal organização baseadas em três principais suportes que são eles o tema Punhobol, a Concepção pedagógica Critico Superadora, e as aulas ministradas na escola, utilizando-se de uma metodologia de pesquisa que leva em consideração não apenas o indivíduo como ele é, e sim como ele estará no final deste processo.

    Os alunos conheceram a modalidade Punhobol e por meio desta modalidade puderam abranger novos horizontes em relação a outras modalidades da cultura corporal. Deste modo podemos constatar estratégias de ensino para a aprendizagem da modalidade esportiva Punhobol utilizando-a concepção Critico Superadora

    Ao analisarmos esta pesquisa verificamos que todos os princípios curriculares, o trato com o conhecimento foi alcançados, alguns mais explícitos outros nem tanto. Para exemplificar partimos do principio do confronto e contraposição de saberes que aparece com clareza na 1ª e 2ª aula da turma B, que os alunos ao serem questionados sobre a modalidade Punhobol e a semelhança a possibilidade de outros jogos serem parecido com o Punhobol, todos falaram que se assemelhava ao vôlei e desta forma entramos em outras questões, sobre origem de Punhobol e vôlei, onde jogava-se essas modalidades, material utilizado por ambas modalidades entre outros, e assim os estudantes perceberam as diferenças entre os jogos e assimilaram novas perspectivas para a realização da atividade proposta.

    Outro principio que ficou bem evidenciado é o da simultaneidade do conteúdo, ele fica explicito quando os alunos foram indagados para a comparação do Punhobol com o Voleibol, que os alunos compreenderam por meio de uma reflexão as semelhanças e diferenças nos fundamentos, regras, material de uso, local da realização dos jogos entre outras questões relevantes, deixando assim clara a ocorrida simultaneidade do conteúdo que é um dos princípios apresentados no coletivo de autores.

    O conteúdo Punhobol foi relevante para os alunos uma vez que este conteúdo por meio da concepção pedagógica abriram novos horizontes em relação a novos conhecimentos não apenas na cultura corporal, fazendo com que esses estudantes compreendessem questões de ordem política, econômica, social e cultural e porque não dizer por questão geográfica.

    Houve uma mudança singela em relação a divisão de gêneros nas aulas, talvez essa divisão acabasse com um numero maior de aulas ministradas ou tão somente quando a sociedade entendesse que não existe essa divisão, esse dia só chegará quando todos caminharmos para uma só direção.

Notas

1.     As informações contidas neste histórico foram retiradas do site http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/capas/esportes/punhobol.php

Referencias

  • COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

  • DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na Escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

  • DEMO, Pedro. Introdução a metodologia cientifica. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 1987.

  • http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/capas/esportes/punhobol.php Acessado em 10.05.2013 , 14.05.2013 e 15.05.2013

  • PISONI MACHADO, Nelson. Tendências crítico-superadora e crítico-emancipatória: fatores relevantes para a emancipação dos estudantes. Trabalho de Conclusão de Curso. Criciúma, 2012.

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