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Nível de atividade física de adolescentes do sexo feminino x masculino

Nivel de actividad física de adolescentes del sexo femenino y masculino

 

Curso de Educação Física – Licenciatura

UNIVATES

(Brasil)

Evélin Steffens

evelinsteffens@yahoo.com.br

Patrícia Uhlmann

patiamng@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Os adolescentes da atualidade estão sofrendo com o avanço tecnológico, pois através dele surgem diversas doenças, como a obesidade, por não realizarem mais atividades físicas durante seu desenvolvimento corporal. Apenas, permanecem em frente ao computador, televisão, entre outros. Possuindo uma alimentação hipercalórica com os fast-food. Nesse sentido, o estudo buscou analisar o nível de atividade física entre as moças e rapazes. A amostra foi composta por 30 adolescentes de 15 a 17 anos, sendo 15 moças e 15 rapazes.Sendo que o principal instrumento para a coleta dos dados foi o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Resultando que os rapazes estão mais fisicamente ativos, pois dos quinze nenhum se classificou no nível de atividade física baixo, já nas moças das quinze 13,33 % (duas) se classificam em nível baixo.

          Unitermos: Atividade física. Adolescentes.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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    Nos dias atuais, podemos dizer que os adolescentes estão inseridos em uma sociedade fast-food e tecnológica, ou seja, alimentação inadequada juntamente com muitos aparelhos nos quais tomam um grande tempo sentado.

    Horas em frente à TV, redução dos espaços de lazer, insegurança, “proliferação de botões” devido à automação e tantos outros motivos tiveram um papel importante na mudança de estilo de vida. Ato simples, como subir escadas, andar, jogar uma pelada, andar de bicicleta, deixaram de ser feitos. (BARBOSA, 2009, p. XV)

    Obtendo assim o sobre peso, pois além de não possuírem uma alimentação desejavelmente saudável, não realizam nenhuma atividade física. Conforme MARQUES, GAYA (1999): sabe-se que a atividade física (AF) influência o estatuto da saúde em adultos, o que gera a necessidade de promover estilos de vida fisicamente ativos.

    Deste modo, afirmamos que a Atividade Física trás diversos benefícios para a saúde. Sendo que atividade física possui a característica de qualquer ação diária, ou seja, movimentos como ir até o mercado, limpar a casa, passear, caminhadas, entre outros. Nesse sentido TUBINO (2007), afirma:

    Atividade física, que também expressa um Exercício Físico, pode ser explicada pelos atos motores das pessoas. Compreendem os movimentos corporais que fazem parte da vida humana. As atividades Físicas variam em volume e intensidade. (TUBINO, 2007, P 856).

    Portanto, qualquer movimento realizado é uma atividade física, mas para a perda de peso a atividade física deve ser sistematizada. Precisamos nos movimentar para que assim o corpo e os músculos não se atrofiem, deste modo obtendo um gasto enérgico e conseqüentemente mantendo-se em um peso saudável.

    Sabe-se da realidade atual perante aos adolescentes com exercícios físicos, muitos estão envolvidos em estudos, na qual desfavorece para uma prática física, nesse sentido, FARIAS (2006) afirma:

    No Brasil, até o momento, não se dispõe de dados de abrangência nacional sobre a prevalência de inatividade física em crianças e adolescentes. Investigações que focalizaram populações especificas indicam que 30% a 50% dos adolescentes apresentam níveis insuficientes de atividade física. (FARIAS JUNIOR, 2006).

    Por conseguinte, os jovens atuais poderão se tornar adultos sedentários, pelo estilo de vida atual. Nesse sentido BARBOSA afirma: “Estudos revelam que 50% e 80% das crianças obesas, aos 6 meses de vida e aos 5 anos, respectivamente, sempre serão obesas. Um adolescente obeso tem mais de 70% de chances de se tornar um adulto obeso”. (BARBOSA, 2009, p. 5).

    A fase da adolescência é de muito estudo, tensão para vestibulares, cursinhos entre outros, e assim não reservam tempo para uma atividade física, acabando que além de ficarem muitos sentados, se alimentam mal e para completar não realizam nenhum exercício físico, tornando-se assim vícios e padrões de vida.

Metodologia e materiais

    A amostra foi composta por trinta adolescentes, na qual quinze moças e quinze rapazes, com idades entre 15 e 17 anos. Todos os participantes estavam cientes de que seria um questionário sobre atividade física. A escolha dos adolescentes foi através de aproximação. Para a coleta dos dados utilizamos o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Sendo que o objetivo do estudo foi analisar se os adolescentes estão fisicamente ativos ou inativos entre moças e rapazes.

    Os resultados serão apresentados através de descrição e de um gráfico.

Resultados

    A amostra foi realizada com trinta adolescentes, quinze moças e quinze rapazes. Dentro das quinze moças, 13,33 % (duas) se enquadram no nível baixo, ou seja, fisicamente inativas. 66,66% se enquadraram no perfil de nível de atividade física moderado. E 20 % se enquadram no nível de atividade intensa. Já os rapazes 33,33 % (5) possuem nível de atividade intenso, e 66,66 % (10), se enquadram no nível moderado.

    Dos 30 alunos avaliados confirma-se que 43,33% (13) se enquadram no nível intenso e 50 % (15) se enquadram no nível moderado. E apenas 6,66 % (2) se enquadram no nível baixo. Podemos concluir que os rapazes estão mais fisicamente ativos, pois dos quinze nenhum se classificou no nível de atividade física baixo, já nas moças das quinze 13,33 % (duas) se classificam em nível baixo.

Gráfico 1. Nível de Atividade Física entre moças e rapazes

Fonte: das autoras

 

Gráfico 2. Nível de atividade Física de todos os adolescentes participantes

Fonte: das autoras

Discussão

    Sabe-se da importância destes dados coletados, pois os adolescentes sedentários são consequentemente adultos obesos e com problemas de saúde. Deste modo dentro da pesquisa, obtivemos a conclusão de que os rapazes estão mais fisicamente ativos que as moças. Reforçando o estudo, FARIAS JUNIOR (2006) relata:

    “Comparações intersexuais revelaram que a prevalência de inatividade era mais elevada nas moças do que nos rapazes. Enquanto um em cada dois rapazes (51,5%) era classificado como fisicamente inativo, nas mocas (73,5%), aproximadamente, duas em cada três foram classificadas como tal. (FARIAS JUNIOR, 2006, p. 5).

    Como também GUEDES PINTO (2001) concluiu em seu estudo: “Por volta de 54% dos rapazes envolvidos no estudo foram classificados como ativos ou moderadamente ativos, enquanto aproximadamente 65% das moças analisadas mostraram ser inativas ou muito inativas”.

    Ainda sobre as comparações intersexuais, FERMINO (2010), comenta que no Brasil, a estimativa de prevalência de inatividade física em adolescentes é elevada. E em seu estudo, adolescentes do sexo masculino foram classificados como mais ativos do que o sexo feminino. Em contrapartida, avaliando o excesso de peso, os meninos obtiveram um índice mais elevado do que as meninas.

    Estes resultados podem estar associados a diversos fatores, como explica FERMINO (2010):

    Desde cedo, adolescentes do sexo feminino serão direcionadas para o cuidado com a família, enquanto os do sexo masculino são orientados para atividades laborais e de intensidade mais vigorosa. Por exemplo, estima-se que as mulheres despendam aproximadamente três vezes mais tempo em afazeres domésticos do que os homens, (p. 993).

    OLIVEIRA CASTRO (2010), percebeu a partir de estudos e análises relacionada a atividade física que : escolares do sexo masculino, da rede pública apresentaram maior índice de atividade física do que escolares do sexo feminino.

    SALLIS (2003) apud OLIVEIRA CASTRO (2010), constatou que: “a diferença entre os sexos variou de 15% a 25% na idade escolar. Estudo realizado com estudantes de Belo Horizonte, MG, utilizando inquérito recordatório de 24 horas, detectou maior gasto energético no sexo masculino (p. 1001).”

    O autor comenta ainda que estes dados são resultados da distribuição das funções na sociedade, atribuídas a cada sexo. Os meninos normalmente destinam mais tempo aos esportes, já as meninas a certos afazeres domésticos.

    TENÓRIO (2010), afirma que no seu estudo, a maioria dos estudantes, apresentou níveis insuficientes de atividade física, sendo que a conduta de risco foi significativamente maior em moças do que em rapazes. O autor concluiu que: “a prevalência de exposição a nível insuficiente de prática de atividades físicas é alta, particularmente entre as moças. Os rapazes, por sua vez parecem estar mais expostos a comportamento sedentário” (TENÓRIO, p. 12).

    Muitos adolescentes não sabem da importancia da prática regular de atividade física, porem outros sabem e também não o praticam, não acham importante para sua vida. Nesse sentido estudos mostram:

    Cerca de 10% do sexo feminino relatou não realizar uma atividade física sistematizada simplesmente por não gostar de fazer qualquer tipo de atividade. Já no sexo masculino, aproximadamente 6%, relatou não realizar uma atividade física sistematizada por não achar necessária. (MARANI, OLIVEIRA, GUEDES, 2006).

    Portanto, os rapazes estão classificados mais fisicamente ativos, por muitas vezes serem induzidos a atividades mais vigorosas desde fase inicial da vida, e as moças atividades mais moderadas. Assim, os rapazes normalmente são levados a jogar futebol e as moças brincam de boneca, analisando as atividades desenvolvidas desde crianças, podemos relacionar nos resultados obtidos.

Resultados

    Conclui-se com o presente estudo que entre os adolescentes analisados, a taxa de sedentarismo é bastante alta e as moças são fisicamente mais inativas do que os rapazes.

Referências

  • BARBOSA, V.L.P. Prevenção da obesidade na infância e na adolescência : exercícios, nutrição e psicologia. 2ª Ed. Barueri, SP, Manole, 2009.

  • CASTRO De Oliveira, T.; Moura Da Silva, A.A.; Nunes Dos Santos, C. J.; Sousa E Silva, J.; Oliveira Da Conceição S. I. Atividade física e sedentarismo em escolares da rede pública e privada de ensino em São Luís. Revista de Saúde Pública, v. 44, número 6, Dezembro de 2010.

  • FARIAS JÚNIOR, J.C. Prevalência e fatores de influência para inatividade física em adolescentes. R. bras. Ci e Mov. 2006; 14(1): 63-70.

  • FERMINO, R. C.; RECH, C. R.; HINO, A.A.F.; REIS, R.S. Atividade Física e Fatores associados em adolescentes do ensino médio de Curitiba, Brasil. Revista de Saúde Pública. v. 44, número 6, Dezembro de 2010.

  • GUEDES PINTO, D. Níveis de Prática de Atividade Física Habitual em Adolescentes. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 7, n. 6, 2001.

  • MARANI, F.; OLIVEIRA, A.R.; GUEDES, D.P. Indicadores comportamentais associados à prática de atividade física e saúde em escolares do ensino médio. R. bras. Ci e Mov. 2006; 14(4): 63-70.

  • MARQUES, A.T. GAYA, A. Atividade física, aptidão física e educação para a saúde: estudos na área pedagógica em Portugal e no Brasil. CDD. 20.ed. 613.7.

  • TENÓRIO, M. C. C.; GOMES DE BARROS, M. V.; TASSITANO, R. .M.; BEZERRA, J.; TENÓRIO, J. M.; HALLAL, P. C. Atividade física e comportamento sedentário em adolescentes estudantes do ensino médio. Revista Brasileira Epidemiol, 2010. 13(1): 105-17.

  • TUBINO, M. J. G. Dicionário Enciclopédico Tubino do Esporte. Rio de Janeiro, Senac, 2007.

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