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Inventário dos trajetos para a prática do mountain bike em 

São Francisco de Paula, RS e imediações: uma contribuição

ao incentivo do esporte utilizando o conhecimento local

Inventario de los trayectos para la práctica de mountain bike en Sao Fancisco de Paula,

 RS e inmediaciones: un aporte al incentivo del deporte utilizando el conocimiento local

 

*Alunos do curso de Especialização em Educação para Sustentabilidade (Uergs)

Integrantes do Laboratório de Gestão Ambiental e Negociação de Conflitos (GANECO)

**Professor da disciplina de Práticas Sustentáveis IV: Práticas Corporais

e Meio Ambiente (Uergs), coordenador da linha de pesquisa em Estudos Olímpicos

em Práticas Corporais e Meio Ambiente (PRACEMA)

Pós-graduado em Administração e Marketing Esportivo, mestre em Educação

(Brasil)

Iuri Buffon*

Maristela da Rosa*

Thiago Silva dos Anjos*

Me. Rodrigo Koch**

koch.rodrigo@terra.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo, realizado pelo grupo Ciclotropeiros, apresenta uma relação dos principais trajetos para a prática do mountain bike no município de São Francisco de Paula (Rio Grande do Sul, Brasil) e arredores. Neste trabalho, as trilhas estão categorizadas pelo seu nível de dificuldade e características e atrativos turísticos. A região dos Campos de Cima da Serra é própria para a prática desta atividade.

          Unitermos: Mountain bike. Práticas corporais. Meio ambiente. São Francisco de Paula.

 

Resumen

          Este estudio, realizado por el grupo Ciclotropeiros presenta una lista de los principales recorridos para la práctica del ciclismo de montaña en el ciudad Sao Francisco de Paula (Rio Grande do Sul, Brasil). En este trabajo, los recorridos se clasifican por su grado de dificultad y las características y atractivos turísticos. La región de los Campos da Cima da Serra es adecuado para practicar esta actividad.

          Unitermos: Bicicleta de montaña. Prácticas corporales. Medio Ambiente. São Francisco de Paula.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O ciclismo tem ganhado cada vez mais adeptos em todo o mundo e tem se difundido bastante no Brasil, propiciando a seus praticantes momentos prazerosos junto à natureza, além de contribuir para aprimorar o condicionamento físico (SATOSHI, 2000). A prática do ciclismo contribui para a sociedade, tendo em vista que a bicicleta é um meio de transporte econômico e não poluente, que preserva o meio ambiente, melhora o condicionamento físico das pessoas, e é uma alternativa à solução do caos provocado pelo trânsito das grandes cidades. Atualmente a bicicleta faz parte da solução dos problemas, tanto para os centros urbanos, quanto para as áreas rurais. Muitas cidades do mundo têm realizado grandes modificações em sua infraestrutura para incentivar seu uso diário deste veículo (DUARTE, 2008).

    Dentre as modalidades esportivas existentes, o Mountain Bike (MTB) merece destaque, haja vista que nenhuma outra modalidade se expandiu tão rapidamente acumulando tantos adeptos em quase todas as regiões do mundo. Satoshi (2000) acredita que este fato relaciona-se à capacidade deste esporte em proporcionar a seus praticantes um maior contato com a natureza, possibilidades de aventura, vencer desafios, além do condicionamento físico e sensação de prazer.

Breve histórico

    No século XIX juntamente com o futebol, o ciclismo surge no Brasil com bastante força como relata Melo (2009):

    Desde o final da década de 1860, começaram a chegar no Brasil as primeiras bicicletas (ainda chamadas “velocípedes”) e, a partir dos anos 1890, mesmo que ainda fossem caros objetos de luxo, passam a ser importadas em maior número. Nesse mesmo momento começam a ser organizadas as primeiras corridas, pioneiramente em São Paulo [...] (MELO 2009, p. 77)

    Em 1904 o Brasil apareceu internacionalmente no cenário do ciclismo quando, Antônio Prado Júnior conquistou a sexta colocação no Campeonato Mundial de Velocidade. É importante frisar que a Federação Paulista foi o referencial do ciclismo brasileiro, fundada pelo comandante Amadeu Saraiva.

    De acordo com FROSI et al. (2011) a prática do ciclismo no Rio Grande do Sul foi instituída no final do século XIX por imigrantes teuto-brasileiros (fundadores de clubes exclusivos para esta prática corporal) e ítalo-brasileiros (que praticavam o ciclismo em outros clubes). As duas entidades de maior destaque neste período no Estado foram o Rodforvier Verein Blitz e a União Velocipédica que competiam entre si. Com o passar do tempo houve grande declínio no ciclismo brasileiro, principalmente pela importação de carros, e em Porto Alegre as entidades exclusivas para o ciclismo foram fechadas entre as décadas de 1910 e 1920. Hoje, graças à conscientização sobre os poluentes do ar, algumas pessoas optam pelas bicicletas. Outros fatores que levam um maior público a buscar tal alternativa são as superlotações dos estacionamentos e os congestionamentos nas grandes cidades, que acabam gerando irritação e ansiedade na população.

    De acordo com a Federação Gaúcha de Ciclismo (FGC), a modalidade desportiva mountain bike nasceu na Califórnia em meados da década de 1950 através de brincadeiras de alguns ciclistas e de alguns surfistas que procuraram desafios bem diferentes das competições de estrada tradicionais e atividades para dias sem ondas.

    Um dos grandes nomes desta época foi James Finley Scott, provavelmente a primeira pessoa a modificar uma bicicleta exclusivamente para andar na terra. Ele utilizou peças que até hoje caracterizam uma bicicleta especializada. Já Tom Ritchey e Gary Fisher foram, além dos primeiros a praticar, os que deram os primeiros passos para a comercialização do Mountain Bike. Tom Ritchey foi talvez quem mais contribuiu para o desenvolvimento de novos quadros1 e materiais para o esporte. Além de correr, construía e desenvolvia quadros e componentes artesanalmente (sendo ele o responsável pelo atual design dos quadros, tipo diamante, proveniente das bikes speed), ao lado de Gary Fischer que adaptou e desenvolveu vários componentes, como o câmbio. Ambos têm hoje suas respectivas empresas, a Ritchey e a Fischer Bikes (SATOSHI, 2000). 

    De um modo geral, o MTB competitivo se difere do ciclismo tradicional (estrada e velódromo), por ser realizado em terrenos acidentados e sem pavimentação, o que faz com que o atleta disponha de mais energia para se deslocar a uma determinada velocidade, reduzindo assim a eficiência mecânica neste esporte. Consequentemente, as bicicletas também são bastante diferentes, sendo que as de MTB utilizam pneus mais largos com cravos e são equipadas com sistemas de amortecimento (suspensão) que podem ser dianteira ou completa (dianteira e traseira) (LUCAS, 2010).

    A primeira competição oficial de MTB aconteceu na Califórnia na década de 1970.

    (...) jovens ciclistas resolveram se aventurar por caminhos difíceis, descer montanhas em alta velocidade e percorrer trilhas na mata. Eram bikers que buscavam um novo estilo de ciclismo. Para encarar as trilhas e despencar morro abaixo com segurança, os ciclistas criaram e aperfeiçoaram acessórios, hoje indispensáveis, como câmbio, pneus maiores e freios eficientes. (ROMANINI e UMEDA 2002, p.60)

    A popularidade do esporte nos Estados Unidos e na Austrália incentivou a realização do primeiro campeonato norte-americano, em 1983, e do campeonato mundial, em 1990. O esporte ganhou o status de modalidade olímpica nos Jogos de Atlanta 1996. No Brasil em meados da década de 1980, o mountain bike já despontava como um novo esporte, sendo que alguns campeonatos começaram a surgir baseados nos campeonatos norte-americanos. Hoje, muitas competições acontecem pelo país, com a divulgação do esporte, e com muitas equipes profissionais. O Brasil já obteve bons resultados em vários campeonatos no exterior. A primeira participação do Brasil em competições olímpicas ocorreu na Austrália nos Jogos de Sydney 2000.

O MTB em São Francisco de Paula, RS

    São Francisco de Paula é o município dos Campos de Cima da Serra com a maior diversidade de caminhos e níveis de dificuldade para a prática do MTB, porém, contraditoriamente, este esporte só veio a se firmar no município após 2009. Ao contrário das cidades colonizadas por ítalo-brasileiros e teuto-brasileiros, onde a utilização da bicicleta como meio de locomoção propiciou a inserção do MTB nos dias atuais como prática esportiva de maneira disseminada, em São Francisco de Paula, a colonização açoriana, associada as lides campeiras, onde a forma de locomoção é o cavalo, retardou um pouco a adoção da bicicleta como meio de transporte bem como a prática do MTB. Não obstante, o território do município, devido à alta diversidade e conectividade entre caminhos, propiciou a muitos grupos de ciclismo dos municípios vizinhos a oportunidade de prática do MTB em condições de qualidade, beleza cênica e atrativos turísticos.

    Em meados de 2009, um grupo de habitantes locais, vinculados a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e Secretaria do Meio Ambiente do Estado (SEMA), todos ciclistas amadores, se organizaram em forma de grupo, com nenhuma ambição a não ser desbravar os caminhos serranos com a prática do MTB. Assim surgiu o grupo dos “Ciclotropeiros”, cujo nome em si já apresenta uma identificação com o local e com a cultura serrana. A seguir alguns objetivos deste grupo:

  • Colocar São Francisco de Paula no mapa do turismo, através de divulgação das nossas belas rotas e caminhos para a prática das mais variadas modalidades de ciclismo, entre as quais o cicloturismo.

  • Divulgar a bicicleta como veículo de deslocamento, e não somente como equipamento esportivo.

  • Integrar as pessoas e resgatar os caminhos esquecidos dos antigos tropeiros.

  • Clamar pelo respeito ao ciclista. Lembre-se: uma bicicleta a mais significa um carro a menos.

  • Como grupo de ciclismo, organizar e participar de eventos ciclísticos.

  • Sempre guardar o respeito à natureza e aos costumes do local visitado.

  • Interagir com o caminho, e não somente passar por ele.

  • Pedalar. Mais vezes e mais longe!

    Atualmente São Francisco de Paula figura entre os principais locais para o MTB não competitivo do Estado. Através da iniciativa dos “Ciclotropeiros” e entidades locais, foram organizados passeios ciclísticos, expedições e incursões a novos caminhos. Cabe destacar os passeios realizados em conjunto com a SEMA, integrantes da campanha “Tire férias, mas não tire vidas”, uma iniciativa para a conscientização dos motoristas sobre o impacto dos atropelamentos à fauna nativa. Esses passeios estão em sua quarta edição e contabilizam centenas de participantes, que podem desfrutar caminhos ótimos para a prática esportiva, associado ao encanto das paisagens das unidades de conservação da região.

    É visível na cidade que diversos caminhos ótimos para a prática do MTB ainda são pouco divulgados, ou ainda são restritos aos moradores locais. Diante dessa constatação, o objetivo deste trabalho é inventariar as trilhas e estradas exploradas e percorridas pelos “Ciclotropeiros” nestes cinco anos de atividades no território de São Francisco de Paula.

Metodologia

    Durante os cinco anos de atividades no âmbito do grupo de ciclismo “Ciclotropeiros” foram percorridos diversos roteiros de MTB em São Francisco de Paula, nas regiões subdivididas em encosta da serra (chamadas popularmente de colônias) e planalto (campos dobrados). Os dados foram reunidos durante as atividades do grupo, onde os caminhos foram percorridos por ciclistas amadores, com uma faixa etária entre 23 e 42 anos. Mapeamos os trajetos através do software GoogleTM Earth tentando preservar ao máximo a memória dos trajetos, posto que não utilizamos um receptor GPS. Devido a grande afinidade dos mountain bikers com a malha viária local, este aspecto não teve influência na construção do inventário.

    Após a plotagem dos trajetos e definição das variáveis topográficas (quantitativas) como: cálculo de distância, altitude máxima, amplitude, rampa de maior inclinação – todos de grande importância para a prática do esporte –, desenvolvemos um formulário de dados qualitativos sobre os trajetos como: grau de dificuldade (subjetivo), atrativos turísticos, beleza cênica, condições da estrada/trilha, existência de água potável, existência de estabelecimento comercial e/ou gêneros alimentícios, potencial de conexão, e fisionomia. Os dados quali-quantitativos reunidos estão descritos no quadro a seguir:

Variável

Descritor da variável

Unidade/descrição

Distância

Distância total percorrida

Km

Altitude máxima

Altitude máxima alcançada na escalada

M

Amplitude

Diferença entre o máximo e o mínimo de altitude

m (desnível)

Rampa de maior inclinação

 

%

Grau de dificuldade

Dificuldade de cumprir o trajeto dentro da estimativa de velocidade média (subjetivo)

Fácil

Médio

Difícil

Atrativos turísticos, contemplativos e esportivos

Lugar de relevância para a contemplação da natureza, e cenários ou objetos históricos

Descrição

Condições da estrada/trilha

Descrição do trajeto em relação a sua severidade

Pouca severidade (rápido)

Média severidade (médio)

Alta severidade (lento)

Água potável

Presença de nascentes ou arroios com água para a dessedentação

Presença/ ausência

Estabelecimento comercial

Presença de estabelecimentos de comércios e serviços e/ou gêneros alimentícios

Presença/ ausência

Fisionomia

Tipo de paisagem e fisiografia (encosta, campos dobrados ou transição)

Encosta/campos/transição

Resultados

    Ao todo foram mapeados 43 trajetos para a prática do MTB (Figura 1), nas mais diversas fisionomias e níveis de dificuldade, representando uma boa parcela do território do município de São Francisco de Paula e imediações. Todos os trajetos apresentam uma conexão entre si, formando redes e circuitos que podem ser compostos para formar trajetos maiores, dependendo do condicionamento e experiência do mountain biker.

Figura 1. Trajetos de MTB mapeados

    Como produto do inventário dos trajetos, além dos dados gerados no presente trabalho, geramos um arquivo kml com as estradas demarcadas, disponibilizado no blog do grupo de Ciclismo “Ciclotropeiros”, em ciclotropeiros.blogspot. Esperamos com isso que mais atletas de MTB utilizem as estradas e trilhas de nosso município. Organizamos os dados das variáveis quali-quantitativas levantadas em textos sucintos de cada trajeto, que resumem as suas principais características. O ciclista de posse destes dados conjugados aos dados do arquivo kml em um receptor GPS pode seguir a exploração dos caminhos sugeridos neste trabalho. A seguir apresentamos o resumo dos trajetos com suas características.

Estrada José Velho a Guabiroba: distância de 5,35 km, altitude 883 m, desnível de 235 m, rampa máxima 22,5 %, fácil. Possui um histórico de antiga Estrada da Serra (antes da rodovia RS 020) e também caminho de tropeiros. No trajeto existe uma pequena cachoeira, e o início do trajeto ocorre no Veraneio Hampel, um hotel centenário. Média severidade (médio). Possui arroio com água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Estrada Guabiroba: distância de 4,55 km, altitude 717, desnível de 95 m, rampa máxima 30,6 %. Médio. Estrada de colônia desativada e com pouca manutenção, apresenta alguns single tracks técnicos. E possível avistar alguns contrafortes que se situam na parte sul do loteamento Colinas de São Francisco. Alta severidade (lento). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Estrada Carapina: distância de 2,23 km, altitude 884 m, desnível de 205 m, rampa máxima 30,8 %. Fácil. Vista do vale do arroio Venturão, afluente do Rio dos Sinos. Pouca severidade (rápido). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Transição.

Estrada Carapina-Ribeirão: distância de 6,6 km, altitude 889 m, desnível de 314 m, rampa máxima 21%. Médio. Atrativos encontrados não são expressivos. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Possui estabelecimento comercial. Encosta.

Estrada Carapina 2: distância 5,18 km, altitude 645 m, desnível de 462, rampa máxima 37 %. Médio. Atrativos encontrados não são expressivos. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Conectada. Encosta.

Estrada Carapina-Boa Vista: distância 12,6 km, altitude 907 m, desnível 724 m, rampa máxima 38,5%. Médio. Possui alguns single tracks técnicos. Alta severidade (lento). Possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Estrada Carapina-Padilha: distância 7,79 km, altitude 193 m, desnível 128 m, rampa máxima 28,4%. Fácil. Sociedade de canto de Padilha Velha, antigo moinho d’água e contenção natural da estrada com plataneiras. Pouca severidade (rápida). Possui água potável. Possui estabelecimento comercial. Encosta.

Padilha-Passo da Ilha (Taquara): distância 4,81 km, altitude 178 m, desnível 113 m, rampa máxima 28,1%. Fácil. Sociedade de Canto Passo da Ilha e casas enxaimel. Pouca severidade (rápido). Possui água potável. Possui estabelecimento comercial. Encosta.

Passo da Ilha-Itagiba: distância 3,4 km, altitude 337m, desnível 207 m, rampa máxima 28,1%. Médio. Atrativos encontrados não são expressivos. Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Itagiba-Boa Vista: distância 5,3 km, altitude 467 m, desnível 136 m, rampa máxima 21,6 %. Médio. Vista do vale do Rio Padilha. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Boa Vista: distância 2,83 km, altitude 686 m, desnível 306 m, rampa máxima 22%. Fácil. Atrativos encontrados não são expressivos. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Passo do Guirra: distância 4,92 km, altitude 872 m, desnível 85 m, rampa máxima 4,3 %. Médio. Antigo corredor de tropeiros, intercepta o Condomínio Sustentável Portal do Sol, atravessa o lajeado do arroio Guirra, single track técnico. Alta severidade (lento). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Passo do Carro: distância 5 km, altitude 909 m, desnível de 99 m, rampa máxima 9,8 %. Difícil. Single track técnico, antigo caminho de tropeiros e passagem pelo passo do carro. Alta severidade (lento). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Volta Parque Estadual do Tainhas: 21,7 km. 913 m, desnível 117. Rampa máxima 4,3 %. Fácil. Passo da Ilha e Passo do S, além de estradas que interceptam fazendas centenárias da região. Média severidade (médio). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada Rolantinho da Areia: distância 23,4 km, altitude 542 m, desnível 490 m, rampa máxima 33,2 %. Difícil. Encontra-se nas imediações do Parque Natural Municipal da Ronda. Média severidade (médio). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Roça Nova: distância 3,87 km, altitude 881 m, desnível 386 m, rampa máxima 49 %. Média. Mirante do vale do arroio Rolantinho da Areia. Pouca severidade (rápido). Possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Caconde-Boa Esperança: distância 29,2 km, altitude 603 m, desnível 543, rampa máxima 52,2 %. Difícil. Passagem pelo lajeado do Arroio do Cedro. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Boa Esperança-Rolante: distância 13,0 km, altitude 644 m, desnível 556 m, rampa máxima 31,8 %. Médio. Atrativos encontrados não são expressivos. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

Caconde: distância 16,0 km, altitude 942 m, desnível 579 m, rampa máxima 37,4 %. Médio. Atrativos encontrados não são expressivos. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

José Velho-Linha São Paulo: distância 28,5 km, altitude 886 m, desnível 390 m, rampa máxima 18,5 %. Difícil. Atrativos encontrados não são expressivos. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Transição.

Linha São Paulo Trilha: distância 21,0 km, altitude 821 m, desnível 304 m, rampa máxima 45 %. Difícil. Atrativos encontrados não são expressivos. Alta severidade (lento). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Transição.

Estrada Passo do Inferno-Barragem do Blang: distância 30,0 km, altitude 915 m, desnível 138 m, rampa máxima 23,7 %. Médio. Ponte de ferro sobre o rio Caí e mirante do vale do Rio Caí. Alta severidade (lento). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada da Balança até barragem do Blang: distância 15,1 km, altitude 900 m, desnível 127 m, rampa máxima 17,7 %. Fácil. Leva ao Parque de Exposições Davenir Peixoto Gomes e a Barragem do Blang, integrante do sistema Salto. Média severidade (médio). Não há água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada Passo do Inferno: distância 22,0 km, altitude 874 m, desnível 241 m, rampa máxima 24,9 %. Médio. Ponte de ferro sobre o rio Caí e mirante do vale do Rio Caí. Pouca severidade (rápido). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada Sumidouro: distância 26,9 km, altitude 935 m, desnível 377 m, rampa máxima 41,8 %. Difícil. Vista do vale do rio Rolante e cachoeira do Sumidouro, alguns single tracks técnicos. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Possui estabelecimento comercial. Encosta.

Estrada Rincão dos Kroeff 1: distância 9,5 km, altitude 937, desnível de 41 m, rampa máxima de 8 %. Fácil. Atrativos encontrados não são expressivos. Pouca severidade (rápido). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada Rincão dos Kroeff 2: distância de 7,18 km, altitude 951 m, desnível de 35 m, rampa máxima de 13,7 %. Fácil. Atrativos encontrados não são expressivos. Pouca severidade (rápido). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada do Meio 1: distância de 17,0 km, altitude 929, desnível de 99 m, rampa máxima de 9,8 %. Fácil. Estrada importante para o escoamento da produção rural, passa pelo Rio do Pinto e Rio Santa Cruz, e também por alguns campos entremeados de capões de mata. Pouca severidade (rápido). Presença de uma fonte de água próximo ao Rio Santa Cruz. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada do Meio 2: distância de 10,3 km, altitude 994, desnível de 66 m, rampa máxima de 3,7 %. Fácil. Atrativos encontrados não são expressivos. Pouca severidade (rápido). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada do Cerrito: distância de 10,7 km, altitude 951 m, desnível de 35 m, rampa máxima de 4,1 %. Fácil. Estrada com alguns arroios, passa pelo ponto culminante de São Francisco de Paula. Pouca severidade (rápido). Possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada Várzea de São João 1: distância de 9,0 km, altitude 967 m, desnível de 41 m, rampa máxima de 6,7 %. Fácil. Atrativos encontrados não são expressivos. Pouca severidade (rápido). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada Várzea de São João 2: distância de 3,77 km, altitude 901 m, desnível de 26 m, rampa máxima de 9,9 %. Fácil. Atrativos encontrados não são expressivos. Pouca severidade (rápido). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada Várzea de São João 3: distância de 6,73 km, altitude 958 m, desnível de 67 m, rampa máxima de 7,2 %. Fácil. Atrativos encontrados não são expressivos. Pouca severidade (rápido). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada do Mato Queimado: distância de 15,0 km, altitude 942 m, desnível de 92 m, rampa máxima de 5,8 %. Médio. Estrada desativada, possui alguns single tracks técnicos e passa por arroios balneáveis. Média severidade (médio). Possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Volta Teixeirinha: distância de 20,46 km, altitude 943, desnível de 55 m, rampa máxima de 10,7 %. Fácil. Encontra-se neste caminho casa que foi usada como cenário de um filme de Teixeirinha. Média severidade (médio). Não foi localizada água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Volta das Barragens e Várzea do Cedro: distância de 93,5 km, altitude 999 m, desnível de 202 m, rampa máxima de 5,9 %. Difícil. Passa pelas barragens do Sistema Salto, possui alguns single tracks técnicos. Média severidade (médio). Possui água potável. Possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Volta das Barragens e Fazenda Chimarrão: distância de 42,6 km, altitude 900 m, desnível de 119 m, rampa máxima de 17,4 %. Médio. Passa pelas barragens do Sistema Salto, na Barragem da Divisa há uma cachoeira, possui alguns single tracks técnicos. Média severidade (médio). Possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada Divisa Salto: distância de 16 km, altitude 906 m, desnível de 168 m, rampa máxima de 17,2 %. Fácil. Atrativos encontrados não são expressivos. Pouca severidade (rápido). Não possui água potável. Possui estabelecimento comercial. Campos dobrados.

Estrada Boa Vista a Morro Alto: distância de 7,7 km, altitude 908 m, desnível de 861 m, rampa máxima de 33,4 %. Difícil. Possui uma bela vista do vale do Rio Padilha, intercepta uma região colonial alemã. Pouca severidade (rápido). Possui água potável. Possui estabelecimento comercial. Encosta.

RS 239 Maquiné a Quebra-Cabo: distância de 45,5 km, altitude 897, desnível de 818 m, rampa máxima de 35,7 %. Difícil. Possui uma escalada técnica e exaustiva. Pouca severidade (rápido). Possui água potável. Possui estabelecimento comercial. Encosta.

RS 239 a Riozinho: distância de 32,6 km, altitude 933, desnível de 880 m, rampa máxima de 27,8 %. Difícil. Possui uma escalada técnica e exaustiva. Pouca severidade (rápido). Possui água potável. Possui estabelecimento comercial. Encosta.

Serra do Umbú: distância de 22,2 km, altitude 910 m, desnível de 845 m, rampa máxima de 39,3 %. Difícil. Possui uma escalada técnica e exaustiva, onde ao topo se alcança um mirante com vista do vale do Rio Maquiné, cachoeira da Água Branca e oceano Atlântico. Pouca severidade (rápido). Possui água potável. Possui estabelecimento comercial. Encosta.

Estrada do Quebra-Cabo: distância de 14,4 km, altitude 927 m, desnível de 244 m, rampa máxima de 22,3%. Médio. Atrativos encontrados não são expressivos. Alta severidade (lento). Não possui água potável. Não possui estabelecimento comercial. Encosta.

    Apontamos os trajetos de nível fácil e médio como os mais aconselhados para os bikers que estão iniciando nesta prática e fazendo um reconhecimento inicial desta região, para posteriormente se lançarem nas trilhas mais difíceis. Destacamos que é importante, principalmente nos trajetos que mais exigem dos ciclistas, realizarem os mesmos acompanhados.

Considerações finais

    São Francisco de Paula possui uma riqueza de trajetos para a prática do MTB, mas, além disso, possui um grande diferencial; seus trajetos se distribuem em todas as fisionomias, propiciando caminhos mais constantes, no caso de campos dobrados, ou caminhos mais abruptos, com subidas/descidas de grande desnível, nas áreas de encosta. Isso se torna importante para talvez incluir o município no calendário de provas de MTB.

    Destacamos que a ferramenta de mapeamento proporcionada pelo GoogleTM Earth foi de vital importância para a criação deste trabalho, e que geotecnologias estão cada vez mais presentes não somente na área técnica, como preconiza a chamada revolução geoespacial.

    Pretendemos com este trabalho que cada vez mais ciclistas utilizem São Francisco de Paula para a prática do MTB e que estrategicamente no futuro o poder público visualize mais esta vocação turística de nosso município, fomentando o uso da bicicleta, promovendo provas e competições e investindo nos atletas locais.

Notas

  1. Estrutura (“esqueleto”) da bike, composta por tubos feitos de materiais como alumínio e titânio, entre outros.

Referências

  • DUARTE, Júlio Corrêa de R. Dias. Cicloturistas e suas percepções ambientais: um estudo na estrada real. 2008. 142 fl. Dissertação de Mestrado (Turismo e Meio Ambiente) Centro Universitário UNA, Belo Horizonte, 2008.

  • FEDERAÇÃO GAÚCHA DE CICLISMO - FGC. Disponível em: http://www.fgc.com.br/index.asp. Acesso em: 11/12/2013

  • FROSI, Tiago Oviedo; CRUZ, Lucas Lopes da; MORAES, Ronaldo Dreissig de; MAZO, Janice Zaperllon. A prática do ciclismo em clubes de Porto Alegre/RS. Revista Pensar a Prática. Goiânia, volume 14, número 3, pp. 1-18, 2011.

  • LUCAS, Ricardo Dantas de et al. Aspectos fisiológicos do mountain biking competitivo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte [online]. 2010, vol.16, n.6, pp. 459-464. ISSN 1517-8692.

  • MELO, Victor Andrade de. Corpos, bicicletas e automóveis: outros esportes na transição dos séculos XIX e XX. In: DEL PRIORE, Mary; MELO, Victor Andrade de. História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais. São Paulo: Editora Unesp, 2009.

  • ROMANINI, Vinícius; UMEDA, Marjorie. Esportes de aventura ao seu alcance. São Paulo: BEI Comunicação, 2002.

  • SATOSHI, F. A História do Mountain Bike: como tudo começou. Portal Webventure, 2000. Disponível em: http.//www.zone.com.br/bike/index.php?De

  • stino=historia_mostra&id =105. Acesso em: 11/12/2013.

  • WEBADVENTURE. A evolução no mountain bike no Brasil. Publicado em 10/08/2000. Disponível em: http://webventureuol.uol.com.br/h/noticias/a-evolucao-no-mountain-bike-no-brasil/104. Acesso em: 11/12/2013.

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 190 | Buenos Aires, Marzo de 2014
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