efdeportes.com

Distribuição etária e sexual da população adolescente 

de uma amostra de academias de Porto Velho, RO

Distribución por edad y sexo de la población adolescente de una muestra de los gimnasios de Porto Velho, RO

Distribution by age and sex of the teens population from a sample of gyms of Porto Velho, RO

 

*Graduada em Educação Física, Instituto Luterano

de Educação, ILES/ULBRA, Porto Velho, Rondônia

**Docente do Curso de Educação Física, Instituto Luterano

de Educação, ILES/ULBRA, Porto Velho, Rondônia

***Docente da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, FAEMA

e das Integradas de Ariquemes, FAAR

Aluno de Doutorado do Laboratório de Biotecnologia Aplicada à Saúde – FIOCRUZ

(Brasil)

Lilian Tatiane Barros Munis*

lilian.munis@hotmail.com

Felipe Pedroza Maia**

felipemaia1919@hotmail.com

João Rafael Valentim-Silva***

p.jrvalentim@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: a popularidade do treinamento de força entre adolescente tem aumentado espantosamente durante a última década, porém, pouco se sabe acerca do comportamento dessa população nas academias de ginástica. Objetivo: investigar e identificar qual é a característica etária entre a população adolescente de academias de ginástica a prevalência do sexo entre esses. Metodologia: foram investigadas quatro academias de Porto Velho, Rondônia. Utilizou-se uma planilha de Excel simples com o objetivo de listar o número total, a idade e o sexo dos clientes adolescentes. A estatística será descritiva demonstrando a porcentagem para a descrição dos dados. O programa utilizado foi o Biostat 5.0. Resultados: em números absolutos: academia 1 com 12 sujeitos do sexo masculino, 12 do sexo feminino e média de idade foi 15,26 ± 0,82; academia 2 com 17 do sexo masculino, 18 do sexo feminino e média de idade de 16.14 ± 0,91; academia 3 com 13 sujeitos do sexo masculino, 9 do feminino e e média de idade de 16,47 ± 0,84 e a academia 4 com 12 sujeitos do sexo masculino, 5 do feminino e média de idade de 16,29 ± 0,8. Não há diferença estatística acerca das idades entre as academias. Percentualmente a academia 1 demonstra uma distribuição de 50% entre ambos os sexos, igualmente ao da academia 2. A academia 3 apresenta uma concentração de sujeitos de 41% para o sexo masculino e 59% para o feminino e a academia 4 de 71% para o sexo feminino e 29% para o masculino. Conclusão: em duas academias de diferentes regiões não apresentam predominância numérica entre os sexos de adolescentes que frequentam essas academias, enquanto nas duas outras há predominância de pessoas do sexo masculino sem, no entanto, apresentar uma tendência geográfica para uma maior ou menor predominância de um sexo ou do outro.

          Unitermos: Academia. Adolescentes. Atividade Física para Adolescentes. Aderência em Academias.

 

Resumen

          Introducción: la popularidad de entrenamiento de la fuerza entre los adolescentes se ha incrementado notablemente durante la última década, sin embargo, se sabe poco sobre el comportamiento de esta población en los gimnasios. Objetivo: Investigar e identificar cuál es la edad característica de la población adolescente de los gimnasios y la prevalencia del sexo entre ellos. Metodología: Fueron investigados cuatro gimnasios de Porto Velho, Rondonia. Se utilizó una hoja de cálculo Excel con el fin de incluir el número total, la edad y el sexo de los usuarios adolescentes. Las estadísticas descriptivas muestran el porcentaje para la descripción de datos. El programa utilizado fue un Biostat 5.0. Resultados: en números absolutos, el gimnasio 1 con 12 sujetos varones, 12 mujeres, la media de edad fue de 15,26 ± 0,82; el gimnasio 2 con 17 hombres, 18 mujeres, la media de edad 16,14 ± 0,91; gimnasio 3 con 13 sujetos varones, 9 mujeres, la media de edad de 16,47 0,84 y el gimnasio 4 con 12 sujetos varones, 5 mujeres, la media de edad de 16,29 ± 0,8. No hay diferencia estadística entre las edades de los gimnasios. En porcentajes, el gimnasio 1 muestra una distribución del 50% entre ambos sexos y también el gimnasio 2. El gimnasio 3 tiene una distribución de 3 sujetos (41 %) para los varones y 59 % de mujeres y el 71 % en el gimnasio 4 son mujeres y el 29 % son hombres. Conclusión: dos gimnasios en diferentes regiones no presentan predominio numérico de sexo de los adolescentes que asisten a los gimnasios, mientras que en los otros dos hay un predominio del sexo masculino, sin embargo, presentan una tendencia geográfica para una prevalencia más alta o más baja de uno u otro sexo.

          Palabras clave: Adolescentes. Actividad física. Adherencia en gimnasios.

 

Abstract

          Introduction: the popularity of strength training among teenagers has increased remarkably during the last decade, however, little is known about the behavior of this population in the gyms. Objective: To investigate and identify which is the characteristic age of the adolescent population of gyms prevalence of sex between these. Methodology: Four gyms Porto Velho, Rondonia were investigated. We used a simple Excel spreadsheet in order to list the total number, age and sex of adolescent clients. The descriptive statistics are showing the percentage for data description. The program used was a Biostat 5.0. Results: in absolute numbers: Gym 1 with 12 male subjects, 12 female, mean age was 15.26 ± 0.82; gym 2 with 17 males, 18 females, mean age 16:14 ± 0.91; gym 3 with 13 male subjects, 9 females, mean age of 16.47 ± 0.84 and the gym 4 with 12 male subjects, 5 females, mean age 16.29 ± 0.8. There is no statistical difference between the ages of about gyms. Percentage-wise the gym 1 demonstrates a 50% distribution between both sexes also the gym 2. The gym has a concentration of 3 subjects of 41 % for males and 59 % of females and 71 % of gym 4 for female and 29 % male. Conclusion: in two gyms in different regions do not present numerical gender predominance of teenagers who attend the gym, while in the other two there is a predominance of males without , however, presenting a geographical trend for a higher or lower prevalence of a sex or the other gym.

          Keywords: Teens. Physical activity. Grip in gyms.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    A popularidade do treinamento de força entre pré-púberes e adolescente tem aumentado espantosamente durante a ultima década. A aprovação do treinamento de força para jovens por organizações profissionais qualificadas vem se tornando universal (FLECK e KRAEMER, 2006). Até alguns anos atrás, as crianças eram advertidas contra o treinamento resistido, principalmente o treinamento de força (CAMPOS, 2004).

    Por outro lado, a vida moderna tende a ser pouco saudável, uma vez que provoca estresse e estafa, agravada por uma alimentação inadequada e pela não regularidade na prática de exercícios físicos. Com todos esses fatores, a qualidade de vida da população fica bastante abalada. Atualmente, cada vez mais pessoas no mundo são completamente sedentárias, sendo, justamente, estas as que mais teriam a ganhar com a prática regular de atividade física, seja como forma de prevenir doenças, promover saúde ou sentir-se melhor. As academias tornaram-se uma opção para a população urbana, que adere ao exercício físico, com o intuito de obter melhorias em seu bem-estar geral, conforme salienta Saba (2001).

    A crescente aderência às atividades oferecidas nas academias tem motivos e fatores variados. Entende-se como aderência, a participação mantida constante em programas de exercícios, considerados nas formas individual ou coletiva, previamente estruturados ou não. A respeito do tema em questão, o estudo realizado por Okuma (1994) evidencia que pesquisas e estudos sobre aderência a programas de atividade física vêm crescendo bastante, aumentando o interesse de pesquisadores das diferentes áreas de conhecimento. O estudo realizado por Marinho e Guglielmo (1997) evidencia que os indivíduos procuram as academias de ginástica com objetivos diversificados, da estética corporal à compensação ou correção de problemas físicos.

    No nível psicológico, os aspectos positivos relacionam-se ao aprimoramento dos níveis de autoestima, da autoimagem, diminuição dos níveis de estresse e tantos outros. Os efeitos positivos sobre os aspectos psicológicos originam-se do prazer obtido na atividade realizada e posterior bem-estar, os quais resultam da satisfação das necessidades ou do sucesso no desempenho das habilidades em desafio, como afirmou Wankel (1993). Muitos desses estudos foram desenvolvidos com populações específicas, como idosos, ou desportistas, ou em cidades com grande número de habitantes ou mesmo fora do âmbito nacional, sem que se tenha um enfoque atualizado da população jovem que frequenta academias, especialmente em cidades de menor porte, nesse país (BIDDLE, 1992).

    O sucesso da prescrição de exercícios é conseqüência das técnicas de prescrição com a observação de elementos comportamentais; deste modo, ressalta-se a necessidade de observar os determinantes para a aderência à atividade física no planejamento do programa de exercícios (ACSM, 2000; BOLGER & KIMIECIK, 1998).

    Diversos estudos têm sido realizados para abordar a temática do comportamento relacionado à prática de atividades físicas, identificando a existência de determinantes para esse comportamento (DISHMAN, 1994). Quanto aos elementos estudados, pode-se agrupá-los em determinantes pessoais, psicológicos, ambientais e as características da atividade (SALLIS & OWEN, 1999, GOULD & WEINBERG, 2000).

    Entre os estudos encontrados na literatura da área (CALFAS, 2000; DISHMAN, 1993; SALLIS & OWEN, 1999), encontram-se evidências de que ocorrem menores níveis de prática de atividades físicas entre mulheres, quando comparadas com os homens; em pessoas com menor nível educacional e econômico, comparadas com aquelas com mais anos de estudo, e com maior renda. Também se detectou diferentes níveis de atividade física conforme a natureza do trabalho exercido e a faixa etária.

    Pensando nisso, a população de interesse dessa investigação está compreendida entre 10 e 17 anos de idade, faixa etária que vem crescendo paulatinamente onde se objetivou investigar e identificar qual é a característica etária entre a população adolecente de academias de ginástica a prevalência do sexo entre esses.

    Para tal, hipotetizou-se que não há uma significativa participação de adolescentes nas academias de Porto Velho e que os sujeitos do sexo masculino possuem maior aderência e frequência aos programas de treinamento.

Materiais e métodos

Tipo da pesquisa

    Esta pesquisa foi de caráter indutivo, pois de acordo com Oliveira, (1999) método indutivo separa os enunciados científicos dos outros tipos de enunciados, possibilitando o desenvolvimento de enunciados gerais sobre particulares; de natureza descritiva que de acordo com Oliveira (1999), o estudo descritivo possibilita o desenvolvimento a uma explicação das relações de causa e efeito dos fenômenos, obtendo a melhor compreensão do comportamento de diversos fatores e elementos com uma abordagem quantitativa.

População e amostra

    A população foi formada por todas as academias do município de Porto Velho e a amostra foi composta por quatro academias de ginástica do município de Porto Velho sendo uma do centro, uma da zona leste e duas da zona norte da cidade. A amostra foi selecionada de maneira conveniente em função da organização administrativa das mesmas, haja vista que, a grande maioria das academias desse município não possuem controle algum sobre a sua população, portanto, formando um grupo amostral de quatro academias.

Procedimentos e instrumento de coleta de dados

    O instrumento de coleta de dados foi composto por uma planilha de Excel simples com o objetivo de listar o número total de alunos, a idade e o sexo dos clientes adolescentes dessas academias. Vale ressaltar que o presente estudo dispensa submissão ao Conselho de Ética e Pesquisa em Seres Humanos, pois os pesquisadores não manipularão identidades ou dados pessoais quaisquer além do fato que o mesmo não precisará ter contato direto com os pesquisados, sendo necessário somente, autorização dos estabelecimentos já que o objeto formal dessa investigação são as academias.

Procedimentos estatísticos

    A estatística será descritiva demonstrando a porcentagem para a descrição dos dados. O programa utilizado foi o Biostat 5.0.

Resultados

    Os dados da presente pesquisa demonstraram uma concentração na academia 1 de 12 sujeitos do sexo masculino e 12 do sexo feminino; academia 2 com 17 do sexo masculino e 18 do sexo feminino; academia 3 com 13 sujeitos do sexo masculino e 9 do feminino e academia 4 com 12 sujeitos do sexo masculino e 5 do feminino.

Figura 1. Demonstrativo do número de sujeitos do sexo masculino, feminino e o total entre as quatro academias de Porto Velho. Academia 1 com 12 sujeitos do sexo masculino e 12 do sexo 

feminino; academia 2 com 17 do sexo masculino e 18 do sexo feminino; academia 3 com 13 sujeitos do sexo masculino e 9 do feminino e academia 4 com 12 sujeitos do sexo masculino e 5 do feminino

    Percentualmente a distribuição entre os sujeitos adolescentes do sexo masculino e feminino nas academias das academias selecionadas como amostra do presente estudo. A academia 1 demonstra uma distribuição de 50% entre ambos os sexos, igualmente ao da academia 2. A academia 3 apresenta uma concentração de sujeitos de 41% para o sexo masculino e 59% para o feminino e a academia 4 de 71% para o sexo feminino e 29% para o masculino.

Figura 2. Demonstrativo da porcentagem entre sujeitos do sexo masculino, feminino entre as quatro academias de Porto Velho. A academia 1 demonstra uma distribuição de 50% entre ambos os sexos, 

igualmente ao da academia 2. A academia 3 apresenta uma concentração de sujeitos de 41% para o sexo masculino e 59% para o feminino e a academia 4 de 71% para o sexo feminino e 29% para o masculino

    A academia 1 apresentou média de idade foi 15,26 ± 0,82; a academia 16.14 ± 0,91, a academia 3 apresentou 16,47 ± 0,84 e a academia 4 apresentou 16,29 ± 0,8.

Figura 3. demonstrativo da média de idade e desvio padrão das idades entre as quatro academias investigadas no presente estudo onde a 

academia 1 apresentou média de idade foi 15,26 ± 0,82; a academia 16.14 ± 0,91, a academia 3 16,47 ± 0,84 e a academia 16,29 ± 0,8

Discussão

    Uma das principais limitações desse estudo foi exatamente a obtenção dos dados em face das academias desse município não possuirem registros de tempo médio de permanência na academia, o horário que essa população costuma frequentar a academia, o tempo médio que os mesmos ficam ativamente matriculados entre outros dados que poderiam contribuir sobremaneira com uma investigação mais profunda do perfil dos adolescentes nas academias de Porto Velho. Isso, por si só demonstra um despreparo e uma desprofissionalização das academias de ginástica acerca de sua gestão e denota o fato que o planejamento é realizado de maneira completamente sem subsídios técncos fundamentais. Porém, o foco dessa pesquisa foi investigar e identificar qual é a característica etária entre a população adolecente de academias de ginástica a prevalência do sexo entre esses.

    Embora as academias de ginástica investigadas não soubessem precisar o número de alunos matriculados e ativos no momento da pesquisa, todas relataram que possuiam entre 650 e 850 clientes matriculados e ativos. Assim, estima´-se que entre 3 e 8% do público total da academia seja de adolescentes ou menores de idade representando uma parcela que embora seja pequena, importante, pois forma opinião dos seus pares na escola, tende a levar os pais e parentes próximos para a prática de exercícios nas academias de ginástica.

    Até a década de 1980, as academias esportivas no Brasil adotavam um modelo empresarial que se resumia a poucas − ou apenas uma, em muitos casos − salas de atividade, com uma área reduzida composta por alguns aparelhos de musculação sem grandes sofisticações tecnológicas. A frequência diária limitava-se a algumas dezenas de alunos nos horários de pico, havendo grandes vazios na grade presencial dos horários restantes denotando a falta de estratégias que preenchessem esse horário. Ainda, até hoje, as academias de ginástica utilizam métodos arcaicos e não lançam mão de ferramentas extremamente úteis, eficientes e baratas. Essas academias, via de regra microempresas, contavam ou ainda contam com um máximo de cinco professores, exigiam investimentos da ordem de cinquenta mil reais e ainda hoje, não possuem planejamento de investimento ou melhorias constantes (COSTA, 2005), sendo administradas pelos próprios profissionais de Educação Física que, normalmente, não possuem sólidos conhecimentos de Administração, Contabilidade e Marketing.

    Esta situação começou a se modificar no início da década de 1990. Enquanto a prática de esportes e atividades físicas era feita por pessoas que sentiam real prazer, não fazendo isto por simples modismo, não eram relevantes os problemas com aderência. A partir do momento em que a mídia passou a ditar normas neste campo, a população sentiu-se na obrigação de almejar uma melhora em seu bem estar através da atividade física (OLIVEIRA, 2007), inclusive os adolescentes que influenciados pela mídia passaram a almejar o físico e/ou a melhoria na saúde e bem estar que poderia ser proporcionado pelas academias de ginástica ficando indiferente ao prazer ou desprazer que isto representasse para cada um. Porém, investigar a característica dos frequentadores das academias acerca do seu comportamento poderia representar uma vantagem de mercado interessante para cada negócio. A falta de identificação do comportamento dessa e de outras populações diminui a capacidade de planejamento para a clientela das academias.

    Concomitante à diminuição da atividade física cotidiana, observou-se um processo de expansão de patologias conhecidas como crônico-degenerativas e diversos estudos epidemiológicos têm apontado para a relação dessas doenças com a falta de atividade física. Assim, alternativas vem sendo encontradas como as academias em condomínios, o personal trainer e as academias propriamente ditas, também em função da conjectura da sociedade atual que, envolta em violência e insegurança, vem sugerindo alternativas para os praticantes de atividade física, inclusive os adolescentes.

    Embora o estilo de vida ativo já apresente benefícios à saúde da população em geral, o exercício prescrito que considera parâmetros específicos (tipo, intensidade, duração, frequência) apresenta melhores resultados no que diz respeito à aptidão física (ACSM, 1998) fato que reforça a necessidade de estar bem orientado por um Profissional de Educação Física, sendo agravado em adolescentes que em função da sua natureza de formação orgânica apresentam necessidades diferentes que adultos. Frente a este quadro, destaca-se o papel dos centros de condicionamento físico ou academias de ginástica – como são comumente conhecidos – como local de prática e de promoção do exercício físico. Estes locais podem ser considerados como “termômetros” do movimento de promoção da atividade física, pois conforme se divulga a importância da atividade física, esses centros têm aumentado tanto em número, quanto em opções de atividades oferecidas a seus clientes (VANDERBURG, 1998)

    Apesar do crescente número de academias de condicionamento físico e das informações sobre a importância da prática de atividade física, observa-se que um grande número de pessoas, que iniciam programas nestes locais, desiste por diversos fatores e os adolescentes não são diferentes, porém, pouco se sabia e ainda pouco se sabe sobre o comportamento, a aderência, o sexo que mais freqüenta, quem mais se preocupa com a estética ou com a saúde. Estudos americanos destacam que a desistência é mais acentuada ao final do primeiro e terceiro mês de participação (CANTWEL, 1998). O sucesso da prescrição de exercícios é consequência das técnicas de prescrição com a observação de elementos comportamentais; deste modo, ressalta-se a necessidade de observar os determinantes para a aderência à atividade física no planejamento do programa de exercícios (ACSM, 2000; BOLGER & KIMIECIK, 1998).

    Assim, o presente estudo revestiu-se de importância já que buscou identificar qual é a característica etária entre a população adolescente de academias de ginástica a prevalência do sexo entre esses no município de Porto Velho.

Conclusão

    De acordo com os dados observados, em duas academias de diferentes regiões não apresentam predominância numérica entre os sexos de adolescentes que frequentam essas academias, enquanto nas duas outras há predominância de pessoas do sexo masculino sem, no entanto, apresentar uma tendência geográfica para uma maior ou menor predominância de um sexo ou do outro.

    Em futuros estudos necessita-se de dados mais robustos e para se entender melhor as características de diversas diferentes populações, inclusive, adolescentes frequentadores de academias que embora sejam uma parcela aparentemente pequena podem ter uma representatividade e relevância importante para as academias de ginástica.

Referências

  • American College of Sports Medicine (1998). The recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorrespiratory and muscular fitness, and flexibility in healthy adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, 30 (6), p. 975-991.

  • American College of Sports Medicine (2000). ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription. Rio de Janeiro, Revinter.

  • BIDDLE S. (1992). Sport and Exercise Motivation: A Brief Review of Antecedent Factors and Psychological Outcomes of Participation. Physical Education Review. 15: 98-110.

  • BOLGER, J. & KIMIECIK, J. (1998). Reaching the inactive – inactive market. In. 1998 IDEA World Fitness. Orlando.

  • CALFAS, K.J., SALLIS & OWEN, J.F., NICHOLS, J. F., SARIN, J. A., JOHNSON, M.F., CAPAROSA, S., THOMPSON, S. GEHRMAN, C.A. & ALCARAZ, J.E. (2000). Project GRAD: two-year outcomes of a randomized controlled physical activity intervention among young adults. American Journal of Preventive Medicine, 18(1), p. 28-37.

  • CAMPOS, Maurício de Arruda (2004). Musculação: Diabéticos, Osteoporóticos, Idosos, Crianças, Obesos. 3ª Ed: Sprint, p. 101-132.

  • CANTWELL, S. (1998). Excellence in program direction. In. 1998 IDEA World Fitness. Orlando.

  • COSTA, L. (org.) (2005). Atlas do Esporte no Brasil. 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil, Shape.

  • DISHMAN, R.K. (1994). Introduction: Consensus, problems, and prospects. In: R.K. Dishman. Advances in exercise adherence. Champaign: Human Kinetics.

  • FLECK, SJ. ; KRAEMER, WJ. (2006). Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 3ª Ed. Artmed, p. 293-308.

  • GOULD, D. & WEINBERG, R.S. (2000). Foundation of sport and exercise psychology – study guide. 2. ed. Champaign. Human Kinetics.

  • MARINHO, A. GUGLIELMO, L.G.A. (1997). Atividade física na academia: objetivos dos alunos e suas implicações. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 10, Goiânia. Anais… Goiânia: Potência, 1997.

  • OKUMA, S.S. (1994). Fatores de adesão e de desistência das pessoas aos programas de atividade física. In: SEMANA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, 2, 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: Departamento de Educação Física, Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade São Judas Tadeu, p. 30-6.

  • OLIVEIRA, Silvio Luiz de (1999). Tratado de Metodologia Cientifica. 2ª Ed: Pioneira, p. 57-69.

  • OLIVEIRA, A.G. (2007). Academia: Local Seguro para a Prática de Atividades Físicas. Atualidades - Academia Magazine, n. 1 (Jan-Mar), pp. 19.

  • SABA F. (2001). Aderência: a prática do exercício físico em academias. São Paulo: Manole.

  • SALLIS, J.F. & OWEN, N. (1999). Physical activity and behavioral medicine. Thousand Oaks: Sage Publications.

  • VANDERBURG, H. (1998). Building a championship team with your part-time players – Excellence in program Direction. In: IDEA World Fitness. Orlando.

  • WANKEL L. (1993). The importance of enjoyment to adherence and psychological benefits from physical activity. International Journal Sport Psychology. 24: 151-169.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 190 | Buenos Aires, Marzo de 2014
© 1997-2014 Derechos reservados