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Correlação entre autonomia funcional e qualidade de vida de idosos residentes em instituição de longa permanência de Santarém, PA

Correlación entre la autonomía funcional y la calidad de vida de personas
mayores residentes instituciones de larga permanencia de Santarem, PA

Relationship between functional autonomy and quality of life of elderly
residents in long-term care institution in Santarem, PA

 

*Acadêmico de Medicina, Licenciatura Plena em Educação Física

e Fisioterapeuta, UEPA, Campus Santarém, Pará

**Especialista em Fisiologia do Exercício, FACIMAB, PA.

*** Departamento de Morfologia e Ciências Fisiológicas

da Universidade do Estado do Pará, Santarém, PA

**** Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH)

da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Reli José Maders*

Luiz Carlos Rabelo Vieira**

Pedro Odimar dos Santos***

Estélio Henrique Martin Dantas****

relimaders@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do estudo foi investigar a correlação entre a autonomia funcional (AF) e a qualidade de vida (QV) de idosos residentes na única instituição de longa permanência de Santarém-Pa. A amostra constou de 08 idosos (68,7±7,3 anos). Para a coleta de dados, foram utilizados: o Índice de Katz, para análise da AF e o Short-Form Health Survey (SF-36), para avaliar a QV. Os dados foram analisados através da estatística descritiva, testes de normalidade e correlação, com significância de 95%. Quanto à AF, verificou-se que metade dos participantes era independente. O escore total de QV foi 51±23 pontos. A correlação entre AF e QV foi positiva média (r=0,462) e não estatística (p=0,248). A relação destas variáveis com a idade (r=-0,26 e r=-0,03, respectivamente) foi negativa e não significativa (p>0,05). Conclui-se que não foi encontrada correlação entre as variáveis analisadas.

          Unitermos: Idoso. Aptidão física. Qualidade de vida.

 

Abstract

          The aim of the study was investigate the correlation between Functional Autonomy (FA) and Quality Of Life (QOL) of elderly residents in the unique long-stay institution in Santarem, PA. The sample consisted of 08 elderly (68.7 ± 7.3 years). For data collection were used: the Katz Index for analysis of FA and the Short-Form Health Survey (SF-36), to assess QOL. The data were analyzed using descriptive statistics, normality tests and correlation with 95% significance. As for FA, It was found that half of the participants were independent. The total score of QOL was 51 ± 23 points. The correlation between FA and QOL was average positive (r = 0.462) and not statistically (p = 0.248). The relationship of these variables with age (r = -0.26 and r = -0.03, respectively) was negative and not significant (p> .05). Is concluded that no correlation was observed between the variables analyzed.

          Keywords: Elderly. Physical fitness. Quality of life.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O envelhecimento é uma etapa da vida que pode contribuir para a redução dos vínculos sociais dos sujeitos, podendo ainda ser um fator de interferência na perda de autonomia e da independência dos mesmos (PASCOAL; SANTOS; BROEK, 2006), prejudicando a realização das atividades da vida diária (AVDs) e, conseqüentemente, a qualidade de vida (GOLÇALVES; GROENWALD, 2005).

    A qualidade de vida, segundo a Organização Mundial da Saúde (1998), é uma opção pessoal a ser perseguida, com base nas carências, esperanças e possibilidades; é a capacidade de percepção do próprio indivíduo em relação a sua posição na vida, dentro do contexto da cultura e sistemas de valores no qual ele vive. Já para Mincato e Freitas (2007), pode ser definida como um valor atribuído à vida, ponderado pelas deteriorações funcionais, as percepções e condições sociais que são induzidas pela doença, agravos, tratamento e a organização política e econômica do sistema assistencial.

    A autonomia funcional, também pode ser definida como a capacidade de realizar algo com os próprios meios (OLIVEIRA et al., 2006). Araújo e Ceolim (2007) também definem como sendo a avaliação da capacidade de autocuidado e de atendimento às necessidades básicas diárias, ou seja, do desempenho das atividades de vida diária.

    O Grupo de Desenvolvimento Latino-Americano para a Maturidade - GDLAM (2004) definiu a autonomia em três aspectos: de ação, de vontade e de pensamentos. A primeira refere-se à noção de independência física. A segunda, à possibilidade de auto-determinação. Já a terceira é a que permite ao sujeito julgar qualquer situação do dia a dia. Com isso, o conceito de autonomia requer um contexto holístico.

    A perda da autonomia gera incapacidade para a realização das AVDs e das atividades instrumentais de vida diária (AIVDs), que estão correlacionadas às atividades de cuidados pessoais, como vestir-se, banhar-se, utilizar o banheiro, realizar compras, caminhar uma pequena distância, utilizar transportes dentre outras (SMONIOTO; HADDAD, 2011).

    Galisteu et al. (2006) descreveram vários fatores que estão relacionados à dependência de idosos, os quais conduzem ao declínio da autonomia funcional. São eles: analfabetismo, aposentadoria, ser pensionista, ser dona de casa, não ser proprietário da moradia, ter idade superior a 65 anos, apresentar composição familiar multigeracional, ter história de acidente vascular encefálico, ter problemas de visão, entre outros.

    Oliveira et al. (2006) também apontam alguns fatores que auxiliam no declínio da autonomia a destacar: fatores educacionais, de saúde e de personalidade, bem como do nível intelectual global e capacidades mentais específicas do indivíduo.

    Baseado nisso, o presente estudo teve como objetivo correlacionar a qualidade de vida e a autonomia funcional de idosos residentes em uma instituição asilar da cidade de Santarém-Pa.

Método

População e amostra

    Trata-se de um estudo descritivo correlacional o qual foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus Santarém (parecer n. 068 / 2011).

    A pesquisa foi realizada no Asilo São Vicente de Paula, instituição municipal filantrópica mantida por doações e ações voluntárias, a qual possui capacidade de abrigar 30 idosos. No período do estudo, no entanto, só residiam 28.

    A amostra foi composta de oito idosos, do sexo masculino, capazes de responder aos questionamentos dos entrevistadores. Para tanto, tiveram que se adequar aos critérios de inclusão. Foram eles: aceitar participar voluntariamente da pesquisa; ter assinado o termo de consentimento livre e esclarecido; apresentar faixa etária igual ou superior a 60 anos; estar cadastrado como residente na Instituição; apresentar capacidade para responder por conta própria os instrumentos de coleta de dados; não apresentar déficit auditivo e/ou distúrbios da fala que pudessem comprometer a comunicação entre os interlocutores; não ser cadeirante e/ou acamado.

Instrumentos e procedimentos de coleta de dados

    Os dados para a caracterização do grupo avaliado foram obtidos através da aplicação de um questionário elaborado especialmente para esta pesquisa, para obtenção de informações sobre: sexo, idade, cor/raça, grau de escolaridade, estado civil, doenças associadas, auxílio para locomoção e tempo de asilamento.

    A qualidade de vida foi mensurada mediante a aplicação do Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey (SF-36), traduzido no Brasil por Ciconelli et al. (1999), composto por oito itens a saber: Capacidade Funcional (CF); Aspectos Físicos (AF); Dor (D); Estado Geral de Saúde (EGS); Vitalidade (V); Aspectos Sociais (AS); Aspectos Emocionais (AE) e Saúde Mental (SM). Com os dados obtidos nesse questionário é calculado um escore (raw scale), no qual há a transformação da pontuação do instrumento em uma escala de zero a 100 pontos. Quanto mais próximo do primeiro valor, pior é a qualidade de vida; quanto mais próximo de 100, melhor é a qualidade.

    A autonomia funcional foi mensurada através do Índex de Katz, traduzido e adaptado por Duarte, Andrade e Lebrão (2007), sendo composto de seis domínios: Banhar-se; Vestir-se; Ir ao banheiro; Transferência; Continência; Alimentação. Em cada item do questionário é atribuído nota zero (dependente), se as atividades propostas pelo questionário forem realizadas com supervisão, orientação, assistência pessoal ou cuidado integral; atribui-se nota um (independente) se para cada item do questionário for realizado sem supervisão, orientação ou assistência pessoal. Posteriormente, foi realizada a classificação dos participantes em: A - Independente para comer, ser continente, mobilizar-se, usar o sanitário, vestir-se e banhar-se; B - Independente para realizar todas as funções, exceto uma; C - Independente para realizar todas as funções, exceto banhar-se e outra função mais; D - Independente para realizar todas as funções, exceto para banhar-se, vestir-se e outra função mais; E - Independente para realizar todas as funções, exceto banhar-se, vestir-se, usar o sanitário; F - Independente para realizar todas as funções, exceto banhar-se, vestir-se, usar o sanitário, mobilizar-se e outra função mais; G - Dependente para realizar as seis funções; Outro - Depende para realizar pelo menos duas funções, mas não pode ser classificado em C, D, E, F.

Tratamento estatístico

    Os dados foram analisados através do programa Bioestat® 5.0. A análise descritiva foi apresentada em média, desvio padrão, mínimo, máximo, coeficiente de variação (CV) e mediana. Esta é a melhor estimativa de tendência central sempre que o CV for ≥ 25%, caso contrário será a média. Além disso, foram calculadas as freqüências absoluta e relativa para algumas variáveis a analisadas.

    Foi aplicado o teste de normalidade (Shapiro Wilk) para as variáveis estudadas, o qual apontou distribuição não normal dos dados. Com isso, aplicou-se o teste de correlação de Spearman. O nível de significância foi de 95% (p < 0,05).

Resultados

    As características gerais da amostra encontram-se na tabela 1. A idade média do grupo foi de 68,7±7,3 anos, com predomínio de participantes entre 60 e 70 anos (75%). Quanto às demais variáveis, prevaleceram sujeitos pardos (62,5%), com escolaridade até o ensino fundamental (62,5%), solteiros (75%), sem qualquer doença (50%) e que necessitavam de auxilio para locomoção (50%). Além disso, notou-se que 62,5% estavam há menos de um ano no asilo.

Tabela 1. Características gerais da amostra estudada. Santarém, Pará, 2011

    Quanto à autonomia funcional dos idosos investigados (tabela 2), foi observado que 50% dos participantes eram independentes para realizar todas as funções (Classificação A); 25% eram independentes para realizar todas as funções, exceto uma (Classificação B). Apenas um idoso era independente para realizar todas as funções, exceto banhar-se e outra função (Classificação C). Outro necessitava de ajuda para realizar pelo menos duas funções (Classificação Outro), mas não pôde ser classificada em C, D, E, F.

Tabela 2. Descrição relativa quanto à classificação da autonomia funcional da amostra estudada no asilo municipal. Santarém, Pará, 2011

    Considerando-se que os escores do SF-36 em cada domínio podem variar de zero a 100 pontos e, que quanto maior o valor, melhor é a qualidade de vida relacionada com a saúde, os resultados mostram, conforme a tabela 3, que os domínios que apresentaram maior escore foram: vitalidade, saúde mental e dor. Os de menor escore foram: capacidade funcional, aspectos físicos, estado geral de saúde, aspectos emocionais e sociais. Como o CV de todos os domínios foi maior que 25%, a mediana representou a melhor estimativa de tendência central. Sendo assim, o grupo apresentou um escore total mediano de 51 ± 23 pontos.

Tabela 3. Descrição da pontuação média quanto ao questionário SF-36 da amostra estudada no asilo municipal. Santarém, Pará, 2011

    No gráfico 1 é apresentada a correlação entre a qualidade de vida e a autonomia funcional dos idosos avaliados. Notou-se que quanto maior o escore de Katz maior foi à qualidade de vida dos idosos. No entanto, a correlação foi média (r=0,46) e não significativa (p=0,25).

Gráfico 1. Correlação entre qualidade de vida e autonomia funcional da amostra estudada no asilo municipal. Santarém, Pará, 2011

    Observou-se correlação fraca negativa (r=-0,26) e não significativa (p=0,62) entre a autonomia funcional e a idade dos idosos asilados (gráfico 2).

Gráfico 2. Correlação entre autonomia funcional e idade da amostra estudada no asilo municipal. Santarém, Pará, 2011.

    Também foi analisada a correlação entre a qualidade de vida e a idade dos idosos (gráfico 3). Assim, observou-se correlação fraca negativa (r=-0,03), e não significativa (p=0,96).

Gráfico 3. Correlação entre qualidade de vida e idade da amostra estudada no asilo municipal. Santarém, Pará, 2011

Discussão

    Os resultados do presente estudo referentes à autonomia funcional demonstraram que metade da amostra era independente para realizar todas as funções (Classificação A).

    Araújo e Ceolim (2007), realizaram a avaliação do declínio do grau de independência para a realização das AVD’s de idosos residentes em três instituições asilares de Taubaté, SP, por meio do questionário de Katz, constataram que, das 139 mulheres e 48 homens com idade superior a 60 anos que participaram do estudo, apenas 70 (37%) eram independentes para realizar todas as funções e que, destes, 59 (42% do total de 139) eram do sexo feminino e apenas 11 (23% do total de 48) do masculino. Após um período de cinco meses, observou-se que 19% destes sujeitos apresentaram declínio funcional.

    Smonioto e Haddad (2011), ao avaliarem o perfil e o grau de dependência de 204 idosos (idade média = 76,4 anos; tempo médio de asilamento = 6,1 anos) residentes em instituições filantrópicas de longa permanência de Londrina, PR, através do Índice de Katz, verificaram que 68 (33,3%) eram independentes para realizarem todas as funções e, destes, 31 (27,2%) eram do sexo feminino e 37 (41,1%) do masculino. Com esses achados, os autores sugerem que as instituições de longa permanência devem se adequar ao processo de declínio funcional de seus moradores.

    Oliveira e Mattos (2010), ao caracterizarem a capacidade funcional de 154 idosos (idade média = 77,1 anos; tempo médio de asilamento = 4,2 anos) institucionalizados de Cuiabá, MT, através do Índice de Katz, notaram que 44,2% dos mesmos necessitam de ajuda para realização de uma ou mais atividades de vida diária. Alves et al. (2010) verificaram que não há relação entre depressão e perda da funcionalidade de indivíduos asilados com idade média de 75,17 anos.

    Quanto à qualidade de vida, notou-se que os domínios que apresentaram melhores resultados foram Vitalidade, Saúde Mental e Dor. Por outro lado os domínios com pior desempenho foram Capacidade Funcional, Aspectos Físicos, Estado Geral de Saúde, Aspectos Emocionais e Sociais.

    A qualidade de vida pode ser influenciada negativamente por vários fatores. Ribeiro et al. (2008) citam que a influência é decorrente da deterioração da saúde física e mental, tendo como conseqüência a perda da autonomia e da independência, assim como o abandono ou mesmo o descaso dos familiares, situação econômica, dentre outros.

    Por outro lado, a qualidade de vida pode ser influenciada positivamente pela prática de atividades físicas. Toscano e Oliveira (2009) verificaram que dentre 238 mulheres idosas (idade média = 69,2 ± 6,6 anos), as mais ativas apresentaram melhores resultados nos oito domínios da qualidade de vida relacionados à saúde.

    Cader et al. (2006) analisaram o perfil da autonomia funcional, através do protocolo GDLAM, e da qualidade de vida, através dos questionários World Health Organizatins Quality of Life Group (WHOQOL-100), de 15 idosos (idade média = 76,29 ± 10,59 anos) asilados em uma instituição filantrópica do Município de Rio de Janeiro. Os autores observaram resultado insatisfatório da qualidade de vida nos domínios físico, psicológico, independência, relações sociais, do ambiente e na qualidade de vida geral. Resultado satisfatório foi verificado apenas no domínio espiritualidade. Valores fracos foram encontrados em todos os testes e no índice de GDLAM, observando-se uma deterioração na autonomia funcional à medida que declina a qualidade de vida.

    Ao correlacionarem a capacidade funcional e a qualidade de vida de 66 idosos institucionalizados (idade média = 78,3±9,3 anos) da cidade de Caxias do Sul, RS, através dos instrumentos perfil de saúde de Nottingham (PSN) para a qualidade de vida e a escala de autopercepção do desempenho em atividades da vida diária para a capacidade funcional, Mincato e Freitas (2007) verificaram correlação inversa (r=-0,61) entre as duas variáveis, indicando que conforme há a diminuição da capacidade funcional, há proporcionalmente a diminuição da qualidade de vida. No corrente estudo, notou-se que quanto maior o escore de Katz maior era a qualidade de vida dos idosos, com correlação média (r=0,46) e não significativa (p=0,25).

    Correlação positiva entre o Índice de Katz e a qualidade de vida também foi observada no estudo de Almeida e Rodrigues (2008), desenvolvido com 93 idosos institucionalizados, com idade variando entre 65 e 94 anos.

    Quando relacionadas à autonomia funcional e a idade da amostra desta pesquisa, notou-se correlação negativa (r=-0,26) e não significativa. Mincato e Freitas (2007) e Almeida e Rodrigues (2008) também encontraram resultados simulares, apontando declínio da autonomia funcional com o passar da idade.

    Ao serem relacionadas à qualidade de vida e a idade, verificou-se correlação negativa (r=-0,027) e não significativa. Dados similares também foram encontrados nas pesquisas de Mincato e Freitas (2007) e Almeida e Rodrigues (2008).

    O declínio da qualidade de vida com o avançar da idade é atribuído a maior probabilidade de surgimento de problemas de saúde, maior dependência na realização das atividades da vida diária, acompanhado de mais isolamento e solidão (ALMEIDA; RODRIGUES, 2008).

Conclusão

    Com base nos resultados encontrados no presente estudo, pode-se concluir que na instituição asilar da cidade de Santarém, PA, metade (n=4) dos idosos necessita de auxilio para realizar certas funções do dia a dia, ou seja, é dependente para o desenvolvimento delas.

    Também foi possível observar correlação fraca e não significativa entre a autonomia funcional e a idade e entre a qualidade de vida e a idade dos idosos asilados. E no presente estudo, quanto maior era a autonomia funcional, maior a qualidade de vida.

    Recomenda-se, portanto, a realização de estudos adicionais, de modo a conduzirem a melhor compreensão da relação entre qualidade de vida e autonomia funcional de idosos institucionalizados.

Referências

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