Atividade física para a terceira idade: Um olhar sobre a prática de atividade física das idosas participantes do grupo FINATI em Paripiranga, BA La actividad física para la tercera edad. Una mirada sobre la práctica de la actividad física de las personas mayores que participan del grupo FINATI en Paripiranga, BA |
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*Estudante do VIII período do curso de Licenciatura em Educação na Faculdade AGES, em Paripiranga, BA e Segurança patrimonial da empresa Grupo MAP **Estudante do VIII período do curso de Licenciatura em Educação na Faculdade AGES, em Paripiranga, BA, Professor da Rede Pública Municipal de Tucano e Professor de Educação Física na Escola Chapeuzinho Vermelho **Estudante do VIII período do curso de Licenciatura em Educação na Faculdade AGES, em Paripiranga, BA, Estagiário Personal na Academia Erick Fabiano (localizada em Tucano, BA) |
Adailton Santana de Miranda Galtiere Cavalcante da Silva Jemenson Araujo Serra (Brasil) |
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Resumo Esse estudo foi baseado no projeto desenvolvido no Colégio de Aplicação da Faculdade AGES, na cidade de Paripiranga, com o propósito de proporcionar exercícios alternados para idosos participantes do grupo FINATI - Faculdade Integrada da Terceira Idade. A prática de atividades físicas trouxe uma série de benefícios físicos e mentais, visto que os idosos de Paripiranga e cidades circunvizinhas vem aderindo com afinco ao grupo FINAT, pois as práticas evidenciadas até o presente momento visam melhorar a qualidade de vida dos participantes do grupo. Durante as atividades foi observado o interesse e a força de vontade presente na execução das atividades propostas. No entanto é interessante observar todo o processo sócio-cultural que envolve o grupo de idosos suas características e como eles são encarados pelas demais classes populares. Muitos encaram esse grupo como um peso ou um obstáculo que precisa ser superado, boa parte da sociedade não demonstra mais respeito e não os trata com os devidos merecimentos. É esquecido seu potencial idealizador, a experiência de vida e possíveis contribuições sociais. Diante as dificuldades é preciso unir forças e enfrentar diversas barreiras por parte dos idosos para conseguirem o intento de realizar exercícios físicos regularmente. A motivação para realizar tais atividades parece algo fortemente necessário, tendo em vista um grupo ativo que necessita de atenção e carinho de oportunidade para participar e aquisição do sentimento de utilidade são explicações mais cabíveis para a motivação. O respeito à individualidade biológica de cada idoso no desenvolvimento dos exercícios juntamente com as relações interpessoais e a manutenção da autonomia foi e continua sendo o ponto chave para que os participantes continuem a praticar os exercícios físicos de forma regular. Unitermos: Atividade física. Qualidade de vida. Idosos.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O presente estudo surgiu das indagações do grupo de estudantes do colegiado de educação física da Faculdade Ages que ao perceber á falta de programas que possibilite a prática de atividades físicas para melhoria da qualidade de vida dos idosos de Paripiranga. Lança mão do projeto “atividade física na terceira idade” que é um projeto de intervenção desenvolvido dentro do grupo FINATI coordenado pela Professora Priscila Marconcin.
Nesse sentido resolve-se buscar respostas para um entrave que surge nos programas e estudos sobre exercícios físicos para idosos que até o presente momento não consegue dar conta de esclarecer quais são os exercícios que mais se adaptam a esse tipo de público e de que forma são realizados tais exercícios.
A escolha do projeto: atividade física na terceira idade se deu pelo fato de percebemos a necessidade de buscar alternativas para introduzir programas que ofereçam exercícios físicos para os idosos com o intuito de torná-los ativos melhorando a qualidade de vida dessa população.
De inicio levantamos alguns questionamentos como: Há quanto tempo faz exercícios físicos? Quantas vezes por semana? Duração da prática dos exercícios? Período habitual da prática de exercício? Prática algum exercício física fora do grupo FINATI? Qual seu objetivo com exercício? Conhece os benefícios do exercício físico?
Após calorosas indagações fomos à busca dos conhecimentos literários atualizados e existentes até o presente momento, para tanto, tivemos que nos aprofundar em diversos aspectos de conhecimento dentro das ciências humanas e sociais para entender os problemas que envolvem a temática.
Nas aulas de estagio I ficou clara a facilidade de entender a importância de exercícios físicos para os idosos, no entanto o difícil seria colocá-las em pratica devido o envolvimento de diversos fatores que dificultava sua concretização.
De certo era e é que os exercícios físicos vêm ganhando uma nova faceta por constituir-se parte importante na construção de um novo perfil social da população brasileiras possibilitando uma maior qualidade de vida. Contudo a falta de investimento em programas de qualidade de vida por parte do poder publica e o comodismo da população quando se trata da pratica de exercícios físicos tornam-se fatores negativos que dificulta colocar em prática um plano de ação eficiente.
Essa incompreensão nos sensibilizou para com o problema em questão, iniciando assim um plano de ação que viabilizasse a compreensão da sociedade a cerca de exercícios físicos e a importância dos mesmos no processo de manutenção da saúde social.
No planejamento foi englobada atividade que elencava a participação dos idosos como sendo indissociável do processo de transformação social como um novo paradigma a ser alcançado pelos os programas de saúde preventiva.
Pretende-se viabilizar exercícios físicos para os idosos propiciando uma nova relação de saúde preventiva entre diversos segmentos sociais. A destreza de olhares diversificados pelo grupo teve como conseqüência à realização de atividades voltada para participação coletiva envolvendo não só os estagiários, mas também os professores e a comunidade idosa, abrindo espaço para conversa aberta, na tentativa de preparar e motivar todas as partes importantes para o desenvolvimento de atividades.
Favorecendo a ampliação de programas no âmbito social, conclamando a sociedade para importância de sua participação na busca de melhor qualidade de vida. Utilizando-se de meios possíveis para melhor estabelecer a responsabilidade de todos na participação em todos os segmentos sociais, respeitando a individualidade biologica de cada um, e buscando melhores adaptações individuais em prol da saúde coletiva.
Justificativa
Atualmente a cidade de Paripiranga não dispõe de programas públicos para trabalhar atividades físicas com idosos, muito menos de profissionais de educação física que sejam efetivados para atuar na área, dando-lhes direcionamentos a programas de atividade física e lazer no âmbito municipal, sendo que o único grupo existente é o FINATI coordenado pela professora Priscila Marconcinin para atender um demanda muito grande.
Dessa forma o projeto “atividade física para idosos” nasceu da solidariedade do colegiado de educação física da faculdade para com o grupo FINATI e com a sociedade de Paripiranga em geral na tentativa de contribuindo para saúde coletiva.
Assim este estudo teve como objetivo evidenciar possibilidade no desenvolvimento de programas que proporcionar ao grupo de idosos vivencia prática de atividades físicas e lazer, como busca de uma melhoria da qualidade de vida.
Metodologia
Na falta de atividade física especifica para os idosos, os pesquisadores desenvolveram o trabalho através do estudo de literatura, interpretação, observação e participação. Intervindo no desenvolvimento de atividades coletivas na comunidade, com o grupo de idosos FINATI (Faculdade Integrada da terceira idade).
O desenvolvimento ocorreu, em principio com o questionário, pela utilização da observação direta intensiva nas atividades do grupo estudado, das entrevistas com os informantes.
Para Lakatos (2007) a observação direta intensiva é realizada através de duas técnicas: observação e entrevista, a observação e entrevista é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações. O investigador utiliza os sentidos na obtenção de determinado aspecto da realidade, não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos e fenômenos que se deseja examinar.
A observação ajuda a identificar e obter provas a respeito dos objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orienta seu comportamento, no contexto da descoberta obrigando o investigador a um contato mais direto com a realidade. É o ponto de partida da investigação social.
Procedimento da pesquisa
O projeto será desenvolvido em três momentos distintos, o primeiro será realizado estudos acerca do tema, posteriormente elaborado um questionário e aplicado ao grupo, em seguida foi feita avaliação e planejamento das atividades com base nos resultados obtidos.
No segundo momento serão iniciados os exercícios propostos para grupo:
1ª atividades (14/10/2011), aferição da PA, alongamento, hidroginástica e volta à calma.
2ª atividades (15/10/2011), aferição da PA, alongamento, dança e volta á calma.
3ª atividades (28/10/2011), aferição da PA, alongamento, aeróbica e volta á calma.
4ª atividades (04/11/2011), aferição da PA, alongamento, caminhada e volta á calma.
5ª atividades (11/11/2011), aferição da PA, alongamento, circuito e volta á calma.
6ª atividades (18/11/2011), aferição da PA, alongamento, exercício resistido e volta á calma.
7ª atividades (25/11/2011), atividades recreativas com bolas e bambolês.
8ª atividades (01/12/2011), dinâmica de recreação e integração do grupo.
Cada encontro teve a duração de 2 horas, sendo que 40 minutos para aferição da PA, 10 minutos para alongamento, 60 minutos para atividade física e 10 minutos para volta a calma.
No terceiro momento foi discutido os objetivos do projeto com todos os envolvidos, seguido de um reforço através de palestras ou algo similar para falar sobre as atividades que melhor se enquadraram no grupo FINATI e estimulá-los a continuar com a prática fora dos momentos de encontros grupal. O momento terá a duração de 4 horas, 2 horas para palestra, e duas para confraternização do grupo.
Revisão bibliográfica
A promoção da qualidade de vida depende de uma série de fatores, e um deles é a prática regular de atividades físicas. Os idosos cada vez mais vêm procurando espaço para essa prática. Sabe-se que hoje, o aparecimento de doenças vem causando preocupação em diversos setores da sociedade seja eles públicos ou privados, principalmente no que se refere à saúde, pois a maioria das pessoas não envelhecem com uma boa qualidade de vida fruto de vícios, comodismos e a falta de interesse em manter uma vida saudável. Os idosos precisam e devem estar inseridos em grupos sociais, participando de atividades coletivas em busca de uma saúde melhor e uma inserção sócio-cultural. Cabe a cada um ter as devidas informações e os devidos cuidados.
Cruz (2008), ao tarar do tema mostra a importância e a necessidade de inserir essa população em atividades físicas contínuas, ao observar que é possível através da promoção da prática de atividades físicas reverterem às idéias pré-concebidas e preconceituosas tão defendida na sociedade de que a velhice só traz perdas e que o idoso é um ser inativo e improdutivo.
A inserção de indivíduos num determinado grupo requer atenção e cuidados especiais, é preciso analisar os objetivos e o que se quer alcançar. Procurar e organizar espaços torná-los pessoas participativas e críticas, um cidadão pronto pra mudar e transformar, observando que velhice não é um fim, mas apenas um começo de uma vida melhor.
A prática de atividades físicas para idosos é uma ótima iniciativa, tanto para quem coordena tanto para quem está participando. O fato de se sentirem pessoas capazes e participantes é motivo de orgulho e bastante alegria. Despertar o interesse é uma tarefa árdua, mas prazerosa, tendo em vista o leque de conhecimentos e sabedorias que eles podem proporcionar, através de sua auto-estima, força de vontade e superação. Isso tudo mostra o avanço da qualidade de vida, a formação de pessoas mais saudáveis. SIMÕES (2006) revela um dos benefícios dessa inserção sócio-cultural ao destacar a importância de práticas educativas para a promoção da qualidade de vida em idosos. Ele observa que “mais saudáveis, mais longevas, mais instruídas, tais serão as novas gerações dos idosos, em relação às gerações anteriores, de tal modo é diferente a sua velhice que poderá considerar-se uma nova velhice.” SIMÕES (2006, p.13)
Portanto, participar de projetos sociais é uma forma de mudar de vida e dar um salto para um futuro melhor, aproveitar o envelhecimento não como um fim e sim como um recomeço, uma idade nova, onde os problemas devem ser esquecidos e a superação é a palavra chave para tal mudança. A Organização Mundial da Saúde define saúde como: “um completo bem-estar físico mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades.” Embora essa definição remeta para uma série de conceitos, é importante observar a capacidade que a atividade física tem em transformar e dar aos idosos esse bem-estar tornando-os indivíduos sadios e confiantes, com uma auto-estima elevada ao conseguir executar alguns movimentos que antes pensavam não conseguir, pessoas cultas e participativas engajadas em projetos sociais integrantes de uma sociedade.
Para se falar em atividades físicas para idosos é necessário antes conhecer esse processo cronológico da vida, sendo esse grupo uma geração madura e conhecedora de potencialidades e limites corporais. Pensar sobre envelhecimento é pensar a vida como uma porta aberta para novas descobertas, a busca da qualidade de vida depende de cada um, porque todos seguem um processo diferente e busca para si o que pensa ser mais correto. Para Wyric (2005, p.3) “a primeira verdade sobre o envelhecimento é que todos envelhecem. A segunda verdade é que todos envelhecem de formas diferentes.” Seguindo esse pensamento é possível considerar que todos envelhecem da forma que querem, e de acordo com as condições físicas e sociais que a vida lhes impõem o que difere é a capacidade que cada tem em buscar a melhoria da saúde nesta fase da vida.
Continuando sua linha de pensamento Wyrick (2005, p.6) define que:
O termo envelhecimento é usado para se referir a um processo ou conjunto de processos que ocorrem em organismos vivos e com o passar do tempo levam a uma perda de adaptabilidade, deficiência funcional, e, finalmente a morte.
Portanto, o processo de envelhecimento torna o individuo com algumas dificuldades funcionais. Cabe a cada pessoa melhorar essa perda para que ela não se torne um problema a mais, e não seja tão significativa. Para Farinatti (2005, p.23) “o envelhecer depende de vários fatores que ultrapassam os limiares da cronologia. Cada indivíduo reage de forma única ao avanço da idade.” Para ele a velhice demanda de uma série de atitudes no presente que resultam num futuro próximo e continuo.
Francine (2008, p. 20) apud Okuma diz que: “o envelhecimento é um processo biológico, mas que, no homem, também acarreta conseqüências sociais e psicológicas, sendo que seu bem-estar emocional também resulta da interação social e da força do vínculo social.” Cabe, portanto analisar que o envelhecer é um processo contínuo que segue um âmbito social e cultural e as relações que os indivíduos têm com a sociedade é uma porta aberta para uma melhoria na promoção da saúde.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, Simões (2006) retrata que o envelhecimento é um fenômeno que cada vez mais se acentua a escala mundial, nenhum ser envelhece exatamente da mesma maneira. Para além de ser pessoal (dependente de nossa biologia e em particular da nossa dotação genética), o envelhecimento é um processo contextual (dependente, de como vivemos, do gênero que nos coube em sorte, do nível de instrução que possuímos, da região geográfica onde vivemos).
Com o passar dos anos as pessoas tendem a ficarem mais experientes, começam a ocorrer mudanças significativas no seu corpo, cabe a cada um cuidar da sua saúde, mudando hábitos e verificando atitudes.
Tais mudanças, embora se acentuem e evidenciem no fim da vida, tem origem num período anterior da existência, de tal modo que se pode, literalmente, afirmar que se começa a envelhecer no momento do nascimento (se é que não é mais apropriado dizer, no momento da concepção). (SIMOES, 2006, p.31)
Pois bem, não adianta cuidar da saúde somente quando se está chegando à idade adulta, pois o envelhecimento é um processo contínuo que se inicia desde o momento do nascimento. Envelhecer é um processo natural que estará sempre presente nas diferentes fases da existência humana.
Para Spirduso (2005, p.07) “o envelhecimento ocorre com o implacável passar do tempo, mas poucas pessoas realmente morrem por causa da idade. A maioria morre porque o corpo perde a capacidade de suportar os fatores de estresse físicos ou ambientais.” Recuperar essa capacidade é um desafio constante tendo em vista o grande número de doenças e enfermidades existentes na sociedade. Envelhecer com saúde depende de atitudes e uma série de atividades que estejam engajadas num ambiente sócio-cultural.
A atividade física pode trazer vários benefícios para a saúde, essa compreendida em seus vários aspectos fiscos, sociais e mentais e os idosos não são privados desses benefícios uma vez que demonstram muito interesse por essa prática.
Cruz (2008, p.54) descreve alguns benefícios da prática regular de atividades físicas em idosos:
O aumento da mobilidade, funcionalidade; melhora na atenção, concentração, memória e raciocínio; aumento dos contatos sociais; aumento da auto-estima e auto conceito; melhora na qualidade de vida e bem-estar; diminuição das quedas; diminuição da ansiedade e depressão; diminuição da P.A.
São vários os aspectos que englobam fatores sociais, físicos e psicológicos possibilitando que o grupo tenha mais saúde e condições para viver melhor, tendo em vista que todos envelhecem de forma diferente e cabe a cada individuo buscar o seu melhor método para a prevenção. E atividade física é um passo importante para aqueles que querem ser felizes.
A prática de atividades físicas está fortemente sustentada na idéia do envelhecimento saudável, pessoas que não se exercitam tendem a envelhecer mais rapidamente. Existem correntes de pensamento que defendem que não se deve confundir envelhecimento com doença. Para Simões (2008, p. 32) trata-se de um ponto que os gerontólogos não se cansam de sublinhar. Neste sentido, fala-se de envelhecimento normal e do envelhecimento patológico:
O envelhecimento normal como uma mudança num sistema físico que deve ser universal, progressiva e irreversível, não efeito de outro processo, ou modificável com o tratamento e o envelhecimento patológico aquele causado por doenças ou por estilos de vida inadequados.
Matsudo (1992, p.25) resume os principais efeitos do exercício no individuo da terceira idade como: “I- Efeitos antropométricos e neuromusculares: Diminuição da gordura corporal, incremento da massa muscular..., II- Efeitos metabólicos: Aumento do volume sistólico, diminuição da freqüência cardíaca no repouso e no trabalho submáximo..., III- Efeitos psicológicos melhora da auto-estima, melhora do auto-conceito, melhora da imagem corporal...”
Em suma pode-se observar que os exercícios físicos tem-se mostrado benéficos no controle, tratamento e prevenção de doenças como diabetes, enfermidade cardíaca, hipertensão, arteriosclerose, varizes, enfermidades respiratórias entre outras. Todos esses leques de oportunidades de melhoria abrem espaço para que as pessoas tomem consciência e comecem a praticar atividades físicas o mais rápido possível.
Miranda apud Gallahue (1995, p.67) cita fatores como o exercício, um estilo de vida fisicamente ativo e a capacidade de executar as atividades da vida diária podem ter impacto positivo sobre como um individuo idoso se sente e como os outros o vêem. Esse aspecto psicológico encontra-se muito presente nos diversos estudos do tema, o idoso tem um forte estimulo para participação quando o que está em questão é a sua saúde. A sociedade precisa encarar o idoso com mais carinho, visto a sua utilidade e força de vontade em procurar estar melhor, de bem com a vida e de bem com todos.
Em relação à prática regular de atividades físicas, Capazzoli (apud Balbinotti, 2003, p.79), avalia dimensões distintas, mas relacionáveis: “controle de estresse (ex: liberar tensões mentais), saúde (ex: manter a forma física), sociabilidade (ex: estar com amigos), estética (ex: manter bom aspecto) e prazer (ex: meu próprio prazer). Um conjunto de benefícios que desencadeiam num bem-estar social.
Conclusão
Conclui-se que a atividade física deve assumir papel primordial na vida das pessoas idosas como fator de manutenção da saúde e motivação para viver em sociedade melhorando o relacionamento interpessoal no desenvolvimento da cidadania e contribuindo democraticamente para construção da qualidade de vida.
Ao passo que devemos abrir os olhos para a situação gritante pela qual passa a população idosa na qual a marginalização nos remete a elaboração de projetos e programas estratégicos para com essa população visto que o sistema político faz vista grossa diante da situação, no entanto sem deixar de cobra, de reivindicar nossos direitos junto às instituições políticas.
Referencias bibliográficas
CAPAZOLLI, Carla Josefa. Motivação à prática regular de atividades físicas: um estudo com praticantes em academias de ginástica de Porto Alegre. Escola de Educação física programa de pós-graduação em Ciências do movimento humano. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2008.
CRUZ, Francine. Atividade física para idosos-Apontamentos teóricos e propostas de atividades. Sorocaba-SP: Manole, 2008.
FARINATTI, Paulo de Tarso Veras. Envelhecimento, promoção da saúde e exercício: bases teóricas e metodológicas. Barueri, SP: Manole, 2008.
MATSUDO, Sandra Mahecha, Victor K. R. Prescrição e benefícios da atividade física na terceira idade. Rev. Bras. de Ci. e Mov. Vol. 6, No 4 (1992).
MIRANDA, M. L. J. GODELI, R. C. S. Música, Atividade física e bem-estar psicológico em idosos. Revista Brasileira de Cinesiologia e Movimento. Brasília V. 11 n.4, p.87-94 out/dez 2003.
SIMÕES, Antonio. A Nova velhice: Um novo público a educar. Coleção Idade do saber, nº 5. Ambar idéias no papel, S.A. 2006.
SPIRDUSO, Wannen Wyrick. Dimensões físicas do envelhecimento. Barueri, SP: Manole, 2005.
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