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A Educação Física: seus benefícios para a educação infantil
dentro das perspectivas metodológica construtivista,
desenvolvimentista e psicomotricidade

La Educación Física: sus beneficios en el nivel inicial en las perspectivas
metodológicas constructivista, desarrollista y psicomotricidad

 

Acadêmica do VIII período do colegiado

de Educação Física da Faculdade AGES

(Brasil)

Andréa Dias Santana Santos

andreadiassantana@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Este artigo científico de revisão bibliográfica tem como objetivo geral defender a importância da educação física para o desenvolvimento da criança a partir de concepções metodológicas desenvolvidas para esse fim. As duas concepções que abordam essa importância, nesse trabalho, são a desenvolvimentista e a psicomotricidade, mesmo existindo outras na educação física. Pensadores como Go Tani, João Batista Freire discutem de maneira bem densa a respeito do tema em questão. O trabalho foi organizado a principio trazendo explicações acerca do que é a educação física, qual o papel do educador e seus benefícios para a criança em processo de desenvolvimento; depois segue a discussão apresentando as duas principais abordagens metodológicas para a educação infantil; por último é apresentado a importância do jogo para o desenvolvimento da criança nos aspectos motores, cognitivos e sociais.

          Unitermos: Educação Física. Perspectiva desenvolvimentista. Psicomotricidade. Criança.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    No período de alfabetização a criança cria o seu mundo e recebe influencias dele. Assim, um cria e recria o outro. Nesse sentido a educação física pode ser utilizada para a construção de sua própria realidade através de jogos e brincadeiras lúdicas por meio da imaginação.

    Voltando para a educação física encontramos estudos e concepções metodológicas que tentam agregar valor na construção do sujeito por meio da atividade física desde a primeira infância. Uma abordagem influenciada por Piaget e que comunga das mesmas idéias é a Abordagem Construtivista defendida por João Batista Freire (2009). A intencionalidade desta concepção é a construção do sujeito a partir da interação do individuo com o mundo que o cerca.

    Tendo como objetivo trazer uma discussão teórico-prática acerca das concepções metodológicas da Educação Física e sua aplicação na educação de crianças por meio de uma práxis pedagógica; além de: entender criticamente as concepções metodológicas; Analisar as concepções metodológicas e sua relevância no processo de ensino.

    Com isso pensa-se na seguinte problemática: Como a Educação Física por meio de suas abordagens metodológicas voltadas ao ensino infantil pode contribuir com o processo de ensino-aprendizagem de crianças?

    É partindo destas idéias que o presente artigo busca identificar como as abordagens metodológicas da Educação Física vem a estimular as crianças a obterem uma aprendizagem satisfatória, levando em consideração a questão biológica, social e psicológica já que cada indivíduo apresentará uma maneira e um tempo de adquiri-la.

    Acreditar na educação significa ter essa capacidade de olhar o aluno em sua perspectiva humana, enxergá-lo em todas as suas capacidades e habilidades, conduzi-lo para além das sombras da caverna, mostrá-lo o sol, a luz chamada educação. Trabalhá-lo em seu lado efetivo e mostrar que o maior ato de educação parte da premissa amorosa, educar é um ato de amar, professores e direção não podem ficar alheios enquanto o aluno vai sendo mergulhado na escuridão.

2.     O que é Educação Física e qual o papel do educador desta área?

    Definir Educação Física vai muito além da mera prática regular e periódica de se fazer exercícios, atingindo um nível elevado de práticas, conhecimentos e discussões acerca de teorias e comportamentos. Assim a educação física escolar quando bem trabalhada, nos leva a uma pureza de sentimentos, nos quais passamos a entender as outras pessoas e respeitar suas opiniões, construindo um estudo das ações sociais e comportamentais.

    Dessa forma,

    “A Educação Física consiste em formar hábitos e atitudes que promovam o desenvolvimento harmonioso do corpo humano, mediante instrução sobre higiene corporal e mental, sob vários e sistemáticos exercícios, esportes e jogos”. (MICHAELIS, 2001, p. 251)

    Nessa perspectiva, o que se busca e valoriza no ensino de Educação Física, especialmente no tocante a Educação Infantil não é somente a habilidade de desenvolver “práticas”, mais também associá-las a um saber teórico, reflexivo, crítico e afetivo, para que assim as atividades deixem de serem apenas “práticas” e passem a serem práticas regulamentadoras do processo.

    Assim, para contribuir com tal discussão traz-se a seguinte asserção, feita pelo código de ética da categoria profissional, elaborado e difundido pelo CONFEF/CREF citado por Feliciano e Lima, que explica:

    A filosofia da Educação Física também reforça a dimensão ética, discute seus valores, significados, leva a busca de um desempenho profissional competente, indicando a necessidade de um saber fazer, que venha a efetivar-se como o saber ou um saber fazer, que torne o ideal sublime dessa profissão prestar sempre o melhor serviço a um número cada vez maior de pessoas, destacando não só a dimensão técnica, mas, também a dimensão política, como é desejável (2006, p.11).

    Nesse sentido, o profissional de Educação Física deve enxergar o ser humano, nesse caso em especial a criança, em sua totalidade, uma vez que o ser humano para aprender, deve ser observado em sua forma integral, pois esse é um ser social, político e afetivo que precisa ser analisado a partir da relação cognitiva e afetiva. Numa perspectiva de aprendizagem, o “ponto chave” é levar o indivíduo a pensar que se adapta ao contexto pós-moderno de incertezas, complexidade e problematização.

    Sendo assim, além dos aspectos acima mencionados, outro muito importante para esse contexto é o desenvolvimento motor, o qual se constitui em um processo contínuo e demorado, e recebe enfoque na criança “por ser esta, uma fase crucial para indivíduo” (TANI et al., 1988, p. 187).

    Parafraseando Tani et al (1998), a organização do desenvolvimento se inicia na concepção, o domínio motor, afetivo-social (conduta pessoal-social) e cognitivo (conduta adaptativa e linguagem) vão se diferenciando gradualmente. Mas no início da seqüência, o comportamento motor é uma expressão de integração de todos os domínios. Este caráter do movimento indica o importante papel do domínio motor na seqüência de desenvolvimento do ser humano, mas isto leva às vezes à concepção de que o movimento é apenas um índice para medir outros domínios de comportamento.

    Em adição, ainda seguindo a linha de Tani et al (1988), o desenvolvimento motor é caracterizado pelo refinamento e diversificação das habilidades básicas e, conseqüentemente, pelo aumento na quantidade e complexidade no comportamento. Também segundo este autor, a criança adquire primeiro, o padrão fundamental e, com base nesse padrão, desenvolve novas formas mais complexas e diversificadas do comportamento.

    Corroborando com esta idéia, Ferreira Neto (1995) afirma que a atividade motora evolui dos movimentos simples para movimentos mais complexos devido a um processo de desenvolvimento do tônus muscular e de criação de novas ligações neurológicas.

    Diante desse contexto, os educadores físicos precisam estar preparados para atuar de forma coerente nas aulas de Educação Física, com crianças na Educação Infantil, pois além de todas as nuances trazidas por tais teorias, ainda precisam levar em consideração os aspectos de desenvolvimento apresentados pela fase específica de cada criança.

    Sendo assim, é necessário que o atual quadro de ensino da Educação Física, baseado na monotonia e falta de criatividade, seja revolucionado e que os professores possam inovar, satisfatoriamente, suas metodologias. Para tal, é fundamental que a escola perceba o movimento como um meio de expressão, pelo qual o aluno apresenta a sua visão de mundo e compreende que o homem se expressa como intérprete do mundo, mas somente a ação inteligente e empática do professor pode tornar a Educação Física um elemento essencial para o crescimento individual e o comportamento da criança como fruído de cultura e agente na construção do mundo.

    Dessa forma, o professor contemporâneo desta área do conhecimento deverá ser um constante estudioso das teorias e fases de desenvolvimento das crianças, como também das culturas, refletindo sobre seus próprios saberes, sua formação e buscando sempre novos conhecimentos. Assim, a educação em atividades físicas, principalmente aquelas destinadas às crianças, deve ser baseada em um conjunto de saberes, os quais designam todo o processo, tendo o professor como parâmetro de mediação entre o conhecimento e a complexidade do desenvolvimento, pois como diz Freire: “Ninguém educa ninguém, ninguém si educa a si mesmo. Os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo” (2009, p. 78).

    Portanto, a Educação Física no âmbito da Educação Infantil deve assumir a responsabilidade primordial de oferecer novas oportunidades, com metodologias voltadas para o sentido da emancipação dos alunos que estão sob a sua responsabilidade, contribuindo para a formação corporal e intelectual do sujeito e fazendo com que a educação e as atividades desta área sejam repensadas, par que as lacunas sejam preenchidas na tentativa de alcançarmos alguns fins ao qual foi proposto. Sem esquecer que cada imagem, cada gesto, cada som que emergem diariamente em sala de aula, têm grande importância, uma vez que se referem ao universo simbólico da criança.

    Em face do exposto, o processo de ensino/aprendizagem aqui proposto, para o ensino de Educação Física na Educação Infantil, tem a intenção de deixar marcas positivas na memória da criança, formando um sentimento de competência para criar, interpretar e desenvolver seus próprios movimentos, através das práticas regulamentadoras e emancipatórias do educador, construindo assim, um processo holístico de construção do conhecimento.

3.     As principais abordagens de ensino voltadas a educação infantil e suas contribuições

    O processo ensino-aprendizagem da Educação Física é torneado por algumas concepções que abrangem métodos e técnicas pedagógicas com intuito de promover uma aprendizagem voltada a determinadas realidades. Não há como dicotomizá-las, as mesmas formam uma práxis que vai se adequar a um contexto próprio determinado pelas relações socioculturais. Na educação infantil tem-se como principais correntes de abordagem a Construtivista, Desenvolvimentista e a Psicomotricidade as quais serão discutidas no decorrer deste capítulo.

    A abordagem construtivista que tem como principal idealizador João Batista Freire tem por finalidade a construção do conhecimento do aluno por meio da cultura popular do jogo e do lúdico como tema gerador. Os principais conteúdos tratados na abordagem construtivista são as brincadeiras populares, o jogo simbólico e o jogo de regras, numa tentativa de resgatar o conhecimento do aluno solucionando problemas. Isso, pois:

    Os jogos e brincadeiras que estimulem a cognição, a motricidade, socialização e afetividade da criança, bem como a utilização de materiais alternativos, são os conteúdos privilegiados nas aulas de educação física pautadas nessa concepção. (BARBIERE, PORELLI, MELLO, 2008, p. 229)

    A avaliação da abordagem construtivista é não punitiva, processual e auto avaliação. Seu principal referencial teórico é Piaget com as obras: O nascimento da inteligência na criança e O possível e o necessário, fazer e compreender.

    Antes de João Batista Freire idealizar, Emília Ferreiro já tinha introduzido essa tendência seguida de Ana Teberosky. Os objetivos de estudo do construtivismo é a motricidade humana, possibilitando as pessoas a se entenderem e se saberem como corpo, ou seja, terem a consciência e a capacidade crítica de se perceber corpo dentro da sociedade.

    O enfoque metodológico trabalha com a metodologia do conflito. A partir do que o sujeito sabe, sugere mudanças no conteúdo, criando conflito entre o que se sabe e o que é preciso ser apreendido. Do conflito viria a consciência do fazer. (OLIVEIRA, 1997, p. 26).

    para FREIRE (1992) o fundamental é que todas as situações de ensino sejam interessantes para a criança, e que o corpo e a mente devem ser entendidos como componentes que integram um único organismo, ambos devem ter assento na escola, não um (a mente) para aprender e o outro (o corpo) para transportar, mas ambos para emancipar. Então, o jogo é o grande instrumento pedagógico nesta perspectiva, pois enquanto a criança brinca, ela aprende de maneira prazerosa.

    A aprendizagem não pode viver a reboque do desenvolvimento simplesmente. Como professores, firmamos compromissos éticos que devem, acima de tudo, garantir que nossos alunos possam se desenvolver com respeito e dignidade, orientados para ser autônomos. Não devem ser fieis seguidores de nossas idéias, muito menos doutrinados, mas devem ter aprendizagem para garantir o desenvolvimento de vidas dignas e autônomas. (FREIRE, 2009, p. 163).

    O professor não pode estar em sala de aula como coautor simplesmente, ele é peça fundamental na formação digna do sujeito que esta sendo lapidado, pois este enquanto cidadão tem o direito de adquirir criticidade que lhe garanta uma capacitação para a transformação social, que é o foco principal da ação. A relação professor X aluno nunca deve ser abandonada, muito menos estagnada, deve estabelecer um forte arrolamento que permita um desenvolvimento holístico da criança.

    A abordagem Desenvolvimentista tem como principais idealizadores a Go Tani e Manoel. A principal obra que trata desta linha é: Educação Física Escolar: Uma abordagem desenvolvimentista; tendo como principal área base a psicologia e as pesquisas de Gallahue e Connoly. A finalidade desta tendência é a busca pela adaptação, por meio do desenvolvimento motor, da aquisição de habilidades por meio da aprendizagem.

    Utiliza da ludicidade para impulsionar o processo de desenvolvimento e aprendizagem, trazendo uma idéia significativa, espontânea e exploratória da criança, bem como suas relações interpessoais. Tem foco na criança pré-escolar, analisando o jogo infantil e os seus significados por meio da solução de problemas. A avaliação é feita através de observação sistemática.

    Preconiza para a Educação Física que seja proporcionado aos alunos condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido através da interação, do aumento da diversidade, da complexidade dos movimentos, oferecendo experiências de movimentos adequadas a seu estágio de crescimento e desenvolvimento para que as habilidades motoras sejam alcançadas. (TANI et al, 1988).

    Dando início ao movimento articulado, surge a perspectiva da Psicomotricidade com o trabalho de Jean Le Bouch em contraposição ao modelo esportivista que levou o professor de educação física a ultrapassar os limites lógicos e o rendimento corporal em sua abordagem pedagógica. Utiliza da ludicidade para impulsionar o processo de desenvolvimento e aprendizado. Traz a idéia de aprendizagem significativa, espontânea e exploratória da criança, bem como suas relações interpessoais. Tem foco na criança pré-escolar, analisa o jogo infantil e seus significados, tem na psicomotricidade seus objetivos funcionais, onde os mecanismos de regulação entre o sujeito e os seus meios permitem o jogo, da adaptação, que implica os processos de assimilação e acomodação. (BOUCH, 1982, apud AZEVEDO et al, 2006).

    Ambas as abordagens discutidas anteriormente apresentam uma idéia consistente de como a brincadeira, o jogo, o jogo simbólico, e entre outras atividades são fundamentais para o desenvolvimento da criança. A partir das relações estabelecidas com regras, a crianças ampliam o seu olhar infantil do mundo, criando uma nova realidade, ou seja, aprendendo.

    Por isso, faz-se necessário ressaltar a importância do jogo como pré-requisito para o desenvolvimento da aprendizagem.

4.     O jogo e sua importância para o desenvolvimento da criança

    Segundo Ferreira (2004) “jogo é uma atividade física ou mental fundada em um sistema de regras que definem a perda ou o ganho” (p. 438). Já para Huizinga apud Ayoub (2005) jogo é uma atividade própria do ser humano, que só pode ser assim denominado caso não esteja sujeito a ordens e seja voluntária. Partindo dessas idéias é possível identificar o quão complexa é a definição de jogo, porém indo de encontro ao princípio de que iremos abordar a respeito de suas implicações na aprendizagem, nada mais justo do que aceitar a definição de Huizinga, pois a criança só será capaz de retirar algo significativo do jogo caso este lhe traga possibilidades de remodelar seu pensar, seu agir e criar, podendo assim transformar uma imaginação em ação para posterior aprendizagem.

    Diante das infinitas possibilidades de aprendizagem por via do jogo, é válido ressaltar sua importância pedagógica. No processo de aquisição de conhecimentos a criança expõe características as quais são apuradas por meio deste, dando possibilidade de através do mundo imaginário auxiliado pela coletividade formular um conceito, uma idéia.

    Sobre isso se destaca:

    Todos conhecemos o grande papel que os jogos da criança desempenha a imitação, com muita freqüência estes jogos são apenas um eco do que as crianças viram e escutaram aos adultos, não obstante estes elementos da sua experiência anterior nunca se reproduzem no jogo de forma absolutamente igual e como acontecem na realidade. “O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações da própria criança”. (VYGOTSKI, 1979, p.12).

    Tendo como foco a construção da aprendizagem, o jogo pressupõe que a criança satisfaça seus anseios por meio da imitação, imaginação e criação, formulando não simplesmente um presente, mas um futuro que lhe traga experiências pertinentes na sua formação global, como dizia Winnicott (1985, p. 59) "se a criança não for capaz de brincar é preciso trazê-la a um estado que possa brincar. No brincar a criança dialoga consigo mesma e com o mundo". Diante desta perplexidade a criança que não joga ou brinca acaba tendo um amadurecimento precoce, isso vai desencadear em uma regressão psicológica, motora e social, pois ela estará focada em desempenhar um papel que é de um adulto mesmo sem estar preparada para tal desafio, além disso, perderá sua capacidade de criação, de relacionamento e aprendizagem.

    Outro ponto a destacar durante o processo do jogar é a aprendizagem e desenvolvimento motor da criança. As atividades vivenciadas ao jogar desempenham a aquisição de inúmeras habilidades, pois há uma demanda e desafios que fazem está conhecer o seu corpo e vivenciar movimentos não utilizados no dia-a-dia. Gallahue (1989) dispõe que para haver domínio das habilidades motoras a crianças perpassa por um árduo processo que pode ser correlacionado ao pensamento de Piaget apud Shaffer (2005) envolvendo o princípio da assimilação, acomodação e adaptação, processos estes que impõem o desenvolvimento motor como algo complexo e importante para a aquisição da autonomia.

    Não obstante da discussão o filósofo Heráclito dispõe que: O nascimento e o desenvolvimento do universo são o jogo de uma criança que move suas peças num tabuleiro. O destino está numa criança que brinca. (HERÁCLITO, 1991, p. 5)

    Para tanto, após toda uma discussão pautada no significado e importância do jogo, temos uma pequena idéia de quão ampla são as suas possibilidades, principalmente no que diz respeito a construção de uma identidade infantil, em uma sociedade tão desgastada, nada mais justo do que propiciar a seus futuros adultos convivências pautadas na imaginação, na construção do saber coletivo por meio da invenção da realidade. Como já dizia Huizinga apud Kishimoto (2008), o jogo vem da satisfação, e um indivíduo satisfeito torna-se estimulado e adentra num processo de busca pelo desconhecido, de criação de infinitas possibilidades que norteiem a quebra de barreiras e obstáculos no percurso da vida.

6.     Conclusão

    A criança necessita vivenciar e experimentar coisas novas na escola e fora dela. A partir do vivido em ambiente escolar, esse sujeito percebe o mundo e passa a interferir nele de modo atuante e consegue interferir na sua própria realidade.

    A educação física permite que o sujeito sinta-se livre para criar e recriar situações, espaços, o seu próprio eu. É de suma relevância a inserção da educação física e do jogo no período de desenvolvimento cognitivo e motor da criança. Nesse período as capacidade e habilidades estão se expandindo, e o conhecimento do próprio corpo é crucial para a formação da identidade do sujeito infantil.

    O jogo não é uma simples brincadeira que acontece nas aulas de educação física, é uma atividade sistematizada que completa o homem.

    Portanto, a aprendizagem da criança acontece em meio a atividades que proporcione prazer. E a Educação Física sabe fazer isso bem.

Referências

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