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10 A 12/13 ANOS - Infância Escolar Tardia CAPACIDADES CONDICIONANTES
Desenvolvimento	Observações
Resistência Aeróbia	Utilizar o princípio da carga individualmente utilizada. Exercícios com intensidade média. Ex. corrida contínua com velocidade regular.
Resistência Anaeróbia Aláctica	Pode ser desenvolvida com atenção especial ao tempo máximo de 15 seg, evitando o acúmulo de lactato. Ex. Contestes ou estafeta.
Resistência Anaeróbia láctica	Não desenvolver pois nesta fase o indivíduo não possui as enzimas necessárias para uma eficiente remoção do lactato.
Força	Exercícios que contém o domínio do próprio peso corporal ou utilização de pequenas cargas adicionais. Ex. Carrinho de mão.
Flexibilidade	Necessidade de um trabalho específico no desenvolvimento global .
Velocidade	Trabalhar a velocidade de reação e capacidade de aceleração. Ênfase na coordenação rápida, não trabalhar resistência de velocidade.
CAPACIDADES COORDENATIVAS
Deve-se realizar uma manutenção das coordenativas e um aprimoramento das mesmas a partir desta fase. Iniciar o aprimoramento e refinamento das habilidades técnicas.
TREINAMENTO TÁTICO
A partir desta fase, poderemos desenvolver noções táticas de luta.

2ª ETAPA

12/13 A 14/15 ANOS - Pubescência CAPACIDADES CONDICIONANTES
Desenvolvimento	Observações
Resistência Aeróbia	Nesta faixa etária o treinamento decide sobre a futura capacidade de desempenho, tendo obrigatoriamente que ser trabalhada.
Resistência Anaeróbia Aláctica	Pode ser desenvolvida com atenção especial ao tempo máximo de 15 seg, evitando o acúmulo de lactato. Ex. Contestes ou estafeta.
Resistência Anaeróbia láctica	Não desenvolver pois nesta fase o indivíduo não possui as enzimas necessárias para uma eficiente remoção do lactato.
Força	Execução de um treinamento que não leve o aparelho locomotor passivo a uma desproporção entre carga e capacidade de suportá-la, o que facilitaria o aparecimento de danos no sistema energético.
Flexibilidade	Urgentemente necessária, utilizar principalmente exercícios com o parceiro. A utilização de exercícios em duplas se justifica pela sociabilidade.
Velocidade	Treinamento mais intenso dos componentes condicionados da velocidade, ou seja, da força rápida, aproveitando o estímulo do estirão do crescimento e aumento dos hormônios.
CAPACIDADES COORDENATIVAS
Deve-se realizar uma manutenção das coordenativas e um aprimoramento das mesmas nesta fase. Dar continuação ao aprimoramento e refinamento das habilidades técnicas.
TREINAMENTO TÁTICO
Aprofundamento do conhecimento tático.
TREINAMENTO TÉCNICO
A partir deste momento já desenvolve-se a especialidade técnica.

3ª ETAPA

14/15 A 18/19 ANOS - Adolescência CAPACIDADES CONDICIONANTES
Desenvolvimento	Observações
Resistência Aeróbia	Nesta faixa etária o treinamento decide sobre a futura capacidade de desempenho, tendo obrigatoriamente que ser trabalhada.
Resistência Anaeróbia Aláctica	Deve ser desenvolvida
Resistência Anaeróbia láctica	Deve ser desenvolvida
Força	Esta fase representa o período de melhor treinabilidade da força. Trabalho com grandes grupos musculares.
Flexibilidade	Trabalho de manutenção do alongamento muscular.
Velocidade	Treinamento intensivo dos aspectos condicionados e coordenativos da velocidade. Continuidade na ênfase.
CAPACIDADES COORDENATIVAS
Deve-se continuar a manutenção das coordenativas e um aprimoramento das mesmas durante esta fase. Dar continuidade ao aprimoramento e refinamento das habilidades técnicas.
TREINAMENTO TÁTICO
Aprofundamento do conhecimento tático.
TREINAMENTO TÉCNICO
Intensificação do treinamento.

4ª ETAPA

18/19 A 23/24 ANOS - Idade Adulta CAPACIDADES CONDICIONANTES
Desenvolvimento	Observações
Resistência Aeróbia	Manutenção e Aprimoramento.
Resistência Anaeróbia Aláctica	Manutenção e Aprimoramento
Resistência Anaeróbia láctica	Manutenção e Aprimoramento
Força	Desenvolvimento de força específica nos músculos mais solicitados. Manutenção e aprimoramento dos grandes grupos musculares
Flexibilidade	Manutenção e Aprimoramento
Velocidade	Manutenção e Aprimoramento
CAPACIDADES COORDENATIVAS
Deve-se realizar uma manutenção das coordenativas e um aprimoramento das mesmas a partir desta fase. Iniciar o aprimoramento e refinamento das habilidades técnicas.
TREINAMENTO TÁTICO
Especialização do conhecimento tático.
TREINAMENTO TÉCNICO
Especialização do treinamento técnico.

5ª ETAPA

23/24 ANOS EM DIANTE - Idade Adulta CAPACIDADES CONDICIONANTES
Desenvolvimento	Observações
Resistência Aeróbia	Manutenção e Aprimoramento.
Resistência Anaeróbia Aláctica	Manutenção e Aprimoramento
Resistência Anaeróbia láctica	Manutenção e Aprimoramento
Força	Manutenção e Aprimoramento
Flexibilidade	Manutenção e Aprimoramento
Velocidade	Manutenção e Aprimoramento
CAPACIDADES COORDENATIVAS
Manutenção e Aprimoramento
TREINAMENTO TÁTICO
Manutenção e Aprimoramento
TREINAMENTO TÉCNICO
Manutenção e Aprimoramento

Conclusões e recomendações
     Acredita-se que não exista um modelo ideal de treinamento. Cada método deve ser adequado às realidades do grupo em que se trabalha. Em educação física e esporte não se deve trabalhar dentro de um modelo único e imutável, pois cada ser humano se diferencia de outro. Além disso, não podemos ser meros repetidores, temos que ser criativos, respeitando, porém, os estudos desenvolvidos até a atualidade e os princípios éticos e científicos.

     As faixas etárias devem ser a base da preparação e elaboração do treinamento, porém devemos observar continuamente as variáveis condicionantes através de mensurações, preferencialmente em avaliações entre os ciclos de desenvolvimento.

     Na fase básica, o trabalho deve se respaldar da ludicidade para que ocorra uma adesão ao programa. A ludicidade é um elemento que deve estar presente também na fase específica, porém seus objetivos se diferenciam da fase básica. Agora, este elemento deve intercalar com o treinamento intenso e rotineiro, proporcionando a recuperação e evitando o desgaste do atleta.

     O treinamento a longo prazo, quando utilizado corretamente pode evitar a "queima do atleta" prematuramente. Um atleta que rende excelentes resultados em sua primeira etapa, provavelmente não renderá os mesmos resultados na fase onde deveria apresentar uma grande performance. Por isso, sugere-se que os treinadores de Judô utilizem uma metodologia de treinamento a longo prazo, que pode permitir bons resultados em cada fase do desenvolvimento, evitando acidentes e reduzindo o elevado número de evasão do esporte, que geralmente ocorre na transição das fases.

Referências bibliográficas

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• MATARUNA DOS SANTOS, L.J. (1999) A Importância do Fisiologista em uma Equipe de Judô. Projeto Apresentado ao Clube de Regatas Vasco da Gama. Rio de Janeiro: s/ed.

• PLATONOV, V. (1997) Princípios da Preparação a Longo Prazo. Revista Treino Desportivo. Lisboa: Secretaria de Estado do Desporto, Julho.

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• SILVA, N.W.P. (2000) Métodos de Preparação Técnica. Apostila do Curso de Especialização em Judô - TJ4 - Planejamento Técnico. Rio de Janeiro: UFRJ/CCFEx/FJERJ.

• WEINECK, J. (1999) Treinamento Ideal. São Paulo: Manole.

• ___________. (1991) Biologia do Esporte. São Paulo: Manole.

• ___________. (1981) Manual de Treinamento Esportivo. São Paulo: Manole.

• ZAKHAROV, A. & GOMES, A.C. (1992) Ciência do Treinamento Desportivo. Rio de Janeiro: Palestra.

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revista digital · Año 5 · Nº 18 | Buenos Aires, febrero 2000   © 1997/2000 Derechos reservados