Perfil da composição corporal de idosas fisicamente ativas no município de Niterói, RJ El perfil de la composición corporal de mujeres mayores físicamente activas en el municipio de Niteroi, RJ |
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*Graduando em Educação Física da Universidade Federal Fluminense, UFF **Residente multiprofissional do Hospital Universitário Antônio Pedro, UFF ***Professor de Educação Física (Brasil) |
Gabriel Dias Rodrigues* Karla Cristina da Silva** Felipe de Oliveira Carvalho*** |
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Resumo O presente estudo teve como objetivo identificar o perfil da composição corporal de idosas fisicamente ativas. A análise da composição corporal foi feita pelo método de bioimpedância elétrica e a associada a idade dos indivíduos, não encontrando corelação significativa. Sugerindo que para esse grupo o declínio fisiológico da composição corporal não está associado com a idade desse grupo. Unitermos: Composição corporal. Idosas fisicamente ativas.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 189, Febrero de 2014. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O prolongamento da vida é um fenômeno mundial desejado pela maioria das sociedades, entretanto é necessário repensar o processo de envelhecimento em diversas quanto as suas abordagens: social e biológica. A teoria biológica do envelhecimento analisa o assunto sobre a ótica do declínio e da degeneração da função e estrutura dos sistemas orgânicos¹ sabe-se que com o envelhecimento, ocorre um declínio da função cardiorrespiratória², um aumento da gordura corporal, diminuição na massa óssea³ e muscular (sarcopenia)4.
No entanto, o envelhecimento não deve ser visto como sinônimo de incapacidade, ao passo que as perdas funcionais causadas pelo processo podem variar entre os indivíduos por diversos motivos. Fatores sociais e demográficos podem influenciar nessa diferença entre grupos etários. Neste sentido o presente estudo busca identificar o perfil da composição corporal de idosas fisicamente ativas, assim como associar os índices de massa livre de gordura (MLG) e massa de gordura corporal (MGC) com a idade desses indivíduos.
Metodologia
Participaram do presente estudo 11 mulheres (63,5 ±5,4 anos) aparentemente saudáveis e fisicamente ativas (3 dias/semana). Os indivíduos foram submetidas à avaliação da composição corporal pelo método tetrapolar de bioimpedância corporal (In body r-20, EUA 1998), todos os registros foram feitos no período da manhã e as participantes devidamente orientadas a não praticar atividades extenuantes prévias, assim como ingestão demasiada de líquido e alimentos. Para análise estatística descritiva foi utilizada média e desvio padrão, para a inferencial aplicou-se primeiramente o teste de normalidade de Shapiro-Wilk e em seguida o teste de correlação de Pearson, para todos os resultados foi considerado o índice de significância (p ≤ 0,05).
Figura 1. Gráfico de dispersão entre a MGC e a idade
Resultados e discussão
O grupo de idosas apresentou massa corporal total média de 62,0 ± 11,0 kg e estatura média de 158,0 ± 0,9 cm. Não foi encontrada correlação significativa entre a idade e a MGC (figura 1) com p = 0,39 e r = -0,28, a média foi de 22,6 ± 8,5 kg , diferindo do encontrado em outros estudos, podendo ser explicado pelo nível de atividade física dos indivíduos (3 dias/semana), sugerindo que o exercício físico regular é uma interessante estratégia para o controle da composição corporal³. O mesmo para a idade e MLG, que não foram correlacionadas significativamente (figura 2), apresentando p = 0,12 e r = -0,49, a média foi de 39,2 ± 8,5 kg. O resultado sugere que mesmo com o fenômeno da sarcopenia, que acomete os indivíduos com o aumento da idade, para essas idosas a MLG pode não estar associada com a idade. Possivelmente devido ao programa de treinamento que as idosas participam, no qual inclui o treinamento de força.
Figura 2. Gráfico de dispersão entre a MLG e a idade
Conclusão
O presente estudo demonstrou que a MLG e a MGC, não estão associadas com a idade de idosas praticantes de um programa de exercícios variados no município de Niterói.
Referências bibliográficas
FARINATTI, P. T. V. Envelhecimento: promoção da saúde e exercício. São Paulo: Manole, 2008.
ROBINSON S. Experimental studies of physical fitness in relation to age. Arbeitspyasiologie, 1938;10:251-323.
LOHMAN TG. Skinfolds and body density and their relation to body fatness: a review. Hum Biol. 1981; 53(2):181-225.
POLLOCK, M., FOSTER, C., KNAPP, D., ROD, J., SCHMIDT, D. Effect of age and training on aerobic capacity and body composition of master athletes. J Appl Physiol 1987; 62(2):725-31.
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