efdeportes.com

O voleibol adaptado e o benefício para a qualidade de vida dos idosos

El voleibol adaptado y su beneficio para la calidad de vida de las personas mayores

Volleyball adapted for seniors

 

*Aluna/o

** Orientador

Faculdade de Educação Física de Barra Bonita

(Brasil)

Amanda Pedra*

Lorival Aparecido Penha*

Prof. Me. Marcio Ribeiro de Sá**

lorivalpenha10@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho se destina a todas as pessoas, exclusivamente aos idosos, para informar a importância de uma atividade física, em particular o voleibol adaptado, em relação aos benefícios que ele pode gerar em sua saúde. Verificar as contribuições que o voleibol adaptado proporciona à qualidade de vida dos praticantes dentro dessa modalidade esportiva. Este estudo foi baseado em textos de livros específicos e, logo após, em um questionário cuja maior importância foi a de esclarecer o que este esporte causa, como benefício, na saúde dos idosos. Mediante as observações feitas, conclui-se que o voleibol adaptado melhora de modo significativo a autoestima dos idosos assim como toda a sua estrutura corporal, proporcionando-lhes mais flexibilidade, agilidade, equilíbrio [dinâmico] e fortalecimento anatômico.

          Unitermos: Idosos. Saúde. Voleibol adaptado.

 

Abstract

          This work is intended for all people, only the elderly, to inform the importance of physical activity, particularly volleyball adapted in relation to the benefits it can generate in your health. Goal Check contributions volleyball adapted provides the quality of life of practitioners in this sport. This study was based on specific textbooks and, soon after, in a questionnaire which was the most important to clarify what this sport because, as a benefit, the health of the elderly. Through the observations, it is concluded that the volleyball adapted significantly improves the self-esteem of the elderly as well as your entire body structure, providing them with more flexibility, agility, balance [Dynamic] and strengthening anatomy.

          Keywords: Elderly. Health. Volleyball adapted.

 

          Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharel em Educação Física de Barra Bonita/SP, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharelado em Educação Física.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 188, Enero de 2014. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    A terceira idade ou melhor idade, que começa ao redor dos 60 anos é vista e tratada como um vasto campo de estudo e possibilidades de praticas desportivas específicas para esta fase de vida. Antigamente, as pessoas achavam que o idoso não podia fazer nenhuma atividade fisica; hoje, as coisas estão mudadas: a terceira ou melhor idade é preenchida com atividades lúdico-desportivas como dança, caminhada, natação, hidoginástica, voleibol, academia e diversas outras atividades de acordo com o gosto e preferência de cada um. Para se ter um excelente trabalho, deve-se ressaltar que é muito importante um profissional de educação fisica qualificado, pois a intensidade e a forma de realizar essa atividade física deve ser introduzida de forma gradativa e contínua, levando em consideração as condições fisicas do praticante tanto no trabalho inicial como na aprendizagem, devido a dificuldade de coordenação, agilidade e reflexo dos idosos. Assim, deve haver um trabalho de iniciação com pequenas adaptações.

    O voleibol adaptado para a terceira idade atualmente esta sendo um dos esportes mais praticados pelas pessoas de maior idade, se destacando e aumentando muito em sua prática, mas poucos estudos científicos se têm para ser estudado. Este esporte por ser um jogo coletivo e de pouco contato físico entre os participantes, ajuda muito a quem tem problemas de saúde relacionados a flexibilidade, agilidade e doenças cardiovasculares. Oferece também menor grau de possibilidade de lesão pelo praticante, além de contruibuir de modo significativo na sociabilidade dos envolvidos.

    Deve-se ter em mente que a pessoa idosa, mesmo com suas limitações, é um sujeito coletivo que pensa, tem emoções e lava como bagagem um histórico incomensurável de suas experiências vividas em si. É comum associarmos as pessoas dessa idade ao desgaste físico e emocional acumulados ao longo de sua vida, todavia o acesso ao trabalho, aos serviços de saúde, moradia e lazer o qual é o foco dessa pesquisa, mudarão significantemente seu modo de pensar e suas vidas, como disse Janine furtado (apud CARVALHO, 2001, p.14).

    [...] muitos dos idosos são responsáveis pela sustentação financeira das residências, não nos oferece a possibilidade de optarmos e, no entanto termos a saúde desejada, não só pelo bem-estar físico, mas em todos os âmbitos da vida: político, moral, social, físico, psíquico, entre outros, simultaneamente. É a partir daí que estamos propondo uma proposta de lazer direcionado à pessoa idosa que não perpasse simplesmente o bem estar físico, mas que crie possibilidades de intervenção construídas coletivamente e que favoreça uma transformação social, ampliando a temática das ginásticas e experimentando outras temáticas da cultura corporal [...]

    O lazer deve ser visto numa perspectiva emancipatoria, onde o ser em questão se encontre num estado de libertação, de sentido de si próprio, redescobrindo as potencialidades até então subtendidas e ocultadas. Sair do lazer heterodeterminado pela lógica do mercado e “compreender como um espaço/tempo sistemático e planejado, no qual as pessoas possam ludicamente desenvolver aprendizagens sociais que contribuam para sua autodeterminação no campo da cultura, da política e da economia” (SILVA & SILVA; 2004).

    Segundo Simone de Beauvoir (1990), o grau de civilização de uma determinada sociedade pode ser medido pelo tipo de tratamento dispensado à seus velhos. Se quisermos alcançar a modernidade e o desenvolvimento certamente teremos não apenas que amparar a infância e a juventude, mas avançar muito nas políticas de atendimento à velhice.

    Há que se pensar no desenvolvimento de políticas públicas para a população idosa, priorizando recursos e a atenção das diferentes instâncias de governo. Há que se ultrapassar e romper com questões construídas historicamente com relação ao processo de envelhecimento, buscando entender a velhice não como um conjunto progressivo de perdas e sim como um processo natural de mudanças físicas e sensoriais, ou seja, um processo de evolução, crescimento e aprendizagem; diz Khellen Cristina Pires Correia Soares em seu artigo sobre Políticas Públicas de Esporte e Lazer para o Idoso.

    Além de que e segundo Rikli e Jones (2008), melhora bastante a coordenação motora, a força muscular, o equilibrio, agilidade, flexibilidade, composição corporal, o sitema vascular, etc.

    Para Rikli (2008, p.17):

    [...] após os 50 anos atinge uma média de 15 a 20% por década, pode produzir efeitos devastadores na capacidade de desempenho de atividades cotidianas, como subir degraus, caminhar ou levantar da cadeira ou banheira. A força dos membros superiores é importante para carregar compras de supermercados, malas, netos ou animais de estimação, além de outras tarefas usuais.

    As estatísticas indicam que o declínio da força faz com que muitas pessoas comecem a perder a capacidade de desempenhar algumas funções logo no início do processo de envelhecimento Rikli e Jones (2008). Mas isso pode sim ser minimizado com a prática do voleibol adaptado, deixando a sua qualidade de vida e social muito mais prazerosa, melhorando suas funções como andar, subir degraus, levantar-se da cadeira, erguer/ alcançar, inclinar-se/ abaixar-se, jogar/ correr, cuidados pessoais, compras, tarefas domésticas, jardinagem, esportes, viagens, etc.

    A população idosa tem crescido consideravelmente em nosso país, o seu número dobra a cada 20 anos, cerca de 14 milhões de brasileiros tem mais de 60 anos de idade que corresponde a quase 10% da população brasileira. Com isso, seriam necessárias novas demandas sociais por parte dos governos nas áreas da saúde, assistências sociais, infraestrutura urbana, serviços e lazer. Cita Christianne Luce Gomes at al. (p.02) em seu artigo:

    [...] Países em desenvolvimento, como o Brasil, carecem de pesquisas que permitam aprofundar conhecimentos com vistas a qualificar a intervenção junto a essa população. Muitos estudos no campo da Gerontologia têm se dedicado a estas questões, mas, verificamos pouquíssimas considerações sobre o lazer. Esta constatação revela uma lacuna nos estudos e também nas iniciativas voltadas para o estabelecimento de ações efetivas no âmbito do lazer e da animação sociocultural para pessoas idosas.

    Conforme Pires et al (2000, p. 02) devemos sempre estar ciente que “uma velhice tranquila é o somatório de tudo quanto beneficie o organismo, como por exemplo, exercícios físicos, alimentação saudável, espaço para o lazer, bom relacionamento familiar, enfim, é preciso investir numa melhor qualidade de vida”

    Riklie e Jones (2008) também dizem que para ter uma qualidade de vida saudável o idoso deve sempre estar na ativa, fazer musculação ajuda muito a preservar a força e a função muscular, também é importante por causa do seu papel na redução dos riscos de quedas e de lesões relacionadas a elas e dos seus efeitos positivos sobre várias doenças relacionadas com a idade.

    Além dos benefícios físicos causados, como se vê na citação acima, estudos demonstram que a atividade física, aqui em estudo o voleibol adaptado para os idosos, pode prevenir doenças relativas à mente, como depressão, sentimento de solidão e falta de sociabilidade. Diz Giovana Zarpellon Mazo et al. (2009, p.123):

    [...] Os benefícios das atividades físicas estão presentes nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais, pois ao envelhecer os idosos podem enfrentar problemas como: solidão, ausência de objetivos de vida e de atividades ocupacionais, sociais, de lazer, artístico-culturais e físicas.

    Toda atividade física, aqui particularmente o voleibol adaptado, auxilia na reintegração dos idosos na sociedade, melhorando o seu bem-estar geral. Sendo assim, estas atividades podem atuar diretamente na problemática de adaptação do idoso à sociedade e auxiliar na reorganização na vida social. Wagner W. Moreira (apud DAMINELI, 2000, p. 39) cita:

    [...] É possível melhorar a qualidade vida e se tornar mais feliz, apesar de carências comparativas nas condições materiais de sua existência, buscando suas recompensas nos próprios conteúdos organizados de sua consciência. Para isso é preciso estar aberto a um acúmulo de experiências, desafios e aprendizagens que envolvem as relações do indivíduo consigo mesmo, o estabelecimento de compromissos com outras pessoas e com o sistema de objetos e de outros seres vivos que cercam seu espaço de vida cotidiano.

    Ou seja: é de extrema importância ter uma boa qualidade de vida, não se pode fechar a mente e dizer que pessoas de maior idade não podem ou não devem praticar esporte, isso é uma questão de consciência. Temos que estar abertos às novas experiências. Muitas pessoas pensam que quando se tornam idosas não se deve fazer mais nada, que está fora de cogitação o fato de se socializar, de se exercitar. Entretanto, sabe-se que enquanto se vive não existe nada melhor tanto para a mente quanto para o corpo do que o ato de se envolver socialmente e praticar atividades físicas.

    Ferreira e Simões (2011) dizem que, quando apresentam dificuldades para ficar com suas limitações, é muito importante que o idoso centre-se no problema, tente resolver e superar a crise que está vivendo, pois o contato com suas limitações é fundamental para a recuperação do seu equilíbrio emocional.

    Mesmo com todas essas dificuldades que o idoso apresenta, o voleibol adaptado pode ajudar e muito, pois além de lhe proporcionar todos os benefícios a sua saúde física e emocional, eles ocupam a cabeça com a recreação que o voleibol adaptado lhe oferece, com brincadeiras, fazendo novas amizades e interagindo uns com os outros.

    O envelhecimento é um processo progressivo e natural e a atividade física vem sendo apontada como uma possibilidade de minimizar o seu impacto e, especialmente, manter a capacidade funcional do idoso por mais tempo. (Cipriani, 2010)

    Concorde com o autor acima no que se refere citação ao idoso na prática da atividade física, pois o voleibol adaptado ajuda consideravelmente minimizar a tudo isso que fora citado, fazendo com que o idoso tenha uma vida no cotidiano muito melhor, ajudando também a diminuir muitos remédios, pois a prática vai lhe beneficiar e lhe dar uma vida mais tranquila e saudável.

O voleibol adaptado

    O voleibol para a terceira idade foi adaptado para que os idosos jogassem numa força segura e prazerosa, é uma modalidade esportiva adaptada com o objetivo de proporcionar momentos recreativos e dinâmicos, utilizando-se de movimentos simples e adaptados do voleibol convencional que auxiliem na melhora da qualidade de vida de seus praticantes, possibilitando o desenvolvimento no aspecto cognitivo, fisiológico, motor e social dos jogadores.

    Para Oliveira (2009) como se chegar ao voleibol adaptado (iniciação):

    [...] Sugerimos que no trabalho inicial, na aprendizagem, devido à dificuldade de coordenação, agilidade e reflexo dos idosos, seja desenvolvido o trabalho da iniciação ao voleibol, com pequenas adaptações como: diminuir o peso da bola, introduzindo bolas de borracha grandes e depois pequenas; balões, dois ou mais balões ao mesmo tempo; balões, dois ou mais balões ao mesmo tempo; abaixar a rede.

    O voleibol é um esporte coletivo jogado entre duas equipes com 6 jogadores em cada equipe e no máximo 12 (sendo 6 para reserva e 6 para competir).

    Durante todo o 2º set deverão jogar, obrigatoriamente, no mínimo 3 (três) jogadores que não jogaram no 1º set. A substituição, se houver, deverá ser feita com os reservas que não participaram do 1º set e a participação no 3º set será livre.

    Na duração das partidas serão em melhor de 3 (três) sets de 15 (quinze) pontos progressivos, sem vantagem; caso a partida chegue em 16 a 16 (dezesseis a dezesseis) terminará no17º (décimo sétimo) ponto.

    O saque, neste tipo de voleibol, poderá ser empurrado, arremessado ou golpeado com uma das mãos abaixo do nível da cintura utilizando todo o fundo da quadra ou chutado será permitido um chute para iniciar o jogo. O movimento para o saque poderá ser de baixo para cima ou lateralmente, desde que o braço do executor do saque não ultrapasse a linha do ombro. Em caso do chute a bola deverá sair das mãos do atleta e não chute de bola parada e o bloqueio não é tão usado como no tradicional, porque eles não podem saltar e sim apenas ficar com os braços levantados na rede podendo apenas ficar nas pontas dos pés, saltar eles podem apenas de trás da linha dos três metros da quadra. É permitido pipocar a bola nas mãos, desde que não haja fuga da mesma.

    Em relação ao toque: jogador poderá receber ou passar a bola em no máximo 4 segundos, tocando, segurando, encaixando com uma das mãos, ou tocar qualquer parte do seu corpo inclusive os pés. Cada equipe poderá dar no mínimo 2 toques e no máximo 3 toques.
Quando ao mesmo tempo 2 jogadores segurarem a bola, será considerado 1 toque de cada jogador, sendo assim restando somente um único toque para passar a bola para o lado adversário.

    O tamanho da quadra oficial é um retângulo medindo 18m de comprimento x 9m de largura, circundada por uma zona livre com, no mínimo, 3m de largura, é a mesma medida para o voleibol adaptado.

    Usada para separar as equipes durante o jogo, a altura da rede é 2,43 metros para masculinos e 2,24 metros para jogos femininos a mesma medida do voleibol oficial.

    O rodízio: cada interrupção ou perda de saque deverá ser feito o rodízio dos atletas sempre em sentido horário, é igual para o voleibol oficial e adaptado.

    De acordo com o JORI (Jogos Regionais do Idoso) há também regras fundamentais para a execução do voleibol adaptado:

    Voleibol Adaptado Artigo 135 – Será considerado toque quando o jogador receber ou passar a bola, tocar, segurar, encaixar com uma, ou as duas mãos, ou a bola tocar qualquer parte de seu corpo;

  1. A um jogador que esteja em qualquer das posições de ataque (2, 3 ou 4) será permitido um deslocamento lateral ou frontal de 2 (dois) passos completos para realizar um ataque. Será permitido, também, que um atleta ocupante das posições citadas possa efetuar um ataque saltando quando estiver na zona de defesa, desde que totalmente atrás da linha dos 3 metros e mesmo sem contato com ela.

  2. A bola poderá ser passada para o outro lado da quadra, sendo tocada, arremessada, empurrada ou jogada com uma ou ambas as mãos, observadas as condições estabelecidas neste regulamento.

  3. Quando 2 (dois) jogadores segurarem juntos a bola, será considerado um toque de cada um;

    Voleibol Adaptado Artigo 125 - O voleibol adaptado será regido pelas regras oficiais, salvo as exceções previstas neste regulamento.

    Parágrafo Único - A quadra terá as mesmas especificações do Voleibol Oficial.

    Voleibol Adaptado Artigo 126 - Na quadra os jogadores são dispostos de maneira igual ao do jogo oficial.

  1. Todos os atletas de uma mesma equipe devem usar uniformes (camisas, calções e meias) idênticos;

  2. As camisas devem ser numeradas (silcadas ou bordadas) na frente e nas costas, com a numeração de 1a 20 (o correto é 1, 2, 3, etc. e não 01, 02, 03, etc.). O atleta com numeração inadequada ficará fora da quadra de jogo;

  3. Os shorts ou bermudas devem ser idênticos, porém, não há necessidade de serem numerados;

  4. No caso dos shorts ou bermudas possuírem numeração, a mesma deverá ser a mesma do número das camisas;

  5. As meias devem ser da mesma cor e estarem visíveis, não sendo permitidas meias do tipo sapatilhas ou soquete;

  6. Não será aceito nenhum tipo de adaptação no solado dos calçados, bem como quaisquer tipos de luvas ou acessórios nas mãos;

  7. A utilização de quaisquer objetos que ofereçam riscos como: brincos, pulseiras, óculos, etc., serão de inteira responsabilidade de cada atleta;

  8. Os Técnicos e Assistentes Técnicos deverão obrigatoriamente se apresentar devidamente uniformizados.

    Oliveira (2009) sugere-se que no trabalho inicial, na aprendizagem, devido à dificuldade de coordenação, agilidade e reflexo dos idosos, seja desenvolvido o trabalho da iniciação ao voleibol com pequenas adaptações.

    Pires et al (2000) acredita que se deve sempre estar ciente de que, “uma velhice tranqüila é o somatório de tudo quanto beneficie o organismo, como por exemplo, exercícios físicos, alimentação saudável, espaço para o lazer, bom relacionamento familiar, enfim, é preciso investir numa melhor qualidade de vida.

    Oliveira (2009) dispõe que mesmo com tais modificações a modalidade não deixa de oferecer benefícios como: promove a socialização dos praticantes – alterações psicossociais, aumenta o nível da concentração – ação cognitiva, melhora na coordenação motora – capacidades físicas, volume respiratório, resistência cardiopulmonar, frequência cardíaca máxima – melhora fisiológica.

    Riklie e Jones (2008) dizem que a força e a função muscular também é importante por causa do seu papel na redução dos riscos de quedas e de lesões relacionadas a elas, também dos seus efeitos positivos sobre várias doenças relacionadas com a idade e concluem que o declínio da força muscular, após os 50 anos, atinge uma média de 15 a 20% por década, podendo produzir efeitos devastadores na capacidade de desempenho de atividades cotidianas, como subir degraus, caminhar ou levantar da cadeira ou da banheira.

Metodologia

    Uma pesquisa de campos de cunho quantitativa, realizada de questionário com quatro perguntas fechadas a quarenta idosos de ambos os sexos, com idade entre 60 a 70 anos. Para a análise dos resultados foi utilizada uma descrição por porcentagem através de gráficos. Todos os idosos envolvidos fazem parte dum projeto esporte-educativo da Prefeitura Municipal de Igaraçu do Tietê. Além da leitura de livros e artigos na internet para maior aprimoramento das informações aqui mencionadas.

Resultados

    Pode se perceber com o trabalho feito que, foram analisados 40 questionários, preenchidos corretamente pelos idosos ambos o sexo, sendo 40 indivíduos concordes que a vida melhorou após a pratica do voleibol adaptado e 0% discorda (gráfico 1). Na segunda pergunta gerada 40 indivíduos concordam em que se sentem feliz quando estão praticando a aula de voleibol adaptado e 0 discorda (gráfico 2). Em seguida, na terceira pergunta gerada 40 indivíduos concordam em dizer que fazem amizades nas aulas do voleibol adaptado e 0 discordam (gráfico 3), e na quarta pergunta (gráfico 4) gerada 36 indivíduos concordam dizendo que às vezes se encontram com seus colegas da aula de voleibol adaptado.

    Demonstrados em duas colunas, a primeira com um “sim”; a segunda com um “não”.

Gráfico 1. Análise descritiva relacionada à melhoria de vida na prática do voleibol adaptado.

    Observando o gráfico 1, referente a pergunta: minha vida melhorou após a prática do voleibol adaptado? Verifica-se que a maioria concordou que sim, que o esporte melhorou de modo significativo suas vidas. E 0% (zero por cento), ou seja, nenhum disse que não.

Gráfico 2. Análise descritiva relacionada à melhoria psíquica na prática do voleibol adaptado

    No gráfico 2, referente a pergunta: se sente feliz quando está na aula de voleibol adaptado, ele tem causado melhorias em sua forma de pensar e em suas relações extrassociais? Todos disseram que sim. Que se sentem mais motivados a conversar com outras pessoas e se sentem menos depreciados.

Gráfico 3. Análise descritiva relacionada à melhoria da socialização do praticante do voleibol adaptado

    No gráfico 3, referente a pergunta: fiz amizades nas aulas do voleibol adaptado? Verifica-se que todos fizeram amizades praticando voleibol adaptado no dia-a-dia.

Gráfico 4. Análise descritiva aplicada para a comprovação da perseverança do processo de socialização causado pela prática do voleibol adaptado

    Gráfico 4, referente a pergunta: você tem se encontrado com seus amigos de aula em outros locais, fora do treino de Voleibol Adaptado? Demonstra que 36 indivíduos dizem que se encontram fora dos treinos do voleibol adaptado e 4 discordam, dizem que não se encontram.

    O lazer é um direito do ser humano o qual não deve somente trabalhar e se desgastar com coisas do cotidiano, mas precisa descansar o corpo e, consequemente a mente. A democratização do acesso à cultura, à educação (formal ou não), ao lazer... Permite a criação de vínculos entre pessoas e com o local em que se vive, como cita Christianne L. Gomes et al. em seu artigo sobre lazer, velhice e cidadania.

    O crescimento demográfico de idosos tem aumentado muito nos últimos tempo, entretanto esse não é o maior problema, a grande problemática é que a maioria desses idosos não pratica atividades físicas, tendo também um auto índice de senhores e senhoras com problemas relacionados às articulações, musculaturas e até mentais. O voleibol adaptado tendo sido um grande colaborar para a boa saúde dessas pessoas, pois com a movimentação do corpo pode-se prevenir doenças relacionadas às articulações e musculos, tais como: osteoporose, artrodese, artrites entre outras. Não se pode afirmar que o voleibol adaptado ou quaisquer tipos de atividades físicas irão curar complementamente os praticantes de tais atividades, porém é importante ressaltar que elas podem sim amenizar os sintomas relacionados a esses problemas.

Considerações finais

    Conclui-se então que o esporte e o envolvimento dos idosos no voleibol adaptado melhoraram muito em sua qualidade de vida social, suas aptidões físicas, a capacidade da coordenação motora, agilidade, velocidade e flexibilidade, atividades da vida diária, permitindo-os a novas amizades. Um idoso que não pratica esporte se sente excluído dentro da sociedade, se torna depressivo, daí a importância do esporte tanto para a sua qualidade de vida física como psicológica. É um mito dizer que pessoas de maior idade não podem fazer ou praticar exercícios físicos, não só podem como devem, desde que sejam aplicados por um profissional da área e até mesmo com um acompanhamento médico.

    Não há idade específica para se praticar atividades esportivas, o que importa mesmo é se sentir bem, é ter uma vida saudável e isso o esporte possibilita a todos, mesmo porque o corpo humano não foi produzido para estar inerte ou estático; e sim dinâmico.

Referências

  • BOJIKIAN, J.C.M. Ensinando Voleibol. São Paulo: Phorte Editora, 1999.

  • CIPRIANI, N.C.S.; MEURER, S.T.; BENEDETTI, T.R.B. and LOPES, M.A. Aptidão funcional de idosas praticantes de atividade físicas. Ver. Brás. Cineantropom. Desempenho hum. [online]. 2010, vol.12, n.2, pp. 106-111. ISSN 1980-0037.

  • FERREIRA L.; SIMÕES R. Idoso asilado: Qual a sua imagem? 1º Ed. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2011.

  • FURTADO, J. Pessoa idosa: direito ao esporte e lazer. Ministério do Esporte, Secretaria Desenvolvimento de Esporte e Lazer. Campo Mourão, PR.

  • MAZO Z., G. et al. Atividade física e idoso: Concepção Gerontológica. 3ª. Ed. Revisada e Ampliada. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009.

  • MOREIRA.W. Qualidade de Vida: Complexidade e Educação. 1ª.Ed. São Paulo, Campinas: Editora Papirus, 2001.

  • OLIVEIRA, I. L. Voleibol adaptado para Melhor Idade. Conexão Itajubá: Itajubá, 2009.

  • PIRES CORREIA SOARES, K.C. Políticas Públicas de Esporte e Lazer para o Idoso: DIREITO SOCIAL. Secretaria do Desenvolvimento de Esporte e Lazer. Campo Mourão, PR.

  • PIRES, T. S.; NOGUEIRA, J. L.; RODRIGUES, A.; AMORIM, M.G.; OLIVEIRA, A. F. A Recreação na Terceira Idade. 2000. Cooperativa do Fitness.

  • RIKLI, R. E.; JONES, C. J. Teste de Aptidão Física para Idosos. 1º ed. Baueri, SP: Manole, 2008.

  • SÃO PAULO (Estado). Jogos Regionais do Idoso (JORI). Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo.

  • SÃO PAULO (Estado). Portaria G. CEL 06/2012. Jogos Regionais do Idoso – JORI. Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude. Disponível em: http://www.selt.sp.gov.br/regulamentos_2012/regulamento_jori_2012.pdf. Acesso em: 18/04/2013.

  • SILVA, J.A. O Programa Círculos Populares de Esporte e Lazer e a Educação para o tempo livre. Brasília-DF: Mimeo, 2002.

  • SUVOROV, Y.P.; GRISHIN, O. N. Voleibol Iniciação. Vol. I, 3º ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 188 | Buenos Aires, Enero de 2014
© 1997-2014 Derechos reservados