Karatê-do e desenvolvimento: um estudo descritivo  dos benefícios da prática esportiva em crianças Karate-do desarrollo: un estudio descriptivo de los beneficios de la práctica deportiva en niños
	*Especialista em Motricidade Infantil Universidade Federal do Rio Grande do Sul **Mestre em Ciências do Movimento Humano Universidade Federal do Rio Grande do Sul ***Doutora em Ciências do Movimento Humano Universidade Federal do Rio Grande do Sul	Adelaide Cegatto Aires* Rafael Gambino Teixeira** Adriana Berleze*** rafa.gambino@yahoo.com.br (Brasil)
	Resumo           O objetivo deste estudo descritivo foi analisar os efeitos da prática do Karatê-do em crianças praticantes da modalidade. Foram avaliadas cinco crianças praticantes de Karatê-do de uma academia do município de Porto Alegre. As análises ocorreram através de um questionário estruturado de forma a verificar questões referentes ao tempo de prática, aos interesses e motivações para a prática, as mudanças no comportamento motor e, a hábitos de vida. Os dados foram analisados descritivamente com base nas respostas das crianças. Os resultados indicam que em sua maioria, as crianças demonstraram, através de suas respostas, sentirem-se mais competentes em esportes e na prática do karatê-do, além de identificarem melhoras em suas habilidades e técnicas motoras para a execução das tarefas da aula, bem como, nas tarefas cotidianas.           Palavras Chaves: Karatê-do; Motricidade; Desempenho Motor.   Resumen           El objetivo de este estudio fue analizar los efectos de la práctica del karate-do en los niños. Se evaluaron cinco niños que practican karate-do de un gimnasio en la ciudad de Porto Alegre. El estudio se realizó a través de un cuestionario estructurado con el fin de verificar las cuestiones relacionadas con la práctica de tiempo, los intereses y las motivaciones para la práctica, los cambios en el comportamiento motor y los hábitos de vida. Los datos fueron analizados descriptivamente basados en las respuestas de los niños. Los resultados indican que en la mayoría de los casos, los niños demostraron, a través de sus respuestas, que se sienten más competentes en el deporte y la práctica de Karate-do, e identifican mejoras en sus técnicas y habilidades motoras para llevar a cabo las tareas escolares, así como en las tareas cotidianas.           Palabras clave: Karate-do. Motricidad. Rendimiento motor.
	EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 188, Enero de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O estudo do desporto infantil é de extrema importância no conhecimento das características de seus protagonistas. Piaget apud Gallahue e Ozmun (2001) propõe uma teoria que nos apresenta indicadores de progresso do desenvolvimento cognitivo do indivíduo até o momento atual. A criança, ao se deparar com novas informações precisa adaptar-se também ao novo ambiente, para que atinja nível proficiente no seu desenvolvimento geral. Para incorporar essas novas informações, o individuo se ajusta para corresponder às exigências das mesmas, apresentando uma mudança visível no comportamento (GALLAHUE & OZMUN, 2001).

    O Karatê-do, como prática esportiva, é uma atividade que mobiliza todos os membros do corpo, requer também domínio sobre os movimentos corporais como flexões, saltos, rotações e transferências de peso além é claro, de habilidades de motricidade ampla e fina (NAKAYAMA, 1977). Desde o início na modalidade, os alunos são estimulados a desenvolver sua lateralidade e o posicionamento do seu corpo no espaço. Para as crianças os diferentes tipos de estímulos e experiências proporcionadas são de extrema importância para seu desenvolvimento motor (GALLAHUE; OZMUN, 2001).

    Iniciar uma criança na prática do Karatê-do, é ideal para o desenvolvimento integral. Crianças a partir dos 4 anos de idade já estão aptas a iniciar na modalidade, aprimorando seu repertório motor e colaborando para uma infância com mais mobilidade e excelentes níveis de desenvolvimento, aumentando sua auto-estima, respeito ao próximo, coordenação e aptidão física geral (ALMEIDA SILVA, 2009). No Karatê-do existe uma pedagogia altamente especializada para o treinamento da luta. Esta pedagogia também se estende às modalidades de competição. A pedagogia do Kumite está dividida em cinco categorias, cada uma delas exige a compreensão de variáveis físicas, técnicas e psíquicas dos praticantes.

    Alguns estudos vêm mostrando a influência positiva da prática do Karatê-do em vários aspectos na vida das crianças praticantes (ALMEIDA; SILVA, 2010; NUNES; FRANZOI, 2010; ARANHA, 2006; FIGUEIREDO, 2003). É fácil de compreender como os valores enfatizados na prática desta disciplina podem ser usados em cada momento da vida de forma a enfrentar os estudos, relações interpessoais e todos os tipos de obstáculos com a serenidade originada na confiança nas suas próprias capacidades e no respeito por si próprio e pelos outros, indicação segura de uma profunda maturidade interior (FIGUEIREDO, 2003).

Metodologia

Caracterização da pesquisa e participantes

    Esta pesquisa caracterizou-se como sendo uma investigação descritiva, que utilizou o estudo de caso como estratégia para alcançar seus objetivos, ou seja, os participantes foram “claramente definidos no desenrolar do estudo” e escolhidos a partir de suas características únicas e particulares (THOMAS & NELSON 2002). Para a investigação desta pesquisa, foram analisadas cinco crianças, com idades compreendidas entre 07 e 10 anos, praticantes de Karatê-do de uma academia do Município de Porto Alegre – RS, filiada à Federação Sul Rio-Grandense de Karatê-do Tradicional.

Instrumentos de medidas

    Utilizou-se, para coleta dos dados, um questionário, constituído de cinco questões relacionadas ao tempo de prática, aos interesses e motivações para a prática, as mudanças no comportamento motor e, a hábitos de vida Motivação de Atletas. Este instrumento pretende verificar os ganhos motores e mudanças no comportamento motor dos alunos praticantes de Karatê-do.

    As questões analisadas foram: (1) Há quanto tempo você treina Karatê-do? (2) Por que você pratica Karatê-do? (3) Qual parte da aula você mais gosta? (4) Praticar Karatê-do te ajuda a praticar melhor outros esportes e jogos? Como? (5) Depois que começou a praticar Karatê-do, mudou algo na tua vida? Com base nas respostas, os dados foram analisados e descritos os resultados.

Procedimentos de coleta dos dados

    A execução de coleta de dados foi realizada primeiramente após a autorização prévia da academia de Karatê-do, bem como, a entrega do termo de consentimento dos pais ou responsáveis pelas crianças. Os procedimentos para a aplicação do questionário ocorreu com cada criança individualmente. Durante a aplicação do questionário, a avaliadora permaneceu sempre acompanhando a criança e não exigiu tempo ou quaisquer condições para o preenchimento do questionário.

Procedimentos de análise dos dados

    Os dados foram analisados de forma descritiva a fim de se verificar os benefícios da prática ao desenvolvimento dos participantes.

Resultados e discussão

    Objetivou-se neste estudo analisar os efeitos da prática do Karatê-do na motricidade de crianças praticantes da modalidade. Foi realizada uma análise descritiva dos dados de acordo com as respostas das cinco crianças para o preenchimento do questionário. Foram avaliadas cinco crianças, com idades entre 07 e 10 anos praticantes de Karatê-do.

Descrição dos resultados

Análise descritiva

Tabela 1. Questão 1: Há quanto tempo você pratica Karatê-do?

    Observando as respostas das crianças com relação as respostas da questão 1, Há quanto tempo você pratica Karatê-do? (Tabela 1), foi possível observar que 40% das crianças entrevistadas praticam Karatê-do há mais de 1 ano, 20% praticam há 1 ano, 20% praticam a 2 ou 3 anos e 20% praticam há menos de 6 meses. Estes resultados indicam que as crianças participantes do estudo possuem experiência considerável na prática do Karatê-do.

    O ambiente de treino do Karatê-do acaba influenciando positivamente seus atletas e praticantes. As crianças e jovens inseridas num contexto de luta, acabam encontrando em si, reflexões, percepções, preocupações e uma autoconfiança e autonomia que acaba fazendo com que se engajem mais e por mais tempo nestas atividades (HAHN, 1988). No Karatê-do, por exemplo, sua filosofia de vida orienta seus praticantes na busca por seu autoconhecimento, o que acarreta positivamente em sua participação prolongada na modalidade (SILVEIRA, 2005)

Tabela 2. Questão 2: Porque você pratica karatê-do?

    Com relação à análise dos dados referentes à questão 2, Porque você pratica karatê-do? (Tabela 2) os resultados apresentados foram que 60% dos entrevistados responderam treinar Karatê para melhorar suas habilidades enquanto apenas 20% respondeu que praticava devido à disciplina que a arte marcial ensina e 20% para se tornar um atleta.

    As artes marciais proporcionam mudanças abrangentes no universo psicomotor, as atividades psíquicas trabalhadas nas artes marciais podem ser apologia à violência ou podem ser experiências enriquecedoras ao praticante, como a melhora da auto-estima, a confiança e o autoconhecimento, entre outras (HAHN, 1988). Por outro lado, o repertório motor inserido nas artes marciais, também, pode variar por tipo de arte marcial. Artes marciais com Judo e Jiu-jítsu trabalham mais força do praticante, enquanto o karatê trabalha as valências força, velocidade, flexibilidade, coordenação e equilíbrio. Associar o trabalho de motricidade do praticante é um dos aspectos de maior relevância nas artes marciais (VIOLAN; SMALL; ZETARUK; MICHELI, 1997).

Tabela 3. Questão 3: Há Qual a parte da aula que mais gostas?

    Na atualidade e ainda mais no mundo ocidental não existe um consenso sobre qual arte marcial escolher, ou quais seriam os benefícios desta escolha para o futuro praticante, ou, qual o principal motivo desta escolha. Um aspecto que concerne à modalidade de treinamento que o individuo escolhe é a preferência ao tipo de atividade realizada durante o treino do praticante.

    Assim, com base nas respostas da questão 3, Qual a parte da aula você mais gosta? (Tabela 3), 40% dos praticantes responderam que os treinamentos de luta são os mais prazerosos. Já, 20% responderam que os treinos de Kata são os preferidos e outros 20% responderam que o treinamento de Kihon (técnicas básicas) é o mais prazeroso, demonstrando assim que os praticantes não preferem aprender as técnicas básicas.

    Do ponto de vista motor, os treinamentos de Kumite são os mais exigentes com os praticantes, pois eles se encontram em um ambiente sem nenhum controle das variáveis, o que exige que diferentes programas motores sejam recrutados a todo o momento em resposta aos diferentes estímulos provindos do colega. Platonov (2001) apresenta que durante o aprendizado das lutas é desenvolvida uma predisposição especial do feedback da execução e do resultado do movimento, pois em função disso o movimento seguinte deverá ser planejado. Essas características advindas da prática da lutas nos mostram que a nível psicológico deve ser feito um esforço considerável de concentração para poder ter maior eficiência na ação motriz seguinte.

Tabela 4. Questão 4: Praticar Karatê-do te ajuda a praticar melhor outros esportes e jogos? Como?

    A resposta referente à questão 4 Praticar Karatê te ajuda a praticar melhor outros esportes e jogos? Como? (Tabela 4) apresentou como respostas em termos gerais 60% dos praticantes que ficaram mais habilidosos na prática de outros jogos ou atividades. 20% responderam que conseguem brincar por mais tempo desde que começaram a prática do Karatê e 20% acham que ficaram mais rápidos com as aulas.

    A resposta com maior escore vai ao encontro do realizado por Sá e Pereira (2003) com crianças do sexo masculino, com idades de 8 a 12 anos, inscritas em um programa de judô em três escolas da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foi observado que na performance de coordenação motora bilateral, ocorreu diferença estatisticamente significativa no grupo experimental, confirmando que, um programa de treinamento físico especifico mostrou-se eficaz para melhorar a performance de coordenação, quando comparado com o grupo controle.

    Neste contexto, cabe-se salientar que As crianças participantes de atividades esportivas demonstraram melhoras positivas e significativas nas suas habilidades motoras e capacidades físicas em geral. Quando a prática utilizar estratégias motivacionais, como ambientes de ensino que enfatizam o interesse do aluno, acabam promovendo aprendizagem significativa nos desempenhos das crianças (VALENTINI; TOIGO, 2006).

Tabela 5. Questão 5: Depois que começou a praticar Karatê-do, mudou algo na tua vida?

    A questão 5, Depois que começastes a treinar, mudou algo na tua vida? (Tabela 5) objetivou compreender se está acontecendo mudanças na forma de pensar dos praticantes devido à influência da prática do Karatê-do. Os resultados mostram que a coordenação motora apresentou 40% das respostas, mostrando que sentir-se competente no que faz é um fator muito relevante na vida dos praticantes. O condicionamento físico, a concentração e a velocidade, apresentaram 20% das respostas cada.

    Os estudos sobre artes marciais chamam a atenção pelo aumento da qualidade das diversas propriedades motoras tais como flexibilidade, coordenação, força, velocidade e equilíbrio (SILVEIRA, 2005). O Karatê-do proporciona a todos os praticantes, principalmente para as crianças, aumento dos níveis de concentração, melhora da coordenação motora, correção dos maus hábitos posturais, ensina a respiração correta, aumenta a flexibilidade corporal melhora o tônus muscular (FIGUEIREDO, 1994). De maneira geral, as crianças que praticam a técnica marcial tendem a ter um bom rendimento escolar e, aprendem a trabalhar em grupo. O Karatê-do da mesma forma que outras artes marciais, fortalece toda a estrutura muscular do jovem, proporcionando também, a aquisição de bons hábitos, como por exemplo a disciplina e o respeito (ARANHA, 2006).

    Ainda para o mesmo autor, para motivar as crianças a praticarem o Karatê-do, devemos incluir nos treinamentos atividades lúdicas e recreativas, pois através da ludicidade a atividade torna-se mais prazerosa para os pequenos aprendizes, conquistando assim maiores índices de permanência na prática da modalidade. Além disso, devemos ter o cuidado de não exceder a capacidade física individual, cuidando para que os exercícios sejam leves e bem dosados.

Conclusão

    Os resultados encontrados serviram para responder ao objetivo estabelecido no início deste estudo que foi analisar os efeitos da prática do Karatê-do, em crianças. Os resultados indicam que em sua maioria, as crianças demonstraram, através de suas respostas, sentirem-se mais competentes em esportes e na prática do karatê-do, além de identificarem melhoras em suas habilidades e técnicas motoras para a execução das tarefas da aula, bem como, nas tarefas cotidianas, demonstrando assim, os efeitos benéficos da prática da modalidade.

    Independente de qual seja o esporte, quando bem estruturada, a atividade física acaba se tornando positiva e proveitosa. É importante também que os professores instruam seus alunos de diferentes formas para que as crianças entendam e consigam realizar as tarefas, variar as atividades em diferentes graus de dificuldades e que sejam prazerosas à elas, incentivá-las e elogiá-las sempre para que não percam o estímulo e vontade de participar das aulas. Quando oportunidades são propiciadas para conhecer, experienciar e aprender novas habilidades, como resultado de uma instrução apropriada, sistemática e significativa para cada criança, as possibilidades de ganhos são atingidos (VALENTINI; TOIGO, 2006).

    Então, o karatê-do, de forma geral, desenvolve em seus praticantes, ganhos que vão além da melhora de seus fundamentos. O karatê-do como observado neste estudo desenvolve nas crianças noções de melhor competência física, motora e de que sua qualidade de vida está significativamente mais saudável. Estes benefícios são o que fazem com que milhões de pessoas em todo o mundo, de todas as idades e de ambos os sexos o pratiquem, fazendo deste desporto uma das artes marciais mais procuradas.

    O karatê-do por ser uma arte marcial é constituído por muitas regras, disciplina e constante motivação do professor, isso forma um contexto onde o aluno envolve-se com a atividade proposta, logo seu ganho físico e motor será muito positivo. Este ambiente proporcionou resultados positivos na avaliação desta pesquisa e demonstra a importância da prática de atividades complementares no desenvolvimento motor.

Referências

• ALMEIDA, M.O.; SILVA, R.F. Atividade motora adaptada e desenvolvimento motor: possibilidades através das artes marciais para deficientes visuais. In: Movimento & Percepção, Espírito Santo do Pinhal, SP, v. 10, n. 14, Jan./jun. 2009.

• ARANHA, F.P. Karatê e o desenvolvimento de crianças de 07 a 12 anos. Campinas: PUC, 2006. Monografia (Licenciatura Plena em Educação Física), Pontifícia universidade Católica de Campinas, 2006.

• FIGUEIREDO, A. O Karatê Infantil e o Desenvolvimento Lúdico. Trabalho desenvolvido no módulo específico fundamental: didática do karatê. Porto, 1994.

• GALLAHUE, D.L.; OZMUN, J.C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 1° São Paulo: Phorte, 2001.

• HAHN, E. Entrenamiento com niños: teoria, prática, problemas específicos. Martinez Roca: Barcelona, 1988.

• NAKAYAMA, M. O melhor do Karatê volume 1. São Paulo: Cultrix, 1977.

• NUNES, R.; FRANZOI, E. Importância do Karatê-do nas aulas de educação física para o desenvolvimento de alunos nas aulas de educação física para o desenvolvimento de alunos das séries iniciais do ensino fundamental. In: R. Divulg. Cient., Mafra, v. 17, n. 1, 2010.

• PLATONOV, V.N. Teoría general del entrenamiento deportivo olímpico. Barcelona: Paidotribo, 2001.

• REZENDE, A.C.C, CANTANHEDE, A.L.I, NASCIMENTO, E. Artes marciais para crianças: do método tradicional à prática transformadora. In: EFDeportes.com, Revista Digital: Buenos Aires, Año 15, Nº 143, Abril de 2011. http://www.efdeportes.com/efd143/artes-marciais-para-criancas.htm

• SÁ,V; PEREIRA, J. Influência de um programa de treinamento físico específico no equilíbrio e coordenação motora em crianças iniciantes no judô. In: Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília v. 11 n. 1 p. 45-52 janeiro 2003.

• SILVEIRA, M.L. Estudo sobre a aderência a prática do karatê-do na faixa etária de 12 a 15 anos. Monografia do Curso de Educação Física – FEEVALE, Novo Hamburgo, RS, 2005.

• THOMAS, J; NELSON, J. Métodos de pesquisa em atividade física. Porto alegre: Artmed, 2002.

• VALENTINI, N.C.; TOIGO, A.M. Ensinando Educação Física nas séries iniciais: Desafios e Estratégias. Canoas. Ed. Salles, 2ª edição, 2006.

• VIOLAN, M.; SMALL, E.; ZETARUK, M.N.; MICHELI, L.J. The effect of karate training on flexibility, muscle strength and balance in 8 to 13 year old boys. In: Pediatric Exercise Science, v.9, p.55-64, 1997.

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