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Causas e conseqüências da gravidez na adolescência:
uma revisão da literatura

Causas y consecuencias del embarazo en la adolescencia: una revisión de la literatura

 

*Estudante do Curso de Especialização em Saúde da Família

da Universidade Estadual de Montes Claros, MG.

**Enfermeira Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros

Docente do Curso de Medicina das Faculdades Pitágoras do Montes Claros, MG

Leonardo Vicente Leal Almeida*

Fernanda Marques da Costa**

fernandafjjf@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O estudo objetiva descrever as causas e conseqüências da gravidez na adolescência, por meio de revisão de literatura. Trata-se de uma revisão da literatura nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS); Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Banco de Dados de Enfermagem (BDENF), no período de 2010 a 2012, com os descritores: Gravidez na adolescência, gravidez precoce, causas e conseqüências. Foram selecionados 113 artigos, identificando 13 com as características definidoras. Foi possível inferir que, devido à situação de vulnerabilidade, característica da adolescência, a gravidez indesejada nessa fase da vida apresenta-se como um grave problema de saúde pública. Podendo gerar conseqüências determinantes de alterações significativas na vida dos adolescentes e da sociedade, demandando, por isso, capacitação direcionada para os profissionais de saúde da atenção primária e ações de políticas públicas específicas para o enfrentamento do problema. Os resultados deste estudo poderão subsidiar, como fonte de informações, a elaboração de estratégias para a prevenção e enfrentamento dos problemas relacionados à gravidez indesejada na adolescência.

          Unitermos: Gravidez. Adolescência. Gravidez precoce.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 188, Enero de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A adolescência é a fase da vida entre a infância e a fase adulta em que ocorrem transformações biológicas, sociais e mentais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera esta fase como a segunda década da vida, compreendida entre 10 a 19 anos (CORREIA et al., 2011). As características conflituosas naturais dessa fase da vida envolvem transformações físicas, psicológicas e sociais que podem fragilizar os adolescentes de diferentes maneiras e intensidade, tornando-os vulneráveis a uma série de riscos à saúde. Aliadas à vulnerabilidade originada da impulsividade, pensamento mágico, imaturidade emocional e influência dos grupos, identificam-se questões sociais e econômicas como pontos fundamentais de desigualdade na questão da gravidez na adolescência, que é um problema nacional (GUANABENS et al., 2012).

    Nessa fase da vida, o desenvolvimento da sexualidade é de fundamental importância para o crescimento da identidade adulta do indivíduo, determinando sua autoestima, relações afetivas e inserção na estrutura social. Ocorre que, por vezes, este adolescente é incapaz de racionalizar as conseqüências futuras decorrentes de seu comportamento sexual, deparando-se freqüentemente com situações de risco, como uma gravidez não planejada (MACIEL et al., 2012).

    A gestação na adolescência ganha visibilidade como problema de saúde, a partir da década de 70, com o aumento proporcional da fecundidade em mulheres com 19 anos de idade ou menos. No período de 1965 a 2006, a fecundidade geral declinou aproximadamente de seis filhos para 1,8 filhos por mulher, verificando-se diferenças regionais e entre as mulheres de diferentes graus de escolaridade, e aquelas com menos tempo de estudo apresentaram taxas mais elevadas. Ao contrário da fecundidade geral, a fecundidade adolescente aumentou sua participação relativa, no mesmo período, passando de 7,1%, em 1970, para 23%, em 2006 (FERREIRA et al., 2012). Nesse sentido, o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) registrou um aumento no número de nascidos vivos de mulheres entre 10 e 19 anos de 19,8% em 1994 para 21,1 em 2007, representando acréscimo acumulado de 6,8% (NEVES FILHO et al., 2011).

    Nesse contexto, a gravidez na adolescência, no Brasil, é considerada uma situação de crise individual, um risco social, devido a sua magnitude, amplitude e dos problemas dela derivados, destacando-se: o abandono escolar e do trabalho, gerando uma queda no orçamento familiar, pauperização e maior dependência econômica dos pais, já que muitos continuam morando com os seus genitores ou responsáveis. Além disso, ressalta-se que o risco durante a gravidez também é originado da não realização de um pré-natal de qualidade, por ausência de serviços qualificados ou ocultação da gravidez pela adolescente. Também os conflitos familiares, que vão desde a não aceitação pela família, o incentivo ao aborto pelos familiares e pelo parceiro e ainda o abandono do parceiro; a discriminação social e o afastamento dos grupos de sua convivência interferem na estabilidade emocional da menina mulher adolescente gerando prejuízos irreparáveis para sua formação social e psicológica (BUENDGENS; ZAMPIERI, 2012).

    Pelo exposto, constata-se que, ao se analisar os fatores relacionados às causas e conseqüências da gravidez na adolescência, é necessário considerar que se trata de um fenômeno complexo e multicausal, associado a fatores históricos, econômicos, sociais e psicológicos. Partindo desses pressupostos, que indicam a necessidade de se realizar investigações para subsidiar ações que envolvam a prevenção e enfrentamento da gravidez na adolescência na atenção primária, justificando-se a elaboração do presente estudo, que contém a seguinte questão norteadora: Quais as causas e conseqüências da gravidez na adolescência?

    Esta investigação objetiva descrever o conhecimento produzido acerca das causas e conseqüências da gravidez na adolescência, por meio de revisão de literatura.

Metodologia

    Trata-se de uma Revisão de Literatura, com o objetivo de identificar evidências acerca das causas e conseqüências da gravidez na adolescência, visando a uma avaliação crítica e síntese do tema, a fim de identificar o conhecimento já produzido bem como as lacunas que demandam a realização de novos estudos.

    O levantamento bibliográfico foi realizado na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), no período de junho a julho de 2013. Os artigos foram selecionados nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Banco de Dados em Enfermagem (BDENF); Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), utilizando os seguintes descritores: gravidez na adolescência, gravidez precoce, causas e conseqüências. Os critérios de inclusão dos artigos foram: estudos publicados na íntegra, no idioma português, no período 2010 a 2012 e que respondessem à questão norteadora da pesquisa. Excluíram-se os artigos encontrados em mais de uma fonte de informação ou duplicados e aqueles não relacionados ao tema.

    Na busca inicial, foram encontradas 113 publicações nas bases de dados SCIELO, LILACS, BDENF e MEDLINE. Dessas publicações, 100 foram excluídas e 13 foram selecionadas por atenderam aos critérios de inclusão propostos, constituindo-se na amostra deste estudo (TABELA 1).

Tabela 1. Distribuição dos artigos encontrados e selecionados

Resultados

    Foram identificados 13 artigos sobre a temática, de acordo com os critérios de inclusão e estão assim distribuídos: sete na base SCIELO, três na LILACS e três na BDNEF.

    O periódico com maior número de publicações foi a Revista da Escola Anna Nery, com três publicações. A região brasileira com mais publicação foi a Sudeste, com seis publicações.

    Quanto ao objetivo das publicações, os autores buscaram, em sua maioria, descrever os riscos e problemas relacionados à gravidez na adolescência; as causas e conseqüências do problema; as alterações físicas, psíquicas e sociais observadas nos adolescentes, em suas famílias e grupos sociais em decorrência da gravidez precoce e diretrizes para elaboração de estratégias de enfrentamento do problema na atenção primária.

    Verificou-se que o município de São Paulo foi o cenário de maioria das publicações (4), seguido do Ceará (3), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (1), Florianópolis (1), Minas Gerais (1), Pernambuco (1) e Alagoas (1). Em relação aos tipos de estudos, todas as publicações referem-se a artigos originais. Quanto à abordagem, encontrou-se: estudo transversal (3); pesquisa de abordagem quantitativa (1), pesquisa de abordagem qualitativa (6), estudo ecológico (2) e revisão seletiva e não sistemática de literatura (1).

Discussão

    No Brasil, a ocorrência da gravidez na adolescência vem apresentando índices preocupantes, tornando-se um desafio para os profissionais da saúde. A iniciação sexual na adolescência vem ocorrendo em idades cada vez mais precoces e a atividade sexual regular faz parte do cotidiano de uma parcela significativa da população adolescente. Essas mudanças no comportamento sexual são resultado de transformações nos valores iniciadas nos anos 60 e tiveram como marco o surgimento da pílula anticoncepcional, que permitiu que o sexo passasse a ser focalizado também sob a ótica do prazer (DIAS; TEIXEIRA, 2010).

    Entretanto, a pesquisa realizada constatou que quase não há, no Brasil, serviços de saúde disponíveis para atender especificamente às necessidades próprias dos adolescentes, o que se configura um potencial obstáculo para o acesso às informações e às ações capazes de promover a proteção da saúde desses jovens (CORREIA et al., 2011). O desconhecimento do funcionamento corporal é um dos fatores que implicam descuido com a prevenção da maternidade/paternidade indesejada ou não planejada (VIEIRA et al., 2010).

    Outrossim, o uso inadequado e a falta de informação mais consistente sobre os métodos contraceptivos destacam-se como causas da gravidez na adolescência (VIEIRA et al., 2010). Corroboram esta afirmação DIAS et al., (2010), ao argumentarem que a utilização de métodos preventivos e contraceptivos não têm, necessariamente, uma relação direta com o conhecimento dos adolescentes. Pois, em suas pesquisas, ficou demonstrado que a “condon” é o meio mais conhecido, apesar de ser utilizada erroneamente e de modo irregular.

    Ao analisar a questão de gênero, uma das pesquisas aponta que, nas expectativas e nos comportamentos considerados apropriados para cada sexo, espera-se da mulher um comportamento passivo. Assim, a preparação para uma relação, que pode ser indicada pela adoção de um comportamento contraceptivo adequado, implica uma postura ativa da mulher, que pode colocar em xeque a moralidade feminina. Tal atitude passiva pode conduzir a relações sexuais desprotegidas e, conseqüentemente, a gestações indesejadas. Por outro lado, os adolescentes homens não são educados para também se responsabilizarem pelos cuidados anticoncepcionais, deixando tais cuidados muitas vezes para as meninas. Trata-se de uma ambigüidade que contribui para o aumento do problema em discussão (DIAS; TEIXEIRA, 2010).

    As amizades inadequadas, a rebeldia vista como característica própria da fase e a precocidade do namoro também foram apresentadas como fatores que influenciaram a ocorrência da gravidez na adolescência. A rigidez dos pais assim como a flexibilidade no trato com as filhas foram simultaneamente apontadas como causas da gravidez, portanto o estudo destaca que os familiares chegam a assumir que são corresponsáveis pela gravidez da adolescente (HOGA et al., 2010). Um único estudo apontou que contribuem para a gravidez na adolescência a influência dos meios de comunicação que banalizam o sexo e o fato dos adolescentes buscarem o sexo para preencher o seu tempo livre, já que a eles não são ofertadas outras possibilidades de diversão (BUENDGENS; ZAMPIERI, 2012).

    Observou-se, ainda, que a maioria das pesquisas demonstraram, de algum modo, a relação existente entre gravidez na adolescência e baixos indicadores socioeconômicos, sendo possível afirmar que referida variável teve posição de destaque na tentativa de explicação do problema. Ademais, a gravidez na adolescência é relacionada por alguns estudiosos com o fato de que a capacidade cognitiva de avaliar conseqüências adequadamente e de trabalhar com hipóteses pode não estar bem estabelecida na adolescência (DIAS; TEIXEIRA, 2010).

    Outros fatores como deficiência na comunicação entre os parceiros sobre sexualidade, ausência de afeto nas relações familiares, necessidade de imitar o grupo de iguais sem ter atingido o necessário amadurecimento biopsicológico são apontados como variáveis que interferem na ocorrência de gravidez precoce (DIÓGENES et al., 2011).

    Pesquisa realizada concluiu que o impacto da descoberta da gravidez é considerado um momento crítico. O fato é ainda mais complexo para as adolescentes que vivenciam uma relação afetiva não estável, devido a pressões e censura por parte da família e da sociedade. Sentimento de medo, raiva e vergonha estiveram bem presentes na maioria das manifestações das adolescentes (DIÓGENES et al., 2011). Entre os principais conflitos vivenciados nesse período, destacam-se a não aceitação pela família, o incentivo ao aborto pelo parceiro e família, o relacionamento desfeito pelo parceiro, a discriminação social e o afastamento dos grupos de sua convivência, que interferem na estabilidade emocional da adolescente (DIÓGENES et al., 2011).

    As principais alterações psicológicas vivenciadas pelas adolescentes, conforme os estudos analisados, foram baixa autoestima, vivência de auto nível de estresse, presença de sintomas depressivos e amadurecimento precoce forçado. Ademais, uma das pesquisas demonstrou que as gestantes adolescentes manifestaram sofrimento e diminuição da autoestima relacionados às mudanças corporais experimentadas durante a gravidez (BUENDGENS; ZAMPIERI, 2012; ALMEIDA; SOUZA, 2011).

    A gestação na adolescência é, ainda, considerada uma situação de risco biológico tanto para as adolescentes quanto para os recém-nascidos. Alguns autores observaram que características fisiológicas e psicológicas da adolescência fariam com que uma gestação nesse período se caracterizasse como uma gestação de risco. Há evidências de que gestantes adolescentes podem sofrer mais intercorrências médicas durante a gravidez e mesmo após esse evento que gestantes de outras faixas etárias. Algumas complicações como tentativa de abortamento, anemia, desnutrição, sobrepeso, hipertensão, (pré) eclampsia, desproporção céfalo-pélvica e depressão pós-parto estão associadas à gravidez na adolescência. Além disso, a gestação em adolescentes pode estar relacionada a comportamentos de risco como, por exemplo, a utilização de álcool e outras drogas ou mesmo a precária realização de acompanhamento pré-natal (DIAS; TEIXEIRA, 2010).

    No que tange à saúde do bebê, a gestação na adolescência encontra-se associada a situações de prematuridade, baixo peso ao nascer, morte perinatal, epilepsia, deficiência mental, transtornos do desenvolvimento, baixo quociente intelectual, cegueira, surdez, aborto natural, além de morte na infância (DIAS; TEIXEIRA, 2010). No mesmo sentido, Maciel et al. (2012), que apontaram que a gravidez na adolescência estaria associada ao aumento na incidência da prematuridade, baixo peso ao nascer, crescimento fetal restrito e ruptura prematura das membranas.

    Outros estudos, no entanto, mostraram que a gravidez na adolescência não se associa ao baixo peso ao nascer, quando ajustada por outras variáveis que influenciam esse desfecho (NEVES FILHO et al., 2011). As relações causais estabelecidas entre evasão escolar e gravidez na adolescência são controversas. Há evidências de que jovens que evadem da escola possuem mais chances de tornarem-se gestantes adolescentes, sugerindo que a evasão precede a gestação. Por outro lado, outras pesquisas indicam que a gestação na adolescência seria uma das causas da evasão escolar (DIAS; TEIXEIRA, 2010). No entanto, efetivamente, professores, pais e jovens consideram que a gravidez, neste momento da vida, diminui as oportunidades da adolescente e dificulta ou mesmo impossibilita aproveitar as experiências que a juventude poderia lhe proporcionar (DIAS; TEIXEIRA, 2010).

    Nesse sentido, constatou-se que, geralmente, a gravidez limita o exercício de atividades laborais ou educacionais e a adolescente passa a ter poucas expectativas em relação ao futuro. “A ausência de uma perspectiva profissional futura associada à escolaridade errática fomenta a reincidência da gravidez na adolescência e impede a retomada da questão profissional. Sair deste estado de pobreza, com filhos ou não, é uma perspectiva bastante remota, pois a repetição deste ciclo perverso de manutenção de baixa renda familiar costuma se perpetuar através das gerações” (BUENDGENS; ZAMPIERI, 2012).

    Uma das pesquisas analisadas demonstrou que, nos casos em que a gravidez é indesejada, o risco de os filhos serem vítimas de maus-tratos é bem maior (MACIEL et al., 2012). Outros estudos brasileiros sobre gravidez na adolescência apontam para o fato de que as jovens que contam com o apoio dos pais e a possibilidade de diálogo com eles sobre sexo começam a vida sexual mais tarde e, caso, engravidem, conseguem, mediante o dialogo, tomar uma atitude que melhor se enquadre à sua situação, diminuindo os traumas de um abortamento provocado, a manutenção da gravidez e o não abandono da escola (CORREIA et al., 2011). No mesmo sentido, BUENDGENS e ZAMPIERI (2012), que sustentam que a gestação tem uma evolução melhor quando bem aceita pela família, principalmente do companheiro, quando juntos formam para essa jovem uma rede de apoio.

    Apesar dos inúmeros problemas descritos na literatura sobre o tema, pesquisas mostram que, muitas vezes, a gravidez pode ser desejada pelas adolescentes e considerada uma experiência gratificante, pois é tida como uma via de acesso a um novo estatuto de identidade e de reconhecimento através do papel materno. A maternidade, nesses casos, pode ser vista como uma ocupação, um papel que dá um sentido à vida da jovem (DIAS; TEIXEIRA, 2010).

    Espera-se que esta revisão possa suscitar reflexões acerca da temática, objetivando a proposição de ações e estratégias consistentes de prevenção e enfrentamento do problema, a fim de minimizar as conseqüências indesejáveis da gestação na adolescência e diminuir as taxas e fecundidade nesta fase da vida.

Conclusão

    O estudo realizado permitiu constatar que, atualmente, a gravidez na adolescência é compreendida como um problema social e de saúde pública. Todavia, é necessário questionar qual é o espaço que vem sendo conferido aos adolescentes na sociedade contemporânea, o modo como se lida com sua sexualidade e o tipo de atenção que tem sido dado à sua saúde.

    Ademais, o estudo evidencia a necessidade de investimentos na educação permanente dos profissionais da saúde, a fim de viabilizar a atenção integral e personalizada aos adolescentes. Os familiares devem ser incluídos na rede de cuidado, pois podem ajudar as adolescentes a superar os obstáculos e projetar seu futuro. Igualmente, devem ser oportunizados espaços para o diálogo. Necessário se faz ressaltar que o enfrentamento do problema transcende o setor de saúde, demandando práticas e saberes intersetoriais. A gestação, o parto e o puerpério podem se constituir em experiências humanas muito positivas e enriquecedoras para todos os que delas participam, daí a importância de os profissionais da saúde contribuírem para que tais vivências ocorram da forma mais adequada possível.

Referências

  • ALMEIDA, Inez Silva de; SOUZA, Ivis Emília de Oliveira. Gestação na adolescência com enfoque no casal: movimento existencial. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, Sept. 2011.

  • BUENDGENS, Beatriz Belém; ZAMPIERI, Maria de Fátima Mota. A adolescente grávida na percepção de médicos e enfermeiros da atenção básica. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, Mar. 2012.

  • CORREIA, Divanise Suruagy et al. Prática do abortamento entre adolescentes: um estudo em dez escolas de Maceió (AL, Brasil). Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 5, May 2011.

  • DIAS, Ana Cristina Garcia; TEIXEIRA, Marco Antônio Pereira. Gravidez na adolescência: um olhar sobre um fenômeno complexo. Paidéia (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto, v. 20, n. 45, Apr. 2010.

  • DIAS, Fernanda Lima Aragão; SILVA, Kelanne Lima da; VIEIRA, Neiva Francenely Cunha; PINHEIRO, Patrícia Neyva da Costa; MAIA, Carlos Colares. Riscos e vulnerabilidades relacionados à sexualidade na. Revista de Enfermagem UERJ. Rio de Janeiro. 2013; 18(3):456-461. Acesso em 21 Junho de 2013.

  • DIÓGENES, Maria Albertina Rocha; OLIVEIRA, Mariana Girão de; CARVALHO, Yandara Alice Ximenes Bueno de. Aspectos estruturais, desenvolvimentais e funcionais da família de adolescente grávida fundamentados no modelo. Rev. Rene. Fortaleza. 2011; 12(1):88-96. Acesso em 21 junho 2013.

  • FERREIRA, Rosiane Araújo et al. Análise espacial da vulnerabilidade social da gravidez na adolescência. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, Feb. 2012.

  • GUANABENS, Marcella Furst Gonçalves et al. Gravidez na adolescência: um desafio à promoção da saúde integral do adolescente. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 36, n. 1, Mar. 2012.

  • HOGA, Luiza Akiko Komura; BORGES, Ana Luiza Vilella; REBERTE, Luciana Magnoni. Razões e reflexos da gravidez na adolescência: narrativas dos membros da família. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, Mar. 2010.

  • MACIEL, Shirley Suely Soares Veras; MACIEL, Wamberto Vieira; OLIVEIRA, Alecsandra Gomes de Lucena; SOBRAL, Laureana de Vasconcelos; SOBRAL, Helení de Vasconcelos; CARVALHO, Elisandra Santos de; SILVA, Andréa Karoliny de Souza. Epidemiologia da gravidez na adolescência no município de Caruaru. Rev. AMRIGS. Porto Alegre. 2012; 56(1):46-50.

  • MARTINEZ, Edson Zangiacomi et al. Gravidez na adolescência e características socioeconômicas dos municípios do Estado de São Paulo, Brasil: análise espacial. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 27, n. 5, May 2011.

  • NEVES FILHO, Almir de Castro et al. Gravidez na adolescência e baixo peso ao nascer: existe associação?. Rev. paul. pediatr., São Paulo, v. 29, n. 4, Dec. 2011.

  • VIEIRA, Leila Maria et al. Abortamento na adolescência: da vida à experiência do colo vazio - um estudo qualitativo. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, 2013.

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