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A percepção do uso de esteróides anabolizantes
entre alunos y alunas do ensino médio

La percepción del uso de esteroides anabólicos entre alumnos y alumnas de escuela media

 

*Licenciada em Educação Física pelo DEF/UFS

Mestre em Sociologia pelo NPPCS/UFS

Docente do Colégio Estadual Dr. Milton Dortas

pela Secretaria Estadual de Educação de Sergipe

**Aluno da 2ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Dr. Milton Dortas

da Secretaria Estadual de Educação de Sergipe

Grasiela Oliveira Santana da Silva*

Jeverton de Santana Santos**

grasielaoss@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A crescente preocupação com o corpo propaga padrões corporais, tendo como principal veículo difusor uma imagem construída a partir de valores socialmente estabelecidos. A pesquisa discute até que ponto os fatores socioculturais influenciam na relação entre a percepção corporal e o uso de esteróides anabolizantes. Fizeram parte da nossa pesquisa 55 jovens, situados na faixa etária de 14 a 22, todos estudantes do ensino médio da rede estadual de ensino de Sergipe. Com a aplicação de um questionário, foi possível compreender que a propagação de ideal corporal exerce bastante influência na concepção que os jovens possuem sobre o ser corpo e na percepção acerca do uso dos esteróides anabolizantes.

          Unitermos: Corpo. Mídia. Anabolizantes.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 187, Diciembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Percebe-se, na atualidade, uma crescente preocupação com o corpo. Estamos imersos em uma “ditadura da beleza” que propaga padrões corporais, tendo a mídia como principal veículo difusor de uma imagem construída a partir dos valores socialmente estabelecidos.

    A crescente importância atribuída à aparência corporal é uma característica da sociedade de consumo, refletida na exposição de corpos sarados e precisamente delineados, na venda de produtos rejuvenescedores e no aumento do número de cirurgias plásticas1. É esse consumismo característico de uma sociedade capitalista, e porque não dizer flexível, que modifica a todo o momento a concepção corporal. Adquirimos uma prática na qual nos tornamos um corpo para ser consumidor e ao mesmo tempo consumido.

    A intensificação da valorização do corpo tem inserido os indivíduos num caminho da edificação de uma aparência social como um dos elementos fundamentais para sua percepção e inserção em determinados espaços da sociedade. As finalidades sociais de utilização desse corpo, assim como as relações e pretensões individuais diante do contexto sociocultural, ocupam um espaço central diante da uma sociedade fragmentada e individualista.

    A partir de tais discussões elaboramos a seguinte problemática: Até que ponto os fatores socioculturais influenciam na relação entre o corpo e o uso de esteróides anabolizantes?

    Ao trazermos tal questionamento temos como objetivo norteador da nossa pesquisa perceber como a propagação de uma imagem corporal divulgada socioculturalmente influencia os jovens na sua concepção de corpo e percepção acerca do uso dos esteróides anabolizantes. Modela, aumenta, diminui, define tudo em prol da busca pelo corpo ideal.

    Traçamos para nossa pesquisa as seguintes hipóteses:

  • A mídia exerce um poder muito grande na propagação de padrão de imagem corporal à medida que dita padrões de beleza, rotula corpos e influencia na auto-estima e auto-imagem dos jovens.

  • O processo de edificação de um ideal de corpo cultua no imaginário dos indivíduos a compreensão de que é preferível fazer uso de anabolizantes e adquirir a tão desejada aparência corporal do que inserir-se em um estilo de vida saudável.

    Refletir sobre a categoria corpo é fundamental à medida que nos possibilita perceber o valor que ele ocupa não apenas na sociedade, mas acima de tudo nos pensamentos, sentimentos e experiências que são estabelecidos entre os seus atores sociais. A discussão aqui proposta é de fundamental relevância para os jovens, uma vez que demonstra a importância de se discutir tal temática dentro do contexto escolar, despertando-nos mesmos uma responsabilidade na construção de uma percepção corporal desconectada de um ideal propagado pela mídia. Pensar nas possíveis vinculações entre o corpo e sociedade é perceber que elas se expressam nas mais variadas formas da cotidianidade.

Corpo e sociedade

    O corpo é uma construção histórico-social que ao longo dos tempos sofre com estratégias de controle, ocultamento e exaltação. Soares (2001) afirma que ele caminha em múltiplas direções. São corpos de trabalhadores que segundo Antunes (1999) podem ser definidos como a classe-que-vive-do-trabalho ou até dos desempregados, aqueles-que-estão-aptos-para-o-trabalho-mas-que-não-trabalham (CASTELL, 1997); são corpos das classes obesas, dos analfabetos, dos militantes. Em meio às várias formas de se viver a corporeidade o que mais predomina hoje é a imagem de um corpo ideal, intensificada pela exibição de corpos nus e “fisicamente perfeitos”. A preocupação excessiva com a construção de um ideal corporal demarca ainda mais a individualidade e cada vez menos a vida em sociedade.

    A cultura narcisista que fundamenta o culto ao corpo com o consumo insuflado por um mercado em permanente expansão, faz declinar a compreensão e a relevância da construção coletiva, da vida em sociedade (SCHNEIDER; SILVA, 2001, p. 100).

    São inúmeras as possibilidades de conhecimento e intervenção sobre ele, transforma-se no alvo de uma atenção redobrada que promulga novas formas de cuidados e intenções corporais, desde dietas e incentivos à prática de exercícios físicos até a intervenção com cirurgias estéticas.

    Mas é também em meio a essa promulgação de uma atenção ao corpo, que se tem crescido em tal proporção o número de insatisfações das pessoas sobre a sua imagem corporal. A repercussão externa de uma determinada imagem corporal passa a ser extremamente valorizada e cultuada entre os atores sociais, a cultura vigente se apropria de um padrão ideal de corpo perfeito, a aparência comunga com os valores característicos de uma sociedade capitalista. Vendem-se formas corporais, partes de corpo, eliminam-se as rugas, gorduras, celulites, em algumas épocas diminuem as silhuetas em outras aumentam.

    Vivemos a todo o momento na busca incessante pela construção de um corpo artificial, enrijecido e moldurado, totalmente desconectado da “naturalidade” do ser corpo. O risco envolvido nesse processo torna-se cotidiano e é influenciado a todo o momento pelos meios de comunicação – TV, revistas, outdoors. Convivemos com a busca da construção corporal que desconhece os riscos dessa incansável e incessante integração na ditadura da beleza.

    Essa relação de perdas e ganhos envolvidos no processo de construção do corpo ideal elimina qualquer forma de atitude prudente sobre os limites de um corpo natural. O valor que atribuímos ao nosso corpo é o ponto crucial para que analisemos com maior ou menor consciência, os riscos que nos submetemos na busca intensificada pela construção de um corpo artificial.

    Estamos inseridos em meio a uma “sociedade de risco” (BECK, 2010) onde este é produzido socialmente e depositado na vida dos indivíduos. Não conseguimos ou nos negamos a perceber as situações de perigo às quais estamos constantemente expostos. A busca pela construção de um corpo ideal e propalado pela sociedade não é um fato novo, mas atualmente os recursos utilizados para se alcançar essa perfeição corporal são os mais variados possíveis e vão desde o uso das técnicas de cirurgias estéticas até a ingestão de suplementos alimentares, uso de anabolizantes esteróides. “Essa estética permite a criação de manifestações do risco como espetáculo, como ingrediente para vendagem de corpos e vidas, transformando as formas de beleza, potência e humanidade” (GUZZO, 2005, p. 147)

    Submetem-se a tais situações de risco em nome da vaidade e do desejo de transformação do corpo, a devoção à construção de um físico ideal encontra-se espalhado por todos os cantos da sociedade. O correr riscos engloba vários sentidos e se apresenta como uma forma de coragem, adrenalina e desafios ao encarar os riscos (in)suportáveis que o desconhecido pode trazer.

A construção do corpo ideal e sua relação com o uso de esteróides anabolizantes

    A crescente valorização do corpo na sociedade, propagada pelos meios de comunicação de massa, contribui de forma bastante intensa para a aquisição de hábitos inapropriados para a saúde. O desejo pela construção de um corpo ideal de forma rápida faz do uso de esteróides anabolizantes, uma prática cada vez mais comum entre os jovens.

    Os esteróides anabolizantes são substâncias sintetizadas em laboratório e estão relacionadas ao hormônio masculino, o androgênio2. Atualmente não só os homens fazem uso de tais substâncias, mas tem crescido entre as mulheres a sua utilização como possibilidade de obtenção do tão desejado corpo ideal. Eles são indicados para usos medicinais no tratamento de sarcopenias, hipogonadismo, deficiências androgênicas, mas se apropriados de forma ilegal pode causar danos à saúde. Nos homens eles provocam a ginecomastia, atrofia testicular, alteração na morfologia do esperma e infertilidade. As mulheres podem sofrer uma alteração na menstruação, engrossamento da voz, encolhimento dos seios, aumento do número de pêlos no corpo e do clitóris (IRIAT, 2009).

    No advento das aparências, a busca pela construção de um artificial não tem limites. A noção de uma perfeição associada a diversas e diferentes práticas permeiam o universo dos chamados fisiculturistas3 e muitos deles fazem uso de doses elevadas de complexos vitamínicos veterinários. A preocupação com a estética é o principal fator motivados para a aquisição de tais práticas.

    A imagem corporal é subjetiva e se estabelece a partir de pensamentos, sentimentos e experiências que estabelecemos na sociedade. A exposição de tantos corpos esbeltos pela mídia propaga uma idéia entre as pessoas de que devemos ter um (auto)controle sobre a nossa aparência física. Quando muitas pessoas percebem que estão distantes da construção desse corpo desejado acabam desenvolvendo transtornos psicológicos4 ou passam a utilizar-se de meios inapropriados para atingir tais objetivos.

Procedimentos metodológicos

    A pesquisa foi realizada com estudantes do Ensino Médio do Colégio Estadual Dr. Milton Dortas, situado na cidade de Simão Dias, Sergipe. Participaram da nossa pesquisa 55 alunos, sendo 30 mulheres e 25 homens, situados na faixa etária entre 14 e 22.

    Utilizamos como instrumento de coleta de dados a aplicação de um questionário aberto englobando discussões acerca do ser corpo e a percepção do corpo ideal e real, como também, o conhecimento acerca dos esteróides anabolizantes. Após apresentada a intencionalidade da pesquisa, aplicamos o questionário para aqueles que se sentissem à vontade para responder.

Análise e discussão dos resultados

    Os questionamentos perpassam por uma discussão acerca da compreensão sobre o ser corpo, corpo real e a construção de um corpo ideal. Nesse sentido, torna-se fundamental estabelecer como categorias de análise a influência dos meios de comunicação na propagação de um ideal de imagem corporal e a ação dos indivíduos pela construção dessa imagem idealizada midiaticamente.

    Quando questionados sobre o corpo, a maioria o define a partir do aspecto biológico. A visão de uma máquina perfeita, constituída por ossos, músculos e vísceras sobressai entre as respostas.

  • Corpo é todos os membros existentes nos seres vivos como: pernas, braços, cabeça, barriga, etc. (aluna 6)

  • É algo que tem facilidade de locomoção está constituindo a nós mesmos. É algo que se move (aluno19)

  • É um instrumento do qual usamos para fazer tarefas diárias (aluno 2)

    A partir das respostas obtidas fica evidenciada a percepção do corpo como uma máquina biológica, que precisa funcionar bem para que seja possível a realização das tarefas diárias. Outros discursos corroboram com estes uma vez que o percebem como um elemento eminentemente físico, que seria caracterizado como o “cartão postal” da pessoa. Para eles o corpo precisa estar perfeito e inserido em um cenário público que resulta no ideal de uma perfeição corporal e uma forma de expressão da sua identidade.

    Nietsche afirmava que não é possível conceber a subjetividade dissociada do corpo “Eu sou corpo, por inteiro e nada mais” (FERRAZ, CAMPOS, 2010, p. 47). Entretanto, vivemos a todo o momento transformações sociais e culturais que influenciam em novas formas de compreensão sobre o corpo e as representações que ele ocupa na sociedade, elas influenciam na percepção que temos sobre nos mesmos, sobre o outro e o mundo.

  • Corpo para mim é algo desejado, corpo definido que para o homem é o principal (aluno 1)

  • É tudo. Meio de dinheiro, sedução (aluno 24)

  • É o corpo ideal. Deve ser musculoso, sarado e não gordo (aluno 17)

  • O corpo é à base da beleza de uma mulher. Temos que cuidá-lo bem para podermos ser mais belas. O corpo esbelto é fundamental (aluna 22)

    Essas concepções de corpo que permeiam o imaginário dos jovens são demarcadas por um espetáculo imaginético propagado pela mídia. Os diversos meios de comunicação, TV, revistas, outdoors, propagam uma concepção de corpo que influenciam a forma como os indivíduos ser percebem o seu corpo. Ao questionarmos sobre a sua satisfação corporal eles disseram que modificariam.

  • Eu colocaria silicone e faria enchimento no bumbum (aluna 30)

  • Mudaria a barriga, porque ela é muito grande (aluna 21)

  • Queria engrossar um pouco mais as minhas pernas (aluna 14)

  • Mudaria os seios, colocaria silicone; e a barriga, porque acho grande demais (aluna 5)

  • Mudaria o volume do peito e dos braços para ficarem mais bonitos e fortes (aluno 2)

  • Queria ser mais alto e forte (aluno 20)

    Podemos perceber como uma imagem corporal propagada pela mídia influencia na percepção e satisfação corporal. Fica evidente que as partes corporais que as mulheres e homens mais desejam modificar são aqueles que a mídia difunde com maior afinco, para as mulheres pernas, bumbum e seios, para os homens o peitoral e abdômen. E repercussão externa da imagem corporal passa a ser extremamente valorizada e encontra-se presente o discurso insatisfatório com suas medidas corporais. A sua concepção de corpo não está relacionada ao seu todo, mas às suas partes. A expressão “ficar forte” é utilizada com bastante freqüência como alternativa para se construir uma identidade positiva.

    O corpo veiculado pela mídia é imagem, representa um ideal a ser perseguido e transformado em referência hegemônica (GARRINI, 2007). A aparência se transforma em um fator fundamental para o reconhecimento do indivíduo na sociedade e, embora demonstrem um bom nível de compreensão acerca dos efeitos colaterais que o uso de anabolizantes pode causar, alguns admitem que usariam.

  • Se eu não obtiver um corpo bonito na academia vou recorrer aos anabolizantes [...] diminuição dos testículos, inflamação nos músculos (aluno 24)

  • Já pensei em tomar [...] você fica bonito por fora e podre por dentro (aluno 12).

  • Sim. Eu quero ter um corpo mais legal (aluna 29)

  • Às vezes penso muito nisso. Sei que posso me arrepender, mas sinto muita vontade só para ficar mais bonita (aluna 3).

    O culto ao corpo, extremamente disseminado na sociedade, influencia na percepção e aceitação do próprio corpo. A atenção com a estética é sem dúvida bastante presente na vida desses jovens. Há uma preocupação com o invólucro corporal e com a necessidade de manter-se em forma a qualquer custo.

    Embora afirmem que gostariam de ter um “corpo perfeito”, muitos jovens dizem que somente assim o faria com a aquisição de hábitos saudáveis. O discurso da saúde é para eles uma forma de negação do uso de anabolizantes. Manter-se bonito e em forma equivale a ter um corpo saudável.

  • Eu queria ter um corpo bonito, mas com uma boa saúde [...] o uso de anabolizantes não faz bem a saúde e só traz coisas ruins ao corpo (aluno 1)

  • O essencial para mim é ter saúde, porque de que adianta ter um corpo bonito se não tem saúde [...] o anabolizantes prejudicam a saúde (aluna 29).

  • De que adianta ter um corpo ideal se não temos saúde? [...] se usar anabolizantes no futuro irá trazer conseqüências não agradáveis (aluna 27)

    A consciência do risco demonstra bastante firmeza em relação ao não uso de anabolizantes. Espera-se que assim permaneça mesmo diante de tantas cobranças acerca da construção do corpo ideal. A chamada corpolatria conceitua o corpo como forma de beleza, a ser cultuada, admirada e invejada por todos. “O individualismo exacerbado, o narcisismo e a mídia são alimentos da corpolatria” (GARRINI, 2007, p. 1067). Para os meninos um corpo ideal é o sarado, com músculos bem definidos, para as meninas seios e bumbum avantajados.

    Em contraposição à corpolatria surge a corporeidade, uma forma de aceitar o corpo como é, com seus defeitos e qualidades, como uma identidade do ser que o possui. É preciso olhar sensivelmente o corpo na busca da sua consciência corporal e não da disciplina imposta ou padronizada. O corpo real reflete uma concordância do indivíduo consigo mesmo, concretiza-se em aceitar-se como é, e não como o outro desejaria que fosse.

Considerações finais

    Hoje em dia o que muito se vê é o excessivo culto ao corpo considerado por muitos, perfeito e ideal. Expostos a todo o momento via TV, revistas, outdoors, exaltam uma beleza muitas vezes inalcançável de forma consciente. Consolida-se um corpo belo como um padrão a ser seguido por todos que se considerem ou queiram se considerar, jovens e belos.

    A concepção de corpo apresentada nos discursos dos entrevistados assume múltiplos significados. Em sua definições apresentam o corpo como um conjunto de músculos, ossos e vísceras, que para adquirir certa visibilidade e reconhecimento social precisa estar em forma. Fazem alusão a um corpo definido, que passa a ser tomado como modelo ideal e serve de estímulo para tantos outros.

    Vale ressaltar que a aceitação do corpo real traz uma melhor qualidade de vida à pessoa, sem pressões psicológicas em tentar mudar a sua aparência. É preciso desmistificar a compreensão de que o corpo deve ser visivelmente perfeito e que temos um padrão corporal a ser seguida por todos. É urgente que se faça saber que as mudanças num corpo devem acontecer naturalmente com o propósito de melhoria na saúde. É preciso incentivar desde cedo à prática do esporte e propagar valores de uma vida mais saudável. É preciso olhar de forma mais sensível o corpo na busca pela edificação de uma consciência corporal e não na disciplina imposta e padronizada de uma imagem midiática.

Notas

  1. Em 2009 o IBOPE confirmou que foram feitas no Brasil mais de 600 mil cirurgias, sendo 69% delas destinadas à estética. As mulheres são as que mais se submetem a tais intervenções, a maior procura é pela lipoaspiração (29%) e mama (19%). Nos homens a campeã é a de pálpebra (16%). (SANTOS et al, 2006).

  2. Alguns esteróides anabolizantes comuns são anadrol, oxandrin, dianabol, winstrol, deca-durabolin, e equipoise.

  3. Denominamos fisiculturista todos os praticantes de musculação que têm como objetivo principal modelar o corpo através do aumento do volume da massa muscular.

  4. Bulimia, anorexia, vigorexia.

Referências bibliográfica

  • ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do Trabalho: Ensaios sobre a afirmação e a negação do Trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999.

  • BECK, Ulrich. Sociedade de Risco: Sociedade de Risco: Rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34, 2010.

  • CASTELL, Robert. Desigualdade Social e a Questão Social. São Paulo: Educ/PUC, 1997.

  • FERRAZ, Sofia Batista; CAMPOS, Marília Romero. Com que corpo eu vou? A moral da boa forma e a espetacularização da aparência na sociedade contemporânea. XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Rio Grande do Sul: Caxias do Sul. Setembro de 2010.

  • GARRINI, Selma Peleias Felerico. Do corpo desmedido ao corpo ultramedido: Reflexões sobre o corpo feminino e suas significações na mídia impressa. Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. V Congresso Nacional de História da Mídia. São Paulo. Maio/junho 2007.

  • GUZZO, Marina. Riscos da beleza e desejos de um corpo arquitetado. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Campinas. V. 27, nº 01, p. 139-152, setembro, 2005.

  • IRIART, Jorge Alberto Bernstein; CHAVES, José Carlos; ORLEANS, Roberto Ghignone. Culto ao corpo e uso de anabolizantes entre praticantes de musculação. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(4), p. 773-782, abril, 2009.

  • SANTOS, André Faro; MENDONÇA, Priscilla Maria Habib; SANTOS, Lidiande dos Anjos; SILVA, Naiara Franca; TAVARES, Juliana Karine Leite. Anabolizantes: Conceitos segundo praticantes de musculação em Aracaju (SE). Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 2, p. 371-380, maio/agosto 2006.

  • SCHNEIDER, Maria Dênis; SILVA, Ana Márcia. E o corpo, por onde anda? Ou, da pergunta sobre a soberania corporal. Revista Motrivivência. Ano XII, nº 16. Santa Catarina: UFSC, p. 99-103. Março, 2011.

  • SOARES, Carmem Lúcia. O corpo nosso de cada dia: Para onde ele caminha? Revista Motrivivência. Ano XII, nº 16. Santa Catarina: UFSC, p. 95-97. Março, 2011.

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