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Programa Segundo Tempo e pessoas com 

deficiência: capacitação dos envolvidos

El Programa Segundo Tiempo y las personas con discapacidad: la capacitación de los involucrados

 

Universidade Estadual de Maringá

(Brasil)

Rafael Hideki Abiko

Isabela Gouveia Marques

Felipe Hashimoto Bim

Fernando Henrique dos Santos

ig.marques@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O Programa Segundo Tempo tem a ideia de utilizar o esporte educacional no contra turno escolar como um meio de tentar reduzir algumas situações de risco para as crianças e incluir elas em um programa social, incluindo pessoas com deficiência. Sabendo que a capacitação ocorre por módulos, intrigamo-nos em como se dá a capacitação dos envolvidos (coordenadores e monitores) no Programa Segundo Tempo em relação às pessoas com deficiência para que elas realmente possam participar do programa? Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com vice-coordenador de uma equipe colaboradora, uma avaliadora pedagógica e dois membros da equipe. Foi realizada também análise dos DVDs utilizados na capacitação dos coordenadores e monitores do PST. A capacitação ocorre em dois dias, por meio da apresentação de três DVDs, sendo que o tema pessoas com deficiência é abordado durante os dois dias de capacitação, juntamente com os outros temas que compõem a proposta pedagógica do PST, apresentando informações e reflexões, entretanto os posicionamentos quanto à eficiência dessa capacitação foram divergentes. Para trabalhar com pessoas com deficiência acreditamos que capacitação por módulos pode não ser suficiente, pois na prática surgem muitas dificuldades.

          Unitermos: Esporte educacional. Deficiência. Inclusão.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 187, Diciembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Reconhecendo a relevância do esporte como fenômeno sócio-cultural e sua potencialidade em configurar-se como coadjuvante de alto significado em ações comprometidas com a inclusão social, o Ministério do Esporte do Governo Federal Brasileiro propôs o Projeto Segundo Tempo (PST). Este projeto vem a tona com a idéia de utilizar o esporte educacional no contra turno escolar como um meio de tentar reduzir algumas situações de risco para as crianças e incluir elas em um programa social (FERREIRA et al, 2009).

    Deste modo, o PST torna-se um programa estratégico do governo federal com objetivo de democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte, de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social. O programa tem como público-alvo crianças, adolescentes e jovens expostos aos riscos sociais (BRASIL, 2003).

    O Programa Segundo Tempo foi planejado com o intuito de “democratizar o acesso ao esporte educacional de qualidade, como forma de inclusão social, ocupando o tempo ocioso de crianças e adolescentes em situação de risco social” (BRASIL, 2003). Ainda apresenta os seguintes objetivos específicos: oferecer práticas esportivas educacionais, estimulando crianças e adolescentes a manter uma interação efetiva que contribua para o seu desenvolvimento integral; e oferecer condições adequadas para a prática esportiva educacional de qualidade (BRASIL, 2003). Para isso, o PST está embasado pelos seguintes princípios: a) da reversão do quadro atual de injustiça, exclusão e vulnerabilidade social; b) do esporte e do lazer como direito de cada um e dever do Estado; c) da universalização e inclusão social; d) da democratização da gestão e da participação (BRASIL, 2003).

    Atualmente o programa beneficia diretamente centenas de milhares de crianças, adolescentes e jovens em todo o país, por meio do acesso à vivência e iniciação esportiva, com materiais esportivos e reforço alimentar, ampliando o acesso ao esporte educacional (BRASIL, 2003). Não obstante, o PST está passando por reformulações. O Ministério do Esporte, preocupado em aperfeiçoar o atendimento ao público alvo, e com o intuito de oferecer melhores condições aos atores sociais envolvidos no programa, está propondo mudanças conceituais e gerais que terão impacto direto no desenvolvimento do programa, mais especificamente na atuação dos recursos humanos (BRASIL, 2003).

    Considerando os objetivos do PST de promover acesso ao esporte educacional de qualidade à crianças, adolescentes e jovens, entende-se que pessoas com deficiência estejam enquadrados no público-alvo.

    A temática da inclusão das pessoas com deficiência nas atividades físicas vem sendo estudada na área já há algum tempo, mas somente nos últimos anos é que passou a ter maior destaque, e consequentemente aumento de estudos, pesquisas científicas, artigos e livros publicados sobre tal grupo. Deficiência pode ser considerada como “restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social” (BRASIL, 2001).

    Na atuação profissional com pessoas com deficiência, nos deparamos com diversas dificuldades na tentativa de realizar inclusão, entre elas, a falta de capacitação, considerando que trata- se de uma população que necessita de atendimento diferenciado, a fim de suprir suas necessidades e dificuldades, e promover suas potencialidades.

    Sendo assim, surge a seguinte indagação: Como se dá a capacitação dos envolvidos (coordenadores e monitores) no Programa Segundo Tempo em relação às pessoas com deficiência para que elas realmente possam participar do programa?

Metodologia

    Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Segundo Andrade (2007) pesquisa descritiva consiste na observação dos fatos podendo registrar, analisar, classificar e interpretar o objeto estudado sem que o pesquisador interfira nesses dados, não os manipule. Dessa forma os fenômenos do mundo físico e social são estudados sem que o investigador interfira nos dados.

    Foi realizada uma breve revisão de literatura para pontuar temas relevantes, tais como, políticas públicas e esporte educacional, inclusão da pessoa com deficiência, e capacitação no Programa Segundo Tempo.

    Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas contendo questões voltadas aos objetivos do PST, participação de pessoas com deficiência, e capacitação geral e específica dos monitores para trabalhar com essa população (APÊNDICE).

    Participaram do estudo o vice- coordenador da Equipe Colaboradora 14, sediada em Maringá, uma avaliadora pedagógica do PST/SNELIS, que também já atuou como avaliadora da Equipe Colaboradora 14, responsável por capacitar e fazer visitas in loco em convênio da região do Paraná e Santa Catarina, e dois membros da Equipe Colaboradora 14. As entrevistas foram realizadas via e-mail.

    Foi realizada também análise dos DVDs utilizados na capacitação dos coordenadores e monitores do PST, observando como é tratada a questão do esporte educacional e das pessoas com deficiência, como suporte para a discussão e fundamentação teórica das entrevistas.

Políticas públicas e esporte educacional

    Hofling (2001) define políticas públicas como sendo o Estado implantando um projeto de governo, por meio de programas, de ações voltadas para setores específicos da sociedade.

    Ainda, podemos entender políticas públicas como

    [...] um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade, ou seja, as Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público (LOPES et al., 2008, p. 5).

    Souza (2006) realiza um levantamento das definições de políticas públicas, entre elas, as mais claras são de Peters (1986) que apresenta como “soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influencia a vida dos cidadãos” (apud SOUZA, 2006, p.24), Dye (1984): “o que o governo escolhe fazer ou não fazer” (apud SOUZA, 2006, p.24) e que as políticas públicas implicam em responder às questões: quem ganha o quê, por quê e que diferença faz.

    O esporte e o lazer são direitos garantidos pela Constituição Federal Brasileira de 1988. De acordo com o art. 217: “é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um” (BRASIL, 1988). Fica a cargo do Estado incentivar a elaboração de Políticas Públicas de Esporte e Lazer. Nesse âmbito, o Estado é representado pelo Ministério do Esporte através da Secretaria Nacional de Esporte Educacional – SNEED/ME, que fica então responsável pela promoção das políticas públicas na área esportiva e de lazer.

    Pautado no esporte educacional, baseado em princípios educacionais, como participação, cooperação, co-educação, co-responsabilidade e inclusão (TUBINO, 2006), temos como um forte programa de política pública, o Programa Segundo Tempo.

    O Segundo Tempo é um programa formulado com o intuito de democratizar o acesso à prática esportiva, por meio de atividades esportivas realizadas no contraturno escolar. Por meio dessas ações tem a finalidade de colaborar para a inclusão social, bem-estar físico, promoção da saúde e desenvolvimento intelectual e humano e assegurar o exercício da cidadania (BRASIL, 2010).

    De acordo com as Diretrizes e procedimentos do PST para pessoas com deficiência (2011), as crianças, jovens e adolescentes com deficiência estão incluídos na proposta do PST, pois o esporte educacional proporciona diversos benefícios para a formação integral da criança, e dessa forma, essa população não deve ser excluída.

    Seja por uma deficiência motora, sensorial ou mental, as crianças e jovens com deficiência podem participar como os outros colegas, tentando desenvolver ao máximo suas capacidades físicas, sua inteligência, personalidade e autonomia, que lhe permitirá levar uma vida mais livre e independente (BRASIL, 2011, p. 02).

    Para atender às necessidades de pessoas com necessidades especiais, uma das maiores preocupação é acerca da capacitação de recursos humanos, para que estejam aptos à “driblar” as possíveis dificuldades que possam ocorrer. O programa disponibiliza informações para capacitação, visando a manutenção da qualidade de ensino do esporte educacional, entretanto, há preocupação quanto à qualidade da capacitação.

    Sabe-se que é preciso estar preparado para receber a pessoa com deficiência. Em razão disso, o programa visa capacitar os professores para atender adequadamente as expectativas desses, e preparar os outros beneficiados para interagirem com os colegas com deficiência (BRASIL, 2011, p. 02).

Capacitação no Programa Segundo Tempo

    De acordo com os DVDs utilizados na capacitação de coordenadores e monitores do PST, a capacitação ocorre em três dias, por meio da apresentação dos mesmos, no total são três DVDs. A questão da capacitação para se trabalhar com as pessoas com deficiência, e as ações do segundo tempo são apresentadas no segundo DVD pela Dra. em educação Ruth Cidade.

    Os vídeos de capacitação oferecem informações iniciais aos envolvidos: “Não será obrigatório conhecer todos os tipos de deficiência, mas pelo menos entender as dificuldades e as possibilidades dos alunos que freqüentam o núcleo” (DVD 2, CAPACITAÇÃO PST, 2012). Em seguida, são apresentadas as classificações de deficiência, e então a definição de deficiência baseada na Organização Mundial de Saúde: “deficiência é qualquer restrição ou perda na execução de uma atividade resultante de um impedimento na forma ou dentro dos limites considerados normais para o ser humano” (DVD 2, CAPACITAÇÃO PST, 2012). Também são apresentados e definidos os tipos de deficiência: múltipla, visual, física, intelectual e auditiva.

    O PST apresenta-se como um espaço em que todos, sem exceção, devem participar das atividades esportivas, desenvolvendo-se um trabalho pedagógico direcionado para atender sem distinção, e garantir igualdade de condições, pois as pessoas com deficiência podem participar junto com os outros colegas, como apresentado no vídeo: “O maior desafio para os profissionais do PST é facilitar o envolvimento de todas as pessoas, incluindo as que apresentam alguma deficiência em atividades que promovam a inclusão de todos”.

    Em sua conclusão, é ressaltado o papel do professor como peça fundamental no processo de ensino e aprendizagem de todos os alunos, com ou sem deficiência, de certa forma passando a ele, a responsabilidade de saber trabalhar com todos os alunos, independentemente das condições disponíveis em seu núcleo.

Inclusão da pessoa com deficiência

    A educação física inclusiva teve início na década de 80, quando ministérios e secretarias estaduais começaram a aprovar legislações, publicar materiais, e promover campanhas e programas que abordavam pessoas com deficiência. Entretanto, os programas de inclusão oferecidos são insuficientes para atender a população com deficiência, por volta de 24 milhões de brasileiros (CASTRO, 2009).

    O movimento inclusivo não é tão atual. Desde 1996 a lei garante que pessoas com deficiência sejam incluídas em ambientes educacionais regulares. Todavia há a lacuna entre teoria e prática, ainda estamos longe da inclusão efetiva, e também pouco se sabe sobre a relação de aprendizagem a atitudes entre alunos com e sem deficiência (CASTRO, 2009).

    A prática de atividade física traz inúmeros benefícios para a pessoa com deficiência, tais como melhora do bem-estar, autoestima, autoconfiança, autoimagem, diminuição da ansiedade e depressão, bem como os benefícios de saúde, como prevenção de doenças secundárias. No esporte e na educação física, o professor deve buscar as potencialidades de seus alunos, e não suas limitações (BUSTO, 2009).

    Para tanto, torna-se essencial que o profissional que irá trabalhar com essa população esteja bem capacitado, de forma que consiga atender as necessidades de cada indivíduo. O professor deve conhecer as deficiências, saber das limitações causadas, quais tarefas o aluno consegue realizar, preparar e planejar as aulas de maneira que consiga englobar os alunos nas atividades, sem gerar exclusão, proporcionando momentos de desenvolvimento.

    Contudo a realidade é bastante distinta. Silva e Cruz (2009) apontaram em um estudo que muitos professores que atuam com essa população possuem experiência e demonstram dedicação, porém apresentam sentimentos de frustração e culpa, reconhecem a falta de conhecimento, dizem não estar preparados e capacitados adequadamente, e ressaltam a falta de apoio ao professor que trabalha com a inclusão.

Entrevistas Programa Segundo Tempo

    Analisando as entrevistas relacionadas ao PST e pessoas com deficiência, foi possível observar pontos que corroboram com a literatura, e outros, que divergem.

    Os entrevistados foram unânimes quando questionados sobre o objetivo do PST, ao pontuar os objetivos e benefícios do programa, ressaltando “promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente daqueles que se encontram em áreas de vulnerabilidade social” – Vice coordenador da Equipe 14, e pontuando o esporte educacional, como relata a avaliadora pedagógica: “[...] por meio do acesso ao esporte educacional de qualidade, como forma de desenvolver as capacidades cognitivas, afetivas e motoras, com atividades de interação e socialização”.

    Em relação à inclusão da pessoa com deficiência, também afirmaram que estão incluídos, que o programa busca incluir as crianças com deficiência a fim de promover melhoras na autonomia, independência, autoestima, autoconfiança, relações pessoais e emocionais. O vice- coordenador da EC 14 aponta que [...] mesmo aqueles com grande dificuldade motora e intelectual podem praticar esportes, sob a orientação adequada. Para isso e fundamental que a comunidade (pais, vizinhos, amigos, professores e outros) participe das atividades do programa. Essa atitude inclusiva proporcionará satisfação ao individuo, que se sentirá aceito, perceberá seu próprio valor e confiará em si mesmo, ou seja, sentir-se-á parte integrante do grupo. A avaliadora pedagógica aponta que o professor é capacitado para que consiga adaptar as atividades, visando à inclusão.

    Foi relatado que o processo de capacitação se dá em dois dias em período integral, com situações teóricas e práticas. É utilizado um material em vídeo-aula selecionado por pesquisadores da área, que aborda os fundamentos do PST; fundamentos de lazer e animação cultural; corpo, gênero e sexualidade; estilos de ensino e aprendizagem; questões da deficiência; organização e desenvolvimento pedagógico; procedimentos metodológicos; e planejamento dentro do PST, como pontua o vice-coordenador EC14:

    Para capacitar os coordenadores e monitores dos núcleos, são realizados cursos de capacitação previamente preparados pelo Ministério do Esporte, através da sua coordenação pedagógica, com temas desenvolvidos por especialistas em cada área, e gravados em vídeos. Cada Equipe colaboradora capacita esses RHs em sua área de abrangência, por meio da apresentação e discussão in loco dos conteúdos dos vídeos, promove experiências práticas exemplificadoras e mantém acompanhamento a distância, realizando avaliações periodicamente também in loco.

    Quando questionados sobre a existência de capacitação específica para trabalhar com pessoas com deficiência no PST, e se consideram necessário haver, as respostas foram bastante divergentes. O tema pessoas com deficiência é abordado durante os dois dias de capacitação, juntamente com os outros temas que compõem a proposta pedagógica do PST, apresentando informações e reflexões. Entretanto os posicionamentos quanto à eficiência dessa capacitação foram divergentes.

    Um membro da EC 14 relatou que acredita que os temas abordados, e ênfase dada no quesito da deficiência sejam suficientes, apontando outra maneira de suporte: não considero necessário o desenvolvimento de capacitação específica, mas sim elaboração de materiais que apresentem subsídios ao trabalho dos profissionais.

    O outro membro da equipe relatou que acha necessário haver capacitação específica, porém disse que existem poucos núcleos que atendam deficientes no PST, talvez essa informação tenha sido apresentada por falta de conhecimento sobre os núcleos, já que o vice- coordenador relatou que no Rio Grande do Sul o Professor Alexandre Carriconde Marques desenvolve aprofundamento do PST para pessoas com deficiência, e mantém um núcleo especial, e que está sendo organizada a formação de mais núcleos para pessoas com deficiência.

    Já a avaliadora pedagógica apresentou uma postura intermediária, enfatizando a importância na capacitação específica, porém, já pontuando as dificuldades em levar o esporte educacional à essa população:

    [...] penso que seria interessante proporcionar um período de capacitação voltado apenas para pessoas com deficiência, a fim de conhecer os diferentes tipos de deficiência, como se portar frente a uma pessoa com necessidades especiais, como trabalhar com o grupo para que estes interajam sem resistências com este público, etc. O que se observa é que, apesar das alternativas que têm sido encontradas para atrair este público e trabalhar a inclusão, ainda há resistências tanto dos profissionais, quanto da própria população especial – Avaliadora pedagógica.

Considerações finais

    Este estudo teve como objetivo discutir brevemente as políticas públicas de esporte educacional, mais especificamente, o Programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte, em relação à participação e inclusão das pessoas com necessidades especiais, e capacitação dos envolvidos no programa.

    Nota-se uma preocupação a respeito da capacitação dos professores que atuam no PST. Na prática são inúmeras as dificuldades em trabalhar com pessoas com necessidades especiais, todavia, não é impossível. Vemos que o movimento inclusivo ganha força a cada ano, e que programas, como o PST, abrangem em sua proposta essa população, contudo não se sabe se essa parte da população é atendida pelos programas de políticas públicas.

    Sugere-se novos estudos para que esta lacuna seja respondida, como pesquisa de campo nos núcleos que atendem o PST, e entrevistas com coordenadores, monitores, crianças e jovens com deficiência que participam do programa, a fim de obter um esclarecimento do funcionamento do programa na realidade, na prática, e suas opiniões sobre a capacitação, se dá conta de suprir as necessidades para trabalhar com este público alvo específico.

Referências

Outros artigos em Portugués

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