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Perfil antropométrico, composição corporal e 

maturação sexual de atletas jovens de futebol

Perfil antropométrico, composición corporal y maduración sexual de jugadores juveniles de fútbol

 

Pós-graduandos em Treinamento desportivo e Fisiologia

do exercício pela Universidade Castelo Branco, UCB, RJ

(Brasil)

Rodrigo Alves da Costa

Marckson da Silva Paula

marckson2011@ig.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil antropométrico, composição corporal e maturação de atletas jogadores de futebol masculino das categorias Sub 15, Sub 17 e Sub 20 do Resende Futebol Clube, que se localiza na cidade de Resende, no Rio de Janeiro. A amostra teve 55 indivíduos, sendo 18 atletas da categoria Sub 15, 19 atletas da categoria Sub 17 e 18 atletas da categoria Sub 20, onde a análise dos resultados foi feita através de mensurações de peso, estatura, coleta das dobras cutâneas e verificação do estágio de maturação sexual das categorias separadamente. Concluiu-se que é necessário realizar avaliações físicas para mensurar a composição corporal, maturação sexual e aspectos antropométricos para que haja maior ciência sobre o potencial atual e potencial a longo prazo dos atletas.

          Unitermos: Perfil antropométrico. Composição corporal. Maturação.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 187, Diciembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O futebol é um esporte de reconhecimento mundial, sendo considerado por Prado et al. (2006) como o esporte mais popular do mundo, promovendo muitos espetáculos e levando milhões de pessoas aos estádios e ao consumo desenfreado de tudo que está relacionado a esse esporte. Alguns megaeventos atraem pessoas do mundo todo, como por exemplo, uma copa do mundo. Barbosa et al. (2011) relatam que há cerca de 240 milhões de praticantes desse esporte em todo mundo, entre eles, crianças jovens e adultos. Porém, não são todos que chegam ao êxito. Os autores também relatam que há mais de 60 milhões de jogadores profissionais espalhados por 190 países e que estão afiliados pela FIFA (Federation International of Football Association).

    Barbosa et al. (2011) afirmam que o futebol é um esporte onde há muitos interesses financeiros, onde, desde as categorias de base, os jogadores são formados com o objetivo de participarem de grandes eventos e, com isso, terem uma visibilidade e trazerem lucros aos seus respectivos investidores, por isso, o aperfeiçoamento em vários fatores é feito para que o jogador se torne uma “peça de interesse” em qualquer mercado futebolístico. Pozzobon e Rezer (2010) comentam que o esporte é seletivo, que cada um tem suas características individuais e que essas características sofrerão alterações ao longo do tempo, as mudanças no corpo e no desenvolvimento motor de cada um poderão afetar diretamente no seu desempenho em algum esporte.

    Pozzobon e Rezer (2010) citam que uma série de mudanças ocorrem em cada indivíduo, sendo elas responsáveis por promover mudanças biopsicossociais e, com a chegada da adolescência, algumas mudanças no peso, estatura, maturação biológica, tendem a influenciar diretamente no desempenho desses jovens atletas que estão inseridos no esporte. Os autores afirmam que a fase de maturação é um dos “fenômenos” mais marcantes no desenvolvimento físico de um ser humano.

Objetivo

  • O objetivo do presente estudo foi verificar o perfil antropométrico, a composição corporal e a maturação sexual de atletas jogadores de futebol do Resende Futebol Clube.

Justificativa

    O estudo em questão é relevante pelo fato de que nos traz informações sobre as condições atuais dos atletas e como os mesmos são classificados em relação ao estado maturacional, à composição corporal e ao perfil antropométrico, a fim de verificar se os atletas estão ou não dentro dos padrões pré-estabelecidos pelo esporte em questão.

Pressupostos teóricos

    O futebol é seletivo, exige padrões de composição corporal e antropometria bem definidos para aceitação de atletas nas principais competições mundiais. Uma série de estudos realizados nesse âmbito tem sido realizada a fim de buscar uma relação de equidade entre os dados relacionados à composição corporal e antropometria de jogadores. Em estudo realizado por Nobre et al. (2009), com 155 atletas do sexo masculino, profissionais de futebol atuantes em 3 clubes da região do Cariri, no estado do Ceará, onde, 76 eram da primeira divisão e 79 da segunda, mostrou uma média de idade de 23,9 ± 4,11 anos. A média de idade dos jogadores de primeira divisão foi de 24,26 ± 4, 35 anos, peso corporal de 71,69 ± 7,11 kg, estatura de 173 ± 0,05 cm e o percentual de gordura de 11,76 ± 2,38%. Já os avaliados da segunda divisão, com idade média de 23,42 ± 3,81 anos, obtiveram um percentual de gordura de 11,10 ± 1,75%, com estatura de 173 ± 0,06 cm, peso corporal de 71,68 ± 5,48 kg.

    Fonseca et al. (2004) analisaram 25 atletas de futebol da equipe Sub 20 do Santa Maria Esporte Clube, os autores avaliaram os resultados de acordo com as posições dos jogadores, onde, os zagueiros apresentaram a maior média de estatura (182 ± 6,4 cm) e massa corporal (80,2 ± 9,2 kg), no somatório das dobras cutâneas (91,6 ± 27 mm), no perímetro do tórax (93, 2 ± 5,4 cm) e antebraço (28,4 ± 1,8 cm). Já os laterais, obtiveram a terceira menor média de peso corporal (70,1 ± 4,7 kg) e a menor média no somatório de dobras (74,8 ± 27 mm). Esses dados mostram a característica de cada posição, onde os zagueiros têm maior massa corporal, podendo ter um percentual de gordura maior quando comparado com as outras posições a fim de intimidar os adversários e ganhar nas disputas de bola, já os laterais apresentam características de maior magreza quando comparados às demais posições, isso pelo fato de ser uma posição em que há transição entre as zonas de defesa e ataque com velocidade e agilidade.

    Mattos e Jabur (2008) citam as características necessárias aos jogadores para cada posição de atuação. Os autores confirmam que os zagueiros devem ter força e impulsão, essas duas qualidades são confirmadas através da pesquisa realizada por Fonseca et al. (2004), onde os zagueiros obtiveram maior massa corporal e estatura, realçando a importância dessas duas valências físicas (impulsão e força), outras valências também são relevantes, como por exemplo, agilidade, resistência, etc. Os mesmos autores também relatam o fato de que os laterais devem ser ágeis, velozes e resistentes, esses fatores também estão relacionados positivamente com a pesquisa de Fonseca et al. (2004).

Metodologia

    A pesquisa em questão trata-se de uma pesquisa de campo, quantitativa, onde foram avaliados 55 atletas do sexo masculino, jogadores de futebol das categorias Sub 15, Sub 17 e Sub 20 do Resende Futebol Clube. O perfil antropométrico dos atletas foi avaliado mediante mensurações de peso e estatura e IMC, para isso, utilizou-se uma balança Yashica® ST504 e um estadiômetro Standard da Sanny®, o IMC foi calculado a partir da equação: peso/altura² (CUSSATI e PAULA, 2012). A composição corporal dos jogadores foi avaliada através de coleta de dobras cutâneas, seguindo o protocolo de 4 dobras de Faulkner (1968). A maturação sexual foi classificada através do protocolo de Tanner (1962) com a avaliação da pilosidade pubiana e desenvolvimento da genitália, sendo classificada em 5 estágios de maturação sexual (G1 a G5). As mensurações foram realizadas no turno da manhã, às 9 horas. Os dados foram tabulados no aplicativo Excel, versão 2007 do Windows Office® e depois foram realizados os cálculos de média e desvio padrão das variáveis: idade, peso, altura, tempo de prática de futebol, das dobras cutâneas (Abdominal, Subescapular, Supra-ilíaca e Tríceps) e do percentual de gordura.

Análise e discussão dos resultados

    Na categoria sub 15, a idade média foi de 14,5 ± 0,5 anos, o tempo de prática foi de 7,4 ± 1,06 anos, o peso corporal foi de 61,6 ± 6,91 kg, estatura de 167 ± 0,06 cm, o IMC médio foi de 22,08 ± 1,84 kg/m² e percentual de gordura de 10,9 ± 1,56%, 72,2% dos avaliados são classificados no estágio de maturação G3. Na categoria sub 17, a idade média foi de 16 ± 0,7 anos, o tempo de prática foi de 8,6 ± 2 anos, o peso corporal foi de 66,8 ± 6,91 kg, a estatura foi de 171 ± 0,05 m, tendo o IMC de 22,7 ± 1,66 kg/m² e percentual de gordura de 11,3 ± 1,61%, o estágio de maturação G3 foi predominante em 63,1% dos atletas dessa categoria. Já na categoria sub 20, os valores foram os seguintes: idade média de 18,2 ± 0,8 anos, o tempo de prática foi de 9,1 ± 2,2 anos, peso corporal de 70,1 ± 5,3 kg, a estatura de 175 ± 0,06 cm, IMC de 22,8 ± 1,5 kg/m² e percentual de gordura de 10,4 ± 1%, tendo 77,7% dos atletas no estágio G4.

Posição

Idade

Estatura

Peso

Tempo de Prática

IMC

%G

Goleiro

15

167

74

7

26,8

16

Lateral

14,25 ± 0,5

166 ± 0,1

60 ± 4,8

8 ±1,82

21,8 ± 1,7

10,4 ± 0,8

Zagueiro

15

180 ± 0,1

67,4 ± 5,5

6,6 ± 0,5

21,9 ± 0,4

10,9 ± 0,4

Meio campo

14 ± 0,4

1,6 ± 0,1

55,2 ± 7,6

7,2 ± 0,9

20,5 ± 2,1

10,1 ± 1,3

Atacante

15

170

60 ± 4,4

7,6 ± 0,6

21,7 ± 1,1

9,8 ± 0,6

Média

14,5

167

61,6

7,4

22,08

11,3

Desvio Padrão

0,5

0,06

6,91

1,06

1,84

1,61

Quadro 1. Avaliados da categoria Sub 15 de futebol

    Observando o quadro 1, podemos analisar os fatores relevantes da pesquisa. A estatura, por exemplo, é um fator importante a ser analisado, à medida que ocorre o crescimento e a criança/adolescente está na plenitude da sua maturação sexual, ocorrem diversas alterações nesse fato. Dentre as posições, o goleiro, os zagueiros e atacantes são os que mais precisarão ter uma boa estatura para que tenham uma boa desenvoltura em suas funções, até existem àqueles que não são providos de boa estatura, mas, conseguem superar esse déficit apresentando outras qualidades, como boa impulsão, bom desarme (no caso dos zagueiros) ou excelente velocidade de reação, agilidade (no caso dos goleiros) (FONSECA, LEAL e FUKE, 2008). Houve uma concordância nos resultados de percentual de gordura e massa corporal dessa pesquisa com a pesquisa realizada por Barbosa et al. (2011).

    Os zagueiros da categoria Sub 15, avaliados nesse estudo, são os que apresentam maiores valores para as variáveis de altura (180 ± 0,1), peso (67,4 ± 5,5), IMC (21,9 ± 0,4) e percentual de gordura (10,9 ± 0,4). Em estudo realizado por Alves et al. (2009), foram encontrados valores similares aos desse estudo para a categoria Sub 15, depois foi comparado os resultados com a categoria Sub 17 e verificaram uma diminuição do percentual de gordura, ganho de peso e altura, que são variáveis relevantes para o bom desempenho no futebol, uma vez que é um esporte de muito contato e também depende da altura para que haja uma vantagem no jogo aéreo.

    Arruda e Rinaldi (1999 apud FONSECA, LEAL e FUKE, 2008) afirmam que normalmente os meio campistas tendem a ter maiores valores de %G, o que não foi verificado com os avaliados da categoria Sub 15 desse estudo.

Posição

Idade (anos)

Estatura (cm)

Peso (kg)

Tempo de prática (anos)

IMC (kg/m²)

%G

Goleiro

17

176

82,3

9

26,6

17,2

Lateral

16,6 ± 0,6

169 ± 0,04

69,8 ± 2,4

8,3 ± 2,3

24,2 ± 0,6

11,2 ± 0,6

Zagueiro

16 ± 0,8

169 ± 0,04

69,8 ± 2,4

8,3 ± 2,3

24,2 ± 0,6

11,2 ± 0,6

Meio campo

15,6 ± 0,9

168 ± 0,03

60,8 ± 3,7

9,4 ± 1,1

21,5 ± 1,2

10,5 ± 0,7

Atacante

16 ± 0,6

168 ± 0,04

63,7 ± 6,2

8,3 ± 2,1

22,3 ± 1,5

10,7 ± 1,1

Média

16

171

66,8

8,6

22,7

11,3

Desvio Padrão

0,7

0,05

6,91

2

1,66

1,61

Quadro 2. Avaliados da categoria Sub 17 de futebol

    O quadro 2 apresenta os jogadores da categoria Sub 17 desse estudo. O goleiro apresentou maior percentual de gordura, altura, peso, IMC. Em seguida, os zagueiros e laterais. Nesse estudo, os meio campistas apresentaram os menores valores de peso, altura, IMC e percentual de gordura, onde há uma relação inversa com a afirmação feita por Arruda e Rinaldi (1999 apud FONSECA, LEAL e FUKE, 2008) que diz que normalmente os meio campistas apresentam os maiores valores de %G, porém, pelo fato de serem jogadores da categoria Sub 17, há de se destacar as mudanças morfológicas que ainda estão por acontecer e que estão acontecendo com indivíduos dessa faixa etária.

    Barbosa et al. (2011) realizaram uma pesquisa com atletas dessa mesma categoria, onde houve resultados no peso corporal, diferença significativa na estatura e percentual de gordura, com os avaliados dessa pesquisa tendo uma média inferior na estatura e percentual de gordura mais baixo.

    Em geral, houve um aumento nas médias de altura, peso, percentual de gordura e IMC da categoria sub 17, quando comparada à categoria sub 15, esse fato pode ser explicado pela afirmação de Tourinho e Tourinho Filho (1998 apud Capistrano et al., 2010), onde os autores dizem que na adolescência há um processo de aumento de peso e estatura, esse aumento é devido ao “pico de velocidade de crescimento” ou “pico de velocidade de estatura”.

Posição

Idade (anos)

Estatura (cm)

Peso (kg)

Tempo de prática (anos)

IMC (kg/m²)

%G

Goleiro

18,3 ± 1,1

179 ± 0,03

75 ± 5,5

6,6 ± 1,1

23,3 ± 2,1

11 ± 2,3

Lateral

18

176 ± 0,09

70,9 ± 5,3

9,5 ± 2,1

23,2 ± 1,2

10,6 ± 0,9

Zagueiro

18

180 ± 0,04

74,7 ± 3,8

7,5 ± 3,5

23,1 ± 0,1

11 ± 0,6

Meio campo

18,1 ± 1

173 ± 0,05

68 ± 4,7

10 ± 2,4

22,8 ± 1,9

11 ± 0,6

Atacante

18,7 ± 0,5

174 ± 0,08

67,7 ± 5,6

10,2 ± 4,6

22,3 ± 1,5

9,7 ± 0,5

Média

18,2

175

70,1

9,1

22,8

10,4

Desvio Padrão

0,8

0,06

5,3

2,2

1,5

1

Quadro 3. Avaliados da categoria Sub 20 de futebol

    O quadro 3 apresenta os dados obtidos através de avaliação dos atletas da categoria Sub 20, resultados diferentes dos alcançados no estudo de Barbosa et al. (2011), onde os índices de percentual de gordura, estatura, peso, foram menores do que os analisados pelos autores supracitados.

    O estudo realizado por Coral e Conceição (2009) obteve escores de percentual de gordura similares aos verificados na categoria Sub 20 desse estudo, os atacantes e laterais obtiveram um percentual de gordura menor, provavelmente pela modernidade em que o futebol se encontra, onde o lateral tem várias funções e o atacante não se limita apenas a fixar-se dentro da grande área. Houve também uma correlação positiva nos resultados de peso e estatura dos zagueiros, obtidos pelos autores, em comparação aos resultados dessa pesquisa, onde os zagueiros apresentaram maior massa corporal e altura.

Maturação sexual

Estágio de maturação

Sub 15

Sub 17

Sub 20

G1

5,6%

___

___

G2

22,2%

___

___

G3

72,2%

63,2%

___

G4

___

36,8%

77,8%

G5

___

___

22,2%

Quadro 4. Maturação sexual dos avaliados de todas as categorias

    Analisando o quadro 4, podemos observar os estágios de maturação sexual e sua distribuição nas categorias analisadas nesse estudo. Na categoria Sub 15, 1 avaliado com idade de 14 anos foi classificado no estágio G1 de maturação, 4 avaliados foram classificados no estágio G2 de maturação sexual, sendo 2 atletas com a idade de 14 anos e os outros 2 atletas com 15 anos de idade. No estágio G3, 13 atletas foram classificados, sendo que 8 deles têm idade de 15 anos e 5 com 14 anos.

    A análise da categoria Sub 17 foi composta por 12 atletas classificados no estágio G3, onde, 4 atletas com 17 anos, 4 com 16 anos e os outros 4 atletas com 15 anos, também houve classificação de 7 atletas no estágio G4, sendo, 4 atletas com idade de 16 anos, 2 atletas com 17 anos e 1 atleta com 15 anos de idade.

    Por fim, analisou-se a categoria Sub 20. Dos avaliados dessa categoria, 14 foram classificados e enquadrados no estágio G4, sendo que 7 deles têm 18 anos de idade, 4 com 19 anos, 2 atletas com 17 anos e 1 atleta com 20 anos de idade. Nesse estudo, 4 atletas da categoria Sub 20 foram classificados no estágio G5, 2 atletas apresentaram idade de 19 anos, 1 com 17 anos e outro com 18 anos de idade.

    Alguns outros estudos relacionados à maturação sexual de atletas jogadores de futebol foram realizados e, percebeu-se que houve uma diferença significativa no processo maturacional dos atletas. Almeida (2011) realizou um estudo e avaliou 16 atletas de um clube de futebol, não havendo nenhum caso onde um atleta com 14 anos de idade fosse classificado no estágio G1, o número de avaliados com idade de 14 anos que foram enquadrados no estágio G3 foi de 9 atletas, também houve 1 atleta classificado no estágio G4 e 3 atletas no estágio G5, mostrando superioridade no desenvolvimento maturacional quando comparados com essa pesquisa. Também foi verificado resultados de maturação sexual superiores aos resultados obtidos por essa pesquisa nos estudos de outros autores, como nos estudos de Campos et al. (2010).

    É relevante conhecer sobre o nível de maturação sexual de cada atleta, uma vez que a maturação sexual tem relação direta com o bom desempenho nas atividades esportivas, na eficiência do gesto motor. Nesse período, as características sexuais primárias e secundárias são desenvolvidas e o desenvolvimento dos órgãos genitais demonstra o processo de amadurecimento dos indivíduos. (MACÊDO e FERNANDES FILHO, 2003).

Conclusão

    Conclui-se que é necessário que haja avaliações antropométricas, da composição corporal e da maturação sexual de atletas a fim de selecionar àqueles que estão em melhores condições para ter o melhor desempenho no esporte. Como já foi visto, a maturação sexual é um fator importante a ser analisado, pois, através dela, pode-se saber sobre o potencial a curto e longo prazo de atletas, pelo fato de estar correlacionada às habilidades motoras especializadas, à força e potência muscular, que são valências exigidas na maioria dos esportes.

    Também é relevante analisar as variáveis de composição corporal e antropométricas de cada posição, onde, no caso do futebol, algumas posições exigem maior estatura, peso. Em outras, há a necessidade de que haja o percentual de gordura mais baixo, maximizando a agilidade e velocidade.

Referências

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