Considerações a respeito do
trabalho de força Consideraciones con respecto al trabajo de fuerza en las clases de Educación Física |
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Graduando em Licenciatura em Educação Física pela Universidade do Estado do Pará, Campus VII (Brasil) |
Max Ferreira Lima |
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Resumo Este trabalho se sustenta na necessidade de desenvolver a aptidão física relacionada à saúde. Ainda que sejam características das aulas de Educação Física as atividades desportivas e recreativas, estes não têm magnitude suficiente para desenvolver a aptidão física relacionada à saúde. Tem como objetivo central apresentar maneiras de desenvolver o trabalho de força na escola. Foi feito um levantamento na literatura da linha de pesquisa do treinamento de força para crianças e jovens. O estudo apresenta os benefícios do trabalho de força e como desempenhá-lo. Unitermos: Trabalho de força. Aula de Educação Física. Planejamento.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 187, Diciembre de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Além dos bons resultados na força, o trabalho de força apresenta aumento no desempenho em modalidades esportivas, e profilaxia para lesões e problemas de postura (SPORT MEDICINE ADVISOR, 2013).
A estabilidade articular e diminuição de riscos de lesões durante atividades esportivas podem aumentar com aprimoramento da capacidade motora força. Melhora da autoestima e reconhecimento social servem como melhoria da saúde mental das crianças condicionadas ao trabalho de força (AAP, 2001; ACSM, 2005; RHEA, 2009).
[...] crianças que não participam de um programa de treinamento de força antes de exercer atividades esportivas estão sujeitas a um risco de lesões seis vezes maior que aquelas que participam desse tipo de exercícios. (RHEA, 2009. p. 21)
Benefícios do trabalho de força
Devido o trabalho de força ampliar a resistência a sobrecargas mais intensas, é apontado também melhora no desempenho esportivo.
De acordo com Risso (1999), o pouco desenvolvimento da musculatura do tronco está entre as principais causas de problemas posturais visto que a rotina na escola é em grande parte sentado.
“[...] se faz necessário programas de treinamento ode força para crianças e jovens que desenvolvam a musculatura envolvida no controle postural” (BRAGA, 2007. p. 34).
Entre outros benefícios, (AAP, 2001; NSCA, 2005 apud BRAGA, et al, 2008), aponta que o trabalho de força pode auxiliar:
Na prevenção de doenças cardiovasculares;
Redução e controle da pressão alta e da obesidade infantil;
Na melhora das habilidades motoras básicas;
Desenvolver cedo o bom equilíbrio postural;
Na eficiência do desempenho de tarefas motoras e habilidades esportivas;
Na melhora do rendimento em testes de aptidão;
Antecipação do desenvolvimento da coordenação e equilíbrio;
Estabelecendo o interesse pela aptidão física por toda vida;
Na melhora da flexibilidade;
Favorecendo a melhora na composição corporal.
Postura do professor
Atualmente a preocupação é voltada a qualificação dos professores para a supervisão bem orientada e a instrução das técnicas, elementos básicas para a segurança e eficácia dos exercícios a serem desempenhados (PROENÇA, 2001 apud VARGAS, 2011).
É o professor que planifica e planeja suas aulas, ou seja, depende dele a inclusão ou não de conteúdos e a apropriada administração dos mesmos. Para promoção de estilo de vida saudável e hábitos de atividade física e desenvolver as capacidades físicas e aptidão relacionado à saúde, deve está contido no planejamento do professor para que seja alcançado com eficiência (VARGAS, 2007. p. 14):
[...] torna-se importante o conhecimento prévio do estado de aptidão física dos alunos e das suas carências, de forma a poder estabelecer programas de promoção e desenvolvimento da actividade física.
Freqüência semanal (volume)
Uma das criticas a cerca da educação física escolar é a freqüência semanal que talvez não seja suficiente para o desenvolvimento das capacidades motoras, especificamente as condicionais. Outro aspecto de critica relacionado às aulas é a qualidade voltada ao desenvolvimento das capacidades motoras. “O tempo da aula que é dedicado a exercícios que induzam adaptações fisiológicas úteis ao organismo [...] é insuficiente”. (SARDINHA et al, 1996 apud VARGAS, 2007. p. 14).
FAIGENBAUM (2002), afirma que a freqüência semanal regular em programas de força quando jovem pode aumentar a densidade óssea, a composição corporal e diminuição de lesões em esportes e atividades recreativas.
“Recomenda-se que as crianças treinem força duas ou três vezes por semana em dias não consecutivos”. (ACSM, 2000; FAIGENBAUM, KRAEMER et al, 1996 apud FAIGENBAUM, 2002. p. 416).
Maneira de desenvolver a capacidade força nas aulas
O trabalho de força não deve ser o tema central das aulas, mas parte integrante do planejamento juntamente a outras matérias e conteúdos da Educação Física. (GRECO, 2010 apud VARGAS, 2011. p. 24) afirma que “um programa básico para crianças e adolescentes não precisa de mais do que 7 a 20 minutos por sessão, três vezes por semana”. Visto que o Ministério da Educação exige no mínimo duas aulas semanais.
O método de circuito é valorizado como uma maneira eficiente de desenvolver força em grupos numerosos, como os alunos de uma classe, e recruta os principais grupos musculares. (CUNHA, 1996; MOLLET, 1972 apud BRAGA, 2007).
O trabalho de circuito utiliza pouco tempo, entretanto ergue os níveis de força com respeitável custo benefício, pois de acordo com (BAECHLE, 1994 apud BRAGA, 2007 p. 60) esse método:
Alterna as partes do corpo para cada série do exercício, os músculos previamente exercitados descansam, enquanto outros grupos estão iniciando, seguidos de curtos períodos de descanso.
Considerações finais
O trabalho de força nas aulas de Educação Física é seguro e eficiente quando adequadamente planejado. Os benefícios são diversos, tanto no condicionamento físico e desempenho esportivo quanto aptidão física relacionado à saúde mental e fisiológica.
Aja visto a importância do trabalho de força em crianças e jovens no âmbito escolar, é fundamental que nas aulas de Educação Física essa capacidade seja planificada e desempenhada.
Referências
AAP - American Academy of Pediatrics. Strength training by children and adolescents. Pediatrics. 107(6), p.1470-1472, June 2001.
BRAGA, Fernando Cesar Camargo. Desenvolvimento de força em crianças e jovens nas aulas de educação física. Dissertação (mestrado) Curso de pós-graduação em ciências do movimento humano - 130f. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, 2007.
FAIGENBAUM, A. Comparison of 1 and 2 days per week of strength training in children. Res. Q. Exerc. Sport. 73(4), p.416-424, 2002 Dec.
RHEA, Matthew. Treinamento de força para crianças. Tradução: Hatsuya Kimura. São Paulo: Phorte, 2009
SPORT MEDICINE ADVISOR. Strength Training For Prepubescent and Adolescent Children. Schenectady Regional Orthopedic Associates.
VARGAS, Tiago Alexandre Nobre. A importância do treino de força nas aulas de educação física: estudo em alunos de ambos os sexos do 7º ano de escolaridade. Dissertação (mestrado) – 65f. Lisboa, Portugal: Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Faculdade de Educação Física e Desporto, 2011.
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