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A eficácia de exercícios físicos sem orientação profissional

La eficacia de los ejercicios sin orientación profesional

 

*Discentes do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira

**Orientador. Mestre e Doutor em Educação Física

Docente do curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira

(Brasil)

Henrique Siqueira Brito*

Kesllen Rodrigo Maia*

Lorena Ferreira da Silva*

Moises da Silva Santos*

Stephany Santos*

Prof. Ademir Schmidt**

lorena_998749@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Neste trabalho visou-se demonstrar através de dados obtidos, a importância de um profissional adequado para a obtenção de melhores resultados dentro de um programa de treinamento. Utilizando-se do método descritivo, foram distribuídos questionários entre parte do público feminino, praticantes de exercícios físicos em um parque público de Goiânia, GO- Brasil, com o intuito de analisar se as atividades praticadas pelas mesmas possuem eficácia o suficiente para que se obtenha um bom resultado. A discussão dos dados obtidos através dos questionários preenchidos foi balizada através de pesquisas bibliográficas retiradas de materiais já publicados. Verificou-se que grande parte das entrevistadas, busca como objetivo principal na prática freqüente de exercícios, melhorar ou manter a saúde, além de bem-estar físico e mental, e que embora nenhuma das entrevistadas siga orientações de profissionais adequados durante a prática dos exercícios, grande parte das mesmas acreditam estar conseguindo alcançar os objetivos desejados. Porém, conforme verificação dos dados pôde-se perceber através da pesquisa realizada, que a falta de orientação de um profissional de educação física compromete o resultado e a qualidade dos objetivos desejados por parte dos indivíduos que executam os exercícios físicos sem a devida orientação, pois os mesmos não possuem conhecimentos suficientes para evoluírem na prática a fim de se conseguir melhores resultados.

          Unitermos: Exercícios físicos. Orientação. Resultados.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 187, Diciembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A prática de atividades físicas é de extrema importância para ganhos, prevenção e manutenção da saúde, melhorando a qualidade de vida das pessoas em práticas através de esportes, jogos, corridas e caminhadas por exemplo.

    A atividade física é resultante de qualquer ação que gaste energia acima do repouso, diferente de exercício físico que depende de gasto calórico sob orientação de um profissional, visando diagnóstico, planejamento e execução.

    Atualmente o número de pessoas sedentárias está aumentando, seja por causa da mudança de hábitos, pela evolução da tecnologia e por outros fatores. Algumas pesquisas já publicadas estimam que um terço dos adultos não tem praticado atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

    Uma atividade simples, barata e que todos podem fazer é a caminhada ou corrida. A caminhada e a corrida se popularizaram por serem fáceis, poderem ser realizadas em qualquer ambiente, sem custos, melhoram a qualidade de vida e a grande maioria populacional pode executar essas atividades, independente de idade ou condicionamento físico.

    Em Goiânia, o número de adeptos a corridas e caminhadas tem aumentado, seja pela facilidade ou por estar na moda. O número de corridas de rua organizadas por academias, órgãos públicos, dentre outros, também tem aumentado bastante. Não é segredo que a caminhada ou a corrida promovem melhorias na saúde das pessoas, porém é necessário o acompanhamento de um profissional da educação física, pois há certos princípios que devem ser seguidos para que o resultado desejado seja alcançado.

    O objetivo do presente estudo foi verificar como as pessoas realizam exercícios físicos sem orientação profissional, e se elas obtêm o resultado esperado.

2.     Princípios científicos do treinamento esportivo e métodos de treinamentos

    Alguns princípios científicos colaboram para uma boa elaboração de um programa de treinamento. Tubino e Moreira (2003), apresentam 7 princípios que devem ser levados em consideração, sendo eles:

  1. Princípio da Individualidade Biológica: o programa de treinamento deve ser elaborado para um indivíduo específico, sendo levadas em consideração suas características individuais, pois nem todos os indivíduos responderão da mesma maneira a um determinado estímulo de treinamento. Segundo McArdle e Katch (2013), os benefícios ótimos do treinamento ocorrem quando os programas de exercícios concentram-se nas necessidades individuais e nas capacidades dos participantes.

  2. Princípio da Adaptação: acontece ao longo de todo o processo do treinamento, pois o corpo sempre necessitara de novos estímulos para a quebra da homeostase. Desta forma, sabendo que o equilíbrio homeostático se modifica por qualquer alteração ambiental, significa dizer que para cada estímulo haverá uma resposta, e estes podem ser classificados em: débeis (fracos, sem consequências), médios (apenas excitam); médios para fortes (o mais recomendado, pois provoca adaptações) e muito fortes (causam danos).

  3. Princípio da Sobrecarga: após uma aplicação de carga de trabalho, há uma recuperação do organismo visando recuperar a homeostase. McArdle e Katch (2013), afirmam que, a aplicação de uma sobrecarga na forma de um exercício específico aprimora a função fisiológica para induzir uma resposta ao treinamento. A manipulação da frequência cardíaca, da intensidade e da duração do exercício irá colaborar para se conseguir uma sobrecarga adequada ao indivíduo em treinamento.

  4. Princípio da Continuidade: Segundo Barbanti (2010), este princípio assegura que as mudanças corpóreas conseguidas pelo treinamento físico sejam de natureza transitória. Ou seja, as mudanças adquiridas com o treinamento, retornam aos níveis iniciais com a paralisação do treinamento, aquilo que se ganha em longo prazo se perde em longo prazo, pois se ganhou num período prolongado, então se perde lentamente.

  5. Princípio da Interdependência Volume-Intensidade: possuem uma correlação para um bom desempenho, tendo colaboração significativa com a melhora das aptidões do treinando. Quando o treinamento apresenta maior volume e menor intensidade no exercício, trata-se de uma preocupação geral. Na situação inversa, intensidade maior que o volume, a preocupação será específica.

  6. Princípio da Treinabilidade: quanto mais treinado um individuo está, mais difícil e demorado se tornará para que se consiga alcançar mais um degrau em seu desenvolvimento.

  7. Princípio da Especificidade: McArdle (2013), diz que especificidade refere-se a Adaptações Especificas às Demandas Impostas (AEDI). Ou seja, de acordo com este princípio, o treinamento buscará desenvolver algo que seja determinante para a performance do treinando, por exemplo, para desenvolver resistência aeróbia, o treinamento deverá ser elaborado com volume e intensidade necessário para sobrecarregar as variáveis que colaboram para o alcance de tal objetivo.

    Além dos princípios científicos, devem ser considerados também para a prescrição do exercício métodos de treinamentos específicos, que se bem utilizados podem contribuir com o melhor desempenho do aluno, visando alcançar os objetivos daquele que se esta treinando. Abordaremos aqui, o método de treinamento contínuo, bastante utilizado, pois deposita sua ênfase no volume de trabalho.

    O treinamento contínuo se baseia nos exercícios tipicamente aeróbios, também conhecidos como exercícios cíclicos, cuja duração é prolongada podendo apresentar níveis variados de intensidade (leve,moderada ou alta). Este método propicia um relativo conforto em sua realização pela instalação de steady-state (estado de equilíbrio entre o consumo de oxigênio e produção de energia), tornando-se particularmente adequado para iniciantes em atividades físicas ou para os que almejam reduzir gordura corpórea por meio de considerável gasto energético.

    Segundo Counsilman (1975) apud Tubino e Moreira (2003), este método de treinamento provoca um aumento da capacidade cardíaca, redução da FC de repouso, aumento do volume sistólico, melhoria da capacidade pulmonar para extrair oxigênio do ar inspirado, aumento do volume sanguíneo, maior armazenamento de glicogênio no fígado e nos músculos, aumento do número de capilares funcionais nos músculos, aumento do número e uma melhoria da composição das mitocôndrias nas fibras musculares.

    Dentre os métodos de treinamento contínuo existentes, destacamos o método da zona alvo, sendo um dos mais utilizados, pois tem como objetivo o treinamento da resistência aeróbica. Neste método, o importante será manter a frequência cardíaca dentro de uma faixa, pré-estabelecida (a zona alvo). Segundo Fox (1991), a determinação da zona alvo de treinamento contínuo pela frequência cardíaca varia de acordo com os objetivos propostos, idade e a aptidão física aeróbica de cada um. Ainda segundo este autor, esta zona alvo pode ser estimada pelos limiares mínimo e máximo da frequência cardíaca máxima. McArdle (1998), afirma que, estes limiares de frequência cardíaca são aproximadamente 60 e 85% da frequência cardíaca máxima, sendo a zona alvo ou zona sensível ao treinamento o intervalo entre esses dois limiares.

3.     Metodologia

    A pesquisa se classifica como descritiva, que segundo Cervo e Bervian (2002) se caracteriza por observar, registrar, analisar e correlacionar variáveis sem manipulá-las, procurando descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.

    Participaram da pesquisa 30 pessoas, sendo todas do sexo feminino, com faixa etária entre 21 a 71 anos, praticantes de atividades físicas (caminhada, corrida, dentre outros) sem qualquer orientação de um profissional adequado para a execução do mesmo. A pesquisa foi realizada no Parque Areião, situado na cidade de Goiânia-GO.

    Foram solicitados aos sujeitos submetidos à pesquisa, que respondessem a um questionário o qual foi utilizado para que seus dados fossem tabulados através de formulas do programa Microsoft Excel e após os dados obtidos, esses seriam analisados e estudados de acordo com a literatura pertinente.

4.     Resultados e discussão

    De acordo com os dados obtidos, através de respostas em questionário distribuído, pode-se observar que,

Gráfico 1. Faixa etária das entrevistadas conforme verificado no grafico 1, a maior parte das entrevistadas estão dentro da faixa etária de 31 à 70 anos de idade.

 

Gráfico 2. Problemas de saúde mais comum

    O gráfico 2 nos mostra que 36,7% das entrevistadas sofrem de hipertensão e recorrem a prática de exercícios buscando amenizar o quadro da doença, que segundo Teixeira (2008), de fato, o exercício físico tem sido proposto como efetiva ferramenta não medicamentosa no controle da hipertensão arterial. O exercício fisíco ajudará a baixar mais a PA, além de reduzir as doses dos medicamentos e o risco da mortalidade prematura.

Gráfico 3. Exercícios praticados com maior frequência

    Dentre os exercícios mais praticados pelas entrevistadas, está a caminhada, considerada um exercício aeróbico leve, prescrita principalmente para iniciantes, que com o passar do tempo pode evoluir para a corrida em ritmos mais intensos. Acreditamos que esta obteve o maior índice, pois verificou-se que nenhuma das entrevistadas seguem orientaçao de um profissional especializado e além disso, segundo Powers e Howley (2009), existe uma boa razão para acreditar que alguns indivíduos, especialmente os obesos e idosos, possam utilizá-la como principal estrategia de exercício físico. Ainda segundo estes autores, neste estágio, a ênfase é simplesmente fazer com que as pessoas se tornem ativas, fornecendo uma atividade que pode ser realizada em qualquer lugar, em qualquer momento e com qualquer pessoa, seja ela jovem ou idosa.

Gráfico 4. Tempo de prática de exercícios

 

Gráfico 5. Frequência de realização do exercício

 

Gráfico 6. Duração do exercício

    De acordo com os indicadores (gráficos 4, 5 e 6), 63,3% das entrevistadas praticam exercícios físicos há mais de 3 anos, variando em grande maioria a frequência da prática entre 3 a 5 dias da semana e obtendo maior índice de duração da atividade entre 50 a 60 minutos de exercícios ou mais de 1 hora. Segundo Foss e Keteyian (2010), o termo duração pode referir-se ao comprimento de uma única sessão de treinamento (quantidade de minutos ou horas). Em geral, quanto mais frequente e mais prolongado (semanas ou meses) for o programa de treinamento de endurance, maiores serão os benefícios no que se refere à aptidão. Afirma ainda que, uma sequência de treinamento recomendada para os programas de endurance ficaria entre três a cinco dias por semana. Verifica-se então que quanto a duração e o número de realização dos exercícios por dia da semana, nossas entrevistadas encontram-se adequadas de acordo com a literatura.

Gráfico 7. Variações de duração e intensidade do exercício

    O gráfico 7 demonstra que 70% das entrevistadas afirmaram que mantem a duração do exercício, porém apenas 56,7% disseram realizar variações de intensidade. Powers e howley (2009), afirmam que a duração deve ser analisada concomitante a intensidade, pois o trabalho total realizado por sessão (200-300 Kcal) é uma variável importante associada a melhorias do condicionamento cardiorrespiratório quando o limiar mínimo de intensidade é atingido. Podemos verificar nesta afirmação dos autores que o princípio científico de treinamento utilizado aqui é a interdependência do volume-intensidade. Mas deve ser analisado também que grande parte das entrevistadas (63,3%) já praticam exercícios há mais de 3 anos, sendo necessário observar outro princípio de treinamento importante nesse estágio de treinamento que é a sobrecarga. Foss e Keteyian (2010) afirmam que a intensidade, a frequência e a duração do esforço são usadas como os meios para estimular uma sobrecarga progressiva. O uso desses três fatores e de seus subcomponentes esta associado mais frequentemente com o desenvolvimento de programas aeróbicos e desses três fatores, a intensidade é o mais importante. O que queremos deixar claro é que, quanto mais tempo de treinamento o indivíduo possui, mais evidente se tornará o princípio da especificidade, pois com o aumento da intensidade no exercício em questão, que é algo necessário, segundo Foss e Keteyian (2010), o objetivo consiste em “sobrecarregar” as vias energéticas anaeróbicas durante o treinamento, de forma a acarretar adaptações correspondentes que darão origem a uma melhor capacidade de desempenho do atleta. Podemos afirmar entao que se a intensidade e o volume do exercício das entrevistadas permanecem no mesmo patamar, sem quaisquer variações, isso acarretará no baixo índice de evolução das mesmas, pois a trajetória de um treinamento deve sair de uma ênfase na quantidade (volume) de trabalho e chegar à qualidade (intensidade) de preparação (Caderno de estudos de treinamento esportivo I, p. 10, Schimidt, 2012).

    Quando questionado as entrevistadas, se em caso de variação de intensidade, como são controladas essas variações, as mesmas responderam o seguinte,

Gráfico 8. Controle de variações da intensidade do exercício

    Como pôde-se observar: 36,7% das entrevistadas não souberam responder, 26,7% controlam por percepção subjetiva, apenas 13,3% acompanham o nível da intensidade através do controle da frequência cardíaca com frequencímetro. Isso demonstra que sem o controle adequado do nível de intensidade que se esta alcançando durante o exercício, o treinamento já não produzirá um bom efeito, pois conforme Powers e howley (2009), a intensidade descreve a sobrecarga sobre o sistema cardiovascular necessária para produzir um efeito de treinamento.

Gráfico 9. Motivo do início da prática esportiva

    Conforme gráfico 9, a prática de exercícios físicos é mais estimulada devido a busca pela melhoria da saúde, com o intuito de manter o bem-estar das praticantes.

Gráfico 10. Principal objetivo para início da prática esportiva

    Concomitante com o gráfico anterior, podemos perceber através deste gráfico que as entrevistadas visam como objetivos principais a busca pela saúde em geral e o emagrecimento. Acreditam que com a prática frequente dos exercícios, além de atingirem seus objetivos principais, conseguem através das atividades praticadas o alivio do stress diário, pois o exercício torna-se uma importante ferramenta que além de contribuir com o bem-estar físico, buscam também por um alívio mental.

    Quando questionado as entrevistadas se as mesmas conseguiram alcançar os objetivos desejados, obtivemos as seguintes repostas,

Gráfico 11. Percentual de entrevistadas que acreditam ter alcançado seus objetivos

    Conforme observado, as entrevistadas praticam exercícios físicos sem a devida orientação de um profissional adequado e isso colabora com um menor índice de satisfação das mesmas, pois em gráficos anteriores pôde-se observar que em questões de evolução dos níveis de exercícios (volume e intensidade), grande parte das entrevistadas não sabem quando aumentam o grau da intensidade ou praticam a atividade sempre com o mesmo volume de treino, acarretando em pouca evolução, refletindo diretamente no não atingimento dos objetivos que se deseja alcançar. Neste gráfico, torna-se visível o quão próximos estão os percentuais de entrevistadas que conseguiram e não conseguiram alcançar tais objetivos.

    Embora a maior parte tenha afirmado que seus objetivos foram alcançados, ainda é grande o número de entrevistadas que tiveram uma resposta negativa em relação ao treino que seguem.

5.     Conclusão

    Através de pesquisa realizada, a falta de orientação de um profissional de educação física compromete o resultado e a qualidade dos objetivos desejados por parte dos indivíduos que executam a atividade física sem uma orientação.

    Como foi mostrado, devem ser respeitados os princípios científicos para alcance dos objetivos, e vimos que a duração de cada sessão de exercício esta com um volume adequado de acordo com a literatura, porém, 83,3% tem como atividade física a caminhada, e 63,3% pratica essa atividade há mais de 3 anos. Sendo a caminhada uma atividade física leve e realizada com a mesma carga (intensidade) durante um longo período, o organismo não tem grandes ganhos, pois se adapta e entra em homeostase.

    Quando submetido a um estresse de médio para forte (estímulo ideal, pois provoca adaptações), o organismo se recupera e entra novamente em homeostase, sendo necessários outros estímulos de maiores intensidade para que se consiga sempre melhora (principio da sobrecarga). O que se pôde perceber é que as entrevistadas não executam o que rege esse princípio, pois 70% dizem que a duração do exercício físico é sempre a mesma.

    Outro fator que ajuda a explicar o menor índice de alcance dos resultados é que 56,7% das questionadas dizem que o exercício é realizado com variações de intensidade, porém apenas 13,3% usam frequencímetro aferir a frequência cardíaca e 26,7% utilizam da percepção subjetiva para verificar a intensidade. Sendo assim, é difícil saber se realmente essas pessoas estão aumentando a intensidade e alcançando seus objetivos, pois não há dados para mensurar a intensidade, não sendo possível saber se há aumento da sobrecarga.

    Como a maioria das entrevistadas tem como objetivo a saúde geral (70%), e sabemos que a caminhada proporciona esse benefício e que é fácil obter alguma melhora, mesmo praticando o exercício com intensidade e volume idênticos por um longo período. Em contrapartida, aquelas que desejam emagrecer (36,7%) e estética (16,7%), não conseguirão um resultado expressivo, pois há a necessidade do acompanhamento profissional para se fazer uma anamnese e após, prescrever um treino correto de acordo com cada indivíduo (princípio da individualidade biológica) e com a devida sobrecarga.

    Pôde ser observado que devido a falta de orientação para as atividades realizadas, torna-se mais distante obter um resultado satisfatório, e é questionável dizer que quando 53,3% das entrevistadas dizem ter alcançado resultados com a prática em relação aos seus objetivos, não nos convencendo, pois a maioria tem um controle subjetivo da sua prática e esses resultados não são capazes de julgar uma resposta satisfatória ou não para a prática. O restante, 46,7% dizem não ter alcançado seus objetivos, e sem a avaliação física talvez já tenham conseguido o alcança-lo porem não saibam, pois não houveram dados para serem comparados.

    A quantidade de pessoas que praticam exercícios físicos sem a orientação adequada é enorme, podendo gerar assim prejuízo a saúde e a não obtenção de resultados, devendo ser feito mais estudos nessa área para melhor esclarecimento e obtenção dos resultados.

Referências

  • BARBANTI, V.J. Treinamento esportivo: as capacidades motoras das esportistas. São Paulo: Manole, 2010.

  • CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.

  • FOSS, M.L.; KETEYIAN, S.J. Bases fisiológicas do exercício e do esporte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

  • FOX, E.L.; BOWERS, R.W.: FOSS, M.L. Bases fisiológicas da educação física e dos desportos. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.

  • McARDLE, W.D.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

  • POWERS, S.K.; HOWLEY, E.T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 6. Ed. Barueri: Manole, 2009.

  • SCHMIDT, A. Caderno de estudos de treinamento esportivo I. p. 10. Goiânia, 2012.

  • TEIXEIRA, L. Atividade física adaptada e saúde: da teoria à pratica. São Paulo: Phorte,2008.

  • TUBINO, M.J.G.; MOREIRA, S.B. Metodologia científica do treinamento desportivo. 13ª Ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

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