Composição corporal de
estudantes universitários Composición corporal de estudiantes universitarios del curso de Educación Física |
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*Discentes do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira. ** Orientador. Docente do curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira Mestre e Doutor em Educação Física (Brasil) |
Márcio Frederico Leonardi* Pedro Henrique Silva Ferreira* Túlio Lima Teles* Hugo Gabriel Rosa Canedo* Vítor Cavalcante Accioly* Prof. Ademir Schmidt** |
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Resumo O excesso de gordura corporal está associado a diversos problemas de saúde, tais como o aumento do risco de doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, diabetes entre outras e através das medidas antropométricas é possível verificar a incidência desses problemas. Por outro lado muito pouca gordura corporal, também representa um risco à saúde, porque o corpo necessita de uma certa quantidade de gordura para a manutenção das funções fisiológicas normais. O objetivo deste estudo foi verificar a composição corporal de estudantes universitários do curso de educação física da Universidade Salgado de Oliveira - Campus Goiânia. Participaram desta pesquisa 11 sujeitos (sendo 6 mulheres e 5 homens) com faixa etária entre 21 e 34 anos (média 24 ± 4,96. Verificou-se que as mulheres ficaram dentro dos níveis de gordura recomendados e que os homens ficaram um pouco acima, porém não foram considerados obesos. Unitermos: Composição corporal. Fisiologia. Estudantes.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 187, Diciembre de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A obesidade é um grave problema de saúde que reduz a expectativa de vida, pois aumenta o risco individual de se desenvolver doença arterial coronariana, hipertensão, diabetes tipo II, doença pulmonar obstrutiva, ósteo-artrite e certos tipos de câncer (PITANGA, 2008). O aumento de riscos a saúde associado à obesidade e relacionado não apenas com a quantidade de gordura total de corporal, mas também, com a qual a gordura está distribuída.
Uma das vantagens em se utilizar as medidas antropométricas é que além delas oferecem informações valiosas aos riscos de saúde elas são fáceis de fazer e o custo é baixo. Filho (2003) explica que a antropometria é a ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as proporções do corpo humano, através de medidas de rápida e fácil realização, não necessitando equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro. No presente estudo, as medidas antropométricas utilizadas foram:
Estatura, massa corporal (peso) e espessura das dobras cutâneas. A parir delas foi possível calcular a massa corporal e a composição corporal. Deste modo, objetivo deste estudo foi verificar a composição corporal de visitantes de estudantes universitários do curso de educação física da Universidade Salgado de Oliveira - Campus Goiânia.
Desenvolvimento
O excesso de gordura corporal é um sério problema de saúde que reduz a expectativa de vida pelo aumento no risco de desenvolvimento de diversas doenças. Pitanga (2008) alerta que a incidência de diabetes, aterosclerose, gota, cálculo renal e morte cardíaca súbita são bastante freqüentes em pessoas obesas. Muito pouca gordura corporal, por outro lado, também representa um risco à saúde, porque o corpo necessita de uma certa quantidade de gordura para a manutenção das funções fisiológicas normais. (HEYWARD & STOARCZYCK, 2000).
As mulheres têm um requerimento adicional mínimo de gordura (gordura específica sexual) que é armazenada na maior parte da área, ao redor dos seios e ao redor do quadril. Esta gordura aumenta o peso corporal da mulher em 5-9% e está envolvida na produção de estrogênio, assegurando o equilíbrio hormonal e a função menstrual (BEAN, 1999). No homem, quando a gordura corporal cai para abaixo de 5%, há uma queda na produção de testosterona e a quantidade de espermatozóides diminui, na libido e atividade sexual (BEAN, 1999).
A avaliação da composição corporal desempenha importante função no controle da massa corporal (peso corporal), pois fornece subsídios para: prescrever e orientar exercícios físicos; recomendar o consumo energético adequado; e como critério para acompanhamento das condições de saúde tanto individual quanto populacional (QUEIROGA, 2005).
A técnica de espessura do tecido adiposo subcutâneo parece ser a mais adequada para estudos da composição corporal em nosso meio, considerando, sobretudo o menor custo dos aparelhos utilizados, a não invasividade do método, rapidez na medida e facilidade para interpretação dos resultados, bem como a boa correlação entre as medidas antropométricas e a densidade corporal (PITANGA, 2008). Este método está baseado na relação entre gordura subcutânea, gordura interna e densidade corporal (PETROSKI, 1995).
A aplicação do método de dobras cutâneas de maneira eficiente requer que o avaliador siga alguns procedimentos com o objetivo de minimizar os erros de medida, sendo eles:
Realizar sempre do lado direito do corpo; Identificar cuidadosamente e marcar com lápis demográfico o locar da medida; Tecido subcutâneo diferenciado do tecido muscular através do polegar e do indicador, com as pontas do compasso localizadas a um centímetro do ponto de reparo; Manter a dobra segura no momento em que a medida estiver sendo realizada; Aguardar de dois a três segundos para a leitura ser realizada; Realizar três medidas e calcular a média; Observar ordem rotacional ou consecutiva; Praticar com técnicos hábeis nas medidas de dobras cutâneas e comparar os resultados; Realizar as medidas quando o aluno estiver com a pele livre e seca de óleos e loções; Não realizar as medidas imediatamente após o exercício físico porque a vasodilatação periférica direciona os fluidos do corpo para a pele, fato que pode aumentar o tamanho da dobra (PITANGA, 2008).
Existem várias equações para a estimativa da densidade corporal e do percentual de gordura e cada uma delas pode apresentar resultados diferenciados. Dessa forma, a escolha da equação para estimativa da densidade corporal e do percentual de gordura, tem que considerar o perfil do indivíduo ou do grupo populacional no qual a mesma for aplicada e também a utilização da mesma equação nas reavaliações (PITANGA, 2008).
Essas medidas antropométricas são muito importantes para o indivíduo fique alerta aos riscos de saúde que o excesso de peso pode gerar. É importante ressaltar que os protocolos devem ser exatamente os mesmos nos testes iniciais e nos re-testes.
Metodologia
A pesquisa se classifica como descritiva, que segundo Cervo e Bervian (2002, p. 66) caracteriza-se por observar, registrar, analisar e correlacionar variáveis sem manipulá-las, procurando descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.
Participaram desta pesquisa 11 sujeitos (sendo 6 mulheres e 5 homens) com faixa etária entre 21 e 34 anos (média 24 ± 4,96), estudantes universitários do curso de educação física da Universidade Salgado de Oliveira - Campus Goiânia.
Foram determinadas a massa corporal e a composição corporal. Para a determinação da medida da massa corporal (em kg) utilizou-se uma balança digital da marca Bioland (capacidade até 200 kg). A composição corporal foi estabelecida através da espessura de dobras cutâneas (EDC) utilizando um compasso da marca Sanny, sendo a densidade corporal calculada através da equação de 4 dobras cutâneas proposta por Petroski (1995) (homes: dobras cutâneas tricipital, subescapular, suprailíaca e perna medial; mulheres: dobras cutâneas axilar média, suprailíaca, coxa média e perna medial). A porcentagem de gordura foi calculada com base na equação de Siri (1961).
Os valores de massa corporal e composição corporal foram analisados com base na estatística descritiva de média e desvio padrão, utilizando o Microsoft Office Excel para Windows, versão 2010.
Resultados e discussão
Gráfico 1. Massa corporal
Grafico 2. Média da porcentagem de gordura
Grafico 3. Média da massa gorda (Kg)
Gráfico 4. Média da massa corporal magra (Kg)
No total foram avaliados 11 pessoas, sendo 5 homens e 6 mulheres. A média da massa corporal das mulheres foi de 57,58 kg e de 79,10 kg dos homens. A média da porcentagem de gordura das mulheres foi de 23,31% e 20,4% dos homens. Segundo Pitanga (2008) para classificar o nível de gordura corporal são recomendados valores de 15% para homens e 23% para mulheres, enquanto a quantidade de gordura de 25% ou mais para homens, e 32% ou mais para mulheres são consideradas como obesidade. As mulheres se encontraram dentro dos níveis de gordura recomendados, já os homens ficaram um pouco acima, porém não foram considerados obesos.
A média da massa gorda das mulheres foi de 13,38 kg e dos homens foi de 17,14 kg. A média da massa corporal magra das mulheres foi de 44,21 e dos homens de 61,96. O Músculo tem densidade maior que a gordura, então como o homem possui mais massa magra que a mulher o seu peso é maior.
Conclusão
Observou-se que o percentual de gordura das mulheres ficou dentro dos valores recomendados, que é de 23%, já o dos homens ficaram um pouco acima, 20,4%, porém não foram classificados como obesos que é acima de 25%.
A realização das medidas antropométricas são importantíssimas no intuito de alertar as pessoas os riscos que o excesso e a baixa quantidade de gordura pode trazer para o indivíduo
Referências
BEAN, Anita. O guia completo do treinamento de força. São Paulo: Manole, 1999.
CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.
FILHO, José Fernandes. A Prática da Avaliação Física. Seção: Avaliação. 2ª edição- 2003
HEYWARD, Vivian. & STOARCZYCK Lisa. Avaliação da Composição Corporal Aplicada. São Paulo: Manole, 2000.
PETROSKI, E.L. Desenvolvimento e validação de equações generalizadas para a predição da densidade corporal. Tese de Doutorado. UFSM-RS, Universidade Federal de Santa Maria, 1995.
PITANGA, F. J. G. Testes, medidas e avaliação em educação física e esportes. 5ª ed. São Paulo: Phorte, 2008.
QUEIROGA, M.R. Testes e medidas para avaliação da aptidão física relacionada à saúde em adultos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
SIRI, W.E. Body composition from fluid spaces and density: analysis of methods. In. BROZEK, J.; HENSCHEL, A. Techniques for measuring body composition. National Academy of Science, p.223-244, 1961.
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