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Qualidade de vida de estudantes de graduação em 

Educação Física: comparação entre períodos do curso

Calidad de vida de los estudiantes de graduación del curso de Educación Física: comparación entre períodos del curso

Quality of life of physical education undergraduate students: a comparison between periods of the course

 

Laboratory for Research and Studies on Metabolism and Physical Exercise
Department of Physical Education
Federal University of Lavras
Lavras, Minas Gerais

(Brasil)

Joilson Meneguci

Priscila Carneiro Valim-Rogatto

Gustavo Puggina Rogatto

gustavorogatto@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do presente estudo foi determinar o perfil de qualidade de vida de estudantes de Educação Física, comparando diferentes períodos do curso. A amostra foi composta por 253 acadêmicos. Os voluntários responderam ao WHOQOL-bref, composto por 26 questões que envolvem quatro domínios da qualidade de vida: “físico”, “psicológico”, “relações sociais” e “meio ambiente”. O tratamento estatístico foi feito por análise de variância (ANOVA) e teste post hoc de Bonferroni (p<0,05). Comparando a somatória de todos os domínios, bem como cada domínio separadamente, não foram encontradas diferenças entre os períodos. Considerando os quatro domínios da qualidade de vida previstos no WHOQOL-bref, observou-se que o aspecto “meio ambiente”, que conglomera fatores relacionados à segurança física e proteção, ambiente no lar, recursos financeiros e cuidados de saúde foi o mais comprometido em todos os períodos do curso. Como em diversos estudos, os resultados evidenciam que aspectos relacionados à ao ambiente em que os universitários estão inseridos merecem maior atenção, à medida que representam uma melhora na qualidade de vida desta população.

          Unitermos: Qualidade de vida. Universitários. WHOQOL-bref.

 

Abstract

          The aim of this study was to determine quality of life profile from physical education students. The sample was composed by 253 students. The volunteers answered the WHOQOL-bref, composed of 26 questions involving four domains of quality of life: "physical", "psychological", "social relations" and "environment". Statistical analysis was made by analysis of variance (ANOVA) and Bonferroni post hoc test (p <0.05). Comparing the sum of all areas and each area separately, no differences were found between the periods. Considering the four domains of quality of life provided for the WHOQOL-bref, it was observed that the aspect of "environment" that conglomerates factors related to physical security and protection, home environment, financial resources and health care were the most affected in all periods of the course. As in many studies, the results show that the aspects related to the environment in which academics are inserted deserve more attention, as they represent an improvement in the quality of life of this population.

          Keywords: quality of life, academics, WHOQOL-bref.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 186, Noviembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais e biológicos podem influenciar tanto positivamente, quanto negativamente a saúde da população. A saúde também sofre grande influência dos fatores relacionados ao comportamento como, por exemplo, a alimentação, a prática de atividades físicas e o uso de drogas lícitas e ilícitas (BUSS, 2010). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estar saudável não é apenas se ausentar de alguma doença, é também estar em completo bem-estar físico, mental e social (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2006).

    A saúde se alia a um desenvolvimento social, econômico e pessoal e também é uma das dimensões da qualidade de vida. Contudo, é importante destacar que estado de saúde e qualidade de vida não são sinônimos (SMITH; AVIS; ASSMANN, 1999; BUSS, 2010).

    A concepção de uma boa qualidade de vida se relaciona ao acesso à alimentação, água potável, habitação, trabalho, educação, saúde, lazer e também a valores como amor, liberdade, realização pessoal, solidariedade e felicidade (MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000). Os autores nos trazem também que há fatores que contribuem para uma insatisfação com a qualidade de vida, tais como o desemprego, a violência e a exclusão.

    De acordo com a OMS, qualidade de vida é uma percepção individual em relação a sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores em que se está inserido, de acordo com os objetivos, expectativas, padrões e preocupações pessoais (DEPARTMENT OF MENTAL HEALTH-WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). Sendo assim, qualidade de vida é um conceito amplo que relaciona os aspectos físicos, mental, de relações sociais e crenças, tendo em vista a percepção individual e o ambiente em que o indivíduo está inserido (CUNHA, et al., 2005; MAZO et al. 2009).

    O tempo que se despende no trânsito, as condições médico-hospitalares disponíveis, a possibilidade de freqüentar um espaço de lazer, e a garantia de segurança e moradia são alguns dos fatores que influenciam a qualidade de vida de uma pessoa (NOBRE, 1995). Holmes e Dickerson (2003) nos trazem que o estado geral de saúde, o estado emocional, as condições econômicas, os conhecimentos e experiências prévias, a capacidade de desempenho, a auto-estima, a satisfação pessoal e também a comparação com os outros, não interferem na qualidade de vida.

    A avaliação da qualidade de vida é individual, portanto apenas o próprio indivíduo tem condições para informar a sua posição a respeito desta variável (NOBRE,1995). O nível de qualidade de vida também sofre influência das diversas condições relacionadas ao indivíduo e ao meio em que ele está inserido, se associando à satisfação das necessidades existentes em cada um de nós, e relacionando-se com a vida familiar, amorosa, social e ambiental. Sendo subjetiva, a qualidade de vida também é influenciada pelas perspectivas, valores e padrões de vida de cada um (DANTAS, 1999; MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000; MAZO et al. 2009). Eurich e Kluthcovsky (2008) destacam que diversos pesquisadores relacionam a definição de qualidade de vida com a satisfação com a vida e o contentamento de suas precisões.

    Diversos pesquisadores têm buscado avaliar a qualidade de vida de estudantes universitários. Estudos desenvolvidos por Eurich e Kluthcovsky (2008), Saupe et al. (2004) e Kawakame e Miyadahira (2005) avaliaram a qualidade de vida de graduandos em enfermagem. Também avaliando a qualidade de vida de universitários, Cieslak et al. (2007) avaliaram estudantes do curso de Educação Física e relacionaram esta variável com o nível de atividade física. Alves et al. (2010) avaliaram a qualidade de vida de estudantes de medicina e compararam os resultados entre os alunos do primeiro e do último ano do curso.

    O comportamento de vida dos estudantes durante a entrada na universidade tende a mudar em decorrência das diferentes situações vividas durante a trajetória acadêmica, bem como pela alteração das condutas de saúde que afetam diretamente a qualidade de vida. Segundo Silva, Jesus e Santos (2007), qualidade de vida e saúde são dois termos que se relacionam, portanto os comportamentos de estudantes em relação às suas condutas de saúde afetam diretamente suas qualidades de vida (COLARES; FRANCA; GONZALEZ, 2009). Assim, o objetivo do presente estudo foi traçar o perfil de qualidade de vida dos graduandos em Educação Física da Universidade Federal de Lavras e comparar essa variável entre os períodos existentes no curso.

Procedimentos metodológicos

Participantes

    A presente pesquisa foi realizada com os acadêmicos do curso de Educação Física da Universidade Federal de Lavras e os dados (número de alunos, alunos desistentes do curso e alunos com matrícula trancada) foram obtidos na Diretoria de Registro e Controle Acadêmico da Universidade Federal de Lavras.

    No momento da pesquisa, o curso de Educação Física da Universidade Federal de Lavras contava com seis períodos, já que o curso era recente e não havia nenhuma turma com o curso concluído. A população era de 270 alunos e a amostra foi composta por 253 acadêmicos, representando 93,7% da população. Dos alunos que não participaram do estudo, quatro se negaram a participar da pesquisa enquanto os outros não foram encontrados por terem desistido do curso ou trancado a matrícula.

Procedimentos e avaliação

    Previamente à realização do estudo, foi conduzido um teste piloto para ajustes do instrumento e treinamento dos avaliadores. A coleta dos dados foi feita durante o horário das aulas com a anuência dos professores responsáveis pelas disciplinas. Cada voluntário foi informado sobre os objetivos e procedimentos do estudo e assinou um termo de consentimento livre e esclarecido para participação no mesmo. A aplicação do instrumento foi acompanhada pela equipe de avaliadores para esclarecimento de eventuais dúvidas e os participantes tiveram tempo livre para responder às perguntas do WHOQOL-bref.

    O WHOQOL-bref, versão abreviada do questionário WHOQOL-100, é um instrumento que foi desenvolvido pelo grupo de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde, validado na população brasileira por Fleck et al. (2000) e que tem como referência as duas semanas anteriores à aplicação do questionário. O questionário é composto por 26 questões, sendo duas perguntas gerais: uma em que o participante avalia a sua qualidade de vida, tendo como respostas as alternativas “muito ruim”, “ruim”, “nem ruim/nem boa”, “boa” e “muito boa”; e outro onde o voluntário avalia a satisfação com a sua saúde, tendo como respostas as alternativas: “muito satisfeito”, “insatisfeito”, “nem satisfeito/nem insatisfeito”, “satisfeito” e “muito satisfeito”. As outras 24 questões estão divididas em quatros domínios que contemplam diversos fatores de acordo com Fleck et al. (2000):

  • Domínio Físico: dor e desconforto, energia e fadiga, sono e repouso, mobilidade, atividades da vida cotidiana, dependência de medicação ou de tratamentos e capacidade de trabalho;

  • Domínio Psicológico: sentimentos positivos, pensar, aprender, memória e concentração, auto-estima, imagem corporal e aparência, sentimentos negativos e espiritualidade/religião/crenças pessoais;

  • Domínio Relações Sociais: relações pessoais, suporte (apoio) social e atividade sexual;

  • Domínio Meio Ambiente: segurança física e proteção, ambiente no lar, recursos financeiros, cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade, oportunidades de adquirir novas informações e habilidades, participação em, e oportunidades de recreação/lazer, ambiente físico: (poluição/ruído/trânsito/clima) e transporte.

Interpretação dos resultados e análise estatística

    Para computação dos resultados e agrupamento das questões de acordo com os domínios foi utilizado o manual proposto pelo grupo WHOQOL (Sintaxe SPSS - WHOQOL - bref QUESTIONNAIRE).

    Considerando a transformação dos escores de 0-100, a escala proposta por Spínola e Pereira (1976) foi utilizada para classificação da qualidade de vida em regiões. De acordo com os valores finais encontrados, essa escala classifica a qualidade de vida em quatro regiões: “fracasso”; de zero a 40; “indefinição”, de 41 a 70; “sucesso”, acima de 71.

    A comparação das médias dos/entre os períodos no que diz respeito aos domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, bem como à somatória dos domínios, foi feita por análise de variância (ANOVA) e teste post hoc de Bonferroni, com nível de significância pré-fixado em 5%. Previamente à análise estatística foi verificada a normalidade das variáveis, utilizando o teste de Shapiro-Wilk. Todos os procedimentos estatísticos foram feitos utilizando o programa Statistica, versão 6.0.

Resultados

    Foram avaliados 124 homens e 129 mulheres, pertencentes aos seis primeiros períodos do curso: 1° período (53 alunos), 2° período (56 alunos), 3° período (56 alunos), 4° período (33 alunos), 5° período (22 alunos) e 6° período (33 alunos) (Tabela 1).

Tabela 1. Idade e número de avaliados no estudo de acordo com o período do curso de graduação (n = número de indivíduos por grupo)

    De acordo com a análise da pontuação total do questionário WHOQOL-bref em relação aos quatro domínios contemplados pelo instrumento, não foi encontrada diferença significativa para os seis períodos do curso, mostrando que não houve diferença no nível de qualidade de vida dos estudantes nos diferentes momentos da graduação (Tabela 2). Foi verificado que o domínio “meio ambiente” apresentou menor escore em relação aos demais domínios para cada período do curso.

Tabela 2. Domínios de qualidade de vida por período do curso

    Além da avaliação dos domínios, o instrumento utilizado permitiu a autoavaliação da qualidade de vida e a satisfação com a saúde. De acordo com as respostas dadas na pergunta “Como você avaliaria sua qualidade de vida?”, 64,0% dos avaliados avaliaram a qualidade de vida como “boa”, 19,8% como “muito boa”, 14,2% como “nem ruim/nem boa”, 2,0% como “ruim” e nenhum dos participantes avaliou esta variável como “muito ruim”. O 2º período do curso foi o que obteve maior número de alunos que consideraram ter uma qualidade de vida “ruim”.

    Em relação a questão sobre a satisfação com a saúde, 52,2% dos avaliados consideram “satisfeitos”, 25,3% “muito satisfeitos”, 16,6% “nem insatisfeito/nem satisfeito”, 5,1% “insatisfeito” e 0,8% “muito insatisfeitos”. Analisando as respostas de acordo com os períodos do curso, apenas alunos dos 2º e 3º períodos, consideraram “muito insatisfeito” com a saúde.

    Utilizando a classificação proposta por Spínola e Pereira (1976), o 2º período foi avaliado com uma condição “indefinida” com relação à própria qualidade de vida. Os estudantes dos demais períodos do curso apresentaram-se “satisfeitos” com o próprio estado de saúde.

Discussão

    Diferentes instrumentos têm sido utilizados para avaliar a qualidade de vida em diversos grupos populacionais. Conforme citado anteriormente, o questionário WHOQOL-bref diversos estudos têm lançado mão deste instrumento com o intuito de quantificar o nível de qualidade de vida. Pela sua organização, o questionário permite ao pesquisador identificar a participação de quatro componentes da qualidade de vida sobre o escore geral desta variável.

    O presente estudo avaliou, por meio do questionário WHOQOL-bref, a qualidade de vida de estudantes de Educação Física em diferentes momentos do curso. De acordo com as duas questões gerais do instrumento, os resultados encontrados mostram que a maioria dos avaliados considerou ter uma boa qualidade de vida e estar satisfeita com sua saúde, o que também foi visto no estudo realizado por Ramos-Dias et al. (2010), que teve como objetivo comparar o nível de qualidade de vida de estudantes do primeiro e do sexto ano do curso de Medicina. A boa qualidade de vida dos universitários e a satisfação com a própria saúde, de acordo com as duas questões gerais do questionário WHOQOL-bref, foram observadas também em estudo realizado por Cunha et al. (2005), onde avaliou-se a qualidade de vida de estudantes do primeiro ano do curso de psicologia.

    Comparando os domínios que são contemplados pelo instrumento utilizado, não foram encontradas diferenças entre os períodos do curso. Diversamente dos nossos resultados, no estudo realizado por Ramos-Dias et al. (2010), foram encontradas diferenças para o domínio de “relações sociais”, onde os alunos iniciantes no curso de Medicina obtiveram piores resultados que os graduandos do sexto ano. Os autores acreditam que este resultado se deu pelo fato dos alunos do primeiro ano estarem em um momento de adaptação a essa nova fase da vida, passando por novos hábitos de alimentação, moradia e horários. Alves et al. (2010) também compararam a qualidade de vida de estudantes do primeiro e sexto ano de um curso de graduação em Medicina utilizando o questionário WHOQOL-bref e, diferentemente do presente estudo, verificaram que os alunos do primeiro ano obtiveram melhores resultados para o domínio psicológico.

    Buscando comparar a qualidade de vida de acadêmicos no início do curso com os finalistas, Eurich e Kluthcovsky (2008) avaliaram estudantes do curso de graduação em Enfermagem e, assim como em nosso estudo, não foi encontrada diferença significativa na variável estudada. Os autores daquele trabalho também avaliaram variáveis sociodemográficas como, por exemplo, idade e renda dos estudantes. Embora tenha havia diferença desses parâmetros entre os dois grupos avaliados, o que poderia ter influenciado no resultado referente à qualidade de vida, não foi observada qualquer diversidade entre os grupos. Assim, os autores reforçam a idéia que a avaliação da qualidade de vida é subjetiva e pessoal.

    Kawakame e Miyadahira (2005), também investigando a qualidade de vida de estudantes de graduação em Enfermagem durante os diferentes anos do curso, verificaram queda no nível de qualidade de vida nos estudantes do segundo ano quando comparados com os iniciantes no curso. Os autores acreditam que os resultados encontrados podem ser explicados pela inserção dos alunos em disciplinas que envolvem o campo prático e que iniciam a partir deste momento do curso.

    Os escores mais baixos para o domínio meio ambiente, encontrados no presente estudo, corroboram com os achados de outros trabalhos conduzidos em estudantes universitários (Cieslak et al., 2007; Eurich e Kluthcovsky, 2008; Ecave et al., 2009; Saupe et al., 2004; Cunha et al., 2005; e Costa et al., 2008).

    Buscando relacionar o nível de atividade física com a qualidade de vida em acadêmicos de Educação Física, Cieslak et al. (2007) avaliaram 85 estudantes e encontraram resultados, de uma forma geral, satisfatórios para a qualidade de vida. Os autores nos trazem que os baixos valores encontrados no domínio “meio ambiente” confirmam a necessidade de investimentos em políticas públicas, especialmente em fatores educacionais e na área da saúde. Eurich e Kluthcovsky (2008) trazem que a preocupação dos acadêmicos de Enfermagem com a atuação profissional futura, bem como as vivências de estágio num sistema de saúde precário, não favorecem a autoestima dos estudantes e contribuem para os baixos valores encontrados no domínio “meio ambiente”. Também avaliando a qualidade de vida de estudantes de Enfermagem, Saupe et al. (2004) encontraram, como em nosso estudo, que a maioria dos estudantes está satisfeita com sua qualidade de vida. Os pesquisadores trazem que os valores mais baixos encontrados para o domínio “meio ambiente” podem estar relacionados com a insegurança e incertezas vividas pelos jovens. Estudo realizado por Ecave et al. (2009), com 30 universitários, verificou que a ação das políticas publicas é essencial para o melhoramento do domínio “meio ambiente” e conseqüentemente da qualidade de vida. Dentre os fatores de importância destacados pelos autores, os que receberam maior atenção foram aqueles relacionados à saúde, educação, lazer, saneamento básico e segurança.

    Cunha et al. (2005) avaliaram a qualidade de vida de estudantes do primeiro ano do curso de Psicologia. Os autores acreditam que a média mais baixa, encontrada para o domínio “meio ambiente”, pode estar relacionada ao fato da maioria dos estudantes residir com os amigos em repúblicas. Também por meio da aplicação do questionário WHOQOL-bref, Costa et al. (2008) avaliaram a qualidade de vida de universitários e destacaram que os valores baixos encontrados para o domínio “meio ambiente” podem estar relacionados à idade dos avaliados, ao clima de violência e insegurança vividos ou ainda à situação financeira, uma vez que os integrantes daquele grupo estudavam em instituições particulares.

    O resultado de indefinição da qualidade de vida encontrado no presente estudo pode estar relacionado, de acordo com a classificação proposta por Spínola e Pereira (1976), ao fato dos alunos ainda serem iniciantes na universidade e não terem se adaptado à nova fase de vida.

    Diversos são os fatores que influenciam o nível de qualidade de vida da população. Com base nos resultados encontrados podemos perceber que o meio ambiente em que se está inserido é o mais preocupante deles, já que este domínio apresenta valores baixos em diversos estudos com universitários.

Conclusões

    O presente estudo demonstrou que apesar do 2º período do curso de Educação Física da Universidade Federal de Lavras ter sido classificado na região “indefinida”, a maioria dos acadêmicos foi classificada na região de “sucesso” em relação ao seu nível de qualidade de vida.

    Não foi encontrada nenhuma diferença entre os períodos do curso ao se comparar os fatores de qualidade de vida contemplados pelo questionário utilizado.

    Como em diversos estudos, os resultados evidenciam que aspectos relacionados à ao ambiente em que os universitários estão inseridos merecem maior atenção, à medida que representam uma melhora na qualidade de vida desta população.

Referências

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