Hepatite B: o inimigo invisível dos salões de beleza Hepatitis B: el enemigo invisible de los salones de belleza |
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*Enfermeiro, Especialista em Enfermagem em Cardiologia e Docência do Ensino Superior pela Faculdade de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho de Montes Claros Especialista em Saúde Pública pelas FIP-Moc ***Enfermeiro, Especialista em Enfermagem em Cardiologia e Suporte Avançado de Vida pela Faculdade de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho ***Enfermeira, Docente das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, FIP-Moc ****Acadêmica de Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) *****Enfermeira, Especialista em Urgência e Emergência com Ênfase em Terapia Intensiva pelas FIP-Moc ******Enfermeiro graduado pelas Faculdades de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho de Montes Claros *******Enfermeira, Docente das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros – FIP-Moc |
Ricardo Soares de Oliveira* Igor Monteiro Lima Martins** Lanuza Borges Oliveira*** Tainara Rayane Caldeira Lopes**** Edna Maria de Souza Oliveira***** José Selviano Oliveira****** Maria Aparecida Fontes Freire******* rickenfermeiromoc@yahoo.com.br (Brasil) |
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Resumo Este estudo teve como objetivo verificar o perfil sorológico e sócio demográfico das manicures e pedicuros que atuam na área de abrangência do NASPP no bairro Vila Oliveira, na cidade de Montes Claros em relação à Hepatite B. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, de caráter descritivo, de campo, com recenseamento dos elementos do universo e análise estatística dos dados coletados, aplicou-se o teste exato de Fischer e qui-quadrado. Foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Montes Claros, Unimontes, através do parecer nº 2.924/2011. Foram entrevistados 42 participantes, contudo apenas 12 realizaram os exames sorológicos. O público é essencialmente feminino, com baixo nível de escolaridade, mães e pardas. Há uma relação estatisticamente relevante entre o uso de EPIs e tempo de atuação na área (P = 0,048), ou seja, quanto maior o tempo de atuação menor a utilização de EPIs. 57,1 % utiliza o método da estufa para reprocessar os artigos utilizados no atendimento, todavia não se sabe com exatidão a temperatura atingida por esses equipamentos. A maioria, 52.3%, afirma que possui cartão de vacina, entretanto não foram apresentados no momento da abordagem, e o esquema da Hepatite B estava incompleto ou não havia, conforme relatos. Fazem-se necessárias ações mais eficazes no sentido de acompanhar esse público, no tocante a complementação de cartões e soro conversão, além disso, intervenções mais sistemáticas nos processos de trabalho, no que se refere ao uso de EPIs e reprocessamento de instrumentais. Unitermos: Hepatite B. Manicures e Pedicuros. Equipamentos de proteção individual.
Abstract
This study aimed to determine the sociodemographic and serologic profile
of manicures and pedicures that work in the area covered by the NASPP in Vila
Oliveira, the city of Montes Claros in relation to Hepatitis B. It is a
cross-sectional study with a quantitative approach, a descriptive, field, with
census of the elements of the universe and statistical analysis of the collected
data, we applied the Fisher exact test and chi-square. Was approved by the
Ethics Committee of the Universidade Estadual de Montes Claros, Unimontes,
through opinion No. 2.924/2011. We interviewed 42 participants, but only 12
underwent serological tests. The audience is primarily female, low education
level, mothers and brown. There is a statistically significant relationship
between the use of PPE and time working in the area (P = 0.048), ie the longer
the duration of action less use of PPE. 57.1% use the oven method to reprocess
the articles used in the service, however we do not know the exact temperature
reached by these devices. The majority, 52.3%, said they have vaccination card,
however were not presented at the time of the approach, and the schema of
Hepatitis B was incomplete or had not, according to reports. Are necessary
actions more effective in order to accompany this public, in regard to
supplemental cards and seroconversion further interventions more systematic work
processes, with regard to the use of PPE and reprocessing of instruments.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 186, Noviembre de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A hepatite B – causada pelo vírus da Hepatite B (VHB) é uma infecção muito grave e transmissível. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo, aproximadamente dois bilhões de pessoas já foram infectadas pelo vírus VHB, correspondente a 30% da população mundial. No planeta são aproximadamente 350 milhões de pessoas com infecção crônica e cerca de 1 a 2 milhões de mortes por ano atribuídas a infecção por VHB (OLIVEIRA et al. 2012).
Segundo Moraes et al. (2012) são três, as vias de transmissão dessa doença, a via sexual (secreções e sêmen), via parenteral (por meio de objetos perfurocortantes contaminados) e a via vertical (mãe para filho). No que se referem à via parenteral, estudos apontam que um volume de 0,000025 ml de sangue possui a capacidade de transmissão da doença, uma vez que qualquer sangramento, por mais que insignificante, pode desencadear a infecção.
Dessa forma coloca-se em evidencia o alto risco de exposição ao vírus da hepatite B em estabelecimentos de cuidados às unhas, sobretudo àqueles que não realizam as devidas medidas de biossegurança, tendo em vista, os possíveis sangramentos decorrentes de lesões acidentais durante a retirada de cutículas, com consequente contaminação dos materiais utilizados (MORAES, et al. 2012)
Se estes instrumentos não sofrerem o processo de esterilização corretamente, ao serem utilizados em outros clientes podem tornar-se importantes veículos de transmissão do HBV. Outro agravante que aumenta ainda mais a preocupação com essa transmissão é o hábito das manicures e pedicuros tratarem suas próprias unhas, aumentando o risco de infecção cruzada por meio de três prováveis vias: cliente-profissional, profissional-cliente e cliente-cliente (MORAES, et al. 2012).
O Ministério da Saúde tem demonstrado uma preocupação com o avanço do número de indivíduos contaminados e com os agravos decorrentes desta doença, haja vista as publicações sobre esse tema. A hepatite B representa um problema de saúde pública, por causa da sua forma de transmissão, a sua apresentação silenciosa e os custos com as complicações (internações, necessidade de transplante, etc.) (BRASIL, 2006; BRASIL, 2010a BRASIL, 2010b).
Dessa forma, faz-se necessário colaborar com a produção científica e fornecer subsídios para a elaboração de intervenções mais eficazes em todos os âmbitos de assistência, em especial no primário, onde se destacam as ações de prevenção e promoção.
O objetivo deste trabalho foi verificar o perfil sorológico das manicures e pedicuros que atuam na área de abrangência de uma unidade básica de saúde em relação à hepatite B, a fim de constatar a condição em que elas se encontravam. De acordo com Brasil (2008) o ideal é solicitar o HBsAg, HBeAg, Anti-HBc IgM, Anti-HBc IgG, Anti-HBe e Anti-Hbs. Dessa forma, é possível desenhar a condição em que o paciente se encontra. No entanto, por questões de custo, a priori pede-se o Anti-HBc total como teste de triagem. Neste estudo, foi solicitado: HBsAg, Anti-HBc total e o Anti-Hbs
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, de campo, cuja área de investigação foi os salões de beleza que possuíam serviços de manicure e pedicuro que atuam na área de abrangência do Núcleo de Apoio a Saúde Pitágoras (NASPP), constituída pelos bairros: Centro, Melo, Todos os Santos, Vila Brasília, São Luis, Ibituruna, Barcelona Park, Panorama, Vila Santa Maria, Vila Oliveira, Vila Mauricéia e Prolongamento do Todos os Santos. Esse espaço foi definido por conveniência.
Os sujeitos do estudo foram aqueles envolvidos nos cuidados diretos com os pés e as mãos, os chamados manicures, pedicuros e podólogos e que, para a realização desses cuidados, empregam comumente perfuro-cortantes (tesouras e alicates).
Realizou-se um levantamento dos salões da área e então se procedeu ao recenseamento dos profissionais que atuam nesses estabelecimentos, conforme as características estabelecidas (manicure e pedicuro).
Os critérios de inclusão foram os profissionais, manicure, pedicuro e podólogos que atuam a mais de 01 ano nestes estabelecimentos há mais de um ano, cujos estabelecimentos de trabalho apresentaram o Alvará da Vigilância Sanitária, que por si só pressupõe condições minimamente adequadas para o funcionamento do estabelecimento.
Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes, através do parecer consubstanciado nº 2.924/2011, foi obtido consentimento dos proprietários dos salões para realização da pesquisa. Após autorização dos participantes através da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, em local reservado, foi aplicado um formulário com questões previamente definidas. Após a aplicação do questionário foram solicitados os exames laboratoriais que foram agendados no laboratório de análises clínicas do NASPP para a avaliação sorológica necessária. A coleta de dados ocorreu no período de Janeiro a Fevereiro de 2012 com um universo de 42 participantes, entretanto, apenas 12 aceitaram realizar os exames sorológicos propostos.
Os dados foram analisados estatisticamente com o auxílio de um software SPSS. Aplicaram-se os testes de Fischer e Qui-quadrado em relação às variáveis sociodemográficas, perfil imunológico e uso de EPIs. Após análise dos dados percebeu-se uma categorização dos mesmos, assim definidas: Caracterização do universo da pesquisa; Normas de biossegurança na atividade laborativa; História vacinal e perfil sorológico.
Como retorno para a comunidade foi realizado uma campanha de vacinação, os convites foram entregues individualmente, e no evento buscou-se a educação em saúde, atualização e/ou abertura dos cartões de vacina e o reforço da importância do compromisso individual com o processo saúde/doença.
Os resultados encontrados são representativos do universo estudado, embora em estudos quantitativos os achados permitam uma generalização lógica, neste caso deparou-se com a falta de interesse de alguns participantes e a não aceitação em realizar o exame sorológico por parte de outras. Esse fato poderia ser contornado com a esquematização da coleta da amostra de sangue in lócus, uma vez que o deslocamento até o laboratório conveniado demonstrou ser um fator limitador da coleta dos dados de uma maneira geral.
Resultados e discussão
Participaram desta pesquisa 42 pessoas que atendiam aos critérios de inclusão e exclusão, porém, apenas 12 participantes que responderam ao questionário proposto aceitaram se submeter à coleta de material para realização de sorologia. Na tabela 1 é possível delinear um perfil sócio-demográfico da população estudada.
Tabela 1. Perfil socio-demográfico manicures/pedicuros Jan/Fev 2012
Fonte: Pesquisa de campo
Apresentou-se um universo 100% feminino, com faixa etária variando entre 17 a 47 anos, sendo que a maioria com menos de 30 anos. Nível de escolaridade do fundamental incompleto ao superior completo, prevalecendo o fundamental e o médio. A maioria natural de Montes Claros, casadas e pardas. Possuem de um a dois filhos, e dessas, 100% afirmam que realizaram assistência pré-natal.
Percebe-se que as características da população estudada permitem traçar um perfil geral: trata-se de mulheres, em idade fértil, com baixo nível de escolaridade, pardas e naturais de Montes Claros.
Normas de biossegurança na atividade laborativa
A adesão de normas de biossegurança é um fator de proteção contra a hepatite B e outras enfermidades de veiculação sanguínea. As normas de biossegurança podem ser entendidas como a utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, métodos adequados de reprocessamento dos artigos reutilizáveis e a adequação do espaço de trabalho no sentido de minimizar os riscos ocupacionais atentando-se para as normas vigentes e disponíveis no sítio eletrônico do Ministério do Trabalho.
Oliveira (2009), em sua dissertação de mestrado, apresenta informações importantes nesse sentido. Segundo ela, a adesão por parte das manicures e pedicuros às normas é baixa e quando são adotadas são inadequadas. Em relação ao reprocessamento, por exemplo, a adoção de estufa, método que emprega o calor seco, é o mais utilizado nos salões de bairros (72%), esse dado vai ao encontro deste estudo, conforme apresentado na tabela 2, que apesar de ser maioria, apresenta apenas 57,1%.
Tabela 2. Métodos de reprocessamento utilizados pelas manicures/pedicuros – Jan/Fev 2012
Fonte: Pesquisa de campo
A temperatura mínima a ser atingida pela estufa é 160ºC, a fim de destruir todas as formas de resistência microbiana. No entanto, esse dado não foi observado neste estudo. Sarda et al. (2008) em um estudo sobre segurança do trabalho, verificaram que a temperatura da estufa de um salão atingiu apenas 108ºC. Portanto, há um risco de disseminação de agentes patógenos.
Eles também analisam os riscos do salão de beleza, e concluíram que dentre os riscos de natureza física, todos estavam dentro dos parâmetros preconizados pelas NR15 e NBR-5413, ou seja, os aspectos de ruídos, luminosidade e temperatura. No entanto, no tocante aos riscos biológicos e ergonômicos esses deixaram a desejar (SARDA, et al. 2008).
Em outro trabalho realizado em Lagos, na Nigéria, Adeleye e Osidipe (2004) conseguiram isolar 8 espécies de bactérias e 5 espécies de fungos, em instrumentais utilizados por pedicures, empregando-se a técnica do swab. Os microorganismos isolados incluíram bactérias dos tipos Micrococcus luteus, Micrococcus roseus, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus, Hafnia spp, Shigella spp, Bacillus subtilis e Bacillus spp. Os cinco isolados fúngicos foram identificados como Aspergillus niger, Aspergillus flavus, Mucor spp, Trichophyton spp e Candida albicans. Muitos deles patógenos, o que evidencia uma possível fonte de disseminação e risco biológico.
Nesse sentido, os métodos de reprocessamento devem ser rigorosamente seguidos, a fim de garantir qualidade do serviço oferecido e maior margem de segurança na prática profissional.
Corrales et al. (2007), em um estudo similar na Colômbia, selecionaram 04 instrumentos de 13 salões de beleza do município de Cundinamarca, e aplicando a técnica de zaragatoa, o genérico do swab, isolaram Staphylococcus epidermidis , Escherichia coli, Citrobacter freundii, Klebsiella oxytoca e Pseudomonas aeruginosa, e outros organismos oportunistas. Esses podem produzir infecções que sugere deficiências no processo de limpeza, desinfecção e/ou esterilização.
Em relação ao uso de EPI, neste estudo 85,7% afirmaram que não utilizam qualquer tipo de equipamento e o restante que utiliza adota apenas luvas de procedimento como recurso de proteção. Essa variável está intimamente relacionada com o tempo de atuação profissional, ou seja, quanto mais tempo na atividade menor a adesão ao uso de EPI, de acordo com os testes estatísticos empregados e conforme se observa na tabela 3.
Tabela 3. Análise estatística das variáveis sócio demográficas e perfil imunológico Manicures/Pedicuros em relação ao uso dos EPIs
Nessa perspectiva Garcia, Bento e Costa (2012) ressaltam que a importância da higienização das mãos e do uso de luvas para prevenção da Hepatite B está entre os métodos de proteção mais reconhecidos entre as manicures, entretanto os estudos demonstram que ainda é baixa a sua adesão. Os usos das luvas além de prevenir a contaminação superficial das mãos previnem a transmissão cruzada de micro organismos entre profissional-cliente devendo, portanto, ser aderido por todos esses trabalhadores.
Neste estudo verificou-se que o grupo que trabalhava no serviço há menos de 10 anos utilizavam os EPIs como forma de proteção no trabalho, já àquelas que atuavam no serviço há mais de 10 anos não utilizavam os referidos equipamentos.
Na realidade, essa relação entre uso de EPIs e tempo de atuação profissional foi observada paralelamente por Aguiar e Costa (2012), elas buscaram verificar a cobertura vacinal contra Hepatite B entre os profissionais de Enfermagem em um Hospital Escola e observou que o uso de EPIs era menor em quem possuía mais tempo de atuação profissional.
No que se refere à falta de conhecimentos desses profissionais, Garbaccio e Oliveira (2012) afirmam que essa carência de conhecimentos constitui um importante agravo para a interrupção da cadeia de transmissão da hepatite B, pois para que ocorra a adoção de medidas preventivas à exposição ao vírus, é imprescindível um conhecimento mínimo sobre seus mecanismos de transmissão.
História vacinal e perfil sorológico
Conforme apresentado anteriormente apenas 12 participantes aceitaram realizar a sorologia, a fim de verificar a conversão imunológica a partir da titulação de anticorpos anti-Hbs. Todas estavam vulneráveis, ou seja, não havia soro conversão. Das 12 que aceitaram realizar o exame sorológico, apenas 06 possuíam cartão e mesmo assim todos os esquemas incompletos.
A tabela 4 apresenta uma situação preocupante para os serviços de saúde que possuem salas de vacina, na área de abrangência dessas unidades há salões de beleza que congregam profissionais manicures e pedicuros, muitas não possuem cartão de vacina (28,5%), ou se possuem ignoram a importância do esquema contra a hepatite B, ou, não está completo o esquema. Trata-se de uma parcela importante da população deste estudo que deve ser levado em consideração pelas autoridades epidemiológicas e pelos serviços de saúde pública.
Tabela 4. História Vacinal Manicures/Pedicuros – Jan/Fev 2012
Fonte: Pesquisa de campo
Já na tabela 5, no que se refere a análise estatística não foi encontrado uma relação importante entre as variáveis sócio demográficas e o perfil imunológico.
Tabela 5. Análise estatística das variáveis sociodemográficas com o perfil imunológico Manicures/Pedicuros
Fonte: Pesquisa de campo
Conclusão
Há uma necessidade de intervenção no processo laborativo das manicures e pedicuros que atuam na área de abrangência do NASPP, no sentido de capacitá-las para o uso de equipamentos de proteção individual adequados e o reprocessamento de instrumentais observando-se os agentes apropriados, bem como variáveis importantes, por exemplo, tempo de exposição ao agente. Essa realidade seria mais ideal se houvesse fiscalização real dos órgãos competentes, não com a conotação negativa da punição, mas com o intuito de educar essa população para a condução correta dos seus processos de trabalho, minimizando o risco de contágio da hepatite b e outras enfermidades, pelo uso inadequado de EPIs e/ou reprocessamento ineficaz dos instrumentais empregados na atividade.
Além disso, ações mais eficazes em relação à cobertura vacinal de manicures e pedicuros são necessárias, no sentido de acompanhá-las no início e complementação do esquema vacinal ideal e, além disso, realizar a sorologia pós-esquema a fim de verificar a conversão sorológica das mesmas, e caso não ocorra, deve-se proceder ao seguimento dos casos conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, seja administrando 4ª dose ou repetindo o esquema. Para que isso se concretize, é mister o desenvolvimento de estratégias mais compatíveis com as realidades locais, o uso do cartão espelho e campanhas locais para mobilização da comunidade são alternativas viáveis e exequíveis.
Referências
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