Proposta metodológica de trabalho pliométrico para otimização da potência muscular em levantadores do voleibol: uma revisão Propuesta metodológica de trabajo pliométrico para la optimización de la potencia muscular en levantadores de voleibol: una revisión |
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*Educador Físico **Mestrando em Ciência da Motricidade Humana ***Mestrando em Bioquímica e Nutrição ****Mestrando em Ciências da Nutrição, Esporte e Metabolismo Docente do curso de Educação Física da FMG – Mogi Guaçu (SP) *****Docente do curso de Educação Física da FEUC - São José do Rio Pardo (SP) |
Henrique Miguel* ** ***** Marcus Vinicius De Almeida Campos* *** ***** Marcelo Francisco Rodrigues* **** prof.henriquemiguel@yahoo.com.br (Brasil) |
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Resumo O objetivo desse trabalho foi a visualização de trabalhos físicos apropriados pra o treinamento de levantadores de voleibol. Durante as duas últimas décadas este foi o esporte que mais sofreu modificações para atrair a mídia, torcedores e atletas. Assim, conseguiu se transformar numa das modalidades esportivas mais praticadas no mundo, saindo do cartaz de esporte monótono para a modalidade espetáculo. A partir desse momento, o trabalho físico no voleibol começou a se intensificar e a ênfase nos trabalhos técnico/táticos passaram a ser vistos de outra forma. Nota-se que o levantador é, sem dúvida, o atleta mais importante do voleibol atual, sendo deste a responsabilidade de armar sempre o ataque e propiciar que os atacantes possam, com segurança, finalizar o ponto em favor de sua equipe. Através de uma vasta pesquisa bibliográfica, os autores deste trabalho, puderam relacionar algumas metodologias principais para melhoria do rendimento deste determinado atleta. Podemos ressaltar que os exercícios resistidos, a pliometria e o método de choque, são fatores fundamentais para o treinamento destes jogadores tão fundamentais no decorrer de uma partida. Unitermos: Voleibol. Levantador. Pliometria. Musculação.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 185, Octubre de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
Segundo Bizzochi (2004), o voleibol surgiu de uma adaptação americana de um jogo italiano difundido nos países latinos na idade média (século V ao Século XV). De acordo com Mesquita (2001) as necessidades climáticas da época de inverno na Europa, que possibilitava apenas a utilização de espaços fechados para prática das atividades físicas, e levando em consideração que o basquetebol era um jogo muito vigoroso, não sendo viável para pessoas de mais idade e mulheres. Borsari (1996) relata que o professor Willian G. Morgan, diretor da Associação Cristã de Moços (ACM-YMCA) de Holyoke, Massachusetts, EUA, em 1895, teve a incumbência de elaborar uma nova modalidade para que se pudesse ser realizada no período de inverno não sendo tão vigorosa como o basquetebol e mais recreativa que a calistenia, podendo ser praticado de forma saudável para os associados de meia idade das ACM’s. Baseando-se no basquetebol e no tênis, ele apresentou um jogo de rebater batizado com o nome inicial de Mintonette, onde logo após, passou a se chamar Volleyball (volley), pela bola se manter em constante voleio durante a partida.
O treinamento físico se realiza para o aprimoramento das capacidades motoras, melhorando o nível de desempenho em atividades musculares específicas. Barbanti (1996) relata que “o treinamento físico é uma repetição sistemática de movimentos que produzem reflexos de adaptação morfológica e funcional, com o objetivo de aumentar o rendimento num determinado espaço de tempo”. É muito importante ressaltar que outros fatores são fundamentais em uma situação de treinamento, como fatores técnicos, táticos e psicológicos, mas neste conteúdo visualizam-se os fatores físicos que ajudarão o levantador do voleibol a um rendimento maior durante os momentos da partida que atuará, sendo peça fundamental no contexto da equipe, mediante sua preparação específica no que compreende um trabalho para desenvolvimento da potência muscular, da pliometria e do método de choque. Para Borsari (1996), os atletas do voleibol, com a evolução atual do jogo, foram obrigados a se tornarem jogadores mais atléticos, com movimentos que exigem muita velocidade e violência, sempre enfocando a habilidade, e principalmente, no caso do levantador, o raciocínio rápido. Hoje, devem ter uma estatura privilegiada, facilitando seus ataques e bloqueios. Segundo Bizzochi (2004), com as mudanças para as regras atuais, o jogo passou a se tornar mais dinâmico, e as partidas quase nunca passam de uma hora e meia de duração, assim, o metabolismo predominante para a atividade realizada é composta por estímulos anaeróbios, ou seja, de máxima intensidade e curta duração. O levantador do voleibol deve estar sempre atento a todo tipo de situação de jogo (TILMAN et al, 2004; MARCHI JÚNIOR, 2001). Deve sempre antecipar seus movimentos, ser imprevisível e ter um entrosamento muito bom com seus atacantes, além de estar muito bem preparado fisicamente, afim de sempre realizar as melhores distribuições de jogadas segundo a opção que é mais favorável para marcação do tento a sua equipe. Quanto à função do levantador temos a convicção que a maioria dos treinadores e pessoas relacionadas com o Voleibol, concordam que é sem duvida a função mais importante e significativa dentro do voleibol moderno. É o jogador que toca na bola em todas ou na maioria das ações de ataque de uma equipe, dele parte o jogo e a imprevisibilidade, que é uma qualidade indispensável para um bom levantador (sobretudo na fase de recepção de saque). O levantador deve ser aquele atleta que tem o maior controle do jogo, deve raciocinar em função do momento da sua equipe e de seus companheiros em quadra.
Segundo Gouvea (2005) “é a função onde se demanda mais tempo para se desenvolver um jogador qualificado, devido principalmente às maiores exigências de conhecimento tático”. Segundo Bizzochi (2004), deve-se conscientizar esse jogador que ele é o diferencial, o termômetro do time, e que este deve ter um conhecimento tático e técnico no ponto ideal, no qual cabe ao técnico colocá-lo a par de toda tática do time, prepará-lo diferentemente dos demais, pois quanto mais domínio ele tiver de suas habilidades, tanto pra si como para com os atacantes, melhor será para a equipe, atuando como o maestro que precisa estar afinado com todos os músicos para uma ótima sinfonia.
2. Metodologia
Foi realizada uma revisão bibliográfica através de livros e artigos científicos recentes que tratavam desta temática, onde evidenciavam como ponto de interesse fundamental, tendências importantes para o planejamento e a estruturação de trabalhos físicos que acarretariam numa melhora da potência muscular em levantadores do voleibol.
3. Discussão
3.1. Potência muscular
Segundo Olmos (2002) podemos dizer que potência consiste no número de repetições com a carga máxima (em relação à velocidade de execução), respeitando uma velocidade média de execução, onde encontramos numa equação simples o que é a potência P (potência) = F (força) x V (velocidade). Tubino (1993) também explica que “a potência muscular é o tipo de força que pode ser explicada pela capacidade de exercer o máximo de energia num ato explosivo”, sendo que todas as ações motoras são manifestações de potência a não ser as contrações isométricas. Ainda podemos dizer, que o caso da velocidade de execução é muito importante, pois, é muito difícil mantermos uma velocidade máxima, então objetivamos manter uma velocidade média alta de execução do movimento. O número de repetições que caracterizam a potência são de 10 à 20 repetições com a carga de 50% à 60% da carga máxima do atleta (BOSSI, 2001). Um tipo de treinamento que podemos citar para melhora da potência de levantadores de voleibol são os exercícios intercalados, como saltos pliométricos e musculação, por exemplo, com 2 a 3 minutos entre as repetições e 3 a 5 entre as séries (OLMOS, 2002)
Para Verkhoshansky e Siff (1999), o que determina um atleta potente é o aumento de sua força pela estimulação neuromuscular através de uma resistência, sendo a hipertrofia um dos fatores resultantes deste processo a longo prazo. Segundo Mellerowicz e Meller (1987), o treinamento de força leva, entre outras, à hipertrofia da musculatura em termos de sessão transversa e do volume. Assim, (RODRIGUES, 1998) o treinamento com pesos (livres ou máquinas) é um grande trunfo para a aquisição de um condicionamento físico adequado para as várias modalidades esportivas modernas, principalmente visando a potência muscular no voleibol.
3.2. Pliometria
A pliometria “trata-se de um dos treinamentos mais eficazes para trabalhar os músculos e ganhar agilidade” (SOUZA, 2002). Segundo Olenka et al (2003), “Plio” vem do grego Pleuthein, que significa aumentar (para cima) e métrica, que também vem do grego, entendemos por medir, ou seja, maior medida, maior trajetória ou maior peso. Esse termo é relativamente novo, embora o conceito seja antigo, pois em 1972, artigos de atletismo e treinamento de saltos utilizados por soviéticos já eram relatos. Barbanti (1997), afirma que na Europa esse tipo de treinamento é utilizado para relacionar força pura com força rápida (potência), produzindo movimentos “explosivos-reativos”, utilizando plataformas que não passarão de 70 cm de altura. Em contrapartida, Barbanti (1996), afirma que a altura ideal varia de autor para autor, pelo nível de treinamento dos indivíduos testados e pelas características do estudo. Conforme Figueiredo (2003) relata, o pliometria, ou treinamento pliométrico, busca que as fibras musculares tenham um recrutamento máximo, para que haja o desenvolvimento da potência muscular ou da força explosiva, por isso, é uma metodologia totalmente voltada para atletas. Hamill e Knutzen (1999) dizem que estas atividades desenvolvem os músculos em movimentos intensos preparando o corpo do atleta para suas atividades normais. De acordo com Faigenbaum e Chu (2002), a pliometria é um tipo de exercício que combina velocidade e força, produzindo potência (inicialmente chamado de treinamento de impulsão), sendo que através da resistência dinâmica consegue-se o condicionamento do corpo. Através de saltos e saltitos, aproveita-se a os ciclos de contração e relaxamento para aumento da potência muscular. Acontece um rápido alongamento de um músculo (fase excêntrica) seguido de uma rápida concentração do mesmo músculo (fase concêntrica). Usa-se de forma precisa, o exato momento que os músculos estão se contraindo, realizando novos esforços, trabalhando a restituição da energia elástica do músculo (HAMILL E KNUTZEN, 1999; BOSSI, 2007; Branislay, Milivoj e Carlos 2004).
Figueiredo (2003), explica que o treinamento da pliometria faz a movimentação que acarreta na ação sobre o fuso muscular, obtendo um reflexo involuntário, chamado de reflexo miotático, aliando-se a uma ação negativa (excêntrica) uma situação de desaceleração com uma resposta imediata de maneira positiva (concêntrica), passando por um rápido, porém existente, período de isometria. A principal característica é que o músculo alcance a força máxima no menor espaço de tempo possível, aumentando significativamente a potência muscular dos membros inferiores. A pliometria então, após uma dosagem correta de treinamento, ou seja, um microciclo com predominância de estímulos anaeróbios e velocidade, trabalhando as fibras de concentração rápida, implicam em várias vantagens (Barbanti, 1996; BOSSI, 2006; Hamill e Knutzen 1999; Souza, 2004).
3.3. Exercícios de saltos horizontais
É a realização de uma série de saltos sucessivos, onde a aterrissagem de um é a impulsão para o próximo. Pode ser realizados com pernas alternadas ou unidas.
Figura 1. Exercício pliométrico de salto horizontal. Adaptado de Barbanti, 1997
3.4. Exercícios de saltos verticais
São exercícios que através da impulsão, busca-se elevar o centro de massa o mais alto possível. Pode ser realizado com as pernas unidas ou com apenas uma delas.
Figura 2. Exercício pliométrico de salto vertical. Adaptado de Hamill e Knutzen (1999)
3.5. Exercícios de salto em profundidade
É a realização do salto de um plano superior para um inferior, realizando graus superiores de sobrecarga de tensão e, consequentemente, de força reativa. Esse salto aproveita a aceleração da gravidade utilizada como forma de sobrecarga, onde o amortecimento deve ser ativo, seguindo-se de uma impulsão bastante rápida.
Figura 3. Exercício pliométrico de salto em profundidade. Adaptado de Hamill e Knutzen (1999)
3.6. Pliometria no voleibol
A principal característica de uma partida de voleibol é a fundamental necessidade de todos os jogadores saltarem, de maneira vertical, exceto o líbero. A obrigatoriedade da regra faz que todos os atletas passem da zona de defesa para de ataque, menos o líbero, sendo obrigados a rebater a bola por sobre uma rede a 2,43 metros do chão, elevando cada vez mais o grau do gestual técnico do ataque e bloqueio, sendo que a capacidade de saltar é um fator fundamental para a vitória e uma partida. (Barriel, Fontoura e Foppa, 2004). A necessidade desses saltos, e a quantidade desses, variam no contexto de uma partida, sendo que pode-se realizar mais saltos para ataques ou saltos para bloqueios
Segundo Gomes (2002), no voleibol em especial, a força explosiva é representada no salto vertical para a execução dos desejados movimentos oportunos: o saque viagem, as cortadas, os levantamentos e os bloqueios. Portanto, o trabalho pliométrico deve ser visto com bons olhos pelos técnicos e preparadores físicos, pela eficácia do treinamento e o desenvolvimento observado da impulsão vertical em atletas das varias posições que necessitam de um excelente rendimento de saltos, não apenas para o contexto de uma partida, mais sim, para toda a temporada de competições. Segundo dados coletados por Barrel, Fontoura e Foppa (2004), na superliga masculina de voleibol, temporada 2002/2003, através de observações da Equipe Sport Club Ulbra, obtivemos os seguintes dados sobre salto vertical, num total de saltos durante toda a temporada:
Quadro 1. Saltos verticais segundo os fundamentos do voleibol
Adaptado de Barrel, Fontoura e Foppa (2004)
Como é do interesse dessa pesquisa, observam-se os dados do levantador, que apresentou um número muito grande de saltos realizados, principalmente no levantamento em suspensão, que é uma das características principais de sua posição, pois torna um ataque muito mais rápido e difícil de ser marcado pelo bloqueio e sistema defensivo da equipe adversária. É importante lembrar que nesse tipo de levantamento, o entrosamento do levantador com os atacantes de sua equipe deve ser sempre perfeito.
Outros movimentos de saltos desse atleta foram observados no bloqueio e no saque como relatados por Barrel, Fontoura e Foppa (2004), nos seus estudos e analisados de maneira gráfica como podemos acompanhar no modelo que se segue logo adiante:
Gráfico 1. Saltos verticais do levantador segundo os movimentos técnicos do jogo
Adaptado de Barrel, Fontoura e Foppa (2004)
Segundo Gouvêa (2005), o levantamento em suspensão é o movimento que dá mais velocidade ao ataque sendo um fator fundamental a ser fortalecido durante os treinamentos. Em outros estudos, Toplica e Kostic (2002), analisaram dois grupos de voleibolistas juniores e percebeu-se que os desportistas que passaram por um treinamento pliométrico juntamente com um treinamento de força convencional, obtiveram diferenças notáveis no aumento do salto vertical em relação ao grupo que se restringiu apenas ao treinamento convencional. Assim, a capacidade melhorada do salto vertical, influencia significativamente na velocidade do ataque, independente da posição que o atleta atue dentro de quadra (FORTHOME et al, 2005). Segundo Ugrinowitsch e Barbanti (1998), vários meios vem sendo utilizados para a melhoria do salto vertical, e a pliometria é o maior deles. É importante ressaltar que para o método pliométrico, as séries devem ser compostas, em média, por 4 a 8 saltos (repetições), seguidos por períodos de recuperação de um minuto e trinta segundos a três minutos (sendo que este intervalo está ligado ao tempo de recuperação das reservas de ATP-CP). As intensidades dos saltos devem procurar ser sempre máximas, obtendo-se a maior elevação possível do centro de gravidade em cada um dos saltos da série. Os saltos pliométricos devem ter suas plataformas com variações de altura, lembrando que se essa plataforma for muito baixa, o atleta não produzirá adaptações para o salto, e se, em contrapartida, o bloco estiver muito elevado, o atleta terá que fazer uma flexão muito grande dos membros inferiores, pelo estímulo estar acima de sua capacidade. O fortalecimento muscular ainda se torna um fator de prevenção de lesões como citado por Tilman et al (2004), onde atletas que participaram de um treino pliométrico durante um período de seis semanas, saltando de sobre um banco (bloco), reduziram em 50% o total de lesões no joelho comparados a temporadas anteriores, alem de trabalhar intensamente a força, a potência, e a agilidade do atleta (MILLER et al, 2006).
Segundo Verkhoshanski (1996), o treinamento de choque é uma ferramenta importante n otimização da potência muscular e visa aumentar o desenvolvimento da força rápida dos músculos e da capacidade reativa do aparelho neuro-muscular. O aparelho neuro-muscular busca adaptação da força exterior dos músculos através de esforços voluntários, que esses normalmente têm rendimentos determinados, que com o treinamento com cargas mais altas o músculo manda impulsos nervosos ao sistema nervoso central e este por sua vez, aumenta a potência do impulso efetor que também aumenta o poder de contração do grupo muscular, aumentando seu trabalho exterior (Verkhoshanski, 1996). Este método consiste basicamente em aperfeiçoar a capacidade específica muscular para realizar o mais potente esforço logo após um estiramento de choque, este sendo um freio ativo do atleta que cai de uma determinada altura, isso proporciona o atleta a transição rápida do trabalho excêntrico para o trabalho concêntrico no músculo, com esse treinamento proporcionando ate o aumento dessa variante de velocidade de transição de força como o trabalho com cargas. Deve se salientar que esse treinamento deve ser realizado no final da preparação de força do atleta para corresponder ao ciclo concreto de treinamento do atleta
4. Conclusões
É importante que notem-se vários fatores para o início de um trabalho diferenciado com levantadores do voleibol. Significativamente, é o atleta mais importante nas ações ofensivas de uma equipe, pois coordena todas as ações anteriores a um ataque que resulta num ponto a favor de sua equipe. Segundo Furtado, Melo e Garcia (2006), em cada modalidade desportiva é necessário o desenvolvimento de diferentes qualidades físicas específicas que são empregadas durante a sua prática.
Um trabalho de pliometria juntamente com o trabalho de musculação, tendo ramificações dentro destes para um trabalho de método de choque, podem fazer com que o levantador realize uma grande temporada, caso seja realizado uma periodização de forma correta e seguindo as estratégias específicas para determinado jogador (SILVA et al, 2005). Desta maneira, espera-se que estudos posteriores possam atingir com mais ênfase o levantador do voleibol, pois, certamente, merece novos olhares dentro do voleibol moderno, sendo que sua preparação específica deva ser indispensável para um trabalho vitorioso dentro da modalidade em questão. Como anteriormente mencionado, um jogador diferenciado deve realizar um trabalho diferenciado dos demais, privilegiando suas características fundamentais que certamente não serão iguais às características encontradas nos pontas, nos meios de rede, nos opostos, muito menos nos líberos. Há alguns anos atrás, o levantador poderia ser o atleta com menor estatura dentro da equipe, onde podemos observar nos jogos atuais que essa situação já não se encontra evidenciada no voleibol de alto nível, pois os levantadores já possuem estaturas iguais aos demais jogadores responsáveis pelo ataque. Então, como relata Martins (2001), respeitando-se as características do esporte, as posições táticas de cada jogador, as particulares de cada atleta, as características dos oponentes, a forma de disputa dos torneios e campeonatos, sempre procurando a mais alta velocidade, potência, concentração, excelência na precisão e execução dos gestos técnicos e combinações táticas.
Dessa forma o voleibol acaba se tornando uma grande possibilidade de estudos principalmente nas áreas relacionadas ao treinamento desportivo, conseguindo cada vez mais se firmar entre os esportes mais praticados no mundo, com uma ascensão fantástica desce os anos 80. Certamente, estudos posteriores farão que a modalidade seja observada de forma cada vez mais importante, no seu âmbito de treinamento a fim de fazer com que a modalidade seja a mais praticada no mundo.
Referências
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