O comportamento dos atletas de
alto nível El comportamiento de los deportistas de alto nivel en una competencia de voleibol |
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Acadêmica de Educação Física da Universidade do Estado do Pará (Brasil) |
Mireia Souza Barros |
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Resumo Este estudo abrange o conteúdo da Psicologia do Esporte e a Educação Física em relação a como o professor/treinador deve analisar os seus atletas e suas respectivas emoções nas diversas fases da competição. Serão analisados os diferentes momentos da competição e como o aluno/atleta se comporta a partir dos elementos internos e externos do jogo, assim compreendendo o atleta como indivíduo e como um coletivo. A fase pré-competição, durante a competição e pós- competição são as mais relevantes no jogo. Nas partidas de voleibol é necessário ter o entendimento das táticas e fundamentos do esporte, mas a atleta tem que ter concentração, equilíbrio das emoções sentidas e motivação para ter êxito no rendimento. Caso contrário o lado psicológico, acaba destruindo o que foi construindo e trazendo diversos problemas para o rendimento da partida. Unitermos: Comportamento. Atleta de alto nível. Competição. Voleibol.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O esporte a cada dia nos apresenta evoluções nas suas várias áreas de envolvimento, o voleibol em particular compreende-se em um jogo que ganha quem erra menos, assim seus atletas estão expostos a várias emoções que bombardeiam o seu psicológico e acabam interferindo no seu rendimento.
Esse assunto é da atualidade, pouco difundido, mas muito discutido. Atletas e treinadores indagam uma filosofia de trabalhar o lado técnico da modalidade e acabam desassociando o corpo da mente, pois se eu tenho uma mente trabalhada conseqüentemente irá ter bons resultados nas práticas corporais. É importante na competição, principalmente nas competições de alto nível, que este lado psicológico esteja equilibrado.
Compreender a Psicologia do Esporte e Educação Física pode ser um trabalho árduo, mas válido a compreensão do trabalho psicológico junto com o trabalho tático e técnico da modalidade em particular, o voleibol. A psicologia não poderia compreender as emoções sentidas nas partidas se não “entrasse” nos vestiários e analisasse, sem compreender a “cabeça” de um atleta, assim relacionando com a Educação Física o professor/treinador melhor que qualquer um, conhece seu atleta até nos mínimos detalhes, assim o mesmo tendo o estudo em psicologia do esporte, poderia compreender melhor a partir da convivência com os atletas e demais integrantes da equipe para melhores formas de amenizar as tensões e sobrecarga emocional, podendo motivar ainda mais o atleta ao seu objetivo.
Pontos psicológicos mais relevantes no rendimento
De acordo com algumas discussões sobre os pontos mais relevantes no
rendimento, pode-se compreender que as pessoas envolvidas em competições de
alto nível estão constantemente sendo colocadas em desgastes emocionais por
que buscam resultados e conquistas a todo o momento. É importante estudar
casa fase que o atleta passa desde a sua chegada ao treinamento até sua
vitória na competição. Resultados advêm de muito trabalho e treinamento.
Isto requer muita concentração e disciplina.
Mas entender um atleta é compreender que ele trabalha com uma pressão
interna, por exemplo, dos próprios colegas de equipe, do seu treinador, dos
árbitros e uma pressão externa, que pode ser os familiares, a torcida, seus
patrocinadores atrás de resultados, enfim a maioria dos atletas de alto
nível se depara com várias emoções a partir dessa pressão primordial na
competição. Tudo tem que ser treinado para melhor rendimento.
O voleibol diferente dos diversos esportes é uma modalidade que deve ser completa, o atleta deve ter habilidades em todos os fundamentos para seguir no jogo, assim quando se joga com essa pressão, a capacidade de absorção de movimentos pode ser apagada ou executada em lentidão, assim não tendo uma capacidade de relacionar o corpo com o que a mente manda de informação.
Na competição desencadeia uma série de inseguranças, medos, ansiedades, estresses, agressões humanas entre outras. De acordo com Cruz (1997) apud Marques (2003), salienta é o fato de o esporte ser, provavelmente, o fenômeno social mais importante e influente do século XX. O autor afirma que os estados de concentração, motivação, agressividade, e da ansiedade são os mais presentes no meio esportivo e influenciam diretamente no desempenho do atleta, dependendo, é claro, da sua ansiedade.
Fases da competição
De acordo com o Dietmar Samulski (2002), pouco antes da competição, o esportista se encontra em um estado de intensa carga psíquica (estresse psíquico), e para alguns autores tem sido denominado de estado pré-competitivo.
A fase pré-competição é caracterizada pelos treinamentos técnicos e táticos passados pelo professor/treinador, assim os atletas traçam o objetivo da vitória com uma meta a ser alcançada. Nessa fase, o atleta idealiza a vencer como algo que pode ser a melhor meta possível, e acabam esquecendo-se da derrota que pode ocorrer de forma avassaladora podendo afetar o psicológico do atleta por um momento ou por um grande período.
Já na fase que ocorre durante a competição é caracterizada por Samulski (2002), que existem as emoções negativas que são caracterizadas por situações de rendimento e situações sociais que o resultado negativo poderia ter sido evitado por ele mesmo, outras pessoas impediram o alcance de um bom resultado, depois de um bom resultado não se apresenta o efeito esperado, quando impedem sua participação em uma competição, surgem dificuldades durante a competição ou outras pessoas se comportarem de forma injusta e não digna, outras pessoas se comportarem de forma não confiável e irracional. Já os fenômenos positivos que se caracteriza por aparecer dois conceitos particulares: O conceito Flow-feeling (Sensação de fluidez) de Csikszentmihalyi (1985) apud Samulski (2002) e a análise do winning-feeling (sensação de ganhar) de Unestahl (1983,1985) apud Samulski (2002).
A primeira, o autor cita os seguintes fatores: Equilíbrio entre habilidade e desafio, absorção total na atividade, união entre consciência e ação, concentração central, perda da autoconsciência, sensação de controle total, motivação intrínseca e movimentos soltos e fluídos. Já a segunda, apresentam as características de amnésia, concentração, aumento de tolerância à dor e mudanças na percepção.
Na última fase, após a competição, o Dietmar Samulski (2002), afirma que as experiências de vitória e derrota não são em si, experiências de êxito e fracasso, porque para todas as experiências de êxito existem as experiências positivas e negativas, assim como a experiências de fracasso. Essa reação varia nos indivíduos para cada circunstância e momento emocional do atleta.
Esses estados emocionais que os atletas são expostos após a competição acontecem por refletirem as emoções das fases anteriores, até chegarem ou não no objetivo principal da competição.
Considerações finais
Percebe-se então que emoções sentidas na competição é um fator primordial a ser trabalhado, pois esse influencia no contexto geral da competição.
É importante que o professor/treinador tenha conhecimentos mais amplos sobre os seus atletas e sobre as áreas emocionais que o envolvem, assim também como experiências na área de conhecimento para poder direcionar seus alunos a terem bom rendimento e obterem sucesso independente do resultado da partida.
Conclui-se que falta um direcionamento e acompanhamento para esses atletas de alto nível, que se entregam ao esporte na esperança de resultados positivos, mas que nem sempre eles irão acontecer, podem atrapalhar no desenvolvimento vital do atleta, sendo uma necessidade trabalhar o sentimento de perda e ganho, para as divergências emocionais negativas possíveis, não venha prejudicar o estado emocional e as outras áreas que estão ligadas ao comportamento do atleta.
Referências
MARQUES, Marcio Geller. Psicologia do esporte: aspectos em que os atletas acreditam. Canoas: Ed. ULBRA, 2003.
PIROLO, Alda Lúcia; PIROLO, Denise. O voleibol e sua metodologia. Disponível em: http://www.bwnet.com.br/~affp/links_arq/mv_uem_1998.pdf. Data: 01/05/2013.
SAMULSKI, Dietmar M. Psicologia do Esporte, manual para Educação Física, Psicologia e Fisioterapia. Editora Manole Ltda, 2002.
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