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Projetos de inclusão social por meio do esporte: localização e adesão

Proyectos de inclusión social por medio del deporte: situación y adhesión

Project of inclusion social: localization and adhesion

 

Professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Cap.

(Brasil)

Prof. Dr. José Antonio Vianna

javianna@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo de caráter exploratório se propõe a observar a dinâmica da adesão dos sujeitos das camadas populares em um Projeto de Inclusão Social por meio do esporte, situado no interior de uma favela no Rio de Janeiro. Foi realizada uma análise documental das fichas de inscrição dos sujeitos participantes no projeto no período correspondente aos cinco primeiros meses de sua implantação. A análise dos dados permitiu a verificação da adesão mensal de participantes, o número de alunos matriculados por escola e por atividade. Os resultados sugerem que a proximidade entre as instalações do projeto e as residências dos participantes é um fator que favorece a adesão e aderência.

          Unitermos: Políticas Públicas. Inclusão Social. Esportes. Adesão. Jovens. Favela.

 

Resumen

          En el presente estudio de tipo exploratorio se propone observar la dinámica de la adhesión de participantes de los sectores populares en un proyecto de inclusión social por medio del deporte, ubicado en el interior de una favela en Río de Janeiro. El análisis documental sugiere que la proximidad entre en las instalaciones del proyecto y la residencia de los participantes es un factor que favorece la adhesión y la permanencia.

          Palabras clave: Políticas Públicas. Inclusión social. Deportes. Adhesión. Juventud. Sectores marginados.

 

Abstract

          The present study proposes investing the adhesion of participants in the project of the sports directed to the popular layers, located in the slum quarter of Rio de Janeiro. The documentary analysis suggests that the proximity enters the installations of the project and the residences of the participants are a factor that favors the adhesion and permanence of the participants.

          Keywords: Public Politics, Social Inclusion, Sports, Adhesion, Youth, Slum.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Contemporaneamente o potencial da prática esportiva na formação dos jovens tem sido utilizado em projetos de inclusão social (PIS) implantados por instituições governamentais, privadas e do terceiro setor. Estudos no Brasil e no exterior ressaltam o valor do esporte como meio de socialização de crianças e adolescentes (VIANNA, 2003) e como instrumento importante na construção do caráter de sujeitos em formação. Por ser uma atividade prazerosa o esporte exerce um poder de atração sobre os jovens e adolescentes. Esta atratividade tem sido utilizada com eficácia como âncora em programas de intervenção sócio-educacional, de caráter multiprofissional e transdisciplinar, que possuam ações profiláticas e/ou terapêuticas para os males sociais.

    É comum no meio social e acadêmico, considerar o esporte como um meio importante de socialização por conseguir atingir valores como coletivismo, amizade e solidariedade, que são relevantes para vencer as agruras da pobreza.

    Contribuir na educação integral dos participantes, a atenuação das desigualdades sociais, o combate a patologias sociais e a facilitação da inclusão social, são alguns dos argumentos correntes sobre os benefícios da prática de esportes para os jovens pobres e marginalizados. A prática orientada de esportes seria um instrumento para minimizar os efeitos da desigualdade social (VIANNA, 2007).

    Os Projetos de Inclusão Social (PIS) por meio do esporte, destinados aos jovens das camadas populares, são iniciativas para a minimização dos efeitos da desigualdade social e a promoção da inclusão social de crianças e jovens. Os PIS “podem ser definidos como ações de intervenção para o desenvolvimento social em que são estabelecidos objetivos comuns com os destinatários, de acordo com as propostas do projeto” (NOGUEIRA; TEVES; MATARUNA; DACOSTA, 2005: 597).

    Pensadores de diferentes áreas do conhecimento, têm se debruçado sobre o fenômeno esportivo. Muitos têm dedicado ensaios destacando os impactos positivos e os negativos do esporte na formação individual e coletiva, a favor ou contra o mesmo.

    Segundo Da Matta (2001), a prática do esporte e do lazer, permite aos indivíduos imaginar / criar outras possibilidades de convivência. O esporte, em particular o futebol, permite a construção de uma sociedade idealizada, onde desigualdades sociais reais podem ser superadas.

    Analisando as ciências sociais do esporte, Lovisolo (2002) observou que nos últimos vinte anos aconteceram transformações no enfoque do esporte, de uma tradição antropológica marxista (alguns influenciados pela escola de Frankfurt) a uma visão antropológica e histórica mais próxima da concepção de Norbert Elias.

    Outro aspecto menos explorado na prática de esportes como meio de inclusão social por afastar os jovens da criminalidade é a sua utilização como iniciação na formação profissional na área esportiva (VIANNA, 2007).

    Por outro lado, os pensadores da linha crítica da educação física elaboraram restrições a instrumentalização do esporte como agente de socialização e estabeleceram criticas duras ao esporte (OLIVEIRA, 1993; BRACHT, 1993, 1997, 2009; TAFAREL, 2009).

    Oliveira (1993) criticou o funcionalismo exercido pelo esporte, por cumprir a função de adaptar os sujeitos à ordem social estabelecida, atendendo aos objetivos de controle e ordem social, desejado pelos grupos hegemônicos na sociedade brasileira.

    Segundo Bracht (2009) a abordagem funcionalista utiliza a educação física como um meio que ajuda a prevenir disfuncionalidades ou conflitos sociais. Oliveira e Bracht, parecem sugerir que a disfuncionalidade ou a não adaptação dos indivíduos à sociedade em que vivem, poderia ser melhor do que a sua inserção social. Esta linha de pensamento leva a entender que a revolução ou transformação social ocorrerá a partir dos sujeitos que estão à margem da sociedade, já que todos os demais estariam subjugados à ordem estabelecida. (VIANNA, 2007; VIANNA; LOVISOLO, 2011). As teorias que criticam o esporte parecem não perceber que ele é mais um entre outros instrumentos que podem ser utilizados pelos educadores e no esporte existem outras modalidades que não tem o mesmo apelo financeiro e de mídia que o futebol.

A luta do bem contra o mal: a contribuição do esporte

    O tráfico de drogas, instalado nas comunidades carentes do Rio de Janeiro, compete com a socialização das agências de socialização tradicionais nas comunidades populares. A família, os clubes de futebol, as associações de moradores, os blocos carnavalescos, as escolas de samba, as comissões organizadoras de festas e outras organizações sociais com atuação nas comunidades populares, sofrem com a competição da socialização exercida pelo tráfico de drogas. (ZALUAR, 1998).

    As atividades esportivas como parte de um projeto pedagógico mais amplo, têm sido utilizadas para fortalecer as iniciativas de agências de socialização positiva presentes na comunidade e contrapor-se a socialização exercida pela criminalidade, por possibilitar aos participantes o rompimento com o cotidiano violento e por favorecer o resgate e o fortalecimento dos valores humanos fundamentais da vida em sociedade.

    Como estratégia para favorecer a socialização tem sido adotada a participação de sujeitos, de variadas etnias, classes, gêneros, idades, etc., favorecendo a percepção da alteridade e da semelhança de todos. (VIANNA, 2007). Outro procedimento relevante encontra-se no estímulo a construção de habilidades de vida e de perspectivas de futuro mais positivas que podem ser mais eficazes quando integrados a intervenções que desenvolvam atitudes comprometidas com a saúde pessoal e coletiva.

    A construção das habilidades de vida pode ser potencializada por meio de uma prática esportiva planejada de forma que os participantes possam ter vivências sociais positivas, pois se sentir valorizado parece ser uma das razões pelas quais o jovem escolhe o esporte. (DANISH; NELLEN, 1997).

    As habilidades de vida são aquelas habilidades que possibilita obter sucesso no meio no social, seja na família, na escola, no trabalho, na comunidade ou em outros meios. Essas habilidades podem ser, por exemplo, a comunicação com os colegas e com os adultos, a tomada de decisão e a capacidade de arremessar uma bola - habilidades de conduta, cognitiva e física, respectivamente (VIANNA et al, 1999).

Atividade física orientada: a expectativa dos alunos

    A coleta das representações sociais dos participantes em PIS permite o acesso ao conhecimento elaborado e partilhado socialmente, comum no meio social no qual o indivíduo está inserido e reconstruído por ele. Conhecer as representações sociais dos alunos de PIS pode favorecer a mediação entre os objetivos, as metodologias e as expectativas dos participantes. Segundo Lovisolo (1995) a implantação de projetos ou de propostas no âmbito educacional, demanda em acordos em termos de valores construídos entre as famílias, os educandos e os educadores, sobre os valores, os conhecimentos, os meios e as expectativas. Sem partilhar valores e objetivos - professores, alunos e instituição - a eficácia da intervenção sócio-educacional fica comprometida.

    Estudo realizado em PIS com universo de aproximadamente 18.000 crianças e jovens Vianna et al (1999) verificaram que os participantes buscam na atividade física “fugir da rotina de violência das ruas”, “lazer” e uma perspectiva de formação profissional no esporte. (VIANNA, 2003).

    Investigação realizada em um projeto situado no interior de uma favela do Rio de Janeiro, Vianna (2003) verificou que 54% dos indivíduos estudados indicaram a prática esportiva orientada como a melhor opção para o lazer, enquanto os mais de dez campos de futebol existentes na localidade (quase um por quarteirão) permaneciam vazios, motivado talvez, pelo risco que representa o confronto inesperado entre policiais e traficantes ou pela socialização perigosa exercida pela marginalidade das ruas. Observa-se, portanto a importância e o potencial de projetos com orientação pedagógica para a construção de habilidades de vida, para socialização e melhoria da qualidade de vida dos sujeitos das comunidades onde eles estão localizados.

    Os jovens parecem identificar nas atividades esportivas oferecidas nos projetos, meios de ascensão social. A prática esportiva apresenta-se para eles como uma alternativa prazerosa de ascensão social. Quando os PIS não atendem às expectativas dos participantes, a conseqüência é a evasão (VIANNA; LOVISOLO, 2005; 2009). A participação decrescente e a evasão de jovens a partir dos 14 anos de idade em PIS, foi observado com preocupação em investigações de Zaluar (1994), Vianna et al (1999) e Vianna e Lovisolo (2005), por ser nesta faixa etária em que ocorre com maior incidência, o envolvimento do jovem com o mundo do crime organizado (ZALUAR, 1985, 1990, 1994).

A localização dos aparelhos esportivos

    As décadas de 1980, 1990 e 2000 observaram crescimento da criminalidade violenta na cidade do Rio de Janeiro, alterando os modos de convivência da população. Morar em ruas, comunidades ou bairros controlados por facções criminosas, representava ter o acesso ou passagem por determinados lugares controlados por facções rivais. Nas comunidades populares, esse fato era mais peculiar. Como exemplos, o bairro da Tijuca - bairro localizado na zona norte do município do Rio de Janeiro, os moradores do morro da Casa Branca, não podiam visitar os parentes que moram no Morro do Borel – duas favelas próximas. A favela da Maré era outro exemplo de separação de amigos e familiares, afastados pela largura de uma rua de distância, o que simbolizava a divisa entre os territórios controlados por grupos criminosos rivais. A Vila Olímpica da Maré era um espaço negociado onde os moradores podiam circular sem os seus respectivos rótulos. Situada no interior da favela, a Vila Olímpica oportunizava aos moradores de toda a comunidade o acesso a atividades esportivas e culturais.

    Os programas esportivos situados no interior ou bem próximos das comunidades populares, parecem ser algumas das poucas oportunidades que muitos jovens pobres têm, de terem acesso à prática de atividade física orientada. As crianças e jovens com estrutura familiar mais comprometida e pior situação econômica, encontram maiores dificuldades para superar as barreiras representadas pela distância, pela necessidade de alimentação, pelo tempo de afastamento de suas obrigações com o trabalho em casa ou na rua.

    A adesão e a aderência, entendidas como o ingresso e a permanência espontânea desses indivíduos nos projetos, pode ser um indicador importante do acordo necessário sugerido por Lovisolo (1995) entre as aspirações dos agentes e a proposta implantada, bem como a condição para que a intervenção sócio-educacional ocorra.

    No município do Rio de Janeiro, algumas comunidades beneficiadas pelo Projeto Favela-Bairro - uma intervenção de saneamento e infra-estrutura realizada pela prefeitura local em comunidades populares, a falta de perspectiva sócio-profissional tende a frustrar as expectativas de futuro dos jovens em situação de risco moradores nessas localidades, empurrando-os para atitudes imediatistas e inconseqüentes. Assim, a intervenção social e educacional através do esporte pode contribuir na formação cidadã dos participantes

    Existem indicativos de que a maioria dos jovens residentes em comunidades populares - mais de 70% dos indivíduos estudados por Vianna (2003) - passam a maior parte do seu tempo livre (tempo em que não estão na escola), dentro de suas casas. Seja para cuidar da casa e dos irmãos enquanto os pais trabalham, ou por motivo da violência gerada pelo crime organizado que os confina na segurança relativa do lar.

    Os investimentos públicos e privados na construção de Vilas Olímpicas e aparelhos esportivos destinados aos jovens das camadas populares localizados em pontos distantes de suas residências parecem não levar em conta os fatores que podem dificultar a adesão. A dificuldade em deslocar-se sozinho para outras localidades pode ser um dos motivos que mantêm esses sujeitos, em especial os mais novos ou os portadores de necessidades especiais, longe das iniciativas públicas de inclusão social.

    Assim, neste estudo de caráter exploratório, teve como objetivos observar a dinâmica da adesão e do envolvimento dos sujeitos das camadas populares em um Projeto de Inclusão Social por meio do esporte situado no interior de uma favela no Rio de Janeiro nos primeiros cinco meses a partir do início das atividades.

O objeto de estudo

    A análise documental permitiu a verificação da adesão mensal de alunos matriculados por escola e por atividade. Os dados foram coletados nas fichas de inscrição dos alunos no período correspondente aos cinco primeiros meses a partir da implantação do projeto. O monitoramento da adesão ou desistência ocorreu pela observação das fichas de inscrição dos sujeitos participantes no período de cinco meses.

O ingresso nas atividades

    No mês de implantação do projeto – período de inscrições - matricularam-se 200 sujeitos de ambos os gêneros. Nos cinco meses seguintes - período de maio a setembro, levantamos os seguintes dados: o mês de maio registrou um aumento de 36% (71 alunos) nas matrículas em relação ao mês de abril, totalizando 271 sujeitos. Em junho, pode-se observar uma elevação de 29%; 79 alunos matriculados em relação ao mês anterior, totalizando 350 indivíduos. O mês de julho demonstrou uma elevação de 18,9% (66 alunos) do total de indivíduos participantes no mês anterior. O mês de agosto registrou um aumento de 4,8% (20 alunos) do total do mês de julho. O mês de setembro manteve a tendência de crescimento no número de participantes, quando observamos o ingresso de 89 alunos novos – Tabela 1.

Tabela 1 - Evolução do número de matrículas no período

    A oficina Ginástica para a Terceira Idade oferecia atividades para indivíduos idosos e mães dos alunos matriculados no projeto. A adesão dos sujeitos aqui chamados de terceira idade superou as expectativas de ingresso e de participação. A Tabela 2 apresenta a evolução do número de idosos participantes no projeto por gênero.

Tabela 2 - Evolução das matrículas de terceira idade

    O PIS atendia predominantemente, alunos da rede municipal. No entanto, alunos de outras instituições de ensino, idosos e jovens fora do sistema escolar também podiam participar. Ao se matricular, o jovem informava a instituição de ensino na qual estava matriculado e o ano de escolaridade, o que favorecia a identificação dos jovens em idade escolar que estavam fora das salas de aulas e o seu encaminhamento para as escolas da rede municipal de ensino (Tabela 3).

    Em cinco meses de atividade a capacidade máxima de atendimento para o aparelho (500 alunos), foi preenchida e superada.

Tabela 3. Distribuição de alunos por escola

    A inscrição e a participação nas atividades oferecidas no projeto não eram obrigatórias, os jovens podiam optar pela atividade que despertasse maior interesse. A cultura brasileira da prática do futebol aparece representada na preferência dos participantes. No entanto, pode-se notar na Tabela 4 o interesse crescente por outras modalidades esportivas. Ao que tudo indica, os alunos eram estimulados pelos professores do projeto e pelos professores de educação física escolar a experimentarem e praticarem outras atividades oferecidas e ampliarem o seu repertório motor.

    O basquetebol e a dança foram oferecidos algum tempo após o início das demais atividades, atendendo a característica do projeto de ajustar a oferta das atividades conforme a demanda.

Tabela 4. Distribuição de alunos por modalidade

Considerações finais

    O trabalho desenvolvido dentro da comunidade apresenta-se como um contraponto à socialização do crime organizado, na medida em que oportuniza aos sujeitos residentes nessas localidades, a participação em agências de socialização positiva.

    Isso não significa dizer que estes indivíduos devem ser colocados em redomas, afastados da realidade em que vivem. Mais do que isso, um projeto com perfil sócio-educacional pode reforçar os valores éticos e morais que se oponham à sedução exercida pelas facilidades do crime. Os que defendem a idéia de que se devem afastar os jovens do meio social violento, parecem esquecer que os alunos voltarão para suas casas, para o contato com os seus amigos, parentes e vizinhos, alguns dos quais, envolvidos com o crime. Segundo esta proposição afasta-los da realidade, seria retirá-los para um mundo ideal, nem sempre possível.

    O número crescente de sujeitos que procuraram as atividades do projeto estudado e a adesão dos matriculados nos meses seguintes, parecem indicar que a política de resgate e fortalecimento dos valores humanos pro sociais, através das atividades esportivas orientadas, oportunizados aos sujeitos residentes em áreas de risco de socialização, próximo às suas casas, pode representar uma permanência maior e continuada dos seus participantes, maximizando o impacto da intervenção.

    Os grandes centros esportivos localizados em bairros distantes das moradias populares dificultam o acesso desses sujeitos, que acabam sendo privados dos benefícios propiciados pela prática esportiva orientada.

    Portanto, a política de implantação de núcleos esportivos localizados no interior ou nos arredores de comunidades populares, parece permitir uma participação mais ativa e continuada daqueles sujeitos que têm maiores dificuldades de deslocamento: crianças menores, portadores de deficiência e idosos e daqueles que possuem uma estrutura familiar e sócio-econômica mais comprometida, que podem ser os que mais necessitam de procedimentos de intervenção sócio-educacional e de desfrutarem dos benefícios que o esporte oportuniza.

    Ao que tudo indica, os grupos de terceira idade parecem merecer uma atenção especial. Muitos desses sujeitos são os responsáveis pelos jovens participantes nos projetos. É possível que a criação de oficinas vinculadas aos projetos, de capacitação em atividades que favoreçam o empreendedorismo dos responsáveis e a sua formação em atividades profissionais autônomas que resultem em fonte de renda que pode ser obtida na própria comunidade (barbeiro, manicure, corte e costura, telefonia e outros) possa contribuir para a permanência dos mesmos e de seus dependentes nas atividades esportivas e culturais. Parece evidente que o sucesso na socialização dos jovens em situação de risco, pode ser maximizado por um esforço multidisciplinar e transprofissional de intervenção sócio-educacional, no atendimento a esses sujeitos e daqueles responsáveis pela sua subsistência e educação em aparelhos menores, localizados próximos à residência dos participantes.

Referências

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