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Flexibilidade da cadeia posterior de militares do 

exercito brasileiro em Goiânia, GO: um estudo relevante

La flexibilidad de la cadena posterior de los soldados del ejército brasileño en Goiania, GO: un estudio necesario

 

*Acadêmico do curso de Especialização em Treinamento

Funcional da CEAFI, PUC. Educador Físico

**Doutoranda em Educação, UFSM

Prof. da Universidade de Cruz Alta, UNICRUZ

***Doutorando da Universidade Federal de Goiás

Prof. da Universidade Salgado de Oliveira e Estácio de Sá

(Brasil)

Venício Moreira*

borisscai@yahoo.com.br

Vaneza Cauduro Peranzoni**

vaneza.cauduro@terra.com.br

Ademar Soares Junior***

arquiteturjr@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A flexibilidade é vista como um item importante do conjunto saúde e qualidade de vida, inseridos no conceito atual de saúde que vai além da ausência de doença, haja vista que para uma satisfatória execução de diversas atividades na vida do individuo, há necessidade de amplitude de movimentos. Do momento em que se acorda, até a hora que vamos nos deitar, estão inseridas inúmeras atividades que dependem de amplitude de movimento para que sejam realizadas satisfatoriamente. Portanto este estudo teve como objetivo, comparar duas técnicas de alongamento, Rã no Ar (RAR) e Facilitador Neuromuscular Proprioceptivo (FNP), no ganho de flexibilidade de indivíduos militares do sexo masculino da Base Administrativa da Brigada de Operações Especiais da cidade de Goiânia. Para esta pesquisa, foram estruturados dois grupos (RAR e FNP), cada um com oito militares, com idade entre 30 e 50 anos, que executam mesma atividade física e funções administrativas. Ambos realizaram alongamentos três vezes por semana durante oito semanas, sendo avaliados no primeiro e no último dia do treinamento proposto, tendo como protocolo o Banco de Wells e Dillon (1952).

          Unitermos: Militares. Flexibilidade. Militares. Amplitude de movimento articular

 

Abstract

          Flexibility is seen as an important item of all health and quality of life, entered into the current concept of health that goes beyond the absence of disease, given that for a satisfactory execution of various activities in the individual's life, no need to range movements. From the moment you wake up until the time we go to bed, are inserted numerous activities that depend on range of motion to be carried out satisfactorily. Therefore this study aimed to compare two techniques of stretching, Frog Up (RAR) and Proprioceptive Neuromuscular Facilitation (PNF), gain flexibility of individuals male military Base Administrative Brigade of Special Operations of the city of Goiania. For this study, two groups were structured (RAR and FNP), each with eight men aged between 30 and 50 years, running the same physical activity and administrative functions. Both stretches performed three times a week for eight weeks, being evaluated in the first and last day of the training offered, with the memorandum, the Bank of Wells and Dillon (1952)

          Keywords: Flexibility. Muscular stretching. Forward chain. Shortening.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A manutenção da flexibilidade pode ser considerada como um dos componentes do conjunto saúde e qualidade de vida, inseridos no conceito atual de saúde que vai além da ausência de doença (http://bvsms.saude.gov.br) haja vista que para uma satisfatória execução de diversas atividades na vida do individuo, há necessidade de amplitude de movimentos. Devido a muitos fatores como os avanços da medicina, conscientização e melhorias nas condições gerais de vida, a população brasileira está envelhecendo. Isso quer dizer que a expectativa de vida se elevou e como consequência natural da idade, observamos a redução da massa muscular seguida de reposição por tecido gorduroso e fibroso. Esse fator somado a manutenção de posturas inadequadas, inatividade física e falta de exercícios de alongamento podem gerar uma série de prejuízos funcionais, elevar o risco de lesões, síndromes compressivas, dores articulares, redução de desempenho e favorecer o encurtamento muscular. Sendo mais flexível, o individuo terá uma série de benefícios em várias situações de sua vida, podendo, caso treinado, haver aumento de força muscular, redução dos riscos de lesões, de síndromes compressivas além de favorecer a manutenção das atividades funcionais ou reduzir suas perdas (ALTER, 1999). A proposta do trabalho apresentado originou-se da observação de como é conduzida a prática da atividade física no âmbito da Brigada de Operações Especiais, em particular da Base Administrativa no que se refere a perdas e ganhos de flexibilidade.

    Considerando a rotina dos militares do Exército Brasileiro notou-se que as atividades são direcionadas para questões funcionais e que apesar de haver alongamento previsto no manual C 20 -20, que orienta um alongamento ativo estático por três minutos antes da atividade, sendo destinados 20 segundos a cada grupo muscular, constatou-se que somente com a execução do alongamento descrito não há ganho de flexibilidade e sim, manutenção, podendo em alguns casos haver encurtamento devido a atividade física executada. A manutenção da postura sentada por longo período de tempo pode agravar a condição de encurtamento, principalmente da cadeia posterior segundo Marques (2010) e Marques(2005).

    Souchard (2006, p. 39) nos apresenta um complemento ao assunto quando diz que o “conforto” estático será sinônimo do aumento do tônus postural e de encurtamento dos músculos no sentido de altura (componente de achatamento dos músculos espinhais) e a um agravamento de curvas lordóticas cervical e lombar”.

Metodologia e/ou material e métodos

    O estudo foi realizado na Brigada de Operações Especiais na cidade de Goiânia, GO, com uma amostra de 16 indivíduos, divididos em dois grupos, sendo um destes, aplicando FNP e o outro a Postura Ativa Rã no Ar.

    O processo de definição das amostras foi intencional por conveniência. Esta pesquisa é de caráter quantitativo positivista. De acordo com Fonseca (1996) consideramos pesquisa quantitativa, toda pesquisa que pode ser mensurável, quantificável, o que significa traduzir em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Este tipo de pesquisa requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas, para uma melhor analise dos dados coletados.

    Segundo Martins (1997) nas pesquisas quantitativas, predominam os métodos estatísticos, com utilização de variáveis bem definidas e cálculos, utilizando estatísticas descritivas e/ou inferenciais. Os estudos de caso referem-se à uma situação, entidade ou conjunto de entidades que têm um mesmo comportamento ou são do mesmo perfil.

    Segundo Creswell (2007), no trabalho quantitativo, devem ser entendidos os fatores ou variáveis influenciadoras do resultado a fim de poder relacioná-los auxiliando no entendimento do problema. Também pode se propor teorias e testá-las incorporando revisões de literatura para identificar as questões da pesquisa a serem respondidas. No caso de encurtamento da cadeia posterior, entender o que poderá alterá-la.

    A atividade em questão trata de um estudo de caso com pesquisa positivista quantitativa utilizando como protocolo o teste linear segundo Wells e Dillon (1952) onde foi realizada analise estatística descritiva. Os participantes, sendo de uma mesma Organização Militar, cuja rotina de trabalho é semelhante, assim como horários e tempo de execução de atividades físicas, estão sujeitos aos mesmos estímulos no transcorrer de suas atividades.

    Participaram do estudo 16 militares, todos voluntários sem relatos de problemas músculo-esqueléticos, preenchendo os seguintes requisitos:

    Tinham que trabalhar em função administrativa, permanecendo a maior parte de seu expediente sentado:

Resultados e discussões

    A análise dos dados evidenciou diferença considerável entre os grupos em relação à idade, avaliações iniciais e finais no protocolo banco de Wells e sobre o ganho de flexibilidade da cadeia posterior.

    Muitos estudos foram realizados a fim de se comparar técnicas de alongamento com duração variada. Gama et al. (2010) utilizaram em grupos distintos, frequências com uma , três e seis manobras de FNP por sessão nos isquiotibiais, obtendo significativo resultado da extensão ativa do joelho com o quadril a 90 graus. Rosário et al. (2008) compararam 4 grupos sendo que o grupo RPG realizou alongamento de cadeia muscular posterior em decúbito dorsal com fechamento do ângulo coxofemoral por 15 minutos duas vezes por semana durante quatro semanas obtendo um bom resultado, ressaltando que no método há distribuição da força de alongamento pelos músculos das cadeias, reduzindo a intensidade sofrida por um músculo alongado isoladamente.

    Silva (2010) em sua revisão evidenciou que a RPG traz bons resultados nos parâmetros de mobilidade da coluna, rigidez matinal e capacidade funcional. Almeida et al.,(2009) dividiu 15 jovens sedentárias em três grupos, sendo que dois deles executaram FNP de forma distinta entre si obtendo maior amplitude de movimento que o terceiro grupo que não realizou alongamentos. Segundo eles, os resultados sugeriram que o alongamento com FNP, com duração e intensidade adequados, pode ser utilizado antes da prática esportiva sem decréscimo na produção de força.

Conclusão e considerações finais

    A intenção de se comparar o ganho de flexibilidade com os dois métodos surgiu da observação de como os militares mantinham sua postura enquanto sentados nas diversas situações que conforme vimos nas referências, podem favorecer o encurtamento das cadeias musculares e, devido à quantidade de relatos de desconfortos na coluna e nos joelhos.

    Ao término das avaliações, concluiu-se que ambos os métodos podem ser utilizados com o fim de ganho de flexibilidade de acordo com cada caso e interesse do individuo, porém, segundo os dados colhidos, dizemos que a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva com a técnica contrair e relaxar realizada dentro do que foi apresentado, evidenciou maior ganho de flexibilidade da do que a postura ativa Rã no Ar.

Referências

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