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Efeitos da bandagem sobre a propriocepção, força e 

equilíbrio estático e dinâmico: uma revisão sistemática

Los efectos del vendaje sobre la propiocepción, la fuerza y el equilibrio estático y dinámico: una revisión sistemática

 

*Fisioterapeutas graduadas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

**Docentes do curso de fisioterapia da Unioeste

***Docente do Mestrado em Biociências e Saúde da Unioeste

(Brasil)

Carla Lazzarin* | Caroline Covatti*

Géssica Ribeiro* | Mayara de Oliveira*

Marieli Araujo Rossoni Marcioli** | Suely Mariko Ogasawara**

José Mohamud Vilagra** | Gladson Ricardo Flor Bertolini** ***

gladson_ricardo@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Justificativas e objetivos: Diversos estudos são encontrados a respeito da utilização e do efeito da bandagem funcional, no entanto existem idéias controversas e pouco consenso sobre os seus reais efeitos. Portanto, o objetivo deste estudo é analisar os efeitos da aplicação da bandagem sobre a força muscular, equilíbrio e propriocepção, através de revisão sistemática da literatura. Conteúdo: Foi realizada pesquisa através de busca por artigos científicos experimentais nas bases de dados eletrônicas BIREME, PubMed, MEDLINE, ScienceDirect, LILACS, PEDro e SciELO. A avaliação de qualidade dos artigos foi realizada através da escala PEDro (Physiotherapy Evidence Database). No total 15 artigos foram avaliados (4 relacionados ao equilíbrio dinâmico, 2 ao equilíbrio estático, 5 à força muscular e 4 à propriocepção). Conclusão: Os estudos analisados mostram que a bandagem é capaz de incrementar a propriocepção de ombro e tornozelo, e o equilíbrio estático. Por outro lado, a bandagem não apresenta influências sobre a força muscular e o equilíbrio dinâmico. Entretanto, devido à baixa qualidade metodológica dos artigos, de acordo com a escala PEDro, não há como afirmar que a bandagem exerce realmente os efeitos descritos pela literatura.

          Unitemos: Bandagem. Equilíbrio estático. Equilíbrio dinâmico. Força. Propriocepção.

 

Abstract

          Objective: Many studies have found about the use and effect of functional taping, however ideas are controversial and little consensus about its real effects. Therefore, the aim of this study is analyze the effects of taping on proprioception, static and dynamic balance and strength, through systematic review of literature. Contents: A survey was conducted through a search of experimental scientific articles in electronic databases BIREME, PubMed, MEDLINE, ScienceDirect, LILACS, PEDro e SciELO. The quality of the articles was evaluated through PEDro (Physiotherapy Evidence Database) scale. A total of 15 articles were analyzed (4 about dynamic balance, 2 about static balance, 5 about muscle strength and 4 about proprioception). Conclusion: The reviewed studies showed that taping increases shoulder and ankle proprioception and static balance. On the other hand, taping had no influence on muscle strength and dynamics balance. However, since the methodologic quality of the articles, according to PEDro scale, is low, there is no way to affirm that taping has all the effects described on the literature.

          Keywords: Taping. Static balance. Dynamic balance. Strength. Proprioception.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A bandagem funcional é uma técnica na qual ocorre aplicação de algum tipo de fita protetora que adere à pele de determinada articulação ou membro. Devido à elasticidade dos materiais empregados, as bandagens, por si só, não oferecem sustentação, mas fornecem uma excelente compressão (1).

    A aplicabilidade da bandagem funcional é muito ampla e tem sido usada na prevenção e no tratamento de disfunções musculoesqueléticas, articulares, neurais e miofasciais. A bandagem funcional é mais reconhecida na área desportiva, porém, não é exclusiva para o esporte. A técnica tem como objetivos principais: corrigir a biomecânica do tecido ou articulação; comprimir uma lesão recente para reduzir edema; limitar movimentos indesejados; facilitar o processo de cicatrização, sem estressar as estruturas lesadas; bombardear o SNC com aferências sensoriais dos proprioceptores musculares, reduzindo assim a aferência nociceptiva e, portanto, a dor; proteger ou dar suporte as estruturas lesadas durante os exercícios de reabilitação. Sendo assim, a mesma técnica de bandagem funcional pode ser aplicada por razões diferentes em diversas regiões do corpo e em estágios distintos da reabilitação após uma lesão (2).

    A propriocepção contribui para o controle postural, estabilidade articular e diversas sensações conscientes. As informações proprioceptivas são oriundas dos receptores musculares e tendíneos, denominados fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi, e receptores localizados nos ligamentos, cápsula articular, meniscos e tecidos cutâneos (3, 4).

    A força muscular é máxima tensão que pode ser gerada por um músculo ou por um grupo muscular contra uma resistência (5). A formulação de uma definição precisa de “força”, que abranja tanto seus aspectos físicos quanto também os psicológicos traz grande dificuldade, uma vez que as formas de força e do trabalho muscular são excepcionalmente variadas e influenciadas por um grande número de fatores (6).

    O equilíbrio é uma função sensório-motora que é determinada pela integração funcional das informações provenientes das estruturas sensoriais dos sistemas vestibular, visual e proprioceptivo nos núcleos vestibulares do tronco encefálico, sob a coordenação do cerebelo. É responsável pela manutenção da postura corporal e está relacionado à capacidade de se manter a linha que passa pelo centro de gravidade perpendicular ao solo (7,8).

    Há na literatura diversos estudos a respeito da utilização e do efeito da bandagem funcional, no entanto existe uma falta de consenso entre a maioria desses. Sendo assim, o objetivo dessa pesquisa é compreender melhor o efeito da aplicação da bandagem funcional sobre a força muscular, equilíbrio e propriocepção através da realização de uma revisão sistemática da literatura.

Metodologia

    A revisão sistemática foi realizada através de busca por artigos científicos, realizada independentemente pelos pesquisadores, nas bases de dados eletrônicas BIREME, PubMed, MEDLINE, ScienceDirect, LILACS, PEDro e SciELO. As palavras-chave utilizadas foram “taping”, “balance”, “proprioception” e “strength”.

    Foram incluídos os estudos experimentais, publicados de janeiro de 2002 até outubro de 2011, nas línguas inglesa ou portuguesa. Revisões sistemáticas e metanálises foram excluídas. A avaliação de qualidade dos artigos foi realizada pela escala PEDro (Physiotherapy Evidence Database), desenvolvida para ser empregada em estudos experimentais. A escala foi aplicada por dois pesquisadores independentes, e através dela foi atribuída a cada artigo uma pontuação (de 0 a 10 pontos), avaliando assim a validade interna do artigo e a apresentação da análise estatística empregada 9.

Resultados

    A pesquisa nas bases de dados resultou em 107 artigos (21 na BIREME, 12 na MEDLINE, 14 na PubMed, 2 no LILACS, 43 na ScienceDirect, 7 no PEDro e 8 no SciELO). Após o descarte de artigos repetidos ou que não se encaixavam no tema, de revisões sistemáticas e de metanálises, restaram 15 artigos. Desses, 4 são relacionados ao equilíbrio dinâmico, 2 ao equilíbrio estático, 5 à força muscular e 4 à propriocepção. A seguir são descritos os resultados, separados por categorias.

Efeitos da bandagem na propriocepção

    Lin, Hung e Yang (10), realizaram um estudo com 12 indivíduos saudáveis. Foi aplicada bandagem flexível (elástica) em forma de “I” desde o bordo inferior do terço medial da clavícula até T12, enquanto o indivíduo realizava depressão e adução da escápula, com total alongamento da fita. Os indivíduos eram vendados e tinham os membros superiores conduzidos passivamente a um posicionamento final (flexão de ombro) e a um posicionamento médio (metade da amplitude de movimento do ombro), e posteriormente realizavam o movimento ativamente. Tanto no movimento passivo como no ativo o procedimento era repetido por seis vezes, com e sem a bandagem. Os autores chegaram à conclusão de que a bandagem flexível incrementa o feedback proprioceptivo de ombro em indivíduos saudáveis.

    Spanos, Brunswic e Billis (11) realizaram um estudo com 20 atletas amadores de esportes com contato, que tiveram lesão prévia de tornozelo com graus I e II, com o objetivo de investigar os efeitos da bandagem na propriocepção de atletas com lesão, em movimentos de rolamento sem carga. Os sujeitos eram orientados a realizar 5º e 20º de inversão e 10º e 30º de flexão plantar sem carga, em três tentativas, com e sem feedback visual, com e sem bandagem. Os autores observaram melhora da propriocepção após a tentativa com bandagem.

    Callaghan et al. (12) avaliaram os efeitos da bandagem na propriocepção de joelho de indivíduos com síndrome da dor femoropatelar. Foram avaliados 32 indivíduos pelo senso de posição articular Partindo de 90º de flexão de joelho, os indivíduos deveriam reproduzir os ângulos de 60º e 20º com uma velocidade de 2º/s, passiva e ativamente, com e sem bandagem patelar. Foi observado que a bandagem não melhorou a propriocepção de todos os indivíduos, somente daqueles que tinham uma propriocepção “pobre”.

    Ozer et al. (13) compararam a propriocepção dos pés descalços, com órtese funcional preventiva e com bandagem de tornozelo. De acordo com o programa utilizado, tanto o grupo que utilizou a bandagem como o grupo que utilizou a órtese tiveram a propriocepção mais acurada.

Efeitos da bandagem na força

    O estudo de Herrington (14) investigou o efeito da bandagem funcional da patela sobre a força isocinética do quadríceps e o desempenho funcional da articulação do joelho em indivíduos normais, para tentar esclarecer o mecanismo através do qual a bandagem patelar se mostra benéfica sobre a Síndrome Femoropatelar. A diferença na força do quadríceps não foi significativa com a aplicação da bandagem, porém houve uma redução significativa na distancia do salto.

    No estudo de Keet et al. (15), os autores avaliaram o efeito da bandagem funcional patelar para redução da dor, aumento de força e recrutamento neuromuscular em pacientes com Síndrome Femoropatelar. A bandagem patelar não apresentou resultados significativos em relação à diminuição da dor nem aumento de produção de foça do quadríceps. No entanto, houve diminuição significativa na relação entre vasto medial oblíquo e vasto lateral em ambos os grupos com o uso da bandagem.

    Hsu et al. (16) investigaram o efeito da bandagem funcional sobre a atividade muscular e a força da região escapular em jogadores de beisebol com Síndrome do Impacto do Ombro. As variáveis analisadas foram: movimentos tridimensionais da escápula, eletromiografia dos músculos trapézio superior e inferior e serrátil anterior durante a elevação do braço. Os resultados obtidos demonstraram que a bandagem elástica aumentou significativamente a inclinação escapular posterior a 30° e 60° durante a elevação do braço e aumentou a atividade muscular do trapézio inferior em comparação com o placebo.

    No estudo de Fu et al. (17), foi avaliado o efeito imediato e tardio da bandagem na parte anterior da coxa sobre a força muscular do quadríceps e isquiotibais em atletas jovens e saudáveis. O resultado não revelou diferenças significativas na força muscular em nenhuma das três mensurações.

    Chang et al. (18) avaliaram os efeitos imediatos da bandagem aplicada ao antebraço sobre a força de preensão máxima em jovens atletas saudáveis. Os resultados não apresentaram diferenças significativas na força de preensão palmar.

Efeitos da bandagem no equilíbrio estático

    O estudo de Greig et al. (19) tinha por objetivo verificar se a bandagem terapêutica na região torácica pode mudar a postura de mulheres com mais de 50 anos, com osteoporose, fratura vertebral decorrente de osteoporose e menopausa, e verificar se tais alterações podem ser associadas a mudanças da atividade da musculatura de tronco e equilíbrio. Como resultado, pode-se perceber uma melhora imediata na redução da cifose torácica com a bandagem. Porém, não houve diferença significativa em nenhum dos parâmetros de equilíbrio.

    Com o objetivo de comparar a capacidade de equilíbrio entre uma perna previamente lesada com instabilidade de tornozelo utilizando bandagem e sem bandagem, com uma perna não acometida com bandagem e sem bandagem, Hooper et al. (20) selecionaram jovens que apresentavam instabilidade unilateral crônica de tornozelo. Para a bandagem, os autores utilizaram a técnica de Mulligan. Não foram observadas diferenças significativas no teste de equilíbrio estático entre as quatro condições testadas.

    Bonfim et al. (21) investigaram o efeito da bandagem como informação sensorial adicional na propriocepção e equilíbrio de indivíduos com lesão de ligamento cruzado anterior (LCA). Foram utilizadas três condições sensoriais: informação sensorial normal, sem informação sensorial adicional; bandagem infrapatelar e faixa infrapatelar. Os resultados mostraram que o uso de informação sensorial adicional contribui para a melhora de controle postural em indivíduos com lesão de LCA, mas não em indivíduos que não possuem lesão.

Efeitos da bandagem no equilíbrio dinâmico

    Delahunt et al. (22) realizaram um estudo com 11 indivíduos, de ambos os sexos, com história de instabilidade crônica de tornozelo unilateral resultante de entorse em inversão de tornozelo. O objetivo do estudo foi analisar os efeitos da bandagem de tornozelo nos movimentos no plano frontal e sagital e determinar o potencial de restrição da bandagem após um protocolo de exercícios. Resultados importantes encontrados nesse estudo foram que atividades funcionais como subir degraus, caminhadas e saltos não interferem na elasticidade da bandagem. Os autores concluíram que a bandagem restringe o movimento no plano sagital da articulação do tornozelo, e, além disso, a capacidade restritiva da técnica se mantém após 25 minutos de exercícios funcionais.

    O objetivo do estudo de Hooper et al. (20) foi examinar o efeito da bandagem de tornozelo em condições de repouso e em condições de fadiga, para melhorar o equilíbrio estático e dinâmico em indivíduos com tornozelos saudáveis ​​e instáveis. A bandagem de tornozelo não teve impacto sobre o controle neuromuscular durante o equilíbrio estático e dinâmico dos indivíduos com tornozelos saudáveis e instáveis.

    Aminaka et al. (23) avaliaram os efeitos da bandagem patelar no plano sagital, a cinemática do joelho e o nível de dor percebida durante o teste SEBT (Star Excursion Balance Test) em indivíduos com síndrome fêmoro-patelar unilateral. A bandagem foi aplicada a partir do côndilo femoral lateral, ancorando a patela e terminando na parte posterior do joelho (a patela foi tracionada medialmente). Como resultados o grupo de participantes com síndrome fêmoro-patelar apresentaram mais dores na escala analógica de dor durante a realização do teste do que o grupo controle. Porém, ao se analisar somente o grupo com síndrome fêmoro-patelar na situação com fita e sem fita, uma redução na dor foi observada quando a bandagem estava presente no teste. Dados semelhantes foram observados nas distâncias alcançadas, o grupo controle alcançou distancias maiores quando comparado ao grupo com síndrome fêmoro-patelar, entretanto, nesse grupo na condição com fita, foram alcançadas distâncias maiores do que na condição sem fita. Já na cinemática do quadril e de joelho nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os grupos e entre as condições com fita e sem fita.

    McGrath et al. (24) realizaram um estudo cujo objetivo era analisar os efeitos da bandagem para reposicionamento fibular na restrição da inversão do retropé, em indivíduos com instabilidade crônica de tornozelo, analisar o aumento do sentimento de confiança, estabilidade e segurança ao realizar o teste SEBT. Os dados mostram que as técnicas usadas de bandagem não afetaram positiva ou negativamente a estabilidade postural utilizando o SEBT.

Discussão

    Os trabalhos revisados não apresentaram boa qualidade metodológica. O estudo de Lin, Hung e Yang (10) recebeu nota 5, o de Spanos, Brunswic e Billis (11), Callaghan et al. (l2) e Ozer et al. (13) receberam nota 6 segundo a escala PEDro. Os critérios que não foram preenchidos, em nenhum estudo, foram: a cegueira dos participantes, dos terapeutas e dos avaliadores. Além disso, no estudo de Lin, Hung e Yang (10),os sujeitos não foram distribuídos aleatoriamente por grupos, conforme tratamento recebido.

    Os artigos revisados com relação ao efeito da bandagem funcional na força muscular receberam a seguinte classificação: os estudos de Herrigton (14), de Keet et al. (15), de Hsu et al. (16) e o de Fu et al. (17) receberam nota 6 na escala de Pedro. Apenas o estudo de Chang et al. (18) obteve pontuação 7.

    De acordo com a classificação de PEDro, todos os estudos citados, apresentam a mesma falha metodológica, que é o não cumprimento dos seguintes critérios: a distribuição e a participação cega dos sujeitos, a administração da terapia e avaliadores cegos. Apenas o estudo de Chang et al. (18) cumpriu com o último requisito citado acima e por isso obteve pontuação maior que os demais.

    Assim como os estudos de força e propriocepção, os de equilíbrio estático também não obtiveram bons resultados na avaliação pela escala de PEDro. O artigo de Bonfim et al. (21) foi o que obteve a menor nota, 5, não atendendo os critérios de aleatoriedade de divisão dos grupos; e distribuição, participação, avaliação e emprego da terapia de forma cega para os indivíduos. Greig et al. (19) obteve a nota 6, pois distribuíram aleatoriamente seus indivíduos. Já Hooper et al. (20) teve nota 8, pois também fez distribuição aleatória e uma avaliação cega de pelo menos um resultado-chave.

    Também como a maioria das falhas já discutidas, o artigo de Aminaka et al. (23) recebeu uma pontuação de 6, pois não apresentou distribuição cega dos participantes nos grupos de tratamento e examinador cego. Já o artigo de Delahunt et al. (22) e McGrath (24), obtiveram uma pontuação de 5 pontos, pois além dos itens anteriormente citados, não apresentaram distribuição aleatória dos participantes nos grupos propostos.

Conclusão

    De acordo com a literatura investigada, a bandagem é capaz de incrementar a propriocepção de ombro em indivíduos saudáveis, a propriocepção de tornozelo, o equilíbrio estático em indivíduos com lesão de LCA e melhorar a estabilidade postural dinâmica de mulheres com cifose torácica e osteoporose. A bandagem não influenciou a força muscular e a propriocepção de joelho em indivíduos com síndrome femoropatelar, o equilíbrio estático de indivíduos com instabilidade de tornozelo, a estabilidade postural dinâmica em mulheres com cifose torácica e também não teve impacto sobre o controle neuromuscular durante o equilíbrio dinâmico dos indivíduos com tornozelos saudáveis e instáveis. Entretanto, todos os estudos analisados apresentam falhas metodológicas semelhantes. Sabendo que essas falhas comprometem a credibilidade dos estudos, não há como afirmar que os resultados encontrados são fidedignos. Sendo assim, conclui-se que são necessários mais estudos com metodologias confiáveis para estabelecer os reais efeitos da bandagem sobre a propriocepção, força e equilíbrio estático e dinâmico.

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