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Nível de desenvolvimento motor das crianças de três a cinco anos
de idade freqüentadoras de uma escola de educação infantil
da cidade de Erechim, RS

Nivel de desarrollo de los niños de tres a cinco años de edad que asisten
a una escuela de Educación Inicial de la ciudad de Erechim, RS

 

*Graduada em Educação Física e Cursando Especialização em Fisiologia

do Exercício e Prescrição do Exercício Físico – Faculdade IDEAU

**Orientador. Professor do curso de graduação e especialização

em Educação Física da Faculdade IDEAU. Professor do curso

de graduação em Educação Física da UPF e da UnC

Elisangela Pivoto*

elis_pivoto@hotmail.com

Prof. Ms. Ivan Carlos Bagnara**

ivanbagnara@ideau.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O desenvolvimento motor ocorre de forma gradual e extensa, se inicia na concepção e cessa somente com a morte. O mesmo depende das condições ou fatores que podem influenciar e interferir neste processo que são a tarefa em si, o meio e o próprio indivíduo. Nesta perspectiva o presente estudo teve como objetivo verificar o nível de desenvolvimento motor de crianças de três a cinco anos de idade freqüentadoras de uma escola particular da cidade de Erechim, RS, tendo uma amostra de 26 crianças de ambos os sexos. De caráter quantitativo, a investigação teve como instrumento de coleta de dados a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM), proposto por Rosa Neto (2002), e ainda para os alunos que por ventura viessem apresentar idade motora abaixo da sua idade cronológica foram solicitados pareceres descritivos para as professoras regentes. Para a compreensão desses dados, utilizamo-nos da estatística simples e descritiva onde foi analisado o perfil motor de cada criança e comparado a sua idade cronológica nos seguintes aspectos: motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial, organização temporal e lateralidade. Os resultados encontrados sugerem que a grande maioria das crianças apresenta sua idade cronológica inferior a sua idade motora, o que nos leva a crer que a referida escola tem um bom trabalho para o desenvolvimento motor das crianças, porém há ainda alguns aspectos que podem ser trabalhados com mais eficiência e individualmente ocasionando melhoras específicas e pontuais.

          Unitermos: Desenvolvimento motor. Educação Física. Escola de Educação Infantil. Crianças.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O desenvolvimento é algo que se inicia na concepção e cessa somente na morte. O indivíduo está em constantes mudanças e é por meio dela que adquire o controle dos movimentos bem como de seu próprio corpo. Tal domínio é proporcionado pela interação entre a necessidade da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do ambiente (GALLAHUE e OZMUN, 2003).

    Quando a criança atinge uma determinada idade é hora de ir para a escola, passando por etapas de aprendizagem para a formação integral, ou seja, em seu aspecto motor, social, afetivo, cultural e intelectual.

    Dentre os diversos conteúdos trabalhados na escola, um merece atenção especial, que é a educação física. A prática pedagógica da educação física na educação infantil normalmente enfatiza o desenvolvimento psicomotor, ou como alguns educadores preferem a psicomotricidade. Barreto (2000) afirma que as aulas de educação física estão sendo vistas como fortes componentes para prevenir futuros problemas de aprendizagem escolar, pois contribuem para o fenômeno cultural que consiste de ações psicomotoras exercidas sobre o ser humano de maneira a favorecer comportamentos e transformações.

    Portanto é no período da infância que as crianças estão sujeitas a grandes mudanças no desenvolvimento e na aprendizagem motora. Segundo Isayama e Gallardo (1998) a fase mais importante do desenvolvimento motor se encontra na infância, a qual é denominada fase das habilidades motoras fundamentais, e é quando os profissionais de educação física têm maiores possibilidades de trabalhar com as crianças.

    De acordo com o exposto temos como objetivo deste estudo verificar o nível de desenvolvimento motor em crianças de três a cinco anos de idade freqüentadoras do turno integral de uma escola particular de Erechim, RS.

    Para coletar os dados vamos utilizar a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) de Rosa Neto (2002), sendo esta bateria de testes um conjunto de provas diversificadas e de dificuldade graduada, específicas para cada faixa etária de 2 a 11 anos em cada elemento da motricidade.

    Outro ponto a destacar da EDM são os termos da classificação do desenvolvimento motor proposta, baseada no quociente motor das crianças, dispostas da seguinte maneira: Muito Inferior (69 meses ou menos); Inferior (entre 70 e 79 meses); Normal Baixo (entre 80 e 89 meses); Normal Médio (entre 90 e 109 meses); Normal Alto (entre 110 e 119 meses); Superior (entre 120 e 129 meses); e Muito Superior (130 meses ou mais).

    Os testes foram aplicados entre os meses de julho e agosto de 2012, em 26 crianças sendo 15 do sexo masculino e 11 do sexo feminino de três a cinco anos de idade, freqüentadoras do turno integral, matriculados no mínimo desde o mês de fevereiro de 2012, onde iniciaram as práticas pedagógicas da escola para o referido ano letivo. Também solicitamos pareceres descritivos referentes à aprendizagem em sala de aula para as crianças que apresentaram a idade motora inferior a sua idade cronológica a fim de obter mais dados relacionados ao desenvolvimento psicomotor e sua relação com a aprendizagem escolar.

    Este estudo foi definido como quantitativo visto que considera que os dados coletados podem ser traduzidos em números, opiniões e informações para classificação e análise. É pesquisa quantitativa, e com dados desta natureza temos como objetivo “garantir resultados e evitar distorções de análise e de interpretação, possibilitando uma margem de segurança maior quanto às inferências” (DIEHL; TATIM, 2004, p. 51).

Análise dos dados

    Para a melhor compreensão dividiremos os dados por grupos de avaliados, tendo como base suas idades e turmas escolares. Dessa forma temos três Grupos de Análise, sendo o Grupo 1 (3 anos e 4 meses a 4 anos), Grupo 2 (4 anos e 5 meses a 5 anos) e Grupo 3 (5 anos e 4 meses a 5 anos e 10 meses).

    Aplicando os testes de desenvolvimento motor sugerido por Rosa Neto (2002) nos Grupos 1, 2 e 3, encontramos os seguintes resultados.

Quadro 1. Nível de desenvolvimento motor do Grupo 1

    Com base nos dados apresentados podemos destacar que a IMG (idade motora geral) do Grupo apresenta-se superior à IC (idade cronológica), sendo que este foi obtido através da soma dos resultados positivos obtidos nas provas motoras expressas em meses (ROSA NETO, 2002). O resultado médio obtido foi de +9,3 meses de diferença, o que significa que as crianças estão bem desenvolvidas na questão motora, superior a sua idade cronológica.

    No quadro apresentado acima os padrões de classificação do QMG (quociente motor geral), que é obtido através divisão entre a IMG e a IC multiplicado por 100, encontram-se entre “normal médio” e “muito superior”. Das 10 crianças pertencentes do Grupo 1, duas foram classificadas como “normal médio”, sendo uma do sexo feminino e outra do sexo masculino, três classificadas como “normal alto” sendo dois meninos e uma menina, três crianças classificadas como “superior”, sendo dois meninos e uma menina, e duas meninas classificadas como “muito superior”. Assim a classificação geral do Grupo 1 alcançou valores numéricos da QMG de 121, de acordo com a classificação sugerida por Rosa Neto (2002), “superiores”.

    Os resultados obtidos até o momento em nosso estudo são semelhantes ao estudo de Fonseca et al. (2008) realizado com 34 crianças matriculas em uma escola particular de educação infantil e ensino fundamental da cidade de Curitiba/ PR, onde os avaliados foram classificados entre “normal baixo” e “muito superior”.

    Outro estudo, desenvolvido por Winck e Rosa Neto (2006), realizado em duas creches da rede municipal de Eduardo Magalhães/BA, com estudantes da pré-escola (4 e 5 anos), apresentou desenvolvimento motor normal médio, ou seja, dentro da normalidade. Ainda podemos identificar que tanto as meninas (IMMG de 76,8 meses) quanto os meninos (IMMG de 60 meses) do Grupo 1 se destacaram nos testes de IMMG que exigia mais domínio sobre o corpo. E as atividades em que as meninas apresentaram maior dificuldade foram na IMMF de 38,4 meses, que diz respeito à destreza de controlar pequenos músculos que contém movimentos refinados como pintar, escrever, recortar, etc. ficando abaixo da IC em torno de 5,6 meses. Os meninos apresentaram maiores dificuldades nos testes de IME (idade motora do equilíbrio) sendo a média de 37,2 meses, em movimentos de estabilização, ou seja, da capacidade de se manter em postura, em determinadas posições, e movimentos, ficando abaixo da sua IC aproximadamente em 6,6 meses.

    Em estudo desenvolvido por Balsanello, Silva e Bagnara (2012) em que avaliou somente o desenvolvimento do equilíbrio em crianças de três e quatro anos de idade em uma escola municipal de Erechim, RS, indicou que as meninas apresentaram resultados inferiores comparados aos meninos, o que aponta dados contrários aos encontrados pelo nosso estudo para esta faixa etária.

    A IMG das meninas ficou em 56,2 meses e a dos meninos em 50,2 meses, ou seja, eles possuem exatamente -6 meses de diferença para a IMG. Já, com relação à IC apresentam apenas um mês de diferença, sendo que as meninas são mais velhas.

Quadro 2. Nível de desenvolvimento motor do Grupo 2

    Assim como o Grupo 1, o Grupo 2 também apresentou maior média na IMG sobre a IC, sendo esta diferença de +7,2 meses. Esse dado nos leva a crer que a influência da escola é considerável e que se preocupa com o desenvolvimento motor das crianças proporcionando diferentes atividades para o aprimoramento das mesmas. Sabemos que é na fase da infância que as crianças estão sujeitas a grandes mudanças no desenvolvimento e na aprendizagem, por isso é um período que deve ser rico em vivências e experiências, proporcionando e aperfeiçoando não somente aspectos motores, bem como afetivos, cognitivos e socioculturais.

    Os dados obtidos pelos testes das crianças (total de 10) do Grupo 2 (composta por 5 meninos e 5 meninas) sugerem uma classificação do seu desenvolvimento motor entre “normal médio” e “superior”, com pontuação entre 96,2 e 124,5 para o QMG. Quatro crianças foram classificadas como “normal médio” (três meninas e um menino), quatro crianças como “normal alto” (três meninos e uma menina) e dois “superior” (um menino e uma menina). Na classificação geral, o Grupo 2 encontra-se com valores de QMG em 112,2 meses classificados como “normal alto”.

    O Grupo 2 obteve maior êxito nas atividades de IMMG, apresentando uma média geral de 78 meses, ou seja, muito superior a sua IC, ficando em 22,6 meses acima da IC.

    No quadro 2, o Indivíduo de número três apresentou IMG de 51 meses e sua IC é de 53 meses, ou seja, seu desenvolvimento motor está abaixo da sua IC, o que podemos relacionar com o parecer da professora regente, que afirma: “[...] apresenta dificuldades na motora fina, coordenação, equilíbrio e noção de espaço (Professora regente Grupo 2)”.

    Assim, conforme os resultados apresentados pelos testes da EDM podemos afirmar que o Indivíduo três possui dificuldades em manusear objetos que envolvam movimentos mais simples, e precisos, e apresenta um pequeno desvio de atenção, pois na hora da explicação da execução dos testes era preciso explicar várias vezes, com calma e paciência, pois sua atenção se dispersava facilmente. Salientamos que no parecer emitido pela professora do mesmo, ela afirmava que o referido estudante apresentava uma dificuldade em manter a atenção numa mesma atividade ou explicação. No equilíbrio também apresenta certas dificuldades, pois seu teste apresentou 36 meses, ficando abaixo de sua IC. Já em contrapartida apresentou uma IMOE (idade motora de organização espacial) de 60 meses, ficando 7 meses acima de sua IC. Porém, mesmo com alguns resultados das IMs abaixo da IC, o Indivíduo de número três apresentou um resultado de 96,2 no QMG sendo classificado como “normal médio”.

    Considerando os resultados obtidos podemos ressaltar que os meninos e as meninas apresentam níveis semelhantes de desenvolvimento motor, indo ao encontro do estudo de Valentini (2002), que analisou 88 crianças de 5 a 10 anos de idade e que tinha como objetivo investigar as percepções de competência e desempenho motor de crianças, e as relações entre estas percepções e o desempenho motor de meninos e meninas de diferentes idades. No mesmo estudo Valentini diz que:

    Em relação ao gênero meninos e meninas demonstraram desenvolvimentos similares nas habilidades de locomoção e diferenças nas habilidades de controle de objeto, sugerindo um desempenho mais eficiente a favor dos meninos nas habilidades de chutar, quicar, arremessar, rebater e receber (p.58, 2002).

    Após analisar os dados referentes aos Grupos 1 e 2, passaremos a analisar os dados referentes aos avaliados do Grupo 3.

Quadro 3. Nível de desenvolvimento motor do Grupo 3

    O quadro acima é representado por 6 crianças com IM de 5 anos e 8 meses a 5 anos e 10 meses, sendo 5 meninos e 1 menina. Este grupo apresenta na média geral IC de 68 meses sendo inferior à IMG de 72,6 meses, diferença de +4,6 meses. Da mesma forma, apresentando um índice maior em sua IMG assim como o Grupo 1 e 2, o que nos leva a crer que as crianças pertencentes a esta escola possuem atividades que objetivam o desenvolvimento motor geral.

    Os indivíduos do Grupo 3 foram classificados com os índices entre “normal médio” a “superior”, com pontuações entre 95,5 a 125 para o QMG. Quatro meninos pertencentes a este grupo foram classificados como “normal médio”, outro menino classificado como “normal alto” e a única menina foi classificada como “superior”. Tal grupo na classificação geral alcançou índices de 107, 03 meses para QMG, sendo classificados como “normal médio”.

    Podemos perceber pelo quadro 3 que o Indivíduo 2, apresenta uma idade motora negativa, isso significa que a sua IC é maior que a sua IMG, tendo esta uma diferença de -3 meses, atingindo a menor pontuação da classificação com 95,5 de QMG, mas ainda considerado dentro dos padrões de normalidade para o desenvolvimento em sua idade. Em seu parecer, a professora regente descreve que:

    [...] tem grande agilidade, sobe, desce, corre, pula, fica pendurado em brinquedos do parque somente com o apoio de uma perna, ou de um braço. Não tem medo de explorar os limites do corpo. Tem ótima coordenação ampla, mas nas atividades que envolvem calma, como na coordenação fina, ele fica um pouco agitado, e presta pouca atenção desistindo facilmente (Professora Regente Grupo 3).

    Também podemos salientar que o grupo como um todo encontra dificuldades nas atividades que envolvem movimentos mais complexos, coordenados e com a participação de pequenos grupos musculares, IMMF, obtendo uma média de 58 meses (4 anos e 10 meses), ficando abaixo da IC em aproximadamente 10 meses.

    Estes resultados podem estar relacionados com a afirmação feita por Caetano et al. (2005) de que nos anos iniciais da infância ocorrem mudanças significativas no comportamento motor a cada ano, sendo que o repertório motor torna-se cada vez mais diversificados à medida que a idade aumenta, exigindo uma reorganização da criança atingindo todas as habilidades motoras e do comportamento motor, estas mudanças e instabilidades podem estar relacionadas com os fatores que influenciam ou interferem no desenvolvimento da criança sendo estes fatores da tarefa em si, do ambiente, e da própria criança ou indivíduo.

    Na média geral, as crianças avaliadas apresentam IC de 53,6 meses, sendo esta inferior a IMG onde apresentam 55,3 meses, ou seja, há um avanço em relação à IM. Os estudantes encontram- se entre uma classificação de “normal médio” (95,5 meses) a “muito superior” (153,6 meses), sendo que da amostra total de crianças participantes 38,5% foram classificadas como “normal médio”; 30,8% como “normal alto”; 23,1% classificados como “superior” e 7,6% como “muito superior”.

    Os dados do estudo de Medina-Papst e Marques (2010) corroboram com o nosso, onde pode-se observar um relativo atraso no desenvolvimento motor das crianças mais velhas. O estudo dos autores se deu com uma amostra de 30 crianças de 8 a 10 anos de idade, com dificuldades na aprendizagem escolar, tendo como objetivo investigar se as crianças com dificuldades de aprendizagem apresentavam algum comprometimento motor no desenvolvimento dos componentes da motricidade, utilizando-se da EDM. No mesmo estudo, os autores mostram que as crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem escolar também podem a vir apresentar dificuldades no desenvolvimento motor, o que nos leva a crer que o desenvolvimento motor e a aprendizagem escolar estão ligados ou relacionados sendo que um depende do outro. Assim sendo, Rosa Neto et al. afirma que:

    Em síntese, o conjunto de resultados encontrados reforça o elo existente entre os aspectos escolares (ligados ao rendimento escolar), os aspectos motores (ligados ao desenvolvimento) e os aspectos biopsicossociais (ligados às condições de nascimento e ao nível sócio-econômico) (p. 49, 2007).

    Por isso uma forma de identificar pequenos problemas nas crianças é por meio das avaliações motoras, assim com sugere a EDM, e através dos resultados por ela obtidos podemos elaborar programas individualizados e mais eficientes trabalhando com a dificuldade da criança, proporcionando a ela um “leque de opções”, que podem ser utilizados para suprir essas necessidades.

Considerações finais

    De acordo com os resultados obtidos podemos destacar que os componentes da motricidade apresentam diferentes níveis de desenvolvimento. O nível de desenvolvimento motor é um fator relevante, ou de fundamental importância, onde torna-se necessário observar, conhecer, avaliar e analisar em que nível as crianças estão desenvolvidas, estudando cada caso para que possamos trabalhar com programas direcionados e eficazes, estimulando e enfatizando as dificuldades para proporcionar ao estudante um aprimoramento das habilidades dentro das suas necessidades.

    Os resultados por nós encontrados sugerem que as crianças na sua maioria estão dentro do perfil motor relacionado com a idade cronológica, pois apresentaram valores numéricos superiores em média +7,4 meses, considerando-se dessa forma uma idade positiva. Na questão da classificação geral do quociente de desenvolvimento motor as crianças obtiveram valores de 114,6 QMG, classificadas em superiores.

    Percebemos por meio deste estudo a importância de se realizar avaliações no desenvolvimento motor infantil, pois é nesta fase da infância que muitas atitudes e valores podem ser desenvolvidos e vivenciados. Com a estimulação, vivências e práticas as crianças aprendem a explorar, compreender e interagir com o mundo que a cerca e os profissionais de educação física atuantes na educação infantil tem o dever de proporcionar tais oportunidades. Dessa forma, estaremos auxiliando e evitando que mais tarde essa criança venha a apresentar problemas no seu desenvolvimento o que logicamente influenciará na aprendizagem escolar.

    O apoio e incentivo dos pais nesta fase são de extrema importância, pois sem este auxílio os profissionais de educação física tendem a encontrar um caminho mais difícil para ensinar e vivenciar novos hábitos com as crianças. O equilíbrio entre as estimulações de casa e da escola fazem com que as crianças alcancem bons níveis de desenvolvimento motor e corporal, auxiliando o aprendizado na escola e melhorando consideravelmente as condições de vida futuramente.

Referências

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  • MEDINA, Josiane et al. Desenvolvimento da organização temporal de crianças com dificuldades de aprendizagem. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v. 17, n. 1, p. 107-116, 1. sem. 2006.

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