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Avaliação do desenvolvimento motor da 

criança surda no município de Cascavel

Evaluación del desarrollo motor del niño sordo en el municipio de Cascavel

 

*Curso de Educação Física da Faculdade Assis Gurgacz

Bolsista do programa de iniciação científica PIBIC

**Faculdade Assis Gurgacz

Curso de Educação Física – Licenciatura ou Bacharelado

Adriana Gomes da Costa*

Débora Bourscheid Dorst**

adriana-gomes07@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: a partir da concepção o ser humano possui uma sequencia lógica de desenvolvimento neuropsicomotor que está vulnerável a sofrer estimulações e influencias do meio externo. Esse desenvolvimento ocorre conforme o passar do tempo e com sua idade as possibilidades motoras evolui variadamente ficando cada vez mais complexas e completas. Já a criança surda por haver complicações em seu desenvolvimento neuropsicomotor. Objetivo: obter a escala do desenvolvimento motor de crianças surdas para chegar a resultados que auxiliarão os educadores a desenvolver seu trabalho de forma proveitosa Metodologia: para a coleta dos dados utilizou-se o Manual de Avaliação Motora de Francisco Rosa e os materiais solicitado no manual. A coleta de dados foi realizada em uma escola de surdos em cascavel no estado do Paraná, onde se procurou investigar se há atrasos de desenvolvimento neuropsicomotor, em quinze crianças surdas Resultados: através dos resultados obtidos, verificou-se que a maioria dessas crianças possui um grande atraso motor, sendo que na maioria, a idade motora não corresponde à idade cronológica. Conclusão: percebe-se a importância na realização de novos estudos em relação a este tema, pois são escassos os materiais e informação sobre o mesmo.

          Unitermos: Surdez. Desenvolvimento neuromotor. Avaliação motora.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    O seguinte trabalho foi realizado a partir de necessidades de desenvolver-se um trabalho que auxiliasse o professor em seu processo de ensino das crianças surdas que apresenta dificuldades motoras, para que essas crianças recebem o auxilio necessário por meio dos educadores, assim desenvolvendo ao máximo seu potencial motor.

    As mudanças pelas quais o ser humano passa, estão ligadas à sua idade estando em constante mudança conforme a interação com o ambiente e tarefa, aprimorando assim o movimento. No crescimento ocorre mudanças na estrutura física (estatura e peso) em relação à ordem quantitativa e no desenvolvimento, a mudanças ocorre em ordem qualitativa (aquisição e melhoria de funções) (CAETANO, 2005).

    O desenvolvimento de um indivíduo acontece de forma gradativa, adquirindo diferentes capacidades motoras e cognitivas. O individuo ganha capacidade para efetuar funções diferentes e mais complexas. Já o crescimento se destaca pelo ganho de massa corpórea (hipertrofia e hiperplasia), (PESSOA, 2003)

    Em relação às estruturas motoras a serem adquiridas na infância destacam-se coordenação motora ampla, fina, digital, visual, e visomotora, que são integradas pela coordenação motora global, (SANTOS, 2007). Os movimentos globais, no qual fazem parte as habilidades motoras globais, são realizados por grandes músculos, por exemplo, as capacidades de sentar, andar e correr, (PESSOA, 2003), enquanto a coordenação visuomanual, relacionado à motricidade fina, é representada por tarefas mais freqüente e comuns do ser humano, como por exemplo, pegar um objeto e lançá-lo, para escrever, desenhar, pintar e recortar. São movimentos que requer fases como, de transporte da mão, seguida de agarre e manipulação, (objeto/olho/mão) que são componentes que resultam dessas fases. (ROSA NETO, 2002)

    Para realizar-se as atividades do dia a dia é necessário manter o equilíbrio postural. Para que o individuo mantenha um relacionamento com o ambiente também é de suma importância que se tenha um equilíbrio corporal. O desequilíbrio ocorre pelo fato de que o individuo tenha uma alteração visual, proprioceptiva ou vestibular, (SOUSA 2010)

    A noção de espaço tem dupla orientação, ou seja, dois valores. Pois, ao mesmo tempo em que é concreta também é abstrata, finito e infinito. A mesma envolve o espaço do corpo, o espaço que nos rodeia (finito) se estendendo ao universo (infinito), até extinguir-se no tempo. O indivíduo também possui uma organização em relação a sensações relativas ao seu próprio corpo associado aos dados do mundo exterior, isso e denominado de esquema corporal. (ROSA NETO, 2002)

    Lateralidade seria a dominância direita ou esquerda do indivíduo, mas quando o mesmo possui uma dominância que não se apresenta do mesmo lado pode ser caracterizado por lateralidade cruzada. A criança só tem essa definição de dominância de direita ou esquerda a partir dos dois anos de idade, (SANTOS, 2007)

    Quando se fala sobre deficiência auditiva é importante definir que o ouvido interno localiza-se o vestibular, responsável pela manutenção do equilíbrio geral. Os receptores que recebem o estímulos que fazem parte do sistema vestibular e são sensíveis a qualquer alteração da posição da cabeça ou da direção do movimento, (POWERS, 2000)

    Uma pesquisa realizada por Souza (2010), apud Angeli (2003), informa que a criança com perda auditiva neurossensorial e com simultânea disfunção vestibular apresentam dificuldades em relação a sua organização sensorial e ao equilíbrio, a autora ressalta que essas crianças surdas podem apresentar alterações em seu equilíbrio causadas pelo problema de qualidade e ou quantidade das informações vindos do aparelho vestibular.

    O presente estudo teve como objetivo avaliar o desenvolvimento motor de crianças surdas da escola ACAS do município de cascavel- P.R.

2.     Materiais e métodos

    Participaram deste estudo quatorze crianças surdas, sendo que nove eram do sexo masculino e cinco do sexo feminino, na faixa etária de 6 a 11 anos, sem outros comprometimentos aparentes, apenas uns com atraso na comunicação e outros mais desenvolvidos na mesma. Todas as crianças faziam parte de uma família de baixo nível socioeconômico. A maioria das crianças morava no município de Cascavel, estado do Paraná, algumas residiam em cidades bem próximas de cascavel e sua deslocação era feita através de ônibus e vans.

    Essa pesquisa foi realizada em uma escola de surdos em cascavel. Foi escolhida uma sala silenciosa, bem iluminada e ventilada, sem interrupções externa, possuindo uma mobília apropriada para o manuseio do material. As crianças estavam vestidas de forma que não dificultasse seu movimento nas atividades e que não interferisse na observação do avaliador.

    Como instrumento de estudo utilizou-se o protocolo da bateria de testes do manual de avaliação motora de Rosa Neto (2002). Foram utilizados os testes de: idade motora fina, idade motora global, equilíbrio, esquema corporal/rapidez, organização espacial e lateralidade dos olhos, mãos e pés.

    Os testes foram aplicado na seguinte ordem descrito acima, cada teste possuía uma prova motora para cada idade (2 a 11 anos), e através de sua aplicação avaliamos o nível de desenvolvimento motor das crianças, considerando erros e fracassos, levando em conta as normas estabelecidas pelo autor da escala. Também se utilizou materiais solicitados no protocolo de avaliação motora para a realização dos testes.

    A coleta de dados foi realizada por 19 encontros, perfazendo um total de 110 horas de atividade de campo, durante 3 semanas, nos períodos da manhã e tarde. Ao decorrer do trabalho serão utilizados os a seguintes siglas: idade motora (IM), idade cronológica (IC), idade motora geral (IMG), idade negativa (IN) e idade positiva (IP), quociente motor geral (QMG), quociente motor (QM). Todos os resultados serão apresentados em forma de porcentagem (%) e as idades serão expressas todas em meses.

3.     Resultados

    Em relação ao estudo com 15 crianças de ambos os sexo e com surdez, foi observado na bateria geral do desenvolvimento motor que os mesmo apresentaram-se abaixo do desejado. Os resultados da tabela1, referem-se ao desenvolvimento geral das crianças surdas em relação à idade motora fina, global, equilíbrio, esquema corporal/rapidez e organização espacial. Com o resultado foi observado que os alunos de faixa etária de 06 a 11 anos com média de 9 anos, quanto ao desenvolvimento está abaixo da média, 14,2% (2 crianças) se encontra em desenvolvimento normal baixo, outros 14,2% (2 crianças) se encontra em desenvolvimento inferior e 71% (10 crianças) se encontra em estado alarmante, com o desenvolvimento muito inferior.

Tabela 1. Desenvolvimento motor/classificação dos resultados

    Em relação ao desenvolvimento da lateralidade em crianças surdas de faixa etária de 06 a 11 anos, foi observado que 21,3% (3 crianças) são destro completo, 7,1% (1 criança) sinistro completo, 56,8% (8 crianças) com lateralidade indefinida e 14,2% (2 crianças) com lateralidade cruzada. .

Tabela 2. Desenvolvimento motor/lateralidade

    Em relação ao quociente motor (QM1) da idade motora fina das crianças surdas, 28,4% (4 crianças) se encontram em estado normal médio, 7,1% (1 criança) em normal baixo, 14,2% (2 crianças) em inferior e 56,8% (8 crianças) muito inferior.

    No quociente motor (QM2) da idade motora global, 28,4% (4 crianças) no estado normal médio, 7,1% (1 criança) em estado normal baixo e 63,9% (9 crianças) em muito inferior. No quociente motor (QM3) do equilíbrio, 7,1% (1 criança) se encontra em estado normal médio, 21,3% (3 crianças) se encontra em normal baixo, 14,2% (2 crianças) em inferior e 56,8% (8 crianças) em muito inferior. Em relação ao quociente motor (QM4) do esquema corporal, 21,3% (3 crianças) em estado normal médio, 28,4% (4 crianças) em inferior e 49,7% (7 crianças) em muito inferior. No quociente motor (QM5) da organização espacial, 7,1% (1 criança) está em um estágio normal médio e 92,3% (13 crianças) se apresenta em estágio muito inferior.

Tabela 3. Desenvolvimento motor/Quociente motor (QM) de crianças de 6 a 11 anos

    Na idade motricidade fina (IM1) das crianças surdas, 14,2% (2 crianças) se encontram em nível muito superior, 7,1% (1criança) em superior, 7,1% (1 criança) normal médio, 14,2% (2 crianças) inferior e 56,8% (8 crianças) em muito inferior. Na idade motora global (IM2), 14,2 (2 crianças) se encontra em estágio muito superior, 7,1 (1 criança) em superior, 7,1 (uma criança) em normal baixo, 21,3% (3 crianças) em inferior e 49.7% (7 crianças) muito inferior.

    No equilíbrio (IM3) 14,2% (2 crianças) se encontra em superior, 7,1% (1 criança) em normal médio, 28,4% (4 criança) em normal baixo e 49,7% (7 crianças) em muito inferior. Em relação a esquema corporal/rapidez (IM4), 7,1% (1 criança) se encontram em muito superior, 7,1% (1 criança) em superior, 21,3% (3 crianças) em normal médio, 28,4% (4 crianças) em normal baixo, 7,1% (1 criança) em inferior e 28.4% (4 criança) em muito inferior.

    Na organização espacial (IM5), 7,1% (1 criança) se encontra em normal baixo, 35.5% (5 crianças) em inferior e 56.8% (8 crianças) em muito inferior. Por fim, na idade motora geral (IMG), 21,3% (3 crianças) estão no estágio normal médio, 14,2% (2 crianças) em normal baixo, 14,2% (2 crianças) em inferior e 42,6% (6 crianças) em muito inferior.

Tabela 4. Desenvolvimento motor/idade motora (IM) de crianças de 6 a 11 anos

4.     Discussão

    A presente pesquisa indica que crianças surdas ou com perda auditiva, apresenta dificuldades significativas em seu desenvolvimento motor, como a coordenação motora fina, global, equilíbrio, esquema corporal/rapidez e organização espacial, pois os dados obtidos relatam que sua idade motora geral está muito inferior ao padrão normal médio.

    Outros estudos também relatam que os mesmos apresentam sérios comprometimentos em seu desenvolvimento motor, por exemplo, para Lima (2008), as crianças surda em relação à organização temporal possuem um atraso bem significativo comparando a uma criança ouvinte. Também Fenske (2007), mostra através de suas pesquisas que as crianças surdas possuem um atraso motor acentuado, sendo poucas as crianças que correspondem à idade motora com a idade cronológica. O autor verifica nos teste, que há um atraso na percepção espacial e temporal das crianças avaliadas, concluindo que o desenvolvimento motor das mesmas está abaixo do esperado para a faixa etária analisada nos testes.

    Nesta pesquisa os dados indicam que a idade motora geral das crianças está muito abaixo do que se espera, pois, 14,2% (2 crianças) estão no estagio normal médio, 14,2% (2 crianças) em normal baixo 21,3 (3 crianças) em estágio inferior e com maior porcentagem, 42,6% (6 crianças) em muito inferior, sendo que apenas 7.1% (1criança) se encontra em estágio normal alto. A idade motora fina se encontra com maior defasagem em seu desenvolvimento em relação às outra idades motoras, pois demonstra que 56.8% das crianças surdas estão com sérias dificuldades na mesma. A idade motora que se demonstrou com menor defasagem foi a de esquema corporal com apenas 28,4% (4 crianças).

    Durante a pesquisa, na coleta de dados, havia movimentos de flexibilidade que as crianças surdas sentiam uma grande limitação, por exemplo, no alongamento, quando era necessário flexionar o tronco à frente em postura ereta de 90°, simplesmente os mesmos só conseguiam flexionar até certo ponto antes mesmo de chegar aos 90°, sendo que se ultrapassassem esse ponto a coluna formava uma bola e se desequilibravam. Essas crianças não conseguiam em sua maioria encostar as pontas dos dedos da mão nas pontas dos dedos do pé. Sousa (2010), diz que o desenvolvimento e aperfeiçoamento do equilíbrio podem ser trabalhados através de experiências corporais, para a autora seria importante que as instituições que recebem crianças surdas abordassem treinamentos específicos, para melhorar o desempenho do equilíbrio das mesmas para ter um melhor desenvolvimento motor e uma boa qualidade de vida.

    O equilíbrio postural é de grande valia na realização das atividades do dia-a-dia do indivíduo sendo fundamental no relacionamento espacial do mesmo com o ambiente ao ocorrer alterações vestibulares (perda auditiva), acontecem, alterações em seu sistema motor, caracterizando o desequilíbrio (SOUSA, 2010). Como foi relatado antes, em relação à organização temporal, a criança surda possui um atraso, mas, esses comprometimento, ou atraso podem ser trabalhados de forma especifica em um programa de intervenção focando no desenvolvimento motor das mesmas (LIMA, 2008). É neste momento que a Educação Física escolar, entra para contribuir, pois está relacionada com o próprio corpo e possibilita que o surdo conheça seu próprio corpo relacionando-o com o espaço em sua volta, percebendo assim os outros que com ele interagem (FENSKE, 2007).

    Na realização dos testes encontrou-se grande dificuldade em relação à comunicação, já que os surdos possuem sua própria comunicação, a Língua de Sinais Brasileira (Libras), pois ao explicar como as atividades deveriam ser realizadas, ficavam vagas para essas crianças como desenvolver essas atividades, mesmo havendo pessoas qualificadas em Libras, por esta razão vê-se a necessidade de criar um manual de avaliação motora próprio para o surdos. Para o surdo, de preferência na infância, é de suma importância o desenvolvimento da expressão corporal, pois a partir de estimulação é que facilita a comunicação, interação, convivência social e consequentemente a realização pessoal. É fundamental a capacitação de profissionais para atuarem nesta área, pois a Educação Física é de suma importância. A atividade física ou a prática esportiva ou recreativa, ou o exercício físico representa muito para a formação de todas, principalmente para os surdos, pois permite que a mesma através de seus movimentos se descubra e também o mundo em sua volta, se desenvolvendo fisicamente, mentalmente, emocionalmente, linguisticamente e socialmente, esta é a grande influencia da educação física para o surdo (DALPIAZ; 2009).

    Para as crianças surdas esse processo de desenvolvimento neuropsicomotor pode assumir diferentes contornos, pois além do fator da deficiência tem outros fatores que contribuem para uma defasagem no seu desenvolvimento. Muitos surdos podem ser prejudicados pela falta de estímulos adequados ao seu potencial cognitivo, sócio-afetivo, linguístico e político-cultural acarretando grandes perdas em sua aprendizagem (DAMÁZIO; 2007).

    A comunicação da criança com o meio que a cerca se evidencia através da motivação e criatividade que a Educação Física proporciona à criança, tornando-a mais ativa e interessada, facilitando a aprendizagem da mesma. Ainda o autor acrescenta que tendo a Educação Física e a comunicação um papel de grande importância para o desenvolvimento do ser humano, é normal que procuramos compreender, entender e estudar o seu importante papel no processo de comunicação da criança surda (PALMA, 2010).

    A Educação Física adaptada é que contribuirá no desenvolvimento e promoção de uma melhor qualidade de vida para a pessoa portadora física, mas, contudo há poucas produções cientificas que retratam esse tema de grande importância (VILLELA, 2010).

5.     Conclusões

    O seguinte estudo indica que o quadro da criança surda apresentou dados estatisticamente significativos, sua idade motora geral está muito inferior. Seguindo a escala motora de desenvolvimento de Rosa Neto 7,1% (1 crianças) apresentou um desenvolvimento normal alto e 14,2% (2 crianças) normal médio, o restante se enquadra em normal baixo com 14,2% (2 crianças), em inferior com 21,3% (3 crianças) e 42 .6% (6 crianças) em muito inferior, que seria a maior porcentagem, isso significa que todas as crianças que foram avaliadas estavam abaixo da média normal em relação a algumas idades motora (motricidade fina, global, equilíbrio, esquema corporal/rapidez e organização espacial).

    Na motricidade fina, segundo os dados, uma pequena porcentagem indica que há crianças surdas que possui um melhor desenvolvimento, se enquadrando em um desenvolvimento de muito superior e superior. No estagio normal médio a maior parte se concentra em inferior e muito inferior. Em relação à motricidade global, também há uma pequena porcentagem que apresenta que as crianças surdas está em um nível muito superior e superior, uma pequena porcentagem também apresentou se em normal baixo e a maior porcentagem em inferior e muito inferior. No equilíbrio uma pequena porcentagem se encontra em superior e normal médio, a outra grande parte se enquadra em normal baixo, inferior e muito inferior. No esquema corporal/ rapidez a porcentagem entre muito superior e superior são iguais, mas também são porcentagens baixas. As porcentagens de normal médio, normal baixo, inferior e muito inferior, estão bem próximos, essa idade motora apresentou uma menor porcentagem em relação à inferior e muito inferior. Já a organização espacial se encontra abaixo de normal baixo, com maior porcentagem em muito inferior.

    Durante a avaliação, na realização das atividades, se constatou a dificuldade na flexibilidade, e por está razão, maior dificuldade também na realização de alguns testes. Também se constatou que é necessário criar o próprio manual de avaliação motora para surdo, pois o mesmo possui sérios problemas de interpretação de linguagem, já que possui sua própria língua (LIBRAS), diferente do português, e o manual de avaliação motora utilizado é voltado para o público ouvinte.

    Sendo assim, através dos dados que foram obtidos, onde apontam as grandes limitações da criança surda, vê-se a necessidade de continuar a desenvolver estudos que ajudem no processo de conhecimento dessa população, para melhorar a educação dos mesmos, assim tendo uma melhor qualidade de vida.

Referências

  • CAETANO, Maria Joana Duarte. Desenvolvimento motor de pré-escolares no intervalo de 13 meses. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum;7(2):05-13, out. 2005.

  • DALPIAZ, Giseli Santos. Apontamentos sobre aulas de Educação Física adaptadas para surdos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Ano 14 - Nº 134 - Julio de 2009. Acesso em 17 de fevereiro de 2012. http://www.efdeportes.com/efd134/aulas-de-educacao-fisica-adaptadas-para-surdos.htm

  • DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. Atendimento educacional especializado: pessoa com surdez. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_da.pdf- Brasília, 2007/ Acesso em: 20 de janeiro de 2012.

  • FENSKE, Sheila Glaucieli. Motricidade: Percepção espacial e temporal em escolares surdo. Disponível em: http://www.psiquiatriainfantil.com.br/congressos/uel2007/131.htm-Londrina, Brasil 2007/ Acesso em: 11 de fevereiro de 2012.

  • Lima, Thaize Cristina Sousa. Avaliação do desenvolvimento motor de crianças surdas https://sistemas.usp.br/siicusp/cdOnlineTrabalhoVisualizarResumo?numeroInscricaoTrabalho=2232&numeroEdicao=15, 2008/ Acesso em: 27 de janeiro de 2012.

  • PALMA, Luciana Erina. Comunicação: um jogo de movimentos entre o surdo e a educação. Disponível em: http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/04/o-surdo-e-a-educacao-fisica.pdf. Acesso em: 04 de fevereiro de 2012.

  • PESSOA, José Hugo de Lins. Desenvolvimento da criança, uma visão pediátrica. Sinopse de Pediatria, Nov 2003 V. 9 N. 3.

  • POWERS, Scott. Fisiologia do exercício; teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho, São Paulo: Manole Editora, 2000.

  • ROSA NETO, Francisco. Manual de avaliação motora, Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.

  • SANTOS, Cristiane Szymanski dos. A criança e seu desenvolvimento psicomotor. http://guaiba.ulbra.tche.br/pesquisa/2007/artigos/pedagogia/196.pdf/> Acesso em 12 de julho de 2012.

  • Sousa, Aneliza Maria Monteiro de. Avaliação do controle postural do equilíbrio em crianças com deficiência auditiva. Revista da Educação Física da UEM, v. 21, n. 1, Maringá, Brasil, 2010.

  • VILLELA, Pollyana. Aprendizagem motora, conceitos e especificidades para a deficiência auditiva e surdez.EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, Nº 148, Setembro de 2010. http://www.efdeportes.com/efd148/aprendizagem-motora-deficiencia-auditiva-e-surdez.htm

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