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Brincadeiras Tradicionais como conteúdo curricular nas séries iniciais
do Ensino Fundamental: com base num relato
de experiência nas aulas de Educação Física

Los Juegos Tradicionales como contenido curricular en los primeros grados de 

la escuela: informe basado en un relato de experiencia en clases de Educación Física

Traditional Jokes as curriculum content in the early grades of elementary 

school: based on a report of experience in Physical Education classes

 

Licenciado e Bacharelado em Educação Física com Habilitação em Treinamento Desportivo (FEFIS/UNIMES)

 e Licenciado em Pedagogia com Habilitação em Gestão Educacional (FECH/UNIMES)

Especializando em Pedagogia do Esporte Educacional (Universidade Gama Filho)

Kaled Ferreira Barros

kaledbarros@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho consiste num breve relato sobre Brincadeiras Tradicionais como conteúdo curricular, nas séries iniciais do Ensino Fundamental, com base nas aulas de Educação Física. Para tanto, buscou-se resgatar e conservar a memória dos brinquedos antigos e das brincadeiras tradicionais por meio da incorporação no cotidiano das aulas de Educação Física.

          Unitermos: Educação Física Escolar. Brincadeiras Tradicionais. Currículo.

 

Abstract

          This paper is a brief story about traditional jokes as content curriculum in the early grades of elementary school, based on physical education classes. Therefore, we sought to rescue and preserve the memory of old toys and traditional games by incorporating in daily physical education classes.

          Keywords: Physical Education. Traditional jokes. Curriculum.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Atualmente em nossas escolas, temos os alunos denominados de geração Z, nascidos em meio ao "boom" da criação de aparelhos tecnológicos. De acordo com a Wikipédia essa geração tem várias opções, entre canais de televisão, internet, vídeo game, telefone e mp3 players. As pessoas da Geração Z são conhecidas por serem nativas digitais, estando muito familiarizadas com a World Wide Web, compartilhamento de arquivos, telefones móveis e mp3 players, não apenas acessando a internet de suas casas, mas também pelo celular, sendo assim, extremamente conectadas à rede. Dessa forma, ocorrem transformações no jeito de brincar dessas crianças, de modo que, algumas formas de brincar são acrescidas ao dia a dia enquanto outras são aos poucos esquecidas.

Justificativa: motivos para a realização do trabalho

    A idéia de se trabalhar Brinquedos Antigos e Brincadeiras Tradicionais, nas aulas de Educação Física, no ano de 2012, surgiu da observação dos alunos de quarto e quinto ano, de uma escola particular (Município de Santos, Estado de São Paulo, Brasil), durante o momento de lanche dos mesmos. Onde muitos carregavam aparelhos eletrônicos: Mp3 Player e seus diversos modelos de “games de mão”. Dessa forma, foi percebido que ocorriam transformações no jeito de brincar dessas crianças, de modo que, algumas formas de brincar estavam sendo acrescidas ao dia a dia enquanto outras eram aos poucos esquecidas.

Objetivos: o que queria que os educandos aprendessem

    O objetivo geral teve como foco resgatar e conservar a memória dos brinquedos e das brincadeiras tradicionais.

    Os objetivos específicos enfocaram na relação do homem com o brincar no decorrer do tempo, e na incorporação dos brinquedos e das brincadeiras tradicionais ao cotidiano dos alunos.

Metodologia: o passo a passo de como o trabalho foi desenvolvido

  • Passo 1 – Roda de conversa: para determinar a presença, ou ausência, de conhecimentos acerca do assunto. A fim de estimular, os educandos, a se interessarem pelo tema.

  • Passo 2 – Brincadeiras em aula: os alunos foram convidados a conhecer algumas brincadeiras tradicionais, como: amarelinha; queimada, rouba bandeira; pular corda; elástico; cabra-cega; pula carniça, etc.

  • Passo 3 – Roda de conversa: As transformações do brincar ao longo do tempo.

  • Passo 4 – Brinquedos em aula: os alunos foram incentivados a trazer brinquedos tradicionais, como: peteca; bolinha de gude; cinco marias; perna de pau; bilboquê; bate-bate, etc.

  • Passo 5 – Roda de conversa: a relação entre o dinheiro e o brincar.

  • Passo 6 – Pesquisa: cada aluno teve que realizar uma pesquisa sobre imagens de brinquedos e brincadeiras e trazer no mínimo duas imagens de acordo com a classificação por geração: Baby Boomers anos 50 e 60; Geração X anos 70 e 80; Geração Y anos 90 e Geração Z anos 2000.

  • Passo 7 – Painel: O mural foi construído pelos alunos e conteve as imagens de brinquedos e brincadeiras desde a geração Baby Boomers até a Geração Z através de uma “Linha do Tempo do Brincar”.

Análise e discussão: do processo de aprendizagem dos educandos ao trabalho pedagógico do professor

    Durante a primeira roda de conversa em que foi questionado o que cada educando sabia sobre as formas de brincar “do tempo da vovó”, logo surgiram comentários como: carrinho; bonecas; bola; pega-pega, etc.. Ao final da conversa foi constato que o conhecimento era restrito as atividades mais populares.

    Foram realizadas aulas práticas, durante um trimestre, onde os educandos conheceram e aprenderam a brincar de amarelinha; de queimada, de rouba bandeira; de pular corda; de elástico; de cabra-cega; de pula carniça, entre outras. No inicio alguns educandos apresentaram certo grau de desinteresse, no entanto a participação e a dedicação foram ganhando espaço rapidamente.

    Nesta roda de conversa o tema abordado foi: As transformações do brincar ao longo do tempo. Uma questão chave que desencadeou a conversa foi: O quanto aparelhos eletrônicos influenciaram nas brincadeiras? Os educandos compreenderam que os aparelhos eletrônicos favorecem um estilo de vida menos ativo, tendo em vista a comparação entre o carrinho manual e o carrinho de controle remoto.

    Durante as aulas práticas os educandos foram incentivados a trazer brinquedos tradicionais, como: peteca; bolinha de gude; cinco marias; perna de pau; bilboquê; bate-bate, entre outros. Neste momento, os educandos foram surpreendidos em saber que alguns dos seus brinquedos eram mais antigos do que imaginavam.

    Para a realização da pesquisa, cada educando foi orientado a trazer duas imagens de brinquedos antigos e brincadeiras tradicionais de acordo com a classificação dada por geração: Baby Boomers anos 50 e 60; Geração X anos 70 e 80; Geração Y anos 90 e Geração Z anos 2000. Ao receber as imagens foi possível perceber a motivação dos educandos, pelo fato que, todos trouxeram mais imagens do que foi solicitado. 

    Para a elaboração do painel, os alunos realizaram a seleção das imagens e, posteriormente a colagem. O mural foi construído com base nos limítrofes de cada geração: desde a geração Baby Boomers até a Geração Z através de uma “Linha do Tempo do Brincar”.

Considerações finais

    Avaliação foi contínua, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. De modo que, ocorreu por meio das atividades práticas, das rodas de conversa e da finalização do painel, além de levar em consideração a participação, a dedicação e o progresso do educando, se baseando no comparativo do antes e depois de cada etapa do processo.

    Devido à forma de avaliação, portanto, é possível pontuar que os educandos envolvidos atingiram significativamente os objetivos propostos.

Referências

  • BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. v. 7 educação física, Secretaria de Educação Fundamental, Brasília: MEC, 1997.

  • CONTEÚDO aberto. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Baby_boom. Acesso em: 12 jan 2012.

  • FOLHAONLINE. Mapa do Brincar. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/mapadobrincar/ Acesso em: 20 jan 2012.

  • FRIEDMANN, A. A Arte de Brincar: Brincadeiras e Jogos Tradicionais. 2ª ed. São Paulo: Vozes, 2004.

  • SOUZA, G. (17 de maio de 2012). Globo Reporter - Gerações [Ficheiro de vídeo]. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=mo5vVgNHuww

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