Atividade circense: possibilidades no trato pedagógico na Educação Física Actividad circense: posibilidades en el tratamiento pedagógico en la Educación Física Activity circus: tract possibilities in teaching Physical Education |
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*Graduada em Educação Física pela Universidade de Taubaté - UNITAU Especialista em Educação Física Escolar – Universidade Cândidos Mendes, Wpós **Rede Municipal de Educação de São Paulo Tutor e Orientador de TCC
na Especialização em Educação Física escolar Doutorando em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp |
Danielle Carvalho Rodrigues Ferreira* Willian Lazaretti da Conceição** (Brasil) |
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Resumo A atividade circense deve ser tratada pela Educação Física como um saber relativo à cultura corporal a ser trabalhado com nossos alunos, de maneira que possamos promover a compreensão, valorização e apropriação desta manifestação artística, através de uma abordagem lúdica no âmbito pedagógico e, que também possibilite, a cada aluno, a descoberta de suas possibilidades físicas e expressivas. Na escola, a Educação Física tem por finalidade introduzir e integrar o aluno no âmbito da cultura corporal do movimento tendo como ótica formar o cidadão que possa usufruir, compartilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais no exercício de sua motricidade. Unitermos: Educação Física escolar; Atividade circense; Cultura Corporal.
Resumen La actividad del circo debe ser tratado por la educación física como conocimientos relacionados con la cultura del cuerpo para trabajar con nuestros estudiantes, para que podamos promover el entendimiento, la apreciación y apropiación de esta expresión artística a través de un enfoque lúdico en la enseñanza y también permitan a los estudiantes a descubrir su bienestar físico y expresivo. En la escuela, la educación física tiene como objetivo introducir e integrar la cultura del alumnado dentro del movimiento como de forma óptica el ciudadano puede disfrutar, compartir, producir, reproducir y transformar las formas culturales en el desempeño de su motor. Palabras clave: Educación Física escolar. Actividad circense. Cultura Corporal.
Abstract The circus activity should be treated by physical education as knowledge related to culture the body to work with our students, so that we can promote understanding, appreciation and appropriation of this artistic expression through a playful approach within teaching and also enable every student to discover their physical and expressive. At school, Physical Education aims to introduce and integrate the student body culture within the movement as having optical form the citizen can enjoy, share, produce, reproduce and transform cultural forms in the exercise of his motor. Keywords: Physical Education. Circus activity. Body Culture.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
É possível destacar e compreender a participação das artes circenses como um conteúdo a ser explorado na Educação Física Escolar. Estas manifestações da cultura corporal de movimento se apresentam como um veículo promissor de aquisição de conhecimentos, uma ferramenta de motivação que exerce certo fascínio por sua plasticidade e efeito visual a quem assiste e aos que praticam, torna-se então uma prática tentadora para superação de limites, por vivenciar o corpo em maneiras diversas e propor inúmeros desafios a serem explorados e vencidos.
A atividade circense deve ser tratada pedagogicamente pela Educação Física como um saber relativo à cultura corporal a ser trabalhado com os alunos, de maneira que promova a compreensão, valorização e apropriação desta manifestação artística, através de uma abordagem lúdica no âmbito pedagógico e, que também possibilite, a cada aluno, a descoberta de suas possibilidades físicas e expressivas. Além disso, esta atividade centenária traz consigo valores educacionais fundamentais para a vida em uma sociedade contemporânea e a importância do Circo enquanto parte relevante da manifestação cultura corporal.
A escola deve ser um dos principais meios de ensino e de aprendizagem, bem como de produção de cultura, de modo que a inclusão do circo como um integrante essencial da cultura corporal e do universo educativo se firme como um conteúdo pertinente. Especificamente, como um conteúdo do professor de educação física, que é responsável por guiar e oferecer os conhecimentos da cultura corporal.
Para Daolio (2003), a Educação Física escolar se apresenta numa perspectiva cultural, e a partir deste referencial que a consideramos como uma parcela da cultura corporal, ou seja: ela se constitui numa área de conhecimento que estuda e atua sobre um conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas e efetivadas pelo homem ao longo de sua história. Na escola, a Educação Física tem por finalidade introduzir e integrar o aluno no âmbito da cultura corporal do movimento tendo como ótica formar o cidadão que possa usufruir compartilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais no exercício de sua motricidade.
No ensino da Educação Física escolar, é possível partir do variado repertório de conhecimentos que os alunos já possuem sobre diferentes manifestações corporais e de movimento, buscando aprofundá-los e qualificá-los criticamente. Dessa maneira espera-se levar o aluno, ao longo de sua escolarização e após, as melhores oportunidades de participação e uso dos conhecimentos oferecidos e desenvolvidos ao longo da vida escolar.
De que forma é possível inserir a atividade circense como conteúdo pedagógico nas aulas de Educação Física, além dos tratados como tradicionais? Qual sua importância e relevância para a construção e significação da cultura corporal de movimento?
Desse modo o objetivo geral deste artigo é analisar a relevância da atividade circense como um conteúdo curricular legítimo e passível de tratamento pedagógico no âmbito escolar, mais especificamente nas aulas de Educação Física.
Percurso metodológico
O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica sobre a aplicação das atividades circenses nas aulas de Educação Física. Foi selecionado e analisado o conteúdo de artigos publicados em revistas científicas e teses de graduação, incluindo relatos de experiência sobre a cultura corporal e as atividades circenses.
Foi encontrada nesses estudos a descrição histórica sobre a evolução do circo, contudo, foram selecionadas as publicações que tratavam fundamentalmente dos aspectos pedagógicos das modalidades circenses, incluindo relatos de experiência. Em todas as buscas, foram usados os seguintes descritores: circo, educação física, atividades circenses, pedagogia, escola, cultura corporal.
A análise realizada procurou destacar as relações que as atividades circenses mantêm com a escola e com os saberes próprios à Educação Física enquanto campo do conhecimento, os textos enfatizam as atividades circenses como conteúdo a ser tratado nas aulas de educação física, justificando seu uso como alternativa frente aos conteúdos considerados clássicos.
Foram selecionados 22 artigos, dos quais 9 tratam da cultura corporal de movimento: conceitos, tendências e influências nas aulas de Educação Física; e 13 textos que preconizam o circo como conteúdo específico da educação física defendendo a inclusão das atividades circenses nas aulas ou que ofereçam argumentos que apóiem este debate no campo disciplinar da educação física dentre eles alguns relatos de experiência: narrativas sobre diferentes experiências pedagógicas sobre o trato das atividades circenses tanto em aulas de educação física como em outros contextos educacionais.
Com respeito ao ano de publicação, foram investigados os artigos relacionados à atividade circense publicado a partir do ano 2000, possivelmente por ser a partir daí que houve uma maior divulgação e reconhecimento do circo como fonte de renovação de conteúdo da educação física.
Trajetória da Educação Física: tendências e concepções
Nas últimas décadas surgiram inúmeros discursos que se referem à organização do conhecimento da Educação Física. Sanches Neto e Betti (2008) identificam cinco tópicos que procuram compreender e associar a Educação Física às Ciências: Cinesiologia, Ciência da Motricidade Humana, Ciências do Esporte, Cultura Corporal de Movimento e Aptidão Física relacionada à Saúde.
Com a intenção de contribuir na argumentação do presente estudo, considero a reflexão sobre a cultura corporal de movimento o ponto de partida para ampliar a compreensão dos objetivos pedagógicos da Educação Física.
Nosso corpo guarda e cria a história que nos concebe como indivíduos da espécie humana, desde que nascemos. A espécie humana é universal, perpetuada graças à interação entre indivíduos de grupos diferentes, responsáveis pela diversidade individual e étnica (MENDES, 2009). Nossa história é construída mediante as experiências que adquirimos ao longo da vida. O corpo humano passa a construir sua originalidade a partir das interações com os elementos que o cercam, ele vai se organizando e reorganizando mediante os estímulos do ambiente.
Acredita-se que o corpo é a marca do indivíduo, a fronteira, o limite que de alguma forma o distingue dos outros e o ato de movimentar-se é entendido como forma de comunicação. Somos capazes de criar e recriar, e, ao mesmo tempo em que nos expressamos, conseguimos nos comunicar.
Pensar que a cultura de movimento envolve a relação entre corpo, natureza e cultura por meio de uma lógica recursiva é pensar que as técnicas corporais influenciadas pelo funcionamento orgânico e pelas trocas culturais, ao mesmo tempo em que criam e recriam os jogos, as danças, os esportes, as lutas ou as ginásticas, provocam mudanças tanto no organismo quanto na sociedade em que estão inseridas (MENDES, 2009).
De acordo com Daolio (2006) a Educação Física se constitui numa área de conhecimento que estuda e atua sobre um conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao longo de sua história: os jogos, as ginásticas, as lutas, as danças e os esportes. O sentido de Cultura Corporal que utilizamos parte da definição ampla de Cultura e diz respeito ao conjunto de movimentos e hábitos corporais de um grupo específico.
Para Betti (2007) a Educação Física deve ser progressiva e cuidadosamente, conduzir o aluno a uma reflexão crítica que o leve à autonomia no usufruto da cultura corporal do movimento. Formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando o exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida.
Sendo a escola o espaço determinado socialmente para a socialização do patrimônio cultural historicamente acumulado, entende-se como função social da Educação Física escolar, proporcionar aos alunos e alunas das diferentes etapas da escolarização uma reflexão pedagógica sobre o acervo das formas de representação simbólica de diferentes realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas (NEIRA, 2007).
A busca da cultura corporal de movimento possibilita o desenvolvimento do educando como um todo, no desenvolvimento de habilidades e potencialidades e, no culto ao respeito às individualidades de cada um. Para tanto, ao que tudo indica tal aquisição somente encontrará um resultado satisfatório se for permeado pela gestualidade lúdica. Pois, é no manifesto do gesto lúdico, no ato de brincar, no fazer de conta, que o educando cria e recria um mundo próprio, incomum, surreal. Um mundo imaginário onde a liberdade de expressão corporal é a única verdade absoluta.
A cultura corporal é também o objeto de estudo dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Educação Física (BRASIL, 1997), tendo como premissa utilizar as vivências do aluno de acordo com sua realidade para que ocorra o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem. Nesse sentido, as aulas de Educação Física procuram trazer a cultura corporal de movimentos através dos jogos, dança, ginástica e os esportes de nossa cultura. O método de ensino a ser utilizado deve ser essencialmente o de pensar, sentir e agir, pois é dessa maneira que o indivíduo irá aprender de forma real, de acordo com o que ele vive.
Atividades circenses: história, conceitos e aplicabilidade
Quase todas as civilizações antigas já praticaram algum tipo de arte circense: dos egípcios aos gregos, dos chineses aos indianos. Mas foi durante o Império Romano que o circo começou a tomar a forma que hoje conhecemos. Tendo como principais atrações as corridas de carruagens, esse evento costumava reunir milhares de pessoas ao seu redor, acrescentando mais tarde apresentações de lutas de gladiadores, animais selvagens e pessoas com habilidades incomuns como os engolidores de fogo.
Foi só na Inglaterra do século XVIII que surgiu o circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo que é conhecido hoje. O ex-militar inglês Philip Astley inaugurou, em 1768, em Londres, o Royal Amphitheatre of Arts (Anfiteatro Real das Artes), para exibições eqüestres. Para quebrar a seriedade das apresentações, alternou números com palhaços e todo tipo de acrobata e malabarista. O sucesso foi tamanho que, 50 anos depois, o circo inglês era imitado não só no resto do continente europeu, mas atravessara o Atlântico e se espalhara pelos quatro cantos do planeta.
As práticas circenses possuem séculos de existência e na última década essas atividades ganharam grande destaque, sendo incluídas em inúmeras escolas como conteúdo das aulas de Educação Física (dentro do programa curricular ou como conteúdos optativos).
Os conteúdos legítimos da Educação Física se dividem em 4 grandes grupos: “jogos”, “esportes”, “atividades físicas em geral” e “atividades físicas expressivas ou artísticas”. É exatamente dentro deste último grupo que as atividades circenses se situam, mesmo considerando que em alguns casos podem surgir alguns “jogos e/ou esportes” a partir destas atividades (BORTOLETO, 2003).
Dentre os pressupostos teóricos acerca das concepções da Educação Física, alguns trabalhos defendem as atividades circenses como um dos conteúdos da cultura corporal de movimento e, portanto, como um saber pertinente à Educação Física (BORTOLETO; MACHADO, 2003), apóiam-se na idéia de que as atividades circenses representam um excelente meio para o desenvolvimento das capacidades físicas e as habilidades motoras.
Bortoleto (2003) defende a inserção das atividades circenses na escola como uma oportunidade de desmistificar alguns equívocos próprios ao senso comum sobre essas atividades, como, por exemplo, o de que é prática pouco séria, enganosa, pouco organizada, realizada por pessoas que não merecem respeito.
As atividades circenses são consideradas uma especialidade das artes, onde o corpo é o protagonista das mesmas, nas quais os artistas se expressam através de suas ações e gestos ensaiados. Essas atividades podem ser utilizadas nas aulas de Educação Física desenvolvendo da atenção, motricidade, concentração, coordenação motora, entre outros.A vivacidade das atividades circenses, bem como sua riqueza e diversidade de possibilidades para a educação corporal, estética e expressiva, emergem a partir das últimas duas décadas do século XX como elementos distintivos e reveladores de grande potencial pedagógico. A apropriação desses conteúdos por parte dos profissionais da Educação Física representa uma oportunidade de aprendizagem e reflexão sobre um campo do conhecimento cada vez menos comum nas aulas: as artes corporais.
De acordo com Vendruscolo (2009), a cultura corporal como um dos alicerces norteadores da Educação Física, juntamente com propostas metodológicas diferenciadas como no caso da arte circense, possibilita uma gama de situações criativas e importantes para o crescimento e desenvolvimento global das crianças.
As aulas de Educação Física costumam se restringir ao ensino de jogos e brincadeiras, dessa maneira, trazer à tona novas possibilidades de explorar o espaço e o corpo, torna-se um atrativo. Mas isso não justifica uma abordagem descontextualizada e restritiva das atividades circenses, esse conteúdo deve ser apresentado a partir de suas dimensões histórica, cultural, estética, técnica, etc. Sem abandonar a prática dos jogos e brincadeiras, as atividades circenses se transformam em um complemento e um instrumento para a atuação corporal expressiva.
O circo constitui-se como parte integrante da produção cultural e artística. Ao longo de diversos séculos, ele influenciou modos de produzir, modos de agir e modos de fazer arte, caracterizando-se como um fenômeno sócio-cultural. Apenas por este motivo, deveria ser necessária sua inclusão no âmbito educacional, mas se por inúmeros motivos isto ainda não ocorreu, cabe a nós, educadores, atentarmos para este conhecimento, que de maneira geral se encaixa como uma “luva” ao último princípio exposto acima, sendo legitimado a fazer parte dos projetos político-pedagógicos das escolas (DUPRAT, 2007).
Silva e Isidoro (2009) propõem a inclusão da cultura circense no contexto do ensino formal ou oficial como uma maneira de contribuir no processo de preservação e valorização do circo, possibilitando que novas gerações se apropriem dessas manifestações culturais.
Munhoz (2007) destaca que trabalhar o tema circo na aula de Educação Física no Brasil pode ser um desafio, pois ainda é difícil encontrar um professor que arrisque a ministrar este conteúdo, isso porque não teve nenhum conhecimento na universidade, e nem ao menos tem uma ideia de se trabalhar de uma forma simplificada.
Porém, Bortoleto (2011) ressalta que isso não nos impede de buscar outros espaços de aprendizagem. Somente com um comprometimento sério, que inclua o estudo e a pesquisa, é que poderemos garantir aulas de qualidade. Este compromisso deve passar pelos professores, mas também pelos gestores (das escolas, etc.) e pelas instituições encarregadas da formação do profissional de Educação Física, em particular das universidades, que em geral não mostram sensibilidade para com este tema ou para com as artes corporais (mímica, teatro gestual, dança, etc.) de um modo mais amplo.
O movimento a ser tratado pela Educação Física, como disciplina escolar, é aquele que carrega determinado sentido/significado conferido por um contexto histórico-cultural. É justamente por ser dotada de sentido e significado, como manifestação artística e parte da cultura corporal, que a arte circense pode ter justificada sua presença na Educação Física Escolar.
Considerações finais
A atividade circense pode ser um instrumento que possibilita diversos aprendizados. Tais possibilidades vão desde a relação com outros temas vinculados com o desenvolvimento de habilidades motoras e também na discussão de valores. Dentre as tarefas motoras envolvidas, visa-se desenvolver outros aspectos fundamentais da aprendizagem, como: a confiança, o respeito ao material e à situação desafiantes, a superação do medo do desconhecido, o desenvolvimento de algumas qualidades e condições físicas, as respostas efetivas sobre segurança e, a solução de problemas típicos (desequilíbrios, quedas, etc.). As aulas circenses trabalham com diversos aspectos motores, como coordenação motora global e equilíbrio. As capacidades físicas como velocidade, agilidade, resistência cardiovascular, resistência e força muscular também ganham espaço nas modalidades de circo, em modalidades como acrobacias no solo. O equilíbrio é fundamental para atuar com pés de lata, pernas de pau, rolo e slackline, que nada mais é que uma fita que imita a corda bamba. Os aspectos sócio-afetivos também estão envolvidos como cooperação, socialização, interação, ajuda mútua e criação de vínculo afetivo.
Nesse sentido, a Educação Física possui a responsabilidade inerente de oferecer um espaço de vivência com o principal objetivo de colocar os alunos em contato direto com a cultura corporal. O interesse pedagógico não deve estar focado apenas no domínio técnico dos conteúdos, mas sim em seu domínio conceitual, a partir da convivência e vivência de valores humanos.
A atividade circense é um conteúdo curricular tão importante quanto os conteúdos considerados tradicionais e que desfrutam de um valor social reconhecido na atualidade brasileira. O circo, trabalhado como conteúdo e instrumento pedagógico é um veículo prático para uma educação física voltada para o lado artístico e dedicada às expressões corporais, onde o objeto de estudo está focado nos gestos e no convívio social.
Ponderamos que a atividade circense possibilita ampliar o conteúdo da Educação Física, sendo encarada, antes de tudo, como uma manifestação da cultura corporal, enriquecendo a diversidade do uso significativo de gestos e posturas corporais. Onde o movimento humano seja, portanto, mais do que um simples deslocamento do corpo no espaço, e sim se constituindo em uma linguagem, uma forma de expressão, possível de ser aprendida e sistematizada num processo pedagógico.
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