Corpo e educação: um estudo bibliográfico sobre a importância da corporeidade nas aulas de Educação Física escolar Cuerpo y educación: un estudio bibliográfico sobre la importancia de la corporeidad en las clases de Educación Física escolar |
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*Acadêmicas Curso de Educação Física – Licenciatura. Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc, campus de São Miguel do Oeste **Professora do Curso de Educação Física da Unoesc Campus de São Miguel do Oeste (Brasil) |
Juliana Brambila* Kamila Ignês Martins* Silvia Leticia Felini* Tcherlyn Luana Erlo* Elis Regina Frigeri** |
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Resumo O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a importância de se trabalhar a corporeidade no processo educativo, dando enfoque às aulas de educação física onde o corpo é o principal objeto de estudo. Este estudo é uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. Para a elaboração deste trabalho utilizou-se de pesquisas bibliográficas, principalmente de artigos científicos disponibilizados em meios eletrônicos e de livros. Unitermos: Corporeidade. Educação. Educação Física.
Abstract
This article aims to reflect on the importance of working corporeality in
the educational process, focusing the physical education classes where the body
is the main object of study. This study is a literature review of qualitative
nature. For the preparation of this paper was used for literature searches,
especially of scientific articles available on electronic media and books.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O corpo é nosso cartão de visita onde quer que estejamos, a primeira impressão começa a partir do nosso corpo. Atreves dele é possível perceber os sentimentos, sem ao menos precisar falar. As expressões corporais denotam nosso estado de espírito. Ao falarmos sobre o corpo nos referimos as dimensões físicas e mentais.
O estudo do corpo no ambiente escolar, principalmente nas aulas de Educação Física ainda se encontram um pouco restrito, não há um aprofundamento em temas como sexualidade, que é um fator que muitas vezes “afasta” um aluno do outro, criando uma barreira entre meninos e meninas, por exemplo. E está relacionada com ambas as dimensões: física e mental.
Não se proporciona ao alunos uma consciência corporal, a começar pela higiene que deve ser trabalhada com os alunos de menor faixa etária.
O corpo é o início, meio e fim da nossa vida em sociedade. Mostra nossa cultura, tradição, grupo social. Reflete os seres humanos que somos. A Educação Física escolar é uma das primeiras oportunidades que os indivíduos tem, ou poderiam ter, de conhecer o próprio corpo.
Materiais e métodos
Por tratar-se de uma revisão bibliográfica, este estudo teve por característica desenvolver uma pesquisa qualitativa sobre a temática corpo e Educação: um estudo bibliográfico sobre a importância da corporeidade nas aulas de educação física escolar, com o intuito de colaborar com a inserção de um estudo mais focado na imagem corporal sem que a mente seja fragmentada.
Revisão
Há pouco tempo atrás, estudava-se o homem separadamente, ou seja cabeça e corpo eram dois horizontes a percorrer. Hoje se sabe porém, que um precisa do outro, e a importância do desenvolvimento de ambos depende da maneira de SER e AGIR dessa pessoa. E, é a partir desses entendimentos que estudos minuciosos sobre corporeidade estão em relevância. (MALATO et al., 2010)
A forma de o homem lidar com a sua corporeidade não é universal e constante, mas sim, uma construção social. O homem vive em um determinado contexto social com o qual interage de forma dinâmica, pois, ao mesmo tempo em que atua na realidade, modificando-a esta atua sobre ele, influenciando e direcionando suas formas de pensar, sentir e agir. (GONÇALVES, 1994, p.13)
Levar a conhecer é educar e este processo de aprendizagem, que compreende a dialética entre o sentir e o simbolizar, é que fundamenta a Educação. Por meio da linguagem corporal podemos expressar e descobrir algo novo, percebendo as formas significativas de expressão do ser humano. (MARCELINO, 2013)
A corporeidade vem se constituindo num dos mais interessantes temas de reflexão na área da educação, em especial da Educação Física. (VOGEL, et al., 2009)
Sem dúvida quando encararmos o estudo da corporeidade como chave da verdade na mudança da Educação Física, estamos abrindo novos horizontes rumo a nossa valorização. (MALATO et al., 2010)
A Educação Física, tradicionalmente, segue a linha do racionalismo instrumental, trabalhando com o corpo e a mente fragmentados, o que impossibilita a percepção e as implicações práticas e teóricas da corporeidade. (VIEIRA; BAGGIO, 2004)
Para pensar na autonomia da Educação Física precisamos abandonar a ideia de isolamento e pensá-la numa relação transdisciplinar exigente da interligação de saberes. (MALATO et al., 2010)
De acordo com Gonçalves (1994), a Educação Física relaciona diretamente à corporeidade ao movimento do ser humano. Implica uma atenção sobre o homem como ser corpóreo e matriz, abrangendo todas as formas de atividade física.
O fenômeno da corporeidade se faz presente em todo o nosso ser: em nossa casa, no trabalho, no lazer, evidenciando nossa forma de perceber o mundo e vivenciando em nossa totalidade. (VOGEL et al., 2009)
O objetivo é que a educação física se realize numa rede de relações. É na transdisciplinaridade que estabelece seu campo de conhecimento e prática específicos e que, igualmente, se interligará com outras disciplinas, especialmente aquelas mais próximas. Assim abandona-se o monopólio do saber sem abandonar sua área de saber. (VIEIRA; BAGGIO, 2004)
Considerações finais
Percebe-se através dessa breve revisão de literatura que a Educação Física não constitui um corpo isolado no ambiente escolar, ela necessita das outras disciplinas e vice-versa, para que se possa formar integralmente um aluno. A corporeidade está presente em todos nossos movimento, no dia-a-dia a linguagem do corpo está em constante uso, gestos e expressões revelam sentimentos. Como professores de Educação Física necessitamos um olhar clínico voltado a linguagem corporal dos nossos alunos para que saibamos quando eles necessitam de uma ajuda especial, quando encontram alguma dificuldade, que por vergonha deixam de pedir ajuda, mas de um forma ou de outra fica explicito na sua imagem corporal. O estudo da corporeidade nas aulas de Educação Física, especialmente, se ramificam em diversas dimensões, e nós como profissionais da área não podemos deixar passar em branco o estudo do nosso principal meio de inserção social, o corpo.
Referências
GONÇALVES, Maria Augusta Salin. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. Campinas, SP. Papirus, 5ª ed., 1994, 197p.
MALATO, Evaldo et al. Corporeidade, esporte e educação. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v.14, n.141, fev. 2010. http://www.efdeportes.com/efd141/corporeidade-esporte-e-educacao.htm
MARCELINO, Patricia Carlesso. Algumas reflexões sobre corporeidade e sexualidade na maturidade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v. 18, n.179, abr., 2013. http://www.efdeportes.com/efd179/corporeidade-e-sexualidade-na-maturidade.htm
VIEIRA, Pericles Saremba. BAGGIO, André. Complexidade, corporeidade e educação física. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v.10, n.74, jul. 2004. http://www.efdeportes.com/efd74/corpo.htm
VOGEL, Camila et al. Ressignificando vivências sociais na corporeidade: um estudo etnográfico. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v.14, n.139, dez. 2009. http://www.efdeportes.com/efd139/ressignificando-vivencias-sociais-na-corporeidade.htm
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