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Avaliação da melhora da flexibilidade entre o método ativo e 

passivo em mulheres com idade entre 60 e 75 anos praticantes 

de atividade física da cidade de Nazareno, MG

Evaluación del método mejor de flexibilidad entre activos y pasivos en mujeres de entre 

60 y 75 años de profesionales de la actividad física de la ciudad de Nazareno, MG

Evaluation of the better method of flexibility between assets and liabilities in women aged 

between 60 and 75 years practitioners of physical activity of the city of Nazareno, MG

 

*Graduadas em Educação Física pela FAGAMMON

**Discente de Nutrição pela UFLA

***Professor do UNIS/MG, FAGAMMON e UNIFOR, MG

(Brasil)

Josiana Martimiana da Silva*

Josiane Camila de Paula*

Bianca Martins de Figueiredo**

Alan Peloso Figueiredo***

alanpf@terra.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a melhora da flexibilidade entre o método ativo e passivo de idosas praticantes de atividade física, da cidade de Nazareno – MG, participantes do programa de atividade física Agita Nazareno. Para o estudo participaram 20 idosas, com idade entre 60 e 75 anos, que foram orientadas sobre o mesmo e assinaram um termo de consentimento para realização da pesquisa. Dividiu-se a amostra em dois grupos iguais e, ambos os grupos realizaram vários exercícios para a melhora da flexibilidade, um grupo de forma ativa e o outro grupo de forma passiva. A pesquisa teve duração de dois meses, com os exercícios realizados duas vezes por semana e com duração de uma hora. Para a avaliação dos exercícios, foi utilizado o banco de “Wells”, para realizar o teste, sentar e alcançar “Sit and Reach Test” de flexibilidade. Foi notada diferença, estatisticamente significativa, tanto para o método ativo quanto o passivo (P=0,000117 e P=0,003795, respectivamente). Conclui-se que a comparação dos testes pré e pós revelou uma diferença significativa tanto para o método ativo quanto para o método passivo, notando-se que o método ativo revelou um ganho mais significativo que o passivo.

          Unitermos: Atividade física. Flexibilidade. Idosas.

 

Resumen

          El presente estudio se realizó para evaluar la mejora en la flexibilidad entre el método activos y pasivo de mujeres mayores practicantes de actividad física, de la ciudad de Nazareno, MG, que participan en el programa de actividad física Agita Nazareno. Para el estudio de la participación de personas con edad entre 60 y 75 de edad, que fueron orientados y firmaron un formulario de consentimiento para la investigación. Se dividió la muestra en dos grupos iguales, y ambos grupos realizaron diversos ejercicios para mejorar la flexibilidad, un grupo de forma activa y el otro de forma pasiva. La investigación duró dos meses, con los ejercicios realizados dos veces por semana durante una hora. Para la evaluación del ejercicio, se utilizó la base de datos de "Wells", para realizar la prueba “Sit and Reach Test” de flexibilidad. Se apreció una diferencia estadísticamente significativa tanto para el método activo como para el método pasivo (P = 0,000117 y P = 0,003795, respectivamente). Se concluye que la comparación de la prueba antes y después reveló una diferencia significativa tanto para el método activo y como para el método pasivo, y se notó que el método activo mostró una ganancia más significativa que el pasivo.

          Palabras clave: Actividad física. Flexibilidad. Tercera edad.

 

Abstract

          This study was realized to evaluate the flexibility’s improvement between the active method and the passive one in a group of elderly that practices physical activities in the city of Nazareno – MG and participate in the physical activity program called “Agita Nazareno”. To this review, 20 women with the age between 60-75 years old participated. They were oriented about it and signed a consent form to the realization of the research. The group was divided between two equal groups and both of them realized many exercises to improve the flexibility, one of the groups in the active way and the other in the passive way. The research took two month in which the exercises were realized twice a week with duration of one hour. To the exercises’ evaluation, the seat of “Wells” was used to realize the “Sit and reach test” of flexibility. It was noticed an statistically significant difference in the active method and in the passive method as well (P=0,000117 e P=0,003795, respectively). It was concluded after the comparison between the before and after tests that there is a significant difference in the active and in the passive methods, noticing a bigger distinguished profit in the active method than in the passive one.

          Keywords: Physical activity. Flexibility. Elderly.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 183, Agosto de 2013. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    Os idosos englobam 14,5 milhões de pessoas, representando 8,6% da população do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. Consideram-se idosas as pessoas com 60 anos ou mais, de acordo com o IBGE e Organização Mundial da Saúde (OMS). Por parte dos cientistas em todo mundo, o ser humano se tornou um foco de atenção crescente no seu processo de envelhecimento. A quantidade de indivíduos, que chega à Terceira Idade, tem um grande índice de problemas de saúde que são preocupantes na qualidade de vida dessa população (REBELATTO JR et al, 2006).

    Observa-se que, com o crescimento do numero de idosos, cresce, também, de forma significativa, a insatisfação quanto à qualidade de vida desses indivíduos em se tratando dos afazeres do cotidiano, (BARBOSA, 1999).

    Conforme Hollman e Hettinger em Dantas (1999), flexibilidade é a “qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão.”

    Uma boa flexibilidade auxilia o indivíduo a encontrar o seu equilíbrio funcional nas diversas vivências do dia-a-dia. Ressalta-se que a ausência da flexibilidade conduz o sujeito à maior possibilidade de lesões e problemas funcionais, principalmente em se tratando de sedentários e indivíduos da terceira idade (DANTAS et al, 2002).

    A relação entre as perdas orgânicas, características do envelhecimento e os ganhos decorrentes da prática de atividade física, depende de como o indivíduo processa o envelhecimento e a rotina com que se realiza o exercício físico. Mesmo que a prática da atividade física seja iniciada tardiamente, nota-se benefício à saúde inclusive para portadores de doenças crônicas (MOREY et al, 1996).

    Na terceira idade, ocorre o encurtamento dos músculos e tecidos conjuntivo, as cartilagens calcificam-se e, assim, ficam mais estreitas. Diante da prática de exercícios de alongamento, feitos corretamente e regularmente, a flexibilidade nessa população pode ser mantida (DANTAS, 1995). Um estilo de vida sedentário caracteriza uma grande parte do envelhecimento, levando a uma perda de flexibilidade e uma vez que o músculo é encurtado, se não compensado, reduz a capacidade de dissipar energia (TROUP, 1979).

    Assim este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a flexibilidade em mulheres idosas entre o método ativo e passivo praticantes de caminhada, pertencentes ao Programa Agita Nazareno, cujo objetivo é fortalecer as ações de Promoção de Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos Não – Transmissíveis, desenvolvidas pelas equipes de Saúde da Família e pelas UBS – Unidades Básicas de Saúde do município de Nazareno – MG. O programa conta com atividades físicas regulares orientadas por acadêmicos de Educação Física.

Materiais e métodos

Sujeitos

    Vinte mulheres com idade entre 60 e 75 anos, residentes na cidade de Nazareno-MG. As participantes do estudo fazem parte do Programa Agita Nazareno, cujo objetivo principal é fortalecer as ações de Promoção de Saúde. Os critérios de seleção foram: faixa etária entre 60 e 75 anos, sexo feminino, freqüência ativa nas atividades físicas do Programa Agita Nazareno. Em atendimento à Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde (1996), todas as participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido sobre a proposta e os procedimentos a que seriam submetidas.

Material

    Foi utilizado: o banco de Wells, para o teste sentar e alcançar “ SIT-AND-REACH-TEST ” de flexibilidade.

    O Banco de “Wells” é uma caixa de madeira, apresentando as seguintes dimensões: 30,5 x 30,5 centímetros, tendo a parte superior plana com 56,5 centímetros de comprimento sendo milimetrada. Colchonetes foram usados para maior conforto das participantes durante a aferição dos dados. O método de análise dos dados foi realizado, por meio de percentuais demonstrados por gráficos com comparações entre os dados coletados das idosas que participaram do teste sentar e alcançar.

    A comparação entre as médias e desvio padrão das amostras foi feitas pelo teste t de Student, com nível de significância de 5%, pelo pacote estatístico do software Microsoft Excel 2003.

Procedimento

    As integrantes da amostra, inicialmente, foram divididas em dois grupos iguais onde, um grupo realizava exercícios de forma ativa – aquele determinado pelo maior alcance do movimento voluntário; e o outro de forma passiva – aquele que é feito com forças externas (aparelhos, companheiros) (ACHOUR JÚNIOR; 1996). Sem aquecimento prévio, as integrantes foram instruídas a permanecer na posição até que fosse realizada a leitura do resultado apresentado no aparelho. O indivíduo senta-se de frente para o banco, colocando os pés no apoio com os joelhos estendidos, ergue os braços com as mãos, levando ambas para frente e empurrando o marcador para o mais distante possível na régua.

 

Fonte: Guadagnine e Olivoto (2004)

Obs. Tempo/Repetições: Manter essa posição durante 20 segundos.

    As participantes realizavam três vezes cada movimento e o maior valor obtido entre as três medidas foi adotado para as análises.

    O presente estudo teve duração de dois meses, duas vezes por semana e com duração de uma hora.

    A comparação entre as médias dos testes (pré e pós) alongamento revelou uma diferença estatisticamente significativa tanto para o alongamento ativo quanto para o passivo (P=0,000117 e P=0,003795, respectivamente). O alongamento ativo revelou um ganho mais significativo que o passivo.

Discussões

    Independente da idade e sexo, a flexibilidade é uma qualidade física treinável (ARAÚJO; PEREIRA; FARINATTI, 1998).

    O presente estudo foi realizado com objetivo de avaliar a melhora da flexibilidade entre o método ativo e passivo de praticantes de atividade física, tendo como método avaliativo os exercícios do banco de “Wells”, para realizar o teste sentar e alcançar “SIT- AND - REACH - TEST” de flexibilidade. James e Parker (1989) estudaram o desenvolvimento da flexibilidade em oitenta adultos idosos saudáveis de 70 a 92 anos, divididos em quatros grupos de dez pessoas. Mensuraram a flexibilidade das dez articulações com propósitos de verificar a magnitude da flexibilidade passiva e ativa. Verificou-se que o método passivo foi maior em todos os testes. Garfield (1980) cita que o método passivo é mais adequado por três motivos:

  • a possibilidade de dano tecidual que existe no método ativo é reduzida;

  • apresenta um gasto energético menor;

  • é capaz de reduzir e/ ou prevenir a dor muscular residual.

    Com base nos resultados obtidos, pode-se observar que, a comparação entre as médias dos testes (pré e pós) alongamento revelou uma diferença estatisticamente significativa tanto para o método ativo quanto o passivo (P=0, 000117 e P=0, 003795, respectivamente). O alongamento ativo revelou um ganho mais significativo que o passivo contradizendo os autores citados acima.

    Talvez o menor número de alunos tenha influenciado na determinação do resultado. Verificou-se que ambos os métodos obtiveram melhores, porém o método ativo superou o passivo.

    O método passivo muitas vezes provoca dor em sua execução o que pode ter influenciado negativamente esse método.

Conclusão

    Com a obtenção da estatística dos dados, conclui-se que a comparação dos testes pré e pós revelaram uma diferença significativa tanto para o método ativo quanto para o método passivo. Nota-se que o método ativo revelou um ganho mais significativo que o passivo.

    Sugere-se que novos estudos sejam realizados com uma amostra maior, onde melhores valores de flexibilidade possam ser analisados e discutidos.

Referências

  • ARAÚJO, C. G. S.; PEREIRA, M. I. R.; FARINATTI, P. T. V. Body flexibility profile from childhood to seniority. Medicine and Science in Sports and Exercise, 1998.

  • BARBOSA, J. S. O. Atividade física na terceira idade. In: VERAS, R. P. Terceira idade: alternativas para uma sociedade em transição. Rio de janeiro: Relume Dumará, 1999. p. 149-160.

  • DANTAS, E. H. M.; PEREIRA, S. A. M.; ARAGÃO, J. C.; OTA, A. H. A preponderância da diminuição da mobilidade articular ou da elasticidade muscular na perda da flexibilidade no envelhecimento. Fitness & Performace Journal, v. 1, n.3, p.12-20, 2002.

  • DANTAS, E. H. M. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 4ª edição. Rio de Janeiro: Shape, 1999.

  • DANTAS, E. H. M. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 3. Ed. Rio de Janeiro: Shape, 1995.

  • GUADAGNINE, P.; Olivoto, R. Comparativo de flexibilidade em idosos praticantes e não praticantes de atividades físicas. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano.10, n.69, 2004. http://www.efdeportes.com/efd69/flexib.htm

  • JAMES B. & PARKER, A. Active and passive mobility of lower limb joints in elderly men and women. American Journal Phisiology medicine Rehabilitation. v.68, n.4, p.162-167, 1989.

  • JUNIOR. A. A. Bases para exercício de alongamento. Relacionado com a saúde e do desempenho atlético. 1996. Londrina. Midiograf.

  • MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde/MS Sobre Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União. Brasília: Ministério da saúde; 1996.

  • MOREY, M. C.; PIEPER, C. F.; SULLIVAN, R. J. J. R.; CROWLEY, G. M.; COWPER, P. A.; ROBBINS, M. S. Five –year performance trends for old exercise: a hierarchical modelo fendurance, strength, and flexibility. J. Am. Geriatr. Soc., v. 44. n. 10, p. 1226-1231, 1996.

  • REBELATTO JR; CALVO JI; OREJUELA JN; PORILLO JC. Influência de um programa de atividade física de longa duração sobre a força muscular manual e a flexibilidade corporal de mulheres idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia,V.10,N 1,p.127-132,2006.

  • RIESTRA IBÁNEZ ASCENSION; FLIX TORREBADELLA J. 1004 Exercícios de Flexibilidade. Editora Artmed. 5ª edição, 2003.

  • TROUP, J. D.G. Biomechanics of-the vertebral columm. Phisiotherapy. v.65, N.8, p. 238-244, 1979.

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