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A importância dos jogos e das brincadeiras na ludicidade da criança

La importancia de los juegos en la recreación del niño

 

Universidade Salgado de Oliveira

(Brasil)

Arnaldo Pereira de Souza Filho | Marcella Mendes Soqueira

Márcio Frederico Leonardi | Pedro Henrique Silva Ferreira

Túlio Lima Teles | Edson Leonel

pedro_judoca1@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A utilização de brincadeiras e jogos no processo pedagógico faz despertar o gosto pela vida e leva as crianças a enfrentarem os desafios que lhe surgirem. Por intermédio do jogo e do brincar a criança expressa suas fantasias, seus desejos e suas experiências reais de um modo simbólico, onde a imaginação e a criatividade fluem por conta da ludicidade. Ensinando a mesma a interagir com o próximo, respeitar regras, desenvolver a imaginação, cooperação e com isso promover uma boa autoestima. Fazendo com que aprenda de forma simples e natural a resolver problemas, pensar, criar e desenvolver o senso crítico. Através da melhoria do entendimento sobre o efeito que os jogos podem trazer, enriquecendo interações humanas. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi, através de uma revisão bibliográfica, descrever a importância das atividades lúdicas no desenvolvimento da criança.

          Unitermos: Ludicidade. Jogos. Brincadeiras.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 183, Agosto de 2013. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    A utilização de brincadeiras e jogos no processo pedagógico faz despertar o gosto pela vida e leva as crianças a enfrentarem os desafios que lhe surgirem. Por intermédio do jogo e do brincar a criança expressa suas fantasias, seus desejos e suas experiências reais de um modo simbólico, onde a imaginação e a criatividade fluem por conta da ludicidade.

    A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo (ALMEIDA, 1995).

    O jogo é uma ferramenta que contribui na formação corporal, afetivo e cognitivo, por ter uma característica lúdica se torna mais atrativa e eficiente em seu desenvolvimento, preparando sua inteligência e caráter, tendo conhecimento de quantidade e de espaço.

    Ensinando a mesma a interagir com o próximo, respeitar regras, desenvolver a imaginação, cooperação e com isso promover uma boa auto-estima. Fazendo com que aprenda de forma simples e natural a resolver problemas, pensar, criar e desenvolver o senso crítico. Através da melhoria do entendimento sobre o efeito que os jogos podem trazer, enriquecendo interações humanas.

    Diante disso, o objetivo do presente estudo foi, através de uma revisão bibliográfica, descrever a importância das atividades lúdicas no desenvolvimento da criança.

Metodologia

    O presente estudo se classifica como pesquisa bibliográfica, que segundo Gil (1991) ela é elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet.

Referencial teórico

    Em todos os tempos, para todos os povos, os brinquedos evocam as mais sublimes lembranças. São objetos mágicos, que vão passando de geração a geração, com um incrível poder de encantar crianças e adultos (VELASCO, 1996). Diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação intima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização (KISHIMOTO, 1994).

    Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporcionam o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e da atenção.

    Segundo Huizinga (1995) o jogo pode ser considerado como uma atividade livre, conscientemente tomada como “não-séria” e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total.

    Brincar é também raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder percebendo que haverá novas oportunidades para ganhar; esforçar-se, ter paciência, não desistindo facilmente. Brincar é viver criativamente no mundo. Ter prazer em brincar é ter prazer em viver (MARCONDES, 1994). Brincar sem imposições de regras rígidas e impostas torna o ato de brincar mais espontâneo e acaba que a criança por seu próprio pensar, cria, recria e modifica. Essa vasta possibilidade que o jogo possibilita no momento do brincar proporciona o momento da aprendizagem aguçando sua criatividade, seu pensar e seu modo de agir com o meio.

    É através das brincadeiras que a criança explora o meio em que vive e aprende mais sobre os objetos da cultura humana. Também é pelas brincadeiras que a criança internaliza regras e papéis sociais e passa a ser apta a viver em sociedade. Mas, outro aspecto de grande relevância refere-se ao fato de que as brincadeiras possibilitam um salto qualitativo no desenvolvimento da psique infantil, pois através das brincadeiras as crianças têm a possibilidade de desenvolver as funções psicológicas superiores como atenção, memória, controle da conduta, entre os aspectos.

    As crianças refletem no jogo dramático toda a diversidade da realidade que as circunda: reproduzem cenas da vida familiar e do trabalho, refletem acontecimentos relevantes como os voos espaciais etc. A realidade, ao ser representada nos jogos infantis, converte-se em argumento do jogo dramático. Quanto mais ampla for a realidade que as crianças conhecem, tanto mais amplos e variados serão os argumentos de seus jogos (MUKHINA, 1996).

    Segundo Marcondes Marina (1994), brincar para criança pequena é fonte de autodescoberta, prazer e crescimento. Segundo Piaget (1975), os jogos estão diretamente ligados ao desenvolvimento mental da infância; tanto a aprendizagem quanto as atividade lúdicas constituem uma assimilação do real. Almeida (1995) diz que a brincadeira simboliza a relação pensamento ação da criança, e, sendo assim, constitui-se provavelmente na matriz formas de expressão da linguagem (gestual, falada e escrita).

    Através do jogo a criança: libera e canaliza suas energia, tem o poder de transformar uma realidade difícil, propicia condições de liberação da fantasia e é uma grande fonte de prazer. O jogo é, por excelência, integrador, há sempre um caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança, e a medida que joga ela vai conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. Esta atividade é um dos meios propícios à construção do conhecimento.

    Os jogos têm um papel no desenvolvimento psicomotor e no processo de aprendizado de domino do social da criança, através dos jogos é possível exercitar os processos mentais e o desenvolvimento da linguagem e hábitos sociais (DINELLO, 1984 apud SERAPIÃO, 2004). O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função de suas necessidades múltiplas do eu. É a construção do conhecimento, principalmente, nos períodos sensório motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas estruturam seu espaço, seu tempo, desenvolvem a noção de casualidade chegando a representação e, finalmente a lógica (PIAGET, 1994).

    Segundo Gallahue (2008) a criança através do jogo trabalha o imaginário, joga como se tal coisa fosse o que não é, como se estivesse em tal sitio onde não está, como se visse tal paisagem que não vê. As coisas no jogo não são o que são, mas como se fossem outra coisa.

    Segundo o Referencial Curricular Nacional (1998) a criança precisa brincar, ter prazer e alegria para crescer, precisa do jogo como forma de equilíbrio entre ela e o mundo e através do lúdico a criança desenvolve.

Conclusão

    Através dos jogos as crianças desenvolvam um melhor relacionamento com outras crianças e com adultos e por meio dos jogos poderem interagir com o meio em que estão inseridas lhes proporcionando um autoconhecimento de si próprias tendo vista que essas descobertas as fascinam, pois um mundo novo é inserido e descoberto. A brincadeira favorece ainda o desenvolvimento da autoestima, da criatividade e da psique infantil, ocasionando mudanças qualitativas em suas estruturas mentais. Através das brincadeiras, as crianças desenvolvem também algumas noções de grande importância para a vida em sociedade, como a noção das regras e também dos papes sociais.

Referências bibliográficas

  • ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1995.

  • BRASIL. Ministério de Educação e Deporto. Secretaria de Educação Fundamental.

  • Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília. 1998.v2.

  • GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor de bebês,crianças,adolescentes e adultos, São Paulo- SP – Brasil, 2 Ed. Phorte, 2008

  • MARCONDES, Marina Machado. Brinquedo-sucata e a criança: a importância do brincar: atividades e materiais, Publicado por Edições Loyola, 2001.

  • MUKHlNA, V. Psicologia da idade pré-escolar. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

  • PIAGET, J. O juízo moral na criança. Tradução Elzon L. 2. ed. São Paulo: Summus, 1994.

  • PIAGET, Jean. A formação da simbologia na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

  • KISHIMOTO, T.M. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 6. ed. São Paulo: CORTEZ, 1994

  • SERAPIÃO. João de Aguiar. Educação Inclusiva: jogos para o ensino de conceitos. Editora Papirus Ltda, 2004.

  • VELASCO, Cacilda Gonçalves. Brincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint Editora, 1996.

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