Motivação dos alunos nas aulas de Educação Física: uma proposta voltada ao futsal La motivación de los alumnos en las aulas de Educación Física: una propuesta orientada al futsal |
|||
*Curso de Educação Física - Licenciatura. Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc, São Miguel do Oeste **Mestre em Ciência do Movimento Humano pela UFSM/RS. Professora do curso de Educação Física da Unoesc, campus de São Miguel do Oeste, SC |
Rafael Boscardin* Andréa Jaqueline Prates Ribeiro** (Brasil) |
|
|
Resumo A Educação Física está centrada em modalidades esportivas dentre elas o futsal, que possui proximidade com a cultura corporal cotidiana, e a motivação juntamente com o educador formam um alicerce no processo ensino/aprendizagem. Entretanto, para ser prazerosa dependerá de dois fatores motivacionais (intrínsecos/extrínsecos). O objetivo do estudo foi verificar os aspectos motivacionais que levam os alunos de 1ª série do ensino médio a praticarem o futsal. A pesquisa seguiu a abordagem qualiquantitativa do tipo quase experimental, a amostra constituiu-se de 17 estudantes (12 meninas e 05 meninos). Para a coleta de dados foi utilizado um questionário elaborado por Kobal (1996), para registrar informações e fatos ocorridos durante as aulas utilizou-se um diário de campo. A coleta das informações foi realizada durante as aulas, onde aplicou-se o questionário pelo próprio pesquisador. De posse dos resultados (pré-teste), foram ministradas aulas, com o conteúdo esportes coletivos-futsal. Após a intervenção, novamente foi aplicado o questionário (pós-teste). Durante ou ao final das aulas, foi refletido com os alunos sobre a importância das atividades e estratégias realizadas. Os resultados demonstraram melhora na motivação intrínseca em aspectos como: sentir mais prazer nas aulas, aumentar o conhecimento sobre o futsal, aprender novas habilidades. Já sobre a motivação extrínseca melhoraram aspectos como: estavam com seus amigos, tirar boas notas, a disciplina faz parte do currículo escolar. Concluiu-se então, que os alunos precisam de um maior conhecimento sobre o futsal e que a intervenção melhorou a motivação deles nas aulas de Educação Física. Unitermos: Futsal. Motivação. Aulas.
Abstract Physical education focuses on sports among them futsal, which has proximity to the body everyday culture, and motivation along with the teacher form a foundation in teaching / learning process. However, to be pleasurable depend on two factors of motivation (intrinsic / extrinsic). The aim of the study was to assess the motivational aspects that lead students from 1st grade to high school practice futsal. The research followed a qualitative and quantitative approach, quasi experimental, the sample consisted of 17 students (12 girls and 05 boys). To collect data, we used a questionnaire developed by Kobal (1996), to record information and facts occurring during classes used a field diary. Data collection was conducted during class, where we applied the questionnaire by the researcher. With the results (pretest), classes were given, with content-futsal team sports. After the intervention, the questionnaire was applied again (post-test). During or at the end of classes, was reflected with students about the importance of the activities performed and strategies. The results showed improvement in intrinsic motivation in aspects such as: feeling more pleasure in classrooms, increase knowledge about futsal, learn new skills. Already on extrinsic motivation improved aspects such as: were with your friends, get good grades, discipline is part of the school curriculum. It was concluded that students need a greater knowledge about futsal and that the intervention improved their motivation in physical education classes. Keywords: Futsal. Motivation. Classes.
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 183, Agosto de 2013. http://www.efdeportes.com |
1 / 1
Introdução
Existem novos conceitos e objetivos para a Educação Física na escola com a transformação de sua prática pedagógica. Nesse novo contexto a Educação Física tem a responsabilidade de formar um aluno com capacidade de posicionamento crítico sobre as novas formas de movimento. (BETTI; ZULIANI, 2002).
O futsal tem características parecidas com a cultura corporal vivenciada no dia a dia, com várias possibilidades de ensino. Essa modalidade pode contribuir para uma educação mais completa, possibilitando aos educandos uma ampliação de capacidades. (CHIMINAZZO; MELLO; DUTRA, 2007).
Hoje o futsal é praticado quase que na totalidade das escolas, geralmente com objetivos ligados a sua iniciação ou a prática específica da tática e técnica desta modalidade e nesse sentido os alunos demonstram-se motivados com a sua prática. (CAMARGO; HIROTA; VERARDI, 2008).
Dentre os aspectos psicológicos, a motivação desperta um grande interresse relacionado ao contexto esportivo, os fatores da orientação para o ego se dão com o sucesso ligado a uma habilidade superior. (HIROTA; SCHINDLER; VILLAR, 2006).
Nuñes et al. (2008), salientam que com o conhecimento dos motivos que levam o aluno à prática motora, o professor tem subsídios para a criação de suas aulas, centrados nos interesses dos participantes, o que ajuda na escolha das atividades e o modo de motivar para a pratica prazerosa.
Para Kobal (1996), o educador deve observar o aprendizado como reforçador da motivação, proporcionando um feedback informativo ao educando. Coordenar uma aula em que todos estejam felizes e motivados é uma tarefa árdua, porque a motivação depende de vários fatores internos (intrínsecos) e externos (extrínsecos), no entanto isso não deve atrapalhar que o professor e o aluno sigam juntos para superar os percalços deste processo.
Diante disso objetivou-se: avaliar a motivação intrínseca e extrínseca dos alunos do 1° ano do ensino médio nas aulas de Educação Física para o esporte coletivo futsal e a partir desse diagnóstico propor estratégias que pudessem motivar os alunos à prática nas aulas de Educação Física.
Materiais e métodos
Caracterização da pesquisa
Esta pesquisa caracterizou-se e seguiu uma abordagem qualitativa, sendo que a mesma também seguiu um modelo de uma pesquisa quantitativa, também foram utilizados procedimentos técnicos de uma pesquisa do tipo quase-experimental.
Amostra
A amostra foi escolhida de maneira intencional sendo constituída por 17 estudantes (12 do sexo feminino e 05 do masculino), que estão frequentando o 1° ano do ensino médio de uma Escola localizada no município de Palma Sola – SC.
Para confirmar a participação dos mesmos no estudo, fez-se necessário a entrega do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, devidamente assinado pelos pais e ou responsáveis (critério de inclusão/exclusão), além do Termo de Assentimento - TA, devidamente assinado pelos alunos. O Termo de Autorização do Uso de Imagem – TAUI, também foi entregue aos alunos para ser assinado pelos participantes e por seus responsáveis, sendo que teve de retornar com o consentimento e assinatura de ambos.
Instrumentos para a coleta de dados
Os instrumentos para a coleta de dados foram elaborados por Kobal (1996), porém adaptados para o futsal. Para registrar as observações e fatos ocorridos durante as aulas foi utilizado um diário de campo.
Procedimento para coleta de dados
Inicialmente foi feito contato com a escola, apresentando o ofício para autorização e regularização do desenvolvimento da pesquisa. Com a permissão da escola, foram entregues aos alunos o TCLE, o TA e o TAUI, para serem devidamente assinados, confirmando a participação na pesquisa.
Após a devolução dos termos devidamente assinados foi realizado o pré-teste, (preenchimento do questionário de motivação intrínseca e extrínseca).
A coleta das informações foi realizada no decorrer das aulas, onde foi aplicado o questionário pelo próprio pesquisador, para que os alunos lêem e preencham o mesmo. Após o preenchimento o questionário foi recolhido para tabulação e análise.
De posse dos resultados (pré-teste), foram ministradas aulas de Educação Física, com o conteúdo esportes coletivos-futsal.
Após a intervenção, novamente foi aplicado o questionário (pós-teste), com o intuito de comparar com os resultados do pré-teste e assim averiguar se ocorreram alterações em relação à motivação.
Durante e ou ao final das aulas, foi refletido com os alunos sobre a importância das atividades e estratégias que foram realizadas. Os comentários dos alunos foram registrados no diário de campo para posterior análise.
Os resultados foram retornados aos sujeitos pesquisados de forma individualizada, pelos pesquisadores.
Proposta de intervenção
De acordo com os resultados do pré-teste (diagnóstico), foi realizada uma intervenção nas aulas de Educação Física com o objetivo de criar novas estratégias que motivem os alunos a participarem das aulas. Para que isso fosse possível, foi utilizada a abordagem desenvolvimentista. As aulas foram ministradas com o intuito de motivar os alunos através de atividades variadas, atividades de competição, fundamentos do futsal, jogos de futsal modificados.
Alguns autores formam a base desta proposta de intervenção tais como: Rogério da Cunha Voser e João Gilberto Giusti autores do livro O futsal e a escola: uma perspectiva pedagógica (2002) e Iniciação ao Futsal (2004), Carlos Alberto Tenroller autor do livro Futsal: Ensino e Prática (2004).
As aulas foram desenvolvidas com base no esporte coletivo futsal, sendo que foram ministradas 12 aulas, com uma frequência de 02 vezes por semana.
Técnica de análise de dados
Foi utilizada a análise qualitativa para analisar os dados do diário de campo.
A análise descritiva, quantitativa (análise de frequência e moda) foi utilizada para a análise das respostas do questionário.
Resultados e discussão
A partir dos dados coletados e conforme o objetivo deste estudo apresentam-se os resultados e discussão com a literatura.
A primeira questão do questionário sobre motivação intrínseca no pré e pós-teste é: Participo das aulas de Educação Física modalidade futsal por que. Esta demonstrou que houve uma notável melhora em todas as afirmações comparando pré com pós-teste. Os alunos passaram a gostar mais de atividades físicas, aumentaram à importância de se aprender novas habilidades e aumentaram o conhecimento sobre a modalidade, fazendo-os sentirem-se mais saudáveis com as aulas.
A motivação dentro da prática esportiva compõe um caminho cheio de investigação psicológica, e o seu emprego de conhecimento vem sendo usado por profissionais da Educação Física. Percebe-se a necessidade de haver um bom melhoramento da aceitação e aprendizagem das atividades físicas, realizando um programa relacionado aos interesses dos alunos que participam dessas atividades. (LORENZI; VOSER; HERNADEZ, 2011).
Para Santos e Folle (2012), no que diz respeito à relação entre a motivação a prática esportiva e o sexo dos alunos, mostraram-nos que tanto os meninos quanto as meninas consideram saúde e lazer como aspectos importantes para trazê-los a prática de atividades esportivas.
A segunda questão do questionário sobre motivação intrínseca no pré e pós-teste é: Eu gosto das aulas de Educação Física modalidade futsal quando. Verificou-se que os alunos, durante as aulas, dão mais importância a movimentar seus corpos, sendo que as atividades lhes proporcionam mais prazer, além de que o que apreendem faz com que queiram praticar mais, dando mais ênfase a aprender uma nova habilidade.
Para Etchepare et al. (2004), a modalidade futsal deve proporcionar aos alunos tanto o aprendizado das capacidades táticas e técnicas quanto das capacidades cognitivas, tendo no desenvolvimento psicomotor o centro do processo de formação. Entretanto para o desenvolvimento ocorrer de forma positiva é necessário que seja bem fundamentado e progressivo.
No decorrer das aulas ministradas, percebeu-se, a partir das anotações do diário de campo, grande participação por parte dos educandos, e quanto a essa questão Terra, Hernandez e Voser (2009), nos dizem que para a realização de atividades esportivas com maior autonomia, o fator motivação deve ser levado em consideração, pois ele direciona para a prática esportiva, sempre levando em consideração que os motivos podem variar dependo da idade do educando. Sendo assim, percebe-se, na análise dos dados, que houve melhora considerável (do pré para o pós-teste) na questão relativa aos motivos que fazem os alunos gostarem das aulas na modalidade futsal.
A terceira questão do questionário sobre motivação intrínseca no pré e pós-teste é: Não gosto das aulas de Educação Física modalidade futsal quando. Esta nos remete aos seguintes resultados: no pré-teste o que mais apareceu de forma significativa para os alunos não gostarem das aulas era quando não executavam bem as atividades, não sentiam prazer na atividade proposta e não tinham oportunidade de jogar. Já no pós-teste os resultados melhoraram, pois os motivos que os faziam não participar das aulas foram bem diferenciados. Possivelmente o fato de não conseguirem realizar bem uma atividade deixou de ser algo que tornava a aula desmotivante, provavelmente pelo incentivo que o professor dava ao aluno para não desistir, as aulas foram prazerosas e todos tinham oportunidade de jogar.
A satisfação e o prazer podem ser elementos motivacionais, portanto colaboradores no desenvolvimento de certas atividades. (LEITE JUNIOR; HONORATO, 2010).
Para Tenroller (2004), alguns dos princípios a serem considerados para o planejamento das aulas de futsal são: o conhecimento da realidade escolar, definição dos objetivos, recursos possíveis, modo de avaliação, cronograma e etapas, constante revisão, sentimento de coletividade, pois todos os envolvidos devem participar das propostas a ser realizadas e de sua transformação constante.
Dessa forma, os resultados apontam para melhoras consideráveis em relação à motivação intrínseca dos alunos em relação às aulas de Educação Física, na modalidade de futsal.
A primeira questão do questionário sobre motivação extrínseca no pré e pós-teste é: Participo das aulas de Educação Física modalidade futsal por que. Verificou-se que os alunos dão mais ênfase na participação nas aulas de Educação Física modalidade futsal, pelo fato de que estavam com seus amigos e porque a disciplina faz parte do currículo da escola.
No estudo realizado por Eckert e Ribeiro (2009), as autoras relatam que os motivos para os alunos participarem das aulas de Educação Física são: porque esta faz parte do currículo escolar e porque ficam mais próximos aos amigos, no entanto reclamam que o tempo é relativamente curto para participarem das aulas.
Em contrapartida o estudo feito por Hoelscher e Pedrozo (2009), nos mostra que os alunos possuíam uma grande competitividade entre si e havia uma falta de integração somada ao descaso e desinteresse dos alunos para com as aulas de Educação Física.
A segunda questão do questionário sobre motivação extrínseca no pré e pós-teste é: Eu gosto das aulas de Educação Física modalidade futsal quando. O comparativo de pré e pós-teste expõe uma significativa melhora em todos os itens referentes à segunda questão sobre motivação extrínseca. Os alunos gostavam das aulas de Educação Física modalidade futsal por que: esqueciam das outras aulas, opinião que provavelmente formaram durante o período de intervenção do professor, eles também se sentiam integrados ao grupo, suas opiniões eram aceitas durante as aulas e não davam importância ao fato de se sair melhor que os seus colegas.
A partir das anotações feitas no diário de campo, percebe-se que os alunos se sentiam muito motivados quando o professor ouvia suas opiniões e sugestões para um melhor andamento das aulas.
A motivação torna-se um dos principais fatores que interferem no comportamento das pessoas, porque influi em todos os segmentos de comportamentos, dirigindo um maior envolvimento ou apenas uma participação nas atividades que se relacionam com o desempenho e aprendizagem. (KOBAL, 1996).
A terceira questão do questionário sobre motivação extrínseca no pré e pós-teste é: Não gosto das aulas de Educação Física modalidade futsal quando. Os alunos relataram que se sentiram integrados ao grupo, simpatizaram com o professor, o professor não comparava os rendimentos dos alunos, os colegas não zombavam dos outros colegas e nem queriam demonstrar que eram melhores que os outros, os alunos não tiraram notas baixas e suas falhas não faziam com que não fossem bons para o professor.
A missão que cabe aos profissionais de Educação Física é desenvolver uma pedagogia que possibilite o caminho à cultura esportiva desmistificada a todos os indivíduos, para que se sintam integrados aos grupos de colegas. (MATTOS, 2000).
No decorrer da intervenção a ferramenta do diário de campo também foi utilizada para saber opiniões dos alunos sobre as aulas, e esse fato provavelmente os motivava a fazer as atividades.
Os aspectos, tanto intrínsecos quanto extrínsecos, possivelmente melhoraram devido aos vários tipos de atividades propostas, a dinamização de conteúdos, a linguagem simples adotada, ao bom planejamento das aulas, ao incentivo que o professor dava durante as atividades, entre outros aspectos.
Estratégias e reflexão com os alunos a respeito da proposta implementada
Durante o período de intervenção foram utilizados variados tipos de atividades como: atividades de competição, fundamentos do futsal, jogos de futsal modificados, com o intuito de motivar os alunos nas aulas. O professor apresentava as atividades de forma que se seguisse uma progressão, da atividade mais simples para a mais complexa, sempre respeitando a individualidade de cada aluno, logo após introduzindo um jogo em que eles pudessem utilizar o que foi trabalhado anteriormente. As aulas foram mais motivantes, possivelmente pelo fato deles colocarem em prática fundamentos aprendidos dentro de um jogo modificado, ou de jogo normal. O professor sempre incentivou os alunos a repetir as atividades, tentando mostrar que o que importava não era ser o melhor, mas sim conseguir evoluir perante a si mesmo. Os alunos reagiram bem à proposta, de forma participativa, sempre buscando evoluir e também dando as suas opiniões e contribuições para o melhor andamento das aulas.
Durante e ou ao final das aulas, foi refletido com os alunos sobre a importância das atividades e estratégias que foram realizadas, e se a proposta de intervenção estava sendo prazerosa. E no final da proposta de intervenção, já com os resultados de pós-teste, houve uma conversa com os alunos onde foram refletidos assuntos sobre a proposta e verificou-se, a partir dos apontamentos realizados no diário de campo, que esta foi bem aceita e satisfatória para os alunos, consequentemente mostrando ao professor que suas aulas foram interessantes.
Os procedimentos didáticos adotados pelo educando refletem sobre a qualidade das aulas e consequentemente sobre os aspectos motivacionais. O profissional que leva a sério o que faz, que junte o compromisso de ensinar com a competência técnica, que aflora a criatividade e leva os alunos à reflexão, evidentemente não terá alunos desinteressados. (DREWS et al, 2011).
Conclusão
O presente estudo objetivou avaliar a motivação intrínseca e extrínseca dos alunos do 1° ano do ensino médio nas aulas de Educação Física para o esporte coletivo futsal e a partir desse diagnóstico propor estratégias que pudessem motivar os alunos à prática nas aulas de Educação Física.
Com os resultados de pré-teste em mãos, o qual apontou que os aspectos motivacionais (intrínsecos e extrínsecos) estão relacionados ao participar das aulas de Educação Física na modalidade futsal porque as aulas são prazerosas, gostam de aprender novas habilidades, sentem-se saudáveis com as aulas, estão com seus amigos, precisam tirar notas boas, sentem-se integrados ao grupo e suas opiniões são aceitas, respectivamente, elaborou-se uma proposta de intervenção nas aulas de Educação Física com o intuito de criar novas estratégias (atividades de competição, atividades de socialização, fundamentos do futsal, jogo de futsal, jogos de futsal modificados) para buscar motivar os alunos a participar das aulas.
A partir dos resultados do pós-teste (após a intervenção), conclui-se que os aspectos motivacionais que levam esses alunos a praticarem o futsal se modificaram, pois ficaram mais evidentes os seguintes: estar com seus colegas, tirar boas notas, sentirem-se saudáveis com as aulas, compreenderem os objetivos e benefícios das atividades propostas, gostarem de atividades físicas, movimentarem seus corpos, ter aulas prazerosas, aprender novas habilidades, sentirem-se integrados ao grupo, ter suas opiniões aceitas, acharem importante aumentar seus conhecimentos sobre o futsal, dedicarem-se ao máximo as atividades, a disciplina faz parte do currículo da escola, esquecerem das outras aulas, o professor e os colegas reconhecerem sua atuação.
Refletindo com os alunos a respeito da proposta implementada verificou-se que esta foi bem aceita e satisfatória, pois os alunos relataram ao professor que suas aulas foram interessantes.
Concluiu-se então, que os alunos precisam de um maior conhecimento sobre o esporte futsal e que a intervenção melhorou a motivação dos alunos nas aulas de Educação Física, tanto dos fatores motivacionais intrínsecos quanto extrínsecos.
Referências
BETTI, M.; ZULIANI, L.R. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Rev. Mackenzie de Educação Física e Esporte, v.1, n.1, p.73-81, 2002.
CAMARGO, F.P.; HIROTA, V.B.; VERARDI, C.E.L. Orientação motivacional na aprendizagem esportiva do futsal na escola. Rev. Mackenzie de Educação Física e Esporte, v.7, n.3, p.53-62, 2008.
CHIMINAZZO, J.G.C; MELLO, R.S.; DUTRA, R.A. O futsal no ensino médio: discurso dos professores de educação física em escolas particulares da região leste de Campinas. Rev. Movimento & Percepção, v.7, n.10, p.282-294, 2007.
DREWS, R. et al. Interesse dos alunos do ensino médio pelas aulas de Educação Física do Projeto Cultura Esportiva na Escola, PIBID, CAPES. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 15, n. 154, março 2011. http://www.efdeportes.com/efd154/educacao-fisica-atraves-do-projeto-cultura-esportiva.htm
ECKERT,A.; RIBEIRO, A.J.P. Motivação dos alunos do 2° ano do ensino médio pela Educação Física. Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física. São Miguel do Oeste, SC. Universidade do Oeste de Santa Catarina (2009).
ETCHEPARE, L.S. et al. Inteligência corporal-cinestésica em alunos de escolas de futsal. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 10, n. 78, novembro 2004. http://www.efdeportes.com/efd78/intelig.htm
HIROTA, V.B.; SCHINDLER, P.; VILLAR, V. Motivação em atletas universitárias do sexo feminino praticantes do futebol de campo: um estudo piloto. Rev. Mackenzie de Educação Física e Esporte, v.5, n.(especial), p.135-142, 2006.
HOELSCHER, N.F.M.; PEDROZO, S.C. Fatores motivacionais pelos quais os alunos da 8ª série do ensino fundamental se afastam da pratica nas aulas de Educação Física de uma escola do município de Dionísio Cerqueira. Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física. São Miguel do Oeste, SC. Universidade do Oeste de Santa Catarina, 2009.
KOBAL, M.C. Motivação intrínseca e extrínseca nas aulas de educação física. 1996.176 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física), Campinas, UNICAMP, 1996.
LEITE JUNIOR, A. C.; HONORATO, A.S. Motivação para a pratica efetiva das aulas de Educação Física: um estudo de caso dos estudantes do ensino médio do município de Araruna, PR. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 15, n. 148, Setembro 2010. http://www.efdeportes.com/efd148/motivacao-para-aulas-de-educacao-fisica.htm
LORENZI, G.; VOSER, R.C.; HERNANDEZ, J.A.E. A motivação para a prática do futebol de crianças com idade entre 09 a 12 anos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 16, n. 155, Abril 2011. http://www.efdeportes.com/efd155/a-motivacao-para-a-pratica-do-futebol-de-criancas.htm
MATTOS, M.G. Educação Física na adolescência: construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte Editora, 2000.
SANTOS, A.M.F.; FOLLE, A. Motivação para a prática desportiva no Programa Segundo Tempo na cidade de Florianópolis, SC. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 16, n. 164, janeiro 2012. http://www.efdeportes.com/efd164/motivacao-desportiva-no-programa-segundo-tempo.htm
TENROLLER, C.A. Futsal: Ensino e Prática. Canoas, RS: Ulbra, 2004.p. 45-46.
TERRA, G.B.; HERNANDEZ, J.A.E.; VOSER, R.C. A motivação de crianças e adolescentes para a pratica do futsal. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 13, n. 128, janeiro 2009. http://www.efdeportes.com/efd128/a-motivacao-de-criancas-e-adolescentes-para-a-pratica-do-futsal.htm
VOSER, R.C. Iniciação ao Futsal. 3.ed. Canoas, RS: Ulbra, 2004.
VOSER, R.C.; GIUSTI, J.G. O futsal e a escola uma perspectiva pedagógica. Porto Alegre, RS: Artmed, 2002. p. 94-95.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 183 | Buenos Aires,
Agosto de 2013 |