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A influência no desenvolvimento sócio-afetivo na 

aprendizagem de escolares na Educação Física Infantil

La influencia del desarrollo socioafectivo en el aprendizaje de escolares en la Educación Física Infantil

 

*Graduadas em Educação Física

Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC) Leopoldina, MG

***Mestra em Educação pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, MG (CES – MG)

Especialista em Natação – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC – MG)

Especialista em Psicopedagogia – Fundação Dom André Arcoverde de Valença, RJ (FAA)

Especialista em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) – Faculdades Integradas de Jacarepaguá

Graduada em Educação Física – Universidade Federal de Juiz de Fora, MG (UFJF)

Graduada em Pedagogia – Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, MG (CES - JF)

Professora do Curso de Educação Física (FAPAC) Leopoldina -MG

Professora do Curso de Educação Física. Faculdades Sudamérica, Cataguases, MG

Professora do Curso de Pedagogia da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

Unidade Leopoldina – MG

Evilin Mayane Aparecida de Freitas Alves*

Luana Alves Ribeiro Rodrigues*

Martha Bezerra Vieira**

martha.bezerra@ig.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O desenvolvimento sócio-afetivo está relacionado aos sentimentos e as emoções em virtude de uma série de interesses, solidariedade, cooperação, motivação e respeito, visando desenvolver o indivíduo como pessoa, estimulando a formação de uma personalidade estável e equilibrada, desenvolvendo também o aspecto cognitivo, que é o desenvolvimento intelectual e a operação dos processos reflexivos e motor, que trata diretamente do movimento e do desenvolvimento da criança. A Educação Física bem implantada na escola, voltada para as necessidades do aluno, com o objetivo de melhorar o desenvolvimento da criança, com atividades que trabalham o lado cognitivo, motor, sócio-afetivo entre outros fatores importantes para o desenvolvimento da mesma.

          Unitermos: Desenvolvimento sócio-afetivo. Educação Física Infantil.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 182 - Julio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O desenvolvimento sócio-afetivo está relacionado aos sentimentos e as emoções em virtude de uma série de interesses, solidariedade, cooperação, motivação e respeito, visando desenvolver o indivíduo como pessoa, estimulando a formação de uma personalidade estável e equilibrada, desenvolvendo também o aspecto cognitivo, que é o desenvolvimento intelectual e a operação dos processos reflexivos e motor, que trata diretamente do movimento e do desenvolvimento da criança. Esses processos visam garantir a formação integral (sócio, afetivo, cognitivo, motor, espiritual) do aluno. (RODRIGUES, 2003, p.41).

    A Educação Física bem implantada na escola, voltada para as necessidades do aluno, com o objetivo de melhorar o desenvolvimento da criança, com atividades que trabalham o lado cognitivo, motor, sócio-afetivo entre outros fatores importantes para o desenvolvimento da mesma, pode mudar o conceito que muitos tem sobre a aula de Educação Física na escola, entretanto não será apenas uma aula em que os alunos vão praticar um esporte, brincar de queimada ou correr em volta da quadra, será uma aula que vai desenvolver o autoconceito a auto-estima, autoconfiança, socialização positiva, interação cooperativa, formação de atitudes positivas, trabalho em equipe entre outros que são componentes importantes para o desenvolvimento do aluno. (GALLAHUE; DONNELLY, 2008).

    Nessa fase de desenvolvimento tanto os pais quanto os professores são importantes, pois são eles, pessoas mais experientes que vão coordenar o processo de aprendizagem, a educação dada em casa irá refletir na escola com os colegas e professores, pois uma criança que tem um bom exemplo no âmbito familiar, a mesma terá grandes chances de ter um bom desenvolvimento sócio-afetivo, motor e espiritual. É possível analisar o corpo como uma construção cultural, pois cada sociedade tem uma maneira diferente de se expressar por meio de corpos diferentes. (DAOLIO, 1995, p.36). O objetivo desse trabalho é verificar a importância da Educação Física na escola e como ela pode auxiliar no desenvolvimento sócio-afetivo da criança.

Desenvolvimento sócio-afetivo nas aulas de Educação Física Infantil

    A afetividade é um tema que está sendo muito discutido dentro das escolas e também fora delas. O desenvolvimento sócio-afetivo implica no desenvolvimento emocional e afetivo, na socialização, interação e principalmente na aprendizagem da criança, pois a afetividade é considerada a energia que move as ações. (SILVA; SCHNEIDER, 2007). O desenvolvimento da criança começa pelo conhecimento de sua própria corporeidade, porque através da organização corporal é que o ser humano cria relações com os objetos e as pessoas que fazem parte do seu convívio diário.

    O ser humano é dotado de desejos,vontades e sentimentos próprios que começam a se desenvolver desde o nascimento. Ao longo da infância, ocorre o processo de desenvolvimento sócio-afetivo da criança, períodos que são importantes as interações que proporcionam vivências afetivas. (SILVA; SCHNEIDER, 2007).

    A conduta sócio afetiva, é uma forma da criança desenvolver a sua própria personalidade e aprender a tomar decisões sem necessitar de ajuda. Grande parte do comportamento da criança na escola é da sua interação com os colegas e professores, nessa fase a criança tem seu próprio pensamento e se torna mais independente em função de seu maior desenvolvimento da linguagem, embora a ligação e a influência do convívio com os pais e familiares ainda seja forte. (RODRIGUES, 2003, p.41). Não é descartada influência genética, as vivências do meio externo, isso influência na educação e formação da criança.

    DEMMIS (1960) verificou em um orfanato do Teerã, onde as crianças eram pouco estimuladas, e que 60% delas com idade de 2 anos não se sentavam sem ajuda e 85% com 4 anos de idade não andavam sozinhas.Isso mostra que não só a maturação é responsável pelo desenvolvimento motor. (RODRIGUES, 2003, p.17).

    Uma criança tem grande facilidade de se enturmar em meio as outras, fazer amizades, brincar e da mesma forma lutar e brigar. Quanto mais tempo elas permanecerem juntas, maior pode ser o atrito de forma irrelevante.

    A criança é um aprendiz que se auto-descobre ao decorrer de seu desenvolvimento. “Para que a Educação Física infantil seja produtiva devem ser observados 3 conceitos bastantes modernos: o valor do corpo para o homem, o papel do jogo na educação e a irrecuperabilidade dos benefícios da atividade física”. (RODRIGUES, 2003, p.15). Vejamos o primeiro conceito, o corpo está substancialmente unido a alma, expressa a personalidade e merece ser respeitado como valor humano indispensável. A Educação Física se for bem aplicada ao corpo, ela é capacitada para a educação plena. Quanto ao segundo conceito, o jogo é uma atividade muito prazerosa e oferece grandes possibilidades educacionais, a criança aprende se divertindo de forma lúdica e isso estimula o crescimento e a aprendizagem. Em relação ao terceiro conceito, é comprovado que tudo aquilo que não se faz em tempo hábil, jamais é recuperado de forma total, a coordenação, benefícios psicomotrizes, funcionais e posturais se não forem trabalhados no momento certo em que a criança esteja se desenvolvendo, eles não serão recuperados mais tarde com total êxito. (RODRIGUES, 2003, p.15).

Jogos e atividades lúdicas

    O esporte é um fator social que atrai os alunos para momentos de interação sócio-afetivos. “Os jogos são instrumentos importantes para o desenvolvimento das crianças e dos jovens”. (BOHME, 2003, p. 79).Os jogos devem ser aplicados nas escolas com fins pedagógicos,desenvolvendo a educação,pois os jogos permitem um desenvolvimento integral do aluno. Do ponto de vista educacional o jogo está longe de ser visto como uma competição e sim como um divertimento, brincadeira, passatempo que estimula o crescimento e a aprendizagem. (ANTUNES, 2003, p.10). Esse conceito já deixa perceber a diferença entre usar um objeto como brinquedo ou como jogo.

    “O brinquedo supõe, na relação com a criança, a indeterminação quanto a seu uso, ou seja sem regras fixas”. (ANTUNES, 2003, p.11). O jogo já tem intenções lúdicas muitas vezes é não literal (por exemplo quando uma criança brinca de boneca, naquele momento a criança imagina que a boneca seja sua filha e ela entra naquele mundo de imaginação como se ela realmente fosse mãe da boneca, e ela age “como se fosse”); “estimula a alegria e flexibilidade do pensamento, mas mantém um controle entre os jogadores e, portanto, uma relação interpessoal dentro de determinadas regras”. (ANTUNES, 2003, p.11). Entendendo o jogo dessa forma podemos perceber que nós seres humanos passamos grande parte do nosso tempo “jogando” pois estamos sempre cumprindo as regras da vida.

    A imaginação da criança deve ser estimulada. A criança motivada pode aprender as coisas com muito mais facilidade. (BORGES, 2002, p. 11). “A maioria dos jogos tem como objetivo o prazer e a descontração”. (JUNIOR, 2005, p. 19).

    O jogo tem implicações muito importantes nas etapas psicológicas da criança e é um erro considerá-lo uma perda de tempo. O jogo se ele for bem trabalhado ajuda a criança a construir novos caminhos, fazer novas descobertas a desenvolver e enriquecer sua personalidade, e é jogando que se aprende a levar da vida o que ela tem de melhor. (ANTUNES, 2003, p.11).

    Trabalhar com atividades lúdicas,pode ser bastante prazeroso, há uma grande preferência por parte dos alunos,pois eles mostram maior envolvimento,colocam em prática a criatividade dando sugestões de jogos e brincadeiras.As atividades lúdicas também são ótimas oportunidades para alunos com dificuldades de relacionamento poderem se manifestar com atividades que gostariam de fazer junto aos colegas. “A ludicidade é a ponte facilitadora da aprendizagem”. (RUFFONE; MOTTA, 2004).É brincando que a criança aprende a distinguir seus desejos e fantasias da realidade. É através de jogos e brinquedos que a criança encontra suas soluções e uma forma pessoal de um lugar no grupo.

Corporeidade

    É possível analisar o corpo como uma construção cultural, pois cada sociedade tem uma maneira diferente de se expressar por meio de corpos diferentes. (DAOLIO, 1995, p.36).

    “Todo homem, mesmo inconsciente desse processo, é portador de especificidades culturais no seu corpo. Tornar-se humano é tornar-se individual,individualidade esta que se concretiza no e por meio do corpo”. (DAOLIO, 1995, p.36).

    O controle do uso do corpo aparece portanto, como necessário ao surgimento da cultura. A cultura nada mais faz do que ordenar o universo por meio da organização de regras sobre a natureza. O que define o corpo é seu significado, o fato de ele ser produto da cultura, ser construído diferentemente pó cada sociedade, e não as suas semelhanças biológicas universais.(DAOLIO,1995).

    “Aceitar um corpo lúdico, pensante e inteligente levar-nos-ia a repensar o nosso projeto antropológico. A superação do dualismo entre mente e corpo seria o primeiro passo. O segundo seria aceitar a corporeidade como a realidade primordial do homem”. (SANTIN, 2005, p. 313).

Como a educação física pode auxiliar no desenvolvimento e na formação da criança

    É importante reconhecer o valor da Educação Física na escola onde a aprendizagem pode ser desenvolvida, estimulando as potencialidades da criança pela cultura corporal, e dessa forma poder amenizar as dificuldades de aprendizagem.O esporte é um instrumento que é voltado para o desenvolvimento, que cria oportunidades para que os estudantes aprendam a respeitar as diferenças e construir soluções coletivas favorece um melhor desempenho tanto no âmbito escolar quanto fora dele.

    O desenvolvimento sócio-afetivo está relacionado aos sentimentos e as emoções em virtude de uma série de interesses, solidariedade, cooperação, motivação e respeito, visando desenvolver o indivíduo como pessoa, estimulando a formação de uma personalidade estável e equilibrada, desenvolvendo também o aspecto cognitivo, que é o desenvolvimento intelectual e a operação dos processos reflexivos e motor, que trata diretamente do movimento e do desenvolvimento da criança. Esses processos visam garantir a formação integral (sócio, afetivo, cognitivo, motor, espiritual) do aluno. (RODRIGUES, 2003, p.41).

    O papel da Educação Física é integrar, socializar, educar o corpo mente através da atividade física, e se ela for bem trabalhada nas escolas, voltada para as necessidades do aluno, com o objetivo de melhorar o desenvolvimento da criança, com atividades que trabalham o lado cognitivo, motor, sócio-afetivo entre outros fatores importantes para o desenvolvimento de uma criança, ela pode mudar o conceito que muitos tem sobre a aula de Educação Física na escola, pois ela não será apenas uma aula em que os alunos vão praticar um esporte, brincar de queimada ou correr em volta da quadra, ela vai ser uma aula que vai desenvolver o autoconceito a auto-estima, autoconfiança, socialização positiva, interação cooperativa, formação de atitudes positivas, trabalho em equipe entre outros que são componentes importantes para o desenvolvimento de uma criança. (GALLAHUE; DONNELLY, 2008). “Uma pessoa fisicamente educada demonstra comportamento social e pessoal responsável em ambientes de atividade física, e entende que a mesma proporciona oportunidades para divertimento”. (GALLAHUE; DONNELLY, 2008).

    A Educação Física visa formar um individuo sadio integralmente, apoiando-se em bases científicas: Biológicas, pedagógicas e psicológicas.Assume importância vital no desenvolvimento geral do sujeito.Estudos de diferentes autores como Piaget, Vygotsky, Freinet, Wallon, entre outros permitiram compreender contribuição dos movimentos no desenvolvimento infantil e como ambos os processos, educação e movimento interrelacionam-se. (VIEIRA, 2009, p.18).

Desenvolvimento motor

    O desenvolvimento motor é um processo de crescimento em todos os aspectos. No decorrer de sua vida cada momento vivido é uma continuação do momento anterior, porém modificado. Por isso é fundamental criar boas condições de vida para o recém nascido, pois o hoje é a continuação de ontem. (RODRIGUES, 2003, p.16).

    A vida pré adulta compreende: a primeira infância, até aos três anos e compreende três fases: fase sensorial ou do recém – nascido, fase motora ou do bebê, e fase glóssica ou da criança pequena.A segunda infância vai dos três aos seis anos, e a terceira dos seis aos dez anos de vida. A fase pubertária vai dos onze aos doze anos, respectivamente para meninas e meninos, entendendo-se até aos quatorze anos. A adolescência tem início por volta dos quatorze anos, estendendo-se até dezoito. (GALLAHUE, 1982) define o desenvolvimento motor como o conhecimento das capacidades físicas da criança e sua aplicação na performance de várias habilidades motoras, de acordo com a idade, sexo e classe social. (VIEIRA, 2009, p.23).

    Nos primeiros tempos de vida da criança ela começa a descobrir tudo envolta dela com os olhos e as mãos, através das atividades motoras. De acordo com o tempo essa criança vai se desenvolvendo e se tornando independente com vontades próprias. (RODRIGUES, 2003, p.16). “Há um longo processo para a criança chegar ao domínio de habilidades mais complexas e, para isso, as experiências com os movimentos fundamentais como andar, correr, saltar, lançar, rolar, etc., são de grande importância e ajudarão nas etapas seguintes”. (RODRIGUES, 2003, p.16). A medida que a criança cresce ela vai aperfeiçoando as habilidades já incorporadas, assim como a capacidade de combiná-las com atividades sociais e intelectuais. (RODRIGUES, 2003, p.16).

Socialização

    É sabido que o desenvolvimento sócio-afetivo está relacionado aos sentimentos e as emoções em virtude de uma série de interesses,solidariedade,cooperação, motivação, respeito e socialização. (RODRIGUES,2003, p.40). A Educação Física tem um papel muito importante na socialização, através de jogos coletivos, interação com outras pessoas. Através das atividades físicas é que as pessoas com maior dificuldade de relacionamento podem se expressar, mostrar o que tem de melhor junto aos colegas.“O esporte é como um instrumento fundamental no auxílio ao processo de desenvolvimento integral das crianças e adolescentes respeitando as experiências e expectativas individuais”. (BOER, 2010).

    Para Dressler e Willis (1998), a socialização é o processo pelo qual se perpetua a cultura, definindo a socialização como o processo pelo qual o indivíduo aprende e adota os padrões e normas de comportamento tidos como apropriados em sua cultura. Mosquera e Stobäus (1994) salientam que o ser humano aprende o comportamento social, em parte, através da comunicação simbólica. Connolly (apud MOREIRA, 2000) destaca que os movimentos são importantes biológica, psicológica, cultural e socialmente. (BOER, 2010).

    O fator afetivo inclui os relacionamentos intra e inter pessoais; ao brincar a criança irá passar por diversas situações positivas (quando vence alguma brincadeira e alcança seu objetivo ou quando se da bem com os colegas) e negativos (quando perde alguma atividade ou não consegue realizar o esperado e assim entra em conflito com os mesmos).É através dessas situações que a criança irá se socializar.A influência dos fatores psicológicos do tipo socializador é inegável, seja em quem exerce a atividade esportiva, seja naquele que acompanha como espectador”. (BOER, 2010). As atividades esportivas se constituem em um grande fator de determinação grupal, o trabalho em equipe gera responsabilidade, respeito com o próximo, união e um aprendizado sadio. (BOER 2010).

    Atualmente foi realizado um trabalho com crianças de 7 a 11 anos na faculdade de Educação Física da Unicamp, onde, entre outras coisas, observamos seu comportamento social. Especialmente quando jogam futebol, foi reparado, pela quantidade de ocasiões em que o jogo é interrompido para a discussão, o quanto a regra se tornou para elas um elemento fundamental do jogo.Encaixam-se aqui a perfeição, as palavras de Piaget sobre a construção das regras: “O divertimento específico do jogo deixa assim de ser muscular e egocêntrico para tornar-se social. Ao contrário de crianças mais novas de segunda infância não mais se comprazem com o simples jogo motor. (Freire, 1994).

    As atividades esportivas, jogos coletivos ou qualquer outra atividade são importantes veículos a serem utilizados no processo de socialização e educação das crianças. (BOER, 2010).

O papel dos pais e do professor no desenvolvimento afetivo

    O desenvolvimento da criança começa pelo conhecimento de sua própria corporeidade, porque através da organização corporal é que o ser humano cria relações com os objetos e as pessoas que fazem parte do seu convívio diário.Para o professor conhecer de forma dinâmica a criança é necessário fazer uma análise,pois se ele fizer apenas análise de certos níveis de desempenho isolado,não terá possibilidade de julgar a direção evolutiva da sua conduta. (RODRIGUES,2003, p.40). “O professor de Educação Física precisa ter a responsabilidade de não transformar a aula em momentos de ridículo e absurdo, mas em momentos que causem alegria e risos, sem transtornos”. (JUNIOR, 2005, p.19).

    A conduta sócio-afetiva da criança pré-escolar segue uma série básica de maturação e necessita de um guia (pais ou professores) para prever e interpretar todas as oscilações dessa conduta e agir adequadamente em cada situação.Com o passar do tempo a criança passa a se interessar pela essência das coisas e não só pelo resultado delas e irá encontrando soluções para os problemas não necessitando mais de ajuda.Grande parte do comportamento da criança na escola depende de sua interação com outras pessoas no seu dia-a-dia e da influência do meio ambiente. (RODRIGUES,2003, p.41).

    Nessa fase de desenvolvimento da criança tanto os pais quanto os professores são importantes, pois são eles pessoas mais experientes que vão coordenar o processo de aprendizagem, a educação dada em casa irá refletir na escola com os colegas e professores, pois uma criança que tem um bom exemplo no âmbito familiar, ela terá grandes chances de ter um bom desenvolvimento sócio-afetivo, motor e espiritual,mas sem esse acompanhamento dos pais,as chances dessa criança se tornar agressiva,sem respeito com o próximo são grandes.

    O desenvolvimento sócio-afetivo lida com vários fatores como: sentimento, emoções, solidariedade, cooperação, motivação entre outros. O professor de Educação física deve conhecer o aluno de forma completa, ele é a peça chave para passar a maior confiança para a criança em seu processo de desenvolvimento. A conduta sócio afetiva, é uma forma da criança desenvolver a sua própria personalidade e aprender a tomar decisões sem necessitar de ajuda. Grande parte do comportamento da criança na escola é da sua interação com os colegas e professores, nessa fase a criança tem seu próprio pensamento e se torna mais independente em função de seu maior desenvolvimento da linguagem, embora a ligação e a influência do convívio com os pais e familiares ainda seja forte. (RODRIGUES, 2003, p.41). Não é descartada influência genética, as vivências do meio externo, isso influência na educação e formação da criança.

    Os professores de Educação física podem melhorar vários componentes do auto conceito positivo nas crianças ajudando a desenvolver o senso de segurança e status através do ensino sensível, afetuoso e de qualidade. Todos os bons professores e bons pais, fazem uma boa contribuição para a auto-estima da criança todos podem ajudar a melhorar o senso de pertencimento, competência entre outros fatores. (GALLAHUE; DONNELLY, 2008). Para o professor conhecer de forma dinâmica a criança é necessário fazer uma análise,pois se ele fizer apenas análise de certos níveis de desempenho isolado,não terá possibilidade de julgar a direção evolutiva da sua conduta. (RODRIGUES,2003, p.40).

    O professor de Educação Física não deve ser repetidor de séries exaustivas de exercícios, mas deve se transformar naquele que dirigi as experiências da criança permitindo-lhe produzir. Não deve ser o elemento que determina e corrige; deve ser o orientador, aquele que propõe as atividades controlam o processo, interage, encoraja e valoriza a criança no grupo. (ZUMBA, 2008).

Conclusão

    Com essa pesquisa foi concluído que as aulas de Educação Física são importantes e necessárias para o desenvolvimento em geral da criança.

    Os resultados da pesquisa feita nas escolas mostram que apesar de algumas crianças ainda terem uma certa resistência as aulas de Educação Física,ela ainda é muito bem aceita pelos alunos, e que apesar do vídeo game e computador em casa, muitas crianças ainda praticam algum tipo de atividade física fora da escola, e isso é muito bom pois, além da criança brincar e se divertir ela estará se desenvolvendo com saúde e bem estar.

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