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Avaliação da carga mental de trabalhadores de 

uma empresa de instalação civil em Recife, PE

Evaluación de la carga mental de los trabajadores de una empresa de instalación civil en Recife, PE

 

*Fisioterapeuta. Pós Graduanda em Fisioterapia do Trabalho

**Fisioterapeuta, Mestre em Design

(Brasil)

Maria de Lourdes Barros Carvalho*

marilu_bc_@hotmail.com

Bruno Maia de Guimarães**

bmguimaraes@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Avaliar a carga mental dos funcionários de uma empresa de instalação civil em Recife. Trata-se de estudo transversal descritivo, a avaliação dos funcionários foi através do NASA-TLX. Método subjetivo que fornece uma avaliação quantitativa global da carga mental de trabalho, baseada na média ponderada da avaliação de seis dimensões: mental; física; temporal; níveis de realização; esforço e frustração. Os resultados foram apresentados em tabelas. 50% apresentou idade inferior a trinta anos; 51,9% tem menos de um ano de trabalho; e 68,5% são homens. Na Tabela 2, os trabalhadores do escritório apresentou maior carga mental, em relação aos trabalhadores de obra. Só houve diferença estatisticamente nas variáveis “Demanda física” e “temporal”. Nos trabalhadores de escritório, as demandas de maior intensidade foram à demanda mental e o desempenho, enquanto que, os dos trabalhadores de obra foi o desempenho e a demanda mental. Foi encontrada carga global elevadas e semelhantes nos grupos.

          Unitermos: Carga mental de trabalho. Construção civil. Ergonomia.

 

Abstract

          The mental work evaluation of a construction company in Recife. This study use transversal descriptive method, evaluating the employees by the NASA-TLX questionnaire. This subject method provides a quantitative global evaluation of the mental workload, based on the weighted average of six different subscales: mental demand, physical demands, temporal demands, own performance, effort and frustration. The results were represented in charts. It was observed that 50% were under thirty years old; related to time of working, 51,9% has less than one year working for the company; also, 68,5% are men. The chart nº 2 shows that the mental demand was superior in the office group, compared to the construction group. However, there was only substantial statistically difference on the subscales “physical demand” and “temporal demand”. In accord with the research, the office workers had, as the most significant subscales, first the “mental demand” and second the “own performance”, whereas, with the construction workers was the opposite, the “own performance” was bigger than the “mental demand”. Also, it was found high punctuations, similar between both groups, of the global demand.

          Keywords: Mental work. Mental load. Construction. Ergonomics.

 

Presenteado em I Bioergonomics, Congresso Internacional sobre Biomecânica y Ergonomia, Manaus, Brasil, do 30 de maio ao 2 de junho.
Prêmio ao Melhor Trabalho do Congresso.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 182 - Julio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A cadeia produtiva da construção civil é um dos maiores ramos da economia em qualquer país (BARKOKÉBAS, 2010). Em Pernambuco, a construção civil vive um de seus melhores momentos batendo recordes de crescimento a cada ano, fato que pode ser evidenciado com o crescimento de 4,1% a partir dos primeiros meses de 2011/2012 em comparação ao mesmo período de 2010/2011 que foi de 2,3% segundo pesquisa da FIEPE (2012).

    Os trabalhadores da construção têm como característica preponderante o gênero masculino, baixo nível de instrução escolar, além da baixa qualificação profissional. Ademais, a grande maioria dessa mão de obra cursou apenas até o 1º grau completo (CARDOSO, 2007; SESI, 2008; BARZELLAY, 2011). A qualificação requerida para esse tipo de ocupação na grande maioria não é transmitida pela escola. Ou seja, a aprendizagem se faz no próprio exercício do trabalho (BARZELLAY, 2011).

    Aos trabalhadores da construção exige-se a compreensão de sinais, interpretação de dados, compreensão de projetos de arquitetura, estrutura e instalações gerais. Como também disposição e capacidade para executar atividades físicas. Muitas vezes, atividades que requerem movimentos repetitivos e posturas inadequadas, em ambientes ruidosos, empoeirados. Trabalhos nas alturas, riscos de acidentes e outros riscos ocupacionais. Além disso, são atividades que dependem de condições climáticas, mesmo assim, também são lhes exigidos prazos a serem cumpridos, qualificação profissional e responsabilidades (BARZELLAY,20011; ONUKA et al, 2011; NR-18).

    Em contrapartida, os trabalhadores, com nível técnico ou superior, responsáveis pelas atividades gerenciais, executivas e administrativas na construção civil, costumam realizá-las em escritórios em ambiente fechado, climatizado. No geral, esses trabalhadores passam a maior parte do tempo sentados, utilizando computadores, telefones, máquinas de calcular, escrevendo, desenvolvendo pesquisa e projetos (BARZELLAY, 2011).

    Diante da necessidade de investigar a carga mental desses dois grupos de trabalhadores, esse estudo contribui para identificar quais fatores estão sobrecarregando esses profissionais. Sendo assim a melhora nesses índices faz com que o número de erros, acidentes e adoecimento sejam reduzidos. Para que a empresa busque a prevenção de doenças ocupacionais, e obtenha um nível de melhoria contínua no seu desempenho. Dessa forma, este estudo tem como objetivo avaliar a carga mental de trabalho dos funcionários de uma empresa de instalação civil em Recife.

Materiais e métodos

    O presente trabalho trata-se de um estudo transversal do tipo descritivo. Sendo desenvolvido em uma empresa de instalação civil em Recife, no período de setembro a outubro de 2012. Foi cumprida a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), uma vez que foi solicitada a autorização através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que informa e esclarece ao sujeito da pesquisa de maneira que ele possa tomar sua decisão de forma justa e sem constrangimentos sobre a sua participação em um projeto de pesquisa.

    A amostra foi constituída por todos os funcionários que trabalham no escritório totalizando 27 funcionários, e também selecionada de forma aleatória o mesmo número de trabalhadores que atuam no canteiro de obras, totalizando uma amostra de 54 trabalhadores da empresa.

    Para a avaliação da carga de trabalho, foi utilizado o questionário NASA-TLX (Task Load Index) de avaliação subjetiva, desenvolvido por Hart e Staveland (1988). O NASA-TLX é um procedimento multidimensional que fornece uma avaliação quantitativa global da carga mental de trabalho, baseada na média ponderada da avaliação de seis dimensões dessa carga: exigência mental; física e temporal; nível de realização; esforço; e de frustração. Esses conceitos foram apresentados ao sujeito antes da aplicação do instrumento.

    Destaca-se que o NASA-TLX apresenta a particularidade de ponderar as dimensões da carga mental de trabalho, de acordo com a importância subjetiva (peso) atribuída pelo sujeito, multiplicada pela taxa aferida para cada dimensão da carga, visto que as dimensões da carga de trabalho variam de acordo com as tarefas/atividades e a forma como o sujeito às percebe. O grau com que cada uma das dimensões contribui para essa carga mental pode ser determinado pelo valor das taxas. Cada taxa é determinada a partir de um valor numérico aferido em uma folha que contém as seis dimensões em escalas sem valores numéricos. O sujeito assinala como ele percebe em que magnitude determinada dimensão contribuiu para a formação da carga mental de trabalho na tarefa, e o examinador posteriormente identifica o valor numérico assinalado pelo sujeito. Cada escala apresenta uma linha de 15 cm, ancoradas em descrições bipolares (pouco e muito).

    O peso com que cada dimensão contribui para a carga mental de trabalho é aferido por meio de um conjunto de confrontos das dimensões dessa carga, em que são apresentados 15 pares das dimensões combinadas (todas as combinações possíveis). O sujeito deve escolher a dimensão que mais contribui para a carga mental de trabalho. Desse modo, cada dimensão pode ser selecionada desde nenhuma vez até cinco vezes. As taxas e os pesos de cada dimensão são obtidos após o sujeito ter efetuado a tarefa. As dimensões que apresentam maior peso na origem da carga mental de trabalho apresentarão maior peso na pontuação da carga de trabalho global. Ao final do procedimento, é calculada a taxa global ponderada da carga mental de trabalho do sujeito. Essa taxa global ponderada é obtida por meio do somatório de todos os pesos multiplicados pelas taxas de todas as dimensões e esse valor é dividido por 15, oferecendo o valor final.

    Os dados coletados foram submetidos ao estudo estatístico e foram utilizados o Software STATA/SE 9.0 e o EXCEL 2007. Os resultados estão apresentados em forma de tabela com suas respectivas freqüências absoluta e relativa, enquanto que as variáveis numéricas estão representadas pelas medidas de tendência central e medidas de dispersão. O Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para variáveis quantitativas e para a comparação dos dois grupos foi realizado o Teste t Student (Distribuição Normal) e teste de Mann-Whitney (Não Normal). Foi considerado o nível de significância p≤0,05.

Resultados e discussão

    Foram analisados dois grupos de funcionários da empresa de instalação na construção civil, um grupo formado por todos os que trabalham no escritório, totalizando 27 funcionários, distribuídos nos cargos de recepcionista, diretor, motorista, analista de custos, financeiro, contábil, compras, orçamento, recursos humanos, copeira, almoxarife, técnico, estagiários e auxiliares de compras, contabilidade, de pessoal, de serviços gerais, e de almoxarife. No total, 16 são mulheres e 11 são homens.

    O segundo grupo, formado pela mesma quantidade de trabalhadores que atuam no canteiro de obras, porém escolhidos aleatoriamente, são distribuídos nos seguintes cargos: ajudante de elétrica, ajudante de encanador, encanador, eletricista, soldador, engenheiro civil, encarregado de elétrica, gerente de planejamento, almoxarife, assistente administrativo. Esse grupo de trabalhadores é formado por 26 homens e 1 mulher.

    Os resultados na Tabela 1 demonstram o perfil sócio- demográfico dos funcionários avaliados no estudo, onde revela as variáveis quanto à idade, o tempo de trabalho na empresa, o sexo, escolaridade dos grupos.

Tabela 1. Dados sócio-demográficos dos participantes do estudo

    Pode-se observar que 50% dos funcionários apresentaram idade inferior a trinta anos, 51,9% tem até um ano de trabalho, e 68,5% são do sexo masculino. Já quanto à escolaridade, a maioria, com 42,5%, possui o segundo grau completo.

    De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério do Trabalho, a pedido da Câmara Brasileira de Indústria da Construção (CBIC), com dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) mostra que em 2002, quase dois terços dos ocupados no setor (63,6%) não havia sequer concluído o ensino fundamental (apresentavam menos de oito anos de estudo). Apenas 36,1% conseguiram chegar ao ensino médio (mais de oito anos de estudo). Em 2010, o número de pessoas que estudou mais de oito anos já chega a quase metade dos trabalhadores 47,8%. Atualmente, um quarto dos trabalhadores do setor tem 11 anos ou mais de estudo 26,6% (CBIC, 2011; SINDUSCON SP, 2011).

    A partir da análise da tabela 1, observa-se que 50% dos funcionários apresentou idade inferior a trinta anos, indicando que é um grupo que tem muitos jovens, diferente do encontrado na literatura. Segundo o sindicato da construção Civil (Sinduscon SP, 2011), em 2001, a idade média dos trabalhadores era de pouco mais de 37 anos, hoje chega há 41 anos; e 41% da mão de obra possuem mais de 45 anos – esse percentual era de apenas 31% em 2011.

    Com um percentual de 31,5%, o gênero feminino na empresa não representa nem a metade dos entrevistados. Ainda segundo CBIC (2011), O dado estatístico que relaciona o gênero dos trabalhadores ocupados com o setor de atividade, é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A mais recente (divulgada em setembro de 2009) se refere a 2008. De acordo com a pesquisa, as mulheres ainda representam 3,4% do total de trabalhadores na construção civil, mas o volume está crescendo ano a ano. Em 2006, eram 171 mil mulheres, em 2007, 184 mil e em 2008, 240 mil trabalhadoras. Ou seja, em apenas dois anos, 69 mil mulheres passaram a trabalhar nos canteiros de obras.

    O resultado encontrado na variável tempo de trabalho foi 51,9% para quem trabalha até um ano na empresa. Isso vem corroborar com achados na literatura quanto à rotatividade na construção civil. Segundo (BARZELLAY, 20011) a construção civil caracteriza-se por um alto grau de rotatividade da mão de obra empregada.

    O resultado encontrado na Tabela 2 demonstra os resultados das médias das demandas dos funcionários da empresa com a aplicação do questionário NASA-TLX.

Tabela 2. Média das demandas dos funcionários da empresa

    Demanda Mental. Observa-se que o grupo que trabalha no escritório foi o que apresentou maior carga no fator demanda mental (46,16). Apesar do valor numérico da carga mental ter sido maior no grupo que trabalha no escritório, não foi significativo estatisticamente, com relação ao valor encontrado no grupo de trabalhadores da obra (34,89). Esse fator pode ser atribuído à rotatividade que a construção civil apresenta, já que os fatores geradores da demanda mental são acumulativos. Pelo fato dos funcionários que trabalham no escritório possuírem mais tempo de serviço na empresa, seu valor da demanda mental foi mais elevado, ao contrário dos funcionários de obra, cuja rotatividade é maior e conseqüentemente o valor da demanda mental diminui. Ou seja, quando comparada a média dos dois grupos, o resultado não foi significativo.

    Essa importante carga mental encontrada no grupo que trabalha no escritório, pode ser atribuída pela característica do trabalho, por ser um trabalho administrativo, informatizado onde se passa grande parte do tempo sentado e exige concentração, raciocínio, memória, tomadas de decisões e prazos a serem compridos (BARZELLAY, 2011).

    Nível de Frustração. Essa demanda esta relacionada aos fatores que inibem a realização do trabalho. Também nos dois grupos foi a que apresentou menor valor. Por tanto no grupo que trabalha em obra apresentou (11,64) e no grupo do escritório (9,64).

    Comparando os resultados do grupo do escritório nas variáveis demanda mental e nível de frustração, verifica-se a demanda mental apresenta valor de (46,16) maior do que do nível de frustração (9,64). De acordo com Balardim (2009) Há indícios de que quanto maior a demanda mental, menor o nível de frustração, e vice-versa. O crescimento da demanda mental parece contribuir para diminuir o nível de frustração dos trabalhadores. Esse aumento representa a valorização dos trabalhadores, bem como implica em maior satisfação no trabalho (BALARDIM, 2009).

    Demanda Física. Em relação à variável demanda física, houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos de obra (26,62) e escritório (10,03). Verifica-se que, a demanda física no grupo dos trabalhadores de escritório, foi um dos componentes que apresentou menor carga de trabalho. E o grupo que trabalha em obras, apresentou um valor muito superior, representando mais que o dobro do valor do grupo que trabalha no escritório.

    Esse era um fator esperado, tendo em vista que segundo Barzellay (2011), os trabalhadores que realizam suas atividades no canteiro de obras da construção civil apresentam um trabalho predominantemente muscular, no qual, as tarefas a serem executadas, são basicamente as que requerem força e vigor físico, como exemplo o transporte e remoção de material e a limpeza dos locais de trabalho.

    Demanda Temporal. O valor desta demanda, no grupo que trabalha no escritório, foi bem mais alto (30,85) em relação ao grupo que trabalha em obras (20,71), apresentando diferença estatisticamente significativa. Isso pode ocorrer devido aos prazos de entrega dos orçamentos, para participação da empresa em concorrência, que geralmente são muito curtos, e a quantidade grande de orçamentos, exigindo um ritmo de trabalho maior do que o dos trabalhadores de obra.

    Segundo Couto (1987), os principais fatores de pressão que assolam o indivíduo no trabalho estão ligados à urgência com que as atividades são impostas, e a má administração do tempo vinculado a uma série de exigências.

    Desempenho. Em relação aos funcionários que trabalham em obra, o fator de maior carga de trabalho foi o desempenho (47,56) enquanto que para os funcionários que trabalham no escritório foi encontrado um valor de (44,96). Talvez isso aconteça por causa do programa da qualidade (certificação ISO) implantado na empresa, no qual é exigido um padrão na execução dos serviços, buscando a melhoria contínua do desempenho, eficiência e eficácia.

    A certificação da qualidade é um instrumento qualificador das empresas que tem interesse em seguir alguns requisitos previamente determinados, possibilitando-a estruturar-se segundo os princípios básicos de qualidade. As normas ISO possibilitaram uma melhor adequação dos requisitos à grande parte das empresas, em especial no setor de serviços e à construção civil, (OHASHI, 2004; CARPINETTI, 2010).

    Desta forma, todos devem ser capazes de realizar o trabalho com o mesmo padrão e qualidade. Sendo assim, torna-se mais fácil para os operários obterem um bom desempenho, que pode gerar uma satisfação dos resultados, tendo em vista que o seu trabalho fica visível para todos, e existe o reconhecimento por parte do empresário. Entretanto, esta padronização às vezes enrijece o trabalho dos funcionários, exigindo uma maior demanda mental, principalmente dos trabalhadores do escritório.

    Esforço. Os resultados entre os grupos foram muito próximos, no grupo de trabalhadores de obras foi (32,66) e no do escritório (30,18). O resultado dos dois grupos apontou que existe um esforço físico e mental de ambos para se atingir um nível desejado de performance.

    Carga Global. Os resultados encontrados da carga de trabalho foram muito próximos, (11,64) para os funcionários que trabalham em obras e de (11,45) para os funcionários que trabalham no escritório. De acordo com os resultados, a carga de trabalho da maior parte dos trabalhadores apresentou pontuações elevadas. Entre os seis componentes da carga de trabalho, a que apresentou maior peso foi o desempenho (47,56) no grupo que trabalha em obra, e a de menor peso foi nível de frustração (9,64) para o grupo que trabalha no escritório. Desta forma, a carga global elevada pode indicar que existem demandas com cargas elevadas, e vai poder refletir futuramente em aparecimento de perturbações físicas e adoecimento (MORAES, 2002).

Conclusões

    A partir da análise dos resultados da pesquisa, foi possível determinar e comparar quais demandas afetam com maior intensidade os trabalhadores da empresa e influenciam na carga de trabalho. Assim, verifica-se que entre os trabalhadores de escritório, a demanda de maior intensidade foi à demanda mental, enquanto que para os trabalhadores de obra foi o desempenho. Além disso, foi encontrada uma diferença significativa entre as demandas física no grupo de trabalhadores de obra, e temporal no grupo de trabalhadores de escritório. Sendo assim, considerando que mais da metade dos funcionários possui menos de um ano na empresa. Não podemos deixar de perceber que a rotatividade apresentada pela construção civil, teve muita influência negativa nos resultados da pesquisa.

    Também foi encontrada carga global com pontuações elevadas e semelhantes entre os grupos. Assim, os resultados das demandas mentais encontradas e em associação com uma avaliação ergonômica dos postos de trabalho, podem identificar as situações de sobrecarga e riscos à saúde dos trabalhadores auxiliando a empresa no investimento em prevenção.

Referências bibliográficas

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  • BALLARDIN, L.;GUIMARÃES, L.B.M. Avaliação da Carga de Trabalho dos Operadores de uma Empresa Distribuidora de Derivados de Petróleo. Produção, v.19, n.3, p.581-592, 2009.

  • BARZELLAY, B.F.C.; LONGO, O. A Motivação Utilizada como Ferramenta Visando à Melhoria da Produtividade e da Qualidade de Vida na Construção Civil. VII congresso nacional de excelência em gestão, 12 e 13 de agosto de 2011. Disponível: http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg7/anais/T11_0363_2127.pdf. Acesso dia 30 de abril 2012.

  • CARPINETTI, L.C.R. Gestão de qualidade: conceitos e técnicas – SP.: Atlas, 2010.

  • CBIC - Câmera Brasileira da Indústria da Construção: Dia do Trabalhador na Construção Civil: muito a comemorar; Abril 2010. Disponível: http://www.cbic.org.br/informativos/cbic-em-pauta/dia-do-trabalhador-na-construcao-civil-muito-a-comemorar .Acesso dia 25 de outubro 2012.

  • CARDOSO, F.F. et al. Capacitação e Certificação Profissional na Construção Civil e Mecanismos de Mobilização da Demanda, Escola Politécnica da universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Construção Civil. SP, outubro 2007. Disponível: http://fcardoso.pcc.usp.br/poli_abramat.pdf. Acesso 24 de abril de 2012.

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  • FIEPE - Unidade de Pesquisa Técnicas (UPTEC): Índice de velocidade de vendas IVV. Abril, 2012.

  • HART SG, STAVELAND LE. Development of a NASA-TLX (Task Load Index): results of empirical and theoretical research. In: Hancock PA, Meshkati N, editor. Human mental workload. Amsterdam: Elsevier; 1988.

  • MORAES, A; MONT’ALVÃO, C. Ergonomia: conceitos e aplicações. 2ª Ed. Rio de Janeiro: 2AB; 2002.

  • ONUKA, F. et al. Análise ergonômica postural do posto de trabalho do servente na construção civil. VII congresso nacional de excelência em gestão. 12 e 13 Ago.2011.

  • SESI - Serviço Social da Indústria. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho Indústria da construção Civil- Edificações. São Paulo, 2008.

  • SINDUSCON SP. Sindicato da Construção Civil de SP. Conjuntura da Construção: A evolução do perfil do trabalhador no estado de São Paulo. Ano IX nº 2, Junho de 2011.

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