Contributo da atividade física para a melhoria do perfil psicomotor em crianças portadoras de deficiência La contribución de la actividad física para la mejora del perfil psicomotor de niños discapacitados |
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*Técnica Superior de Atividade Física e Desportiva *Docente na Escola Superior de Educação de Viseu (Portugal) |
Nicole Monteiro* Antonino Pereira** |
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Resumo Este estudo teve como objetivo identificar os benefícios da prática de atividade física na evolução do perfil psicomotor de crianças com diferentes tipos de deficiência. Centrou-se em cinco crianças, com idades compreendidas entre os 4 e os 12 anos de idade, diagnosticadas com vários tipos de deficiência, aos quais foi aplicada a Bateria Psicomotora (BPM). Os resultados obtidos permitem verificar que os perfis psicomotores de todas as crianças evoluíram positivamente. Algumas passaram mesmo do perfil psicomotor normal, para um perfil psicomotor bom. Unitermos: Atividade Física Adaptada. Perfil psicomotor. Multideficiência.
Abstract This study aimed to recognize the benefits of physical activity in the psychomotor profile evolution of children carrying different disability types. Focused upon five children, aged between 4 and 12, diagnosed with various disability types, which was applied a Psychomotor Battery (PB). The findings enable to verify that all children’s psychomotor profile developed positively. Some of them even moved from the normal psychomotor profile, to a good psychomotor profile. Keywords: Adapted Physical Activity. Psychomotor profile. Multi disability.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 182 - Julio de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Nos últimos anos tem aumentado o reconhecimento e valorização social da Atividade Física Adaptada (AFA). Os seus âmbitos de atuação (desportivo, recreativo, educativo e terapêutico) são cada vez mais valorizados, atendendo aos benefícios que proporcionam aos indivíduos portadores de algum tipo de deficiência, seja ela sensorial, física, intelectual e/ou comportamental.
A AFA pode ser considerada como um corpo de conhecimentos interdisciplinar dedicado à identificação e solução das diferenças individuais em atividade física, adequando-as ao contexto em que elas se desenrolam (Pérez Tejero, Reina Vaíllo, & Sanz Rivas, 2012). É um termo ligado à promoção de estilos de vida ativos e saudáveis, com a finalidade de minimizar os problemas psicomotores que interferem no desenvolvimento pessoal do ser humano.
São vários os estudos que concluem que a atividade física tem efeitos positivos na qualidade de vida, bem-estar e na integração social das pessoas portadoras de deficiência (Medina, Chamarro & Parrado, 2013; Medola et al., 2011; Sweet, Martin Ginis & Tomascore, 2013). Efetivamente, os benefícios que a prática de atividade física pode oferecer a estes indivíduos são numerosos ao nível físico-biológico, social ou psicológico (Nova, 2012; Sanz Rivas & Reina Vaíllo, 2012; Winnick, 2005).
Segundo Berruezo (1995), o enfoque da Psicomotricidade passa pelo desenvolvimento das capacidades motoras, expressivas e criativas, a partir do nosso corpo. Centra a sua atividade e investigação sobre o movimento e o ato, incluindo tudo o que de si deriva, sejam disfunções, patologias, estimulações, aprendizagens, entre outras. A Psicomotricidade pretende aumentar de forma flexível e harmoniosa, a capacidade de interação do sujeito com o meio que o rodeia (García Nuñez & Fernández Vidal, 1994).
Apesar do reconhecimento dos benefícios, o número de investigações realizadas nesta área ainda é reduzido. Tal como afirmam Pérez Tejero, Reina Vaíllo e Sanz Rivas (2012), existe a necessidade imergente de realização de investigações dentro da área da atividade física para pessoas portadoras de deficiência, de modo a: a) melhorar o acesso à informação; b) estabelecer vínculos estreitos entre a teoria e a prática; c) realizar uma investigação de maior qualidade; d) intensificar a colaboração e cooperação para uma investigação de âmbito internacional.
Sendo assim, o nosso estudo teve como objetivo identificar os benefícios da prática de AFA na evolução do perfil psicomotor de crianças com diferentes tipos de diagnóstico.
Metodologia
A metodologia deste trabalho é caracterizada por ser um estudo exploratório, descritivo do tipo investigação-ação (Castro, Morgan, & Mesquita, 2012), a qual permite ao pesquisador uma análise crítica do seu próprio trabalho, no sentido de, aplicando adaptações, procurar melhorá-lo.
O nosso estudo centrou-se em cinco (5) crianças, com idades compreendidas entre os 4 e os 12 anos de idade. Estas crianças eram utentes de uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sediada numa cidade do interior centro de Portugal. Todas as crianças possuíam capacidades motoras e intelectuais, que lhes permitiram responder minimamente à compreensão e à realização das tarefas a executar durante as fases da avaliação inicial, intermédia e final, recorrendo às tarefas protocoladas na Bateria Psicomotora (Fonseca, 2010).
Em termos de diagnóstico geral, as crianças apresentavam as seguintes características:
Criança A – Síndrome de Down;
Criança B – Deficiência neuro motora: hemiparésico – hipotónico do lado esquerdo do corpo; ligeiro atraso psicomotor e da fala; crises convulsivas;
Criança C - Síndrome Polimalformativo; deficiências: motora, visual e auditiva (multideficiência);
Criança D - Paralisia Cerebral – Atetose; dificuldade no controlo motor e postural; ligeiro atraso cognitivo.
Criança E - Paralisia Cerebral – Atetose; dificuldade no controlo motor, ligeiro atraso cognitivo.
Para a realização do nosso estudo utilizámos a Bateria Psicomotora (BPM), a qual é um instrumento de observação que permite observar as várias componentes do comportamento psicomotor da criança de uma forma estruturada (Fonseca, 2010). Apresenta sete fatores psicomotores: tonicidade, equilibração, lateralização, noção de corpo, estruturação espácio-temporal, praxia fina e praxia global, subdivididos em vinte e seis subfatores.
Para Fonseca (2010), a BPM é útil para fins de identificação e de despistagem de dificuldades de aprendizagem e de psicomotricidade; todavia, não foi construída para identificar ou classificar um défice neurológico, nem tão pouco serve para diagnosticar uma disfunção cerebral, nem uma lesão cerebral. Quanto muito, fornece alguns dados que nos permitem chegar a uma disfunção psiconeurológica da aprendizagem ou uma disfunção psicomotora (dispraxia).
A BPM apresenta condições para estudar a psicomotricidade atípica em deficientes visuais, deficientes da fala, deficientes sócio-emocionais. Tem sido utlizada em vários estudos com indivíduos portadores de deficiência auditiva (Fonseca, 1984), deficiência mental (Rezende, Gorla, Araújo, & Carminato, 2003), paralisia cerebral (Lourenço, 2010) e com multideficiência (Gonçalves, 2007).
A BPM foi utlizada em três momentos: avaliação inicial – novembro de 2011; avaliação intermédia – janeiro de 2012; avaliação final – junho de 2012. No intervalo das avaliações foram desenvolvidas sessões individuais, uma por semana, de atividade física adaptada, divididas por duas fases: 1ª fase, em contexto de ginásio – entre novembro de 2011 e janeiro de 2012; 2ª fase, em meio aquático – entre janeiro de 2012 e junho de 2012.
Nestas sessões foram utlizadas estratégias diversas, nomeadamente a utilização de material alternativo (material reciclado), a adoção de uma pedagogia baseada em estimulações diversas, o uso da demonstração/imitação das tarefas a executar, a adaptação da linguagem a cada utente, o ensino pela descoberta guiada, a criação de enredos e a alusão ao lúdico.
O tratamento de dados recolhidos após a aplicação da BPM, foi efetuado através da aplicação de estatística descritiva, recorrendo-se ao Microsoft Office Excel 2007 para esse efeito. Foi efetuado o cálculo da pontuação total alcançada por cada criança, e posteriormente realizada a análise e a interpretação desses dados graficamente.
Apresentação e discussão dos resultados
O gráfico seguinte traduz genericamente a comparação entre o perfil psicomotor de cada criança, após a avaliação inicial, a avaliação intermédia e a avaliação final.
Gráfico 1. Comparação da pontuação obtida por cada criança na avaliação inicial, intermédia e final
Fazendo uma avaliação global dos perfis psicomotores obtidos ao longo dos três momentos de avaliação realizados, podemos ver que a criança A evoluiu positivamente, passando do perfil psicomotor normal registado na avaliação inicial e intermédia, para um perfil psicomotor bom, registado na avaliação final. Esta criança nunca faltou a nenhuma sessão durante a nossa intervenção em meio aquático, usufruindo a 100% do planeamento de Mesociclo elaborado em prol das suas caraterísticas e diagnóstico, explorando desta forma variados conteúdos e vivências que lhe possibilitaram ganhar mais habilidades motoras, perder receios existentes e apresentar progressivamente maior motivação nas sessões, fatores estes, de peso na comprovação da evolução registada.
O mesmo aconteceu com a criança B, que passou desde a avaliação inicial e intermédia do perfil psicomotor normal, para o perfil psicomotor bom após a avaliação final, denotando-se graficamente a sua evolução. Na prática também se observou as evoluções ao nível da execução das habilidades motoras e nos conteúdos exercitados ao longo do planeamento. Esta criança não usufruiu das sessões planeadas para o meio aquático durante um mês. No entanto, já havia usufruído das sessões em contexto de ginásio. Passou a usufruir do meio aquático a partir do momento em que as condições ideais para entrar novamente na piscina estiveram reunidas. No período de tempo em que a criança não usufruiu da piscina, não abordamos o planeamento (hidropsicomotricidade) na sua totalidade, mas trabalhamos os conteúdos da Psicomotricidade em contexto de ginásio. Foram feitas adaptações ao planeamento por razões de força maior, ou seja, derivado às novas regras de segurança e de higiene estabelecidas pela instituição onde se realizou este estudo. Apesar destes contratempos, a criança não saiu prejudicada, estando os resultados à vista. De salientar que a criança compareceu a cerca de 99% das sessões. O facto desta criança apresentar uma enorme vontade de aprender também se pode considerar como um fator determinante para a sua crescente evolução.
Relativamente à criança C, apesar de termos registado a estagnação do perfil psicomotor dispráxico durante a avaliação inicial e intermédia, conseguiu evoluir a partir do momento em que a nossa intervenção passou a decorrer no meio aquático, passando desta forma para o perfil psicomotor normal após avaliação final. No entanto, apesar de esta criança ter evoluído, de ter comparecido a cerca de 99% das sessões, esperava-se que em certos fatores, nomeadamente no equilíbrio e na estruturação espácio-temporal, apresentasse mais evoluções. Apesar de isso não ter acorrido, é de salientar que não regrediu as suas habilidades. Uma vez que esta criança apresentava um enorme défice de atenção e concentração, nem sempre foi fácil mantê-la completamente ligada às tarefas. O facto de apresentar a hemiparesia esquerdina, dificultou a sua prestação na execução das tarefas relativas ao equilíbrio dinâmico, nos saltos a pés juntos e nos saltos com apoio unipedal.
A criança D, não apresentou evoluções significativas em termos de valores quantitativos, como podemos visualizar através do gráfico acima apresentado, embora tenha passado do perfil psicomotor dispráxico para o perfil psicomotor normal. Esta criança apresenta, em termos motores, limitações, essencialmente ao nível do equilíbrio estático e dinâmico e na praxia fina. O seu diagnóstico não ajudou na melhoria destes fatores, no entanto, foi observável na prática, que esta criança durante a nossa intervenção em contexto de ginásio, apresentou menores potencialidades de evolução relativamente à nossa intervenção no meio aquático. A autonomia ao nível de equilíbrio é muito maior na piscina do que em ginásio. O fator motivacional de estar na água também interveio na predisposição da criança para a participação nas sessões. Esta criança usufruiu a cerca de 99% das sessões para si planeadas.
Por fim, a criança E, apesar das oscilações observadas em valores quantitativos, conseguiu manter-se sempre no perfil psicomotor normal. Esta criança compareceu a cerca de 96% das sessões, foi a criança que menos compareceu nas sessões, registando-se predominantemente estas não comparências mais numa fase final do planeamento. Estagnou a sua prestação em cinco dos sete fatores avaliados, o que por um lado não é mau, mas por outro faz-nos refletir no porquê de tal acontecimento. No entanto, evoluiu num fator, o que é bastante bom e regista-se a regressão ao nível de um fator, o da praxia fina. Aliado ao diagnóstico que a criança apresenta, era expetável que no fator relativo equilíbrio e da praxia fina se observasse uma menor cotação, uma vez que apresenta paralisia cerebral atetósica, fatores que influenciam bastante ao nível motor e na execução da maioria das tarefas aliadas a estes dois conteúdos. A variação do tónus muscular afetou igualmente a prestação da criança de uma forma geral. O facto de esta criança ser a que apresentou uma taxa de assiduidade menor, revela-nos que os resultados obtidos poderiam ter sido melhores, uma vez que a perda de algumas sessões, repercutiu-se no desempenho nas sessões seguintes à sua falta de comparência, denotam-se nestes momentos uma regressão das habilidades apreendidas anteriormente. Portanto, com este tipo de população é extremamente importante a assiduidade contínua das crianças nas sessões, com o objetivo de manter e aproveitar as evoluções registadas até a um dado momento. De um modo geral, esta criança evoluiu positivamente.
Após a análise dos resultados de cada criança individualmente, poderemos dizer que os resultados foram motivadores, uma vez que todas as crianças evoluíram positivamente em termos dos respetivos perfis psicomotores e essas evoluções foram constatadas em termos motores, sócio-afetivos e psicológicos.
A nossa reflexão crítica incide sobre as escassas evoluções obtidas entre a avaliação inicial e a avaliação intermédia. Este facto deveu-se ao tempo de intervenção entre estes dois momentos de avaliação, ou seja, o tempo de intervenção em contexto de ginásio foi curto, cerca de dois meses. Fazendo uma analogia aos resultados que obtivemos após a avaliação intermédia, momento esse em que a nossa intervenção passou a ser no meio aquático e com um tempo de planeamento e intervenção superior relativamente à intervenção em ginásio, quatro meses. Portanto, as crianças tiveram mais tempo de contacto com o planeamento elaborado para o meio aquático em relação ao tempo de contacto para explorar as suas habilidades motoras em ginásio.
Desta forma, assumimos que o tempo de intervenção deveria ter sido mais alargado entre novembro de 2011 e janeiro de 2012, apesar de não ter sido exequível e sendo esta uma variável incontrolável da nossa parte. O ideal seria aplicar um planeamento mesociclo de quatro meses de intervenção quer em ginásio, quer em meio aquático. O tempo total de intervenção nos dois contextos distintos e de aplicação deste estudo foi na íntegra de seis meses.
Conclusões
Em termos globais poderemos afirmar que este nosso estudo permitiu constatar efeitos positivos nestas crianças. As oportunidades e estimulações vivenciadas, proporcionaram efeitos positivos ao nível da promoção da auto-estima, autonomia e socialização. As crianças manifestaram, com o decorrer do tempo, interesse e vontade para fazer cada vez mais e melhor. Ao nível fisiológico as suas aptidões evoluíram, daí resultando, eventualmente, mais saúde e bem-estar.
Os resultados alcançados, levam-nos a concordar com Warnock (1978, cit. por Fonseca, 2010, pág. 302) quando afirma que “Toda a criança pode aprender. Nenhuma criança é ineducável ou irreabilitável. Para muitos indivíduos, mudar o potencial das crianças deficientes é uma tarefa fútil e impossível, sem compreenderem que a deficiência é quase sempre imposta pela sociedade. Isto é, pelo seu estado de desenvolvimento científico-social”.
A evolução ou não evolução das crianças com deficiência poderá estar intimamente ligada aos seguintes fatores (Fonseca, 2010): condições internas, inerentes à criança que aprende, e condições externas, inerentes ao envolvimento social onde decorre a aprendizagem. Neste contexto, a qualidade de intervenção do técnico especializado em AFA é determinante. Para tal, é importante o desenvolvimento de programas de formação (inicial e contínua) profissional de elevado nível.
Concluído este estudo do tipo investigação-ação, reconhecemos que se torna imprescindível a prossecução de mais estudos na área da AFA no sentido de se poder conhecer melhor os benefícios da atividade física para as pessoas portadoras de deficiência, bem como melhorar a intervenção dos técnicos em termos metodológicos e pedagógicos.
Bibliografia
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García Núñez, J. A. & Fernández Vidal, F. (1994). Juego y psicomotricidad. Madrid: CEPE.
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Lourenço, C. (2010). A importância do apoio individualizado do professor de Educação física a alunos com paralisia cerebral no meio aquático: Dois estudos de caso. Aveiro: Instituto Superior de Ciências da informação e da Administração.
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Medola, F. O., Busto, R. M., Marçal, Â. F., Achour Junior, A., & Dourado, A. C. (2011). The sport on quality of life of individuals with spinal cord injury: a case series. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 17(4), 254–256. doi:10.1590/S1517-86922011000400008
Nova, F. (2012). Atividade Aquática e Paralisia Cerebral. Atividade Aquática e Paralisia Cerebral. Arquivos em Movimento. Revista eletrônica da Escola de Educação Física e Desportos, 8(1), 69-84.
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Winnick, J. (Ed.), (2005). Adapted physical education and sport (4th Ed.). Champaign: Human Kinetics.
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