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Fatores motivacionais que justificam a 

prática da natação por adolescentes e adultos

Factores motivacionales que justifican la práctica de la natación por parte de adolescentes y adultos

 

*Discente da Faculdade de Educação Física da Universidade de Santo Amaro - UNISA

**Orientadora e Docente da Faculdade de Educação Física da Universidade de Santo Amaro

(Brasil)

Alexssando Oliveira Silva*

Vinícius Romano dos Santos*

Profª. Ms. Solange de Oliveira Freitas Borragine**

sandroliveira26@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Esta pesquisa tem o objetivo de compreender o que motiva os jovens e adultos a buscarem a pratica regular da natação, procurando verificar como os fatores motivacionais intrínsecos e extrínsecos influenciam na permanência ou desistência desses indivíduos nesta prática. Para esta finalidade utilizamos como metodologia a revisão bibliográfica. Constatamos que os motivos que mais justificam a busca e permanência da prática regular da natação são as questões relacionadas à saúde; a melhor qualidade de vida; aprender a nadar; o gosto pelo esporte; melhor aptidão física. Consideramos, no entanto, que apesar desses fatores serem importantes, é necessário que o profissional de Educação Física avalie e considere muito esses motivos e os alie a uma boa estratégia de aula, com a preocupação de oferecer atividades variadas, e que atendam aos interesses e objetivos dos alunos, para que eles não se desmotivem. Essa preocupação deve ser enfatizada, uma vez que cabe ao profissional criar condições que ativem a motivação extrínseca e possa contribuir para que o aluno permaneça satisfeito e com a sua motivação intrínseca bem estimulada.

          Unitermos: Motivação. Fatores motivacionais. Natação.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 182 - Julio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Estudos apontam que a cada ano cresce mais o número de praticantes de atividade física no Brasil, diversos são os fatores que levam o individuo a procurar uma atividade física regular, dentre eles podemos citar a busca por uma melhor saúde e qualidade de vida; o prazer na realização de uma prática esportiva; para uma maior interação social ou até para seguir um modelo estabelecido pelo nível socioeconômico do praticante, como um status.

    Por esses motivos, atualmente atividades esportivas direcionadas a jovens e adultos ganham maior projeção. De acordo com Weinberg e Gould (2001) citado por Interdonato et al. (2008) já existem no mundo aproximadamente 25 milhões de crianças e adolescentes envolvidos em práticas de pelo menos uma modalidade esportiva. Estudos direcionados à temática em questão apontam aspectos bastante consideráveis em relação ao fator motivacional e a prática regular da natação.

    Segundo Silva (2009), a principal finalidade dos estudos sobre motivos é determinar as ações e analisar as razões que levam os indivíduos a fazer algo e executar algumas tarefas com maior empenho do que outras ou o que leva as pessoas a permanecerem em alguma atividade por determinado período de tempo.

    A identificação dos aspectos motivacionais é um importante subsídio ao profissional de Educação Física que, a partir desses dados poderá propor ações mais eficientes para o incentivo e permanência de seus alunos nesta prática, pois quando a pessoa pratica uma atividade física com prazer, os resultados obtidos poderão refletir em um melhor desempenho pessoal.

A prática da natação

    A Natação é um esporte bastante praticado por pessoas de ambos os sexos e diferentes faixas etárias e muitos podem ser os motivos que levam as pessoas a optarem por essa modalidade esportiva.

    Segundo Macedo, Merida, Massetto et al. (2007), a natação é um dos esportes mais completos e, dentre tantos aspectos positivos, sua prática pode influenciar também no desenvolvimento da personalidade do praticante.

    Para Catteau e Garoff (1990) apresentado por Baggini (2008) nadar é praticar atividade física na água, coordenando ações de equilíbrio, respiração e propulsão, que por sua vez, vai atuar no sentido de melhorar esses três elementos.

    Natação é a capacidade do homem e de outros animais de se deslocarem por meio de movimentos efetuados no meio líquido, geralmente sem ajuda artificial. A natação é uma atividade que pode ser simultaneamente útil e recreativa sendo considerada uma prática corporal e um exercício físico.

    Segundo Rossi et al (2009), a natação é uma das atividades físicas mais completas, pois desenvolve simetricamente todo o corpo, trabalha força, aumenta a capacidade pulmonar, estimula a circulação, dentre outros.

    Por acontecer no meio líquido, para algumas pessoas o nadar se caracteriza como uma habilidade motora não muito natural do ser humano, apesar deste se encontrar envolvido nesse meio durante a sua vida intrauterina. Além disso, ao iniciar o aprendizado da natação, é comum a manifestação do medo por alguns alunos, mesmo nas partes mais rasas da piscina. (ROSSI et al, 2009)

    Esta modalidade esportiva conforme registram Silva, Coqueiro e Barbosa (2009) é praticada de diferentes maneiras e com objetivos recreativos, desportivos e terapêuticos, sendo considerada completa, pois mobiliza vários grupamentos musculares, simultaneamente. Por movimentar praticamente todos os músculos e articulações do corpo, a prática da natação é considerada um dos melhores exercícios físicos existentes, trazendo ótimos benefícios para o organismo, ajudando a melhorar a coordenação motora, além de ser recomendada para pessoas com problemas respiratórios, como por exemplo a asma.

    A prática da natação, de acordo com Depelseneer (1989) e Damasceno (1997) citado por Silva, Coqueiro e Barbosa (2009) combina o prazer de um esporte com os benefícios para a boa forma, melhor saúde, mantendo os músculos elásticos, beneficiando ossos, melhorando a capacidade pulmonar, além de poder ser praticada em qualquer faixa etária.

    Damasceno (1997) citado por Rossi et al (2009) registram que a prática da natação desenvolve, de forma conjunta com maior ou menor intensidade, todas as partes do corpo, atuando em sua totalidade e junto à mente, promovendo um desenvolvimento saudável e eficaz.

Motivação e sua classificação: intrínseca e extrínseca   

    Motivação vem do latim  moveres, que significa mover, refere-se em psicologia, em etologia e em ciências humanas à condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Em outras palavras é o impulso interno que leva à ação. Assim, a principal questão da psicologia da motivação é "por que o indivíduo se comporta da maneira como ele o faz”. (QUEIROZ, 2011, p. 12)

    Motivo ou motivação, de acordo com Davidoff (2001) citado por Lorenzi (2011), refere-se a um estado interno que resulta de uma necessidade ativa ou desperta de um comportamento usualmente dirigido ao cumprimento da necessidade ativa. A motivação constitui um campo fecundo de investigação psicológica básica e sua aplicação de conhecimento vem sendo utilizada por profissionais das atividades físicas e desportivas.

    Conforme Lorenzi (2011) a motivação pode ser intrínseca e extrínseca, ou seja, a motivação do indivíduo está relacionada a fatores externos, providos de outras pessoas e do ambiente, sob a forma de reforços positivos ou negativos. Entretanto, a motivação pode estar relacionada com fatores internos, que afloram do próprio interior do sujeito, ou seja, por razões intrínsecas.

    A motivação intrínseca acontece por meio de uma força interior, se manifesta de formas diferentes uma vez que cada pessoa tem a capacidade de se motivar ou desmotivar. Há também a motivação extrínseca, que é gerada pelo ambiente que a pessoa vive e que ocorre na sua vida, influenciando em sua motivação.

    Os estudos de Malavasi e Both (2005) apontam que as teorias motivacionais identificam que o indivíduo pode ter, como fonte de ações, razões internas caracterizadas como motivação intrínseca ou razões externas, chamadas de motivação extrínseca. Os motivos intrínsecos resultam da própria vontade do indivíduo, e os extrínsecos dependem dos fatores externos.

    Os autores relatam que alguns motivos aparecem de situações externas ao indivíduo e à tarefa, como as recompensas sociais e sinais de sucesso. Outras fontes resultam da estrutura psicológica do indivíduo e de suas necessidades pessoais de sucesso, sociabilidade, reconhecimento e etc. Apesar de haver numerosos fatores que influenciam a motivação individual, pesquisas classificam as pessoas segundo os motivos que as fazem ingressar no esporte ou em situações de sucesso. (CRATTY, 1984 citado por MALAVASI e BOTH, 2005).

    Mota (1997) citado por Chaves et al (2011) referem-se à motivação intrínseca como sendo as experiências de competência e interesse ou prazer. Esta fonte de motivação deve ser superior às necessidades satisfeitas por reforços externos, visando a conquista de recompensas ou tirar dividendos que estão separados do comportamento em si. (motivações extrínsecas). Podemos dizer que a motivação intrínseca vem do prazer que alguém obtém da tarefa em si, da satisfação resultante de completar uma tarefa ou simplesmente de trabalhar nessa mesma tarefa.

    Na opinião de Cruz (1996) citado por Chaves et al (2011) na motivação extrínseca dá-se mais importância às recompensas extrínsecas, a motivação vem de outras pessoas ou fatores externos, sob a forma de reforços positivos e negativos, enquanto que os indivíduos que participam por razões intrínsecas, são internamente motivados para serem competentes e para aprenderem novas competências, gostam de competição, ação ou excitação e que também querem se divertir e aprender o máximo possível.

    Paim (2001) relata que na relação ensino-aprendizagem, em qualquer ambiente, conteúdo ou momento, a motivação aparece como elemento central para a realização bem-sucedida de uma ação.

    De acordo com Weinberg e Gould (2001) existem diversas definições, conceitos, diretrizes e teorias que discutem o tema motivação. Para eles a motivação é definida como a direção e a intensidade do esforço. A direção diz respeito a um indivíduo buscar, aproximar ou ser atraído a certas situações, enquanto a intensidade refere-se ao esforço que uma pessoa investe em uma determinada situação.

    Segundo Hersey e Blanchard, (1977, p. 12) citado por Faria (2004, p. 5):

    As pessoas diferem, não apenas em sua capacidade, mas também em sua 'vontade', ou 'motivação'. A motivação de uma pessoa depende da força de seus motivos. Os motivos são às vezes definidos como necessidades, desejos ou impulsos no interior do indivíduo. Os motivos são dirigidos para objetivos, e estes podem ser conscientes ou inconscientes. Os motivos são os "porquês" do comportamento. Excitam e mantêm a atividade e determinam a direção geral do comportamento de um indivíduo. Fundamentalmente, os motivos, ou necessidades, são as molas da ação.

Motivação para a prática da natação

    Estudar motivação implica investigar o porquê de se realizar uma ação e o modo como tal ação está relacionada ao estudo do julgamento do indivíduo sobre o que é certo e o que é errado, para assim se atribuir um significado moral à ação e definir a melhor maneira de se comportar (BREDEMEIER, 1999 apud VISSOCI et al 2008).

    Ryan e Deci (2000) citado por Vissoci (2008) registram que o comportamento se regula em função da satisfação de necessidades e facilita ou dificulta a motivação. Isto resulta em dois comportamentos reguladores: um comportamento percebido como independente e próprio do indivíduo, com ações iniciadas e reguladas pelo sujeito (motivação intrínseca); e um comportamento regulado intensamente por mecanismos externos (motivação extrínseca)

    Para De Marco e Junqueira (1995, p. 89) citado por Faria (2004), cada indivíduo dispõe, em cada situação, de um conjunto de motivos. A forma da expressão e a objetividade desses motivos dependem então de características individuais. Esses motivos podem ser originados das necessidades biológicas e dos processos autorreguladores (biossociais) ou aprendidos e não inatos, sendo adquiridos num processo de interação com outros seres humanos, em uma determinada cultura (psicossociais), e se manifestam por meio do comportamento.

    Alves et al (2007) buscou identificar em seu estudo os principais motivos que influenciam os adolescentes a iniciar e a permanecer praticando natação, situando o papel da saúde neste contexto. A amostra foi composta por 98 adolescentes não atletas de ambos os sexos, com idades entre 13 e 18 anos. O instrumento de coleta de dados foi composto por questões objetivas de caracterização do respondente, além de uma escala de opinião sobre os motivos que influenciam adolescentes a permanecerem praticando natação. O estudo foi aplicado em três escolas de aprendizagem de natação do município do Rio de Janeiro.

    Os motivos encontrados e agrupados em 17 categorias foram: diversão, desafio, bem-estar pessoal, relacionamento social, prevenção de doenças, atividade terapêutica, estética corporal, condicionamento físico, reconhecimento social, rendimento esportivo, influência de terceiros, ambiente físico, facilidade de horário e de acesso ao local de prática, características específicas do tipo de exercício físico, custo, metodologia de ensino-aprendizagem e empatia com o professor. (IBID)

    Com base nos resultados da pesquisa em relação aos motivos que influenciaram o grupo investigado a iniciar a prática da natação, a soma dos pontos obtidos em cada item revelou que os principais motivos foram decorrentes de aspectos motivacionais de ordem intrínseca e extrínseca, a saber: gosto pela natação (16,04%), pais ou responsáveis decidiram que era importante praticar natação (14,95%), orientação médica (12,97%), melhor condicionamento físico (10,45%) e não saber nadar (10,27%). Juntos estes motivos representaram 64,68% do total de pontos obtidos nas respostas.

    A pesquisa desenvolvida por Castro (2006) aponta resultados diferenciados em relação ao encontrado na literatura. Pesquisando um grupo de 986 pessoas entre 15 e 60 anos, ele constatou que motivos relacionados à saúde são importantes indicativos para iniciar a prática de diferentes atividades físico-esportivas, não sendo, no entanto, de fundamental importância para a manutenção da prática. Cabe ressaltar que estes dados são opostos aos encontrados no presente estudo, mostrando que a especificidade populacional pode ser diferente, influenciando os motivos de adesão à prática de exercícios. Outro fator que pode explicar as diferenças de resultados destes estudos refere-se à crescente associação da prática de atividades físico-esportivas com motivos relacionados ao lazer, à diversão.

    Pesquisa realizada em academias para investigar os motivos que levavam pessoas adultas a praticarem natação, estudada por Moisés (2006) citado por Baggini (2008) mostra que a maioria das pessoas apresentava como objetivo fatores como segurança contra afogamentos; reabilitação médica para problemas respiratórios e posturais; ocupação do tempo livre ou aquisição de qualidade de vida. Observaram-se poucas respostas relacionadas à competição e preocupações com perda de peso.

    Conforme estudos realizados por Velasco (1994) citado por Baggini (2008) saúde, lazer e competição são indicados como os principais motivos que levam as pessoas a buscarem a prática regular da natação. Rossi et.al (2009), em sua pesquisa para compreender os fatores que prevalecem na prática da natação apontou questões relacionadas ao aprender a nadar, seguida por melhorar o condicionamento físico, aquisição de melhor saúde, estética, dentre outros.

    Murcia e Oliveira (2002) apresentaram uma pesquisa cujo objetivo foi identificar os principais motivos que levavam um usuário de uma instalação aquática coberta a optar entre um programa aquático tradicional (natação utilitária) e um programa contemporâneo (fitness aquático). A amostra deste estudo foi composta por 156 usuários, com idades compreendidas entre 16 e 57 anos. Quanto ao gênero dos entrevistados, 75,6% foram do sexo feminino e 24,4% do masculino. Segundo a análise dos motivos relacionados ao fator rendimento e condição física, observou-se que a diferença significativa foi no item “porque gosto de treinar duro”, sendo mais valorizada pelos praticantes de natação utilitária que pelo de fitness aquático.

    No fator “saúde”, observaram-se diferenças significativas entre os dois grupos para o item “por prescrição médica” (p=.018), sendo a valorização dos praticantes de fitness aquático mais alta que a dos praticantes da natação utilitária. Para a questão “autoestima e realização pessoal” verificou-se uma diferença significativa, que o motivo “porque gosto de superar-me” é mais valorizado pelos praticantes da natação utilitária que pelos de fitness aquático.

    Em relação ao fator “recreação” foram encontradas diferenças significativamente altas para os itens “porque gosto de participar em ligas recreativas”, “porque gosto do risco e da aventura” e, “para viver bem”. Para os dois primeiros motivos, a valorização é mais alta nos praticantes de natação utilitária que nos de fitness aquático. Na análise do fator “autoestima e realização pessoal” constatou-se uma diferença significativa, que o motivo “porque gosto de superar-me” é mais valorizado pelos praticantes da natação utilitária que pelos de fitness aquático.

    Na análise dos motivos relacionados com o fator “educativo” não se observaram diferenças significativas entre os dois grupos. Em relação ao fator “social” os autores constataram diferenças significativas. O motivo de prática “porque quero ser célebre e popular”

    é mais valorizado pelos praticantes da natação utilitária que pelos do fitness aquático, obtendo o mesmo no item “porque os meus amigos o fazem”, mais valorizado pelos praticantes da natação utilitária que pelos de fitness aquático .

    Ao realizar uma análise da valorização média que cada grupo dá aos distintos itens, quanto ao grupo de praticantes dos programas de fitness aquático, o item que obteve a maior valorização para esse grupo de praticantes foi o de “pelos benefícios que obtenho para a minha saúde”, seguido de “para sentir-me bem”. Segundo a conclusão do autor, com base na análise de resultados, o mesmo foi registrado que os motivos relacionados com a saúde são os mais valorizados tanto pelo grupo de natação utilitária como pelo de fitness aquático.

    Conforme estudo de Pereira et al (2009), investigou-se os fatores motivacionais para a prática da natação por crianças e adolescentes asmáticos. A amostra foi formada por 42 jovens com diagnóstico de asma (20 meninos e 22 meninas) com idade média de 13 anos e inseridos em atividades de natação específicas para asmáticos durante pelo menos seis meses. Para analisar os fatores motivacionais para a prática de atividades física foi utilizado o Inventário de Motivação para a Prática Desportiva de Gaya e Cardoso (1998) que contempla as categorias: competência desportiva, saúde e amizade/lazer.

    A aplicação do inventário de motivos foi realizada de forma individual, em forma de entrevista e, para análise dos motivos da prática de natação, esses foram classificados em três categorias: a) competência desportiva, que inclui os motivos: para vencer; para ser o(a) melhor no esporte; porque gosto; para competir; para ser um atleta; para desenvolver habilidades; para aprender novos esportes e para ser jogador quando crescer, b) saúde, que inclui os motivos para exercitar-se; para manter a saúde; para desenvolver a musculatura; para manter o corpo em forma e para emagrecer, e c) amizade e lazer, com os motivos para brincar; porque eu gosto; para encontrar os amigos; para divertir-me; para fazer novos amigos e para não ficar em casa. O autor utilizou nesta pesquisa a indicação de três níveis de importância, ou seja, “muito importante”, “pouco importante” e “nada importante”. (Escala de Lickert).

    Com base nos resultados das análises gerais das preferências do grupo investigado foi possível constatar que as três dimensões abarcadas pelo inventário, são consideradas importantes para a prática da natação. No entanto, a categoria saúde foi apontada por 74,36% dos jovens como muito importante, seguida pela dimensão amizade/lazer apontada por 56,41% também como muito importante.

Considerações finais

    De acordo com o presente estudo, por meio das análises de referências bibliográficas podemos constatar que a prática da Natação é de grande importância para jovens e adultos de ambos os sexos, no entanto, é bastante difícil apontar os fatores motivacionais que levam os indivíduos a procurarem a prática dessa modalidade.

    Embora diferentes pesquisas sobre a temática em questão tendem a apontar que, na maioria, dos casos as pessoas buscam a prática da modalidade a fim de manter uma boa qualidade de vida e bem estar pessoal, considerando desta forma que o aspecto relacionado á saúde seja um dos principais motivos que levam as pessoas a frequentarem aulas de natação, ainda não se pode afirmar que esse seja o principal motivo para a prática e permanência dos alunos na natação.

    Este estudo partiu do nosso interesse, enquanto profissionais de Educação Física atuantes na área da natação, em compreender os principais motivos que levam os indivíduos a buscarem e permanecerem nas aulas de natação, com a intenção de, ao se constatar os resultados, possamos estudar e aplicar estratégias significativas para a efetiva participação e continuidade desta atividade por seus praticantes.

    Entendemos que este seja um fator importante e o estudo possa ser visto como subsídio aos profissionais para o incentivo e permanência de seus alunos nas aulas. Para maior entendimento sobre o assunto e sobre os estudos já realizados, julgamos importante, no entanto, que mais pesquisas de campo sejam realizadas, para que seja possível compreender, de forma mais específica, a clientela por nós atendida, uma vez que a motivação não é apenas identificada de forma intrínseca e os fatores externos muito podem influenciar para que a prática aconteça.

    Do levantamento realizado, constatamos que os motivos que mais justificam a busca e permanência da prática regular da natação são as questões relacionadas à saúde; a melhor qualidade de vida; aprender a nadar; o gosto pelo esporte; melhor aptidão física. Consideramos, no entanto, que apesar desses fatores serem importantes, é necessário que o profissional de Educação Física avalie e considere muito esses motivos e os alie a uma boa estratégia de aula, com a preocupação de oferecer atividades variadas, e que atendam aos interesses e objetivos dos alunos, para que eles não se desmotivem.

    Essa preocupação deve ser enfatizada, uma vez que cabe ao profissional criar condições que ativem a motivação extrínseca e possa contribuir para que o aluno permaneça satisfeito e com a sua motivação intrínseca bem estimulada.

Referências bibliográficas

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