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Rompendo barreiras: A Internet como uma 

facilitadora na busca de artigos em diferentes bases de dados

Rompiendo barreras: Internet como facilitadora en la búsqueda de artículos con diferentes bases de datos

Breaking down barriers: The Internet as a facilitator in the search of articles in different databases

 

*Graduado em Educação Física e Quiropraxia, Especialista em atividade Física

e Saúde. Aluno do Mestrado Profissional em Inclusão Social

e Acessibilidade, pela Universidade Feevale, Rio Grande do Sul

**Graduado em Educação Física, Especialista em Medicina Esportiva e Ciência

do Esporte, Mestre e Doutor em Ciências do Movimento Humano

pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

***Graduado em Letras e Educação Física, Especialista em Ginástica

Mestre e Doutor em Educação Física. Professor do Mestrado Profissional

em Inclusão Social e Acessibilidade, Universidade Feevale, Rio Grande do Sul

****Graduada em Informática, Mestre em Educação e Doutora em Informática

na Educação. Professora do Mestrado Profissional em Inclusão Social

e Acessibilidade, Universidade Feevale, Rio Grande do Sul

*****Graduada em Comunicação Social, Mestre e Doutora em Comunicação Social

Professora do Mestrado Profissional em Inclusão Social e Acessibilidade

Universidade Feevale, Rio Grande do Sul

Marcos Vinícius Zirbes*

Guilherme Garcia Holderbaum**

João Carlos Jaccottet Piccoli***

Patrícia Bradalise Scherer Bassani****

Sandra Portella Montardo*****

marcosviniciusz@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A inclusão digital na atualidade tornou-se uma luta contra o tempo, pois, novas tecnologias aumentam as desigualdades sociais e as políticas de inclusão digital batalham para nivelar as possibilidades de acesso. A internet esta se transformando em um dos principais espaços públicos para troca de informações, bem como, para a realização de pesquisas acadêmicas sobre diferentes temáticas e assuntos, aumentando a agilidade da obtenção de informações e de diferentes conhecimentos. A presente pesquisa objetivou, por meio de revisão integrativa, evidenciar a importância da internet como principal instrumento de busca de artigos validados em diferentes bases de dados, sensibilizando e exibindo sua precisão e acessibilidade na busca de trabalhos de diferentes temáticas, neste caso, a diferença dos números de publicações entre qualidade de vida (QV) e qualidade de vida no trabalho (QVT) na língua portuguesa. Os resultados desta pesquisa mostraram que a internet é uma ferramenta indispensável para a realização de revisões integrativas, sendo que, nos dias de hoje pode ser entendida como a mais objetiva e direcionada ferramenta para obtenção de informações de inúmeras áreas distintas.

          Unitermos: Inclusão digital. Internet. Qualidade de vida no trabalho.

 

Abstract

          The digital inclusion today has become a race against time, because new technologies increase social inequalities and the digital inclusion policies struggle to level the accessibility. The internet is becoming a major public space to exchange information, as well as to conduct academic research about various topics and issues, increasing the agility of obtaining information and different knowledge. This study aimed, through integrative review highlight the importance of the internet as the main instrument to search for items validated in different databases by sensitizing and showing its accuracy and accessibility in search of work in different subjects, in this case, the difference numbers of publications between quality of life (QL) and quality of work life (QWL) in Portuguese. Our results showed that the internet is an indispensable tool for conducting integrative reviews, and, these days can be said to be the most objective and targeted tool for obtaining information from many different areas.

          Keywords: Digital inclusion. Internet. Quality of work life.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O Brasil na atualidade vem agregando grandes avanços na inclusão digital e no acesso da população à internet, embora os números ainda mostrem grandes diferenças, estabelecidas estas conforme o nível de escolaridade, as classes sociais e as regiões. Estes avanços são um resultado do aumento significativo no número de residências que possuem computadores e pessoas com acesso a internet, seja este acesso residencial, no trabalho, no ambiente escolar e também em lan houses, sendo estas grandes facilitadoras da inclusão digital de um modo geral (WAGNER, 2010).

    A inclusão digital consiste em ter acesso e disponibilidade às diferentes tecnologias computacionais, especialmente o acesso à internet, visando com isso à construção e o engrandecimento do conhecimento e a consolidação da autonomia. Pode-se afirmar também que o processo de inclusão digital vem alcançando um maior número de sujeitos a cada dia, evidenciando-se também, como um grande instrumento de cidadania (VILELA JÚNIOR, 2004).

    Algo bastante desestimulante é que o Brasil é atualmente um dos paises que possuem a conexão de internet banda larga mais cara do mundo, concentrando esta tecnologia em maiores escalas nos grandes centros e zonas ricas do país, o que torna cada vez mais isoladas as cidades localizadas nos interiores do Brasil, deixando bastante remota a possibilidade do acesso à educação a distância e os avanços tecnológicos, impossibilitando cada vez mais destas obterem o conhecimento científico produzido nos grandes centros (SANTOS, 2010).

    Para SORJ (2003), embora o número de escolas e de crianças com acesso a computadores sejam baixos, a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) desempenha um de grande importância no que diz respeito a planos e medidas para propiciar melhorias na educação brasileira. Segundo SORJ e GUEDES (2005), a internet esta se transformando em um dos principais espaços públicos para troca de informações, possibilitando cada vez mais a sua utilização para realizar pesquisas acadêmicas sobre diferentes temáticas e assuntos, bem como, um aumento da agilidade na obtenção de informações e de diferentes conhecimentos.

    O objetivo principal deste artigo, por meio de revisão integrativa, é evidenciar a importância da internet como principal instrumento de busca de artigos validados em diferentes bases de dados, sensibilizando e exibindo sua precisão e facilidade na busca de trabalhos de diferentes temáticas, neste caso, a diferença dos números de publicações entre qualidade de vida (QV) e qualidade de vida no trabalho (QVT) na língua portuguesa.

Revisão da literatura

Inclusão digital

    A inclusão digital vai muito além de ter apenas acesso a computadores conectados à internet, é necessário saber utilizar tais ferramentas para as mais variadas atividades, sendo estas classificadas em três diferentes níveis, segundo sua relação com o exercício da cidadania. No primeiro nível emerge a internet, tendo como maior destaque as redes sociais, que proporcionam a comunicação e interação entre os indivíduos, potencializando com isso, formas de interações sociais variadas. Em um segundo nível, temos a viabilização da internet em obter informações e sua utilização para serviços de interesse público. No terceiro nível, encontra-se a inclusão digital, que gerou e disponibilizou grandes volumes de informações e conteúdos, através de variadas formas informatizadas, como informações digitalizadas, desenvolvimento de páginas da web, blogs e conteúdos multimídia (WAGNER, 2010).

    Apesar da internet ser considerada uma ferramenta de extrema importância nos dias de hoje, e ao mesmo tempo ser indispensável, a conexão banda larga no Brasil ainda continua com preços elevados, possuindo na maioria das vezes baixa velocidade e encontra-se localizada em regiões de elevadas rendas (SANTOS, 2010). Pode-se deduzir que a ocorrência de tudo isso se deve ao baixo número de empresas que fornecem tais serviços, sendo que, apenas 3 empresas detêm 86% de todo o mercado brasileiro e estão direcionadas a atender as demandas das classes A e B, porém, mesmo assim, a velocidade destas bandas em 90% dos casos não passam de 1 megabyte (MB), sendo que, estas diferenças se mostraram ainda mais destacadas com a ampliação da classe C que passou de 43% em 2003 para 53,6% em 2009, e já se encontra como a maior classe brasileira, mas infelizmente, ainda é necessário melhorar a qualidade dos serviços para tal população (SANTOS, 2010).

    Pesquisas realizadas anualmente sob coordenação do Comitê Gestor da internet, revelam que desde 2005 aumentaram não só o número de pessoas com acesso a computadores com internet, mas também, o crescimento do conhecimento e habilidades desta população. Tais pesquisas revelaram que, entre 2005 e 2009, o percentual de pessoas com capacidade de utilizar algum mecanismo de busca na internet subiu de 27% para 45%, bem como, o percentual de pessoas aptas a utilizar algum tipo de planilha eletrônica aumentou de 18% para 28%. Dados do ano de 2009 descreveram que 34% das pessoas declararam ter obtido suas habilidades, no que diz respeito, ao uso de computadores e da internet de uma forma autodidata, bem como, 22% dos indivíduos declararam terem adquirido habilidades aprendendo com seus colegas, parentes e amigos, totalizando com isso, 56% de pessoas que obtiveram habilidades de um jeito informal. O percentual de pessoas que obtiveram habilidades de um jeito formal, ou seja, com cursos de treinamento, sejam estes, gratuitos ou pagos, alcançou um pequeno percentual de 25%, e apenas 8% dos indivíduos declararam ter obtido suas habilidades através de instituições de ensino (WAGNER, 2010).

    A revolução tecnológica não só popularizou os diferentes tipos de tecnologias, mas também, possibilitou a produção de microcomputadores com menores preços, porém, ainda são grandes as barreiras e os desafios a serem vencidos (VILELA JÚNIOR, 2004). Uma grande parcela dos jovens na atualidade sabe utilizar sem restrições os computadores e a internet, assim como outros tipos de tecnologias modernas, muitas vezes, de uma forma muito mais eficaz do que os adultos, o que leva a crer que tais habilidades são na maioria das vezes adquiridas de uma forma autodidata, ou seja, mais natural e gradativa, com base em suas curiosidades (WAGNER, 2010). Pesquisas atuais evidenciam que indivíduos de 10 a 24 anos de idade apresentam percentuais consideravelmente elevados no que diz respeito ao domínio de computador e da internet em relação às demais faixas etárias, o que leva a crer que, os esforços e incentivos das escolas irão resultar em um resultado mais eficiente do que aqueles que são voltados apenas para outras faixas etárias (WAGNER, 2010).

    A universalização da informática e da internet é algo de extrema necessidade para se minimizar cada vez mais os impactos negativos existentes nos setores mais carentes, inclusive no que diz respeito à democratização da informação (SORJ; GUEDES, 2005; SORJ; REMOLD, 2005). A luta pela inclusão digital se tornou algo que corre contra o tempo, pois, a cada dia novas tecnologias surgem, e para minimizar as desigualdades sociais existentes, as políticas geradoras de inclusão digital lutam para re-igualar as possibilidades de acesso para todos (SORJ; REMOLD, 2005).

    Mesmo se tratando dos dias de hoje, a informatização nas escolas brasileiras apresenta números ainda pequenos, apenas 3,5% do total de escolas de educação básica no país possuíam acesso à internet no ano de 1999, dados estes conforme o censo escolar do MEC, sendo que destas, 67,2% eram escolas particulares. A mesma pesquisa apontou que 29,6% das escolas no país não possuem energia elétrica, o que torna cada vez mais difícil a implantação da inclusão digital (VILELA JÚNIOR, 2004).

    Recentes informações mostram que ocorreram mudanças no perfil dos usuários brasileiros com a crescente utilização das redes sociais, sendo que tais redes são de grande importância para a população brasileira, estas que, além da comunicação entre diversos indivíduos também proporciona uma grande socialização (SANTOS, 2010).

    Diante de um cenário mundial, o Brasil ocupa na atualidade uma posição intermediária no que diz respeito ao acesso às tecnologias computacionais, e, por conseguinte, a exclusão digital trata-se de um reflexo da exclusão social que vivenciamos em nossa sociedade (VILELA JÚNIOR, 2004).

    A pesquisa TIC Domicílios de 2009 constatou como foram positivos os resultados obtidos pelos programas de incentivo do Governo Federal para a aquisição de computadores, acarretando em uma queda nos centros pagos de acesso a este tipo de equipamento. Contatou-se também, que em 2008, 46% dos brasileiros faziam uso destes locais e serviços, e que este percentual caiu para 42% no ano de 2009, o que descreveu o crescimento de domicílios com computadores, passando de 47% em 2008 para 54% em 2009. O acesso à internet nas residências mostrou um aumento de 6% entre estes anos, sendo de 42% em 2008 e 48% em 2009. Outro dado bastante interessante é que 63% dos jovens com idades entre 10 e 15 anos possuem acesso à internet, sendo que, este número passa para 68% nos indivíduos com idades entre 16 e 24 anos, 51% entre as pessoas com idades entre 25 e 34 anos e 16% entre as pessoas com idades entre 45 e 59 anos. Comparados com a edição da TIC Domicílios de 2008, os resultados de 2009 mostraram aumento no que diz respeito a todas faixas etárias, sendo que, os valores do ano de 2008 foram de 53%, 61%, 41% e 13%, respectivamente (SANTOS, 2010).

    A inclusão digital é uma geradora de autonomia quando é corretamente implantada, sendo que, para Vilela Júnior (2004) é indiscutível que tal autonomia é um grande passo no processo da melhoria da qualidade de vida do indivíduo, acreditando-se com isso que, a inclusão digital seja um fator chave para a consolidação de comunidades com maiores conhecimentos, e também, mais saudáveis.

Qualidade de vida

    O conceito de qualidade de vida (QV) é algo bastante individual e que varia muito, pois, coisas que são de extrema importância para alguns indivíduos possam não ser tão importantes para outros. Desta forma, o estabelecimento de um conceito fechado de QV é algo quase impossível de ser feito, devido a sua subjetividade e multidisciplinariedade (REIS JÚNIOR; PILATTI, 2008). Para Minayo et al (2000), qualidade de vida é percepção individual, esta que se encontra relacionada com o grau de satisfação pessoal adquirida na vida social, ambiental, amorosa e familiar, sendo que, a união de tais elementos é o que direciona o indivíduo ao conforto e bem-estar. Relatos de França (2004) mostram que o significado do termo QV não pode ser limitado em apenas um conceito, sendo este, composto por inúmeras relações que geram um conceito ímpar de QV. Complementando a idéia, Minayo et al (2000) relatam que o termo QV é algo de extrema abrangência, influenciado diretamente por experiências e conhecimentos passados pelo indivíduo em diferentes momentos.

    A definição de QV em um conceito único ainda não foi possível de se realizar, ressaltando com isso, cada vez mais a sua subjetividade que é baseada em impressões pessoais, estas que resultam de diversos fatores (GASPAR, 2001). Para Santos et al. (2002), uma QV satisfatória deve englobar condições para que o indivíduo desenvolva suas potencialidades plenamente em todos os seus diferentes tipos de atividades.

Qualidade de vida no trabalho

    Com a ocorrência de sucessivas manifestações trabalhistas no século XX pesquisadores ficaram interessados em pesquisar sobre a qualidade de vida no ambiente de trabalho, esta que indiretamente é um resultado da sua variável de origem, a QV, Dando origem assim em um novo indicador que é a Qualidade de vida no trabalho (QVT) (PEDROSO; PILATTI, 2010).

    Embora o tema QVT pareça algo recente, este já estava presente nos séculos anteriores, destacando-se a lei das alavancas, criada por Arquimedes em 287 a.C., visando diminuir o esforço físico (FRANÇA JÚNIOR; PILATTI, 2004). A partir de 1970 a QVT passou a ser pesquisada em vários países, sendo que aqui no Brasil, de acordo com Ayres e Silva (2004), o interesse pelo tema QVT surgiu apenas em 1980.

    Excesso de trabalho, fadiga, ausência ou falta de higiene e inadequação do ambiente empresarial foram fatores ponderantes para o desenvolvimento de um trabalho cada vez mais impróprio, acarretando em elevados acidentes de trabalho e ploriferações de doenças (PILATTI, 2007). Segundo Pedroso e Pilatti, (2010) existe relação direta entre a QVT e a produtividade, porém, muitas vezes ocorrem limitações na mensuração da QVT por estar se tratando de um tipo de percepção subjetiva, podendo destoar da real QVT dos indivíduos em questão.

Método

    Para realização deste artigo, foi empregado o método de revisão integrativa, que segundo Souza, Silva e carvalho (2010) fundamenta-se em um tipo de pesquisa que visa sintetizar o conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados na prática. Esta pesquisa teve como objetivo principal, evidenciar a importância da internet como principal instrumento de busca de artigos validados em diferentes bases de dados, sensibilizando e exibindo sua precisão e facilidade na busca de trabalhos de diferentes temáticas, neste caso, a diferença dos números de publicações entre qualidade de vida (QV) e qualidade de vida no trabalho (QVT) na língua portuguesa.

    As buscas foram realizadas em 4 (quatro) diferentes bases de dados, definidas por conveniência, sendo estas, MEDLINE; PubMed, SciELO e ScienceDirect. Nesta pesquisa foram realizadas buscas de artigos científicos com a utilização das seguintes palavras-chave: “Qualidade de vida” e “Qualidade de vida no trabalho”, Para os artigos científicos serem incluídos nesta revisão integrativa, os mesmos deveriam conter algumas das palavras-chave acima citadas em seu título.

    Cabe ressaltar que o presente trabalho foi realizado na disciplina Ambientes digitais para a inclusão, pertencente ao Mestrado Profissional em Inclusão Social e Acessibilidade da Universidade Feevale.

Resultados

    Verificou-se que na base de dados MEDLINE, o resultado da busca sobre o termo “Qualidade de vida” encontrou 101573 artigos, sendo que, na mesma base de dados o resultado da busca pelo termo “Qualidade de vida no trabalho” foram de 1055 artigos. Na base de dados PubMed, encontrou-se apenas 3 artigos sobre “Qualidade de vida” e não foi encontrado nenhum artigo sobre “Qualidade de vida no trabalho”. Na base de dados SciELO, a busca por “Qualidade de vida” resultou em 896 artigos, sendo que o resultado da busca por “Qualidade de vida no trabalho” foram de 9 artigos. Na base de dados ScienceDirect, foram encontrados 319 artigos sobre “Qualidade de vida” e 87 artigos sobre “Qualidade de vida no trabalho”.

Tabela 1. Artigos sobre Qualidade de vida X Artigos sobre Qualidade de vida no trabalho

    Conforme dados descritos na Tabela 1, fica evidente que a internet possibilita buscas direcionadas e rápidas sobre os mais variados temas e assuntos, independente da área destas pesquisas.

Discussão

    Segundo Wagner (2010), o Brasil tem despendido um grande esforço para implantar o acesso à internet nas escolas públicas, mesmo estando estas em locais de difícil acesso. O Plano Nacional de Banda Larga, em discussão neste início de 2010, deve possibilitar o acesso à internet de uma forma mais rápida, bem como, disponibilizar acesso de melhor qualidade, porém, não adiantará de nada se os professores destas escolas não estiverem capacitados para ensinar aos alunos as habilidades básicas para o uso dos computadores e da internet, pois um dos papéis da escola é proporcionar a inclusão digital em sua plenitude, ou seja, disponibilizando aos alunos os recursos necessários para que estes exerçam sua cidadania, e não utilizem a internet apenas para a comunicação em redes sociais ou qualquer outra forma de entretenimento (WAGNER, 2010). Complementando a citação, Wagner (2010) descreve que a inclusão digital necessita estar inserida na vida escolar, o que será possível no exato momento em que os professores estiverem devidamente habilitados a utilizar a internet como uma forma avançada de ensino, sendo que para isso, fica a necessidade de um treinamento, e também, da disponibilização de conteúdos didáticos através do próprio computador da escola conectado à internet, preferencialmente na língua portuguesa.

    Conforme pesquisa sobre inclusão digital realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2003, o Brasil apresentou dados peculiares, relatando que, 12,46% da população têm computador em casa, 8,31% tem acesso à internet, 52,11% da amostra avaliada são mulheres, 23% dos aposentados avaliados têm acesso a computadores, e destes, 10,64% tem acesso à internet, 28,44% dos trabalhadores formais têm acesso a computadores, e que, 15,14% dos brancos, 3,97% dos negros e 3,72% dos índios possuem acesso à internet. A pesquisa também mostrou que a cada 4 meses 1 milhão de brasileiros entram para o mundo virtual, constatando com isso que, para atingirmos um total de 100% da população brasileira nos dias de hoje, seriam necessários 30 anos (VILELA JÚNIOR, 2004).

    Mesmo com ações para a ampliação da inclusão digital e o acesso às Tecnologias da Informação pelas classes economicamente mais baixas, existe ainda um grande espaço a ser preenchido que reforça a exclusão social existente no Brasil. Dados obtidos pela recente pesquisa TIC Domicílios de 2009, mostraram que, mesmo tendo ocorrido um aumento no uso da internet junto à população mais pobre, a internet semelhantes a paises desenvolvidos ainda continua mais concentrada em classes com maior poder aquisitivo (SANTOS, 2010). No que diz respeito ao acesso a internet, pessoas pertencentes à classe social A e B avaliadas na pesquisa TIC Domicílios de 2009, relataram que, 85% e 72% destas classes, respectivamente, utilizaram a internet nos últimos 3 meses. Mesmo com o aumento do acesso a internet na Classe social C, passando de 38% em 2008 para 42% em 2009, são grandes as diferenças do uso da internet nessa classe quando comparada com as classes A e B. As classes D e E ainda permanecem como excluídas da sociedade, com apenas 17% dos indivíduos tendo acesso à internet (SANTOS, 2010).

    Algo bastante importante também, refere-se à disponibilização de materiais e conteúdos didáticos na língua portuguesa, evidenciando desta forma, a importância de termos cada vez mais programas que proporcionem a inclusão digital, para com isso, impossibilitar o aumento da exclusão no país (VILELA JÚNIOR, 2004).

Conclusões

    Este estudo, no intuito de evidenciar e sensibilizar a importância da internet como principal instrumento de busca de artigos validados em diferentes bases de dados, obteve as seguintes conclusões.

    A versatilidade da internet propicia a curiosidade, a vontade de aprender coisas novas cada vez mais, o prazer de estar acolhido e incluído perante esta sociedade, usufruindo destes meios imediatos de comunicação que não se encontram apenas para os indivíduos que possuam maioires condições aquisitivas, mas para toda a população mundial.

    A inclusão digital é mais do que necessária para incrementar cada vez mais as bases de dados e o enriquecimento do conhecimento da população brasileira, esta que, passando por um projeto correto de inclusão digital tende a cada vez mais desenvolver o seu conhecimento e a expandir sua cultura, seja ela, pertencente a sua vida cotidiana ou em outras temáticas que o indivíduo desejar aprender.

    Conclui-se, portanto, que a internet mostrou-se como uma ferramenta indispensável para a realização de revisões integrativas, mostrando que esta nos dias de hoje pode ser considerada como uma das mais objetivas e direcionadas ferramentas para obtenção de informações de inúmeras áreas distintas em curtos espaços de tempo.

Referências

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