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Prevalência da esquistossomose mansoni no município de 

Januária no estado de Minas Gerais, Brasil no ano de 2006 a 2010

Predominio de esquistosomiasis masónica en el municipio de Januaria en el estado de Minas Gerais, Brasil en el año de 2006 a 2010

 

*Farmacêutica

**Farmacêutico

***Enfermeira, Especialista - MBA Executivo

em Gestão Hospitalar e Clínica

(Brasil)

Mariana Danielle Botelho Ruas*

marianadaniellebotelho@yahoo.com.br

Wellington Rodrigues Magalhães**

wellingtonrodriguesmagalhaes@yahoo.com.br

Rosana Franciele Botelho Ruas***

rosanaruas@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          A esquistossomose ou bilharzíase é a doença crônica causada pelos parasitas multicelulares platelmintos do gênero Schistosoma, que afetam milhões de pessoas em todo mundo. No estado de Minas Gerais a esquistossomose mansoni vem se alastrando lentamente, mas progressivamente se expandindo, para regiões até recentemente, consideradas indenes. Realizou-se um estudo descritivo e quantitativo, de caráter retrospectivo e observacional no período de 1996 a 2010, que teve como objetivo observar a prevalência da esquistossomose na região. Foi realizado um levantamento dos dados referente às amostra de fezes coletadas pela prefeitura municipal de Januária que abrange 65.464 de habitantes, cedidos pela gerencia regional de saúde. Constatou-se através dos inquéritos epidemiológicos realizados, que os casos de esquistossomose mansoni nos anos de 1996 a 2010, que houve diminuição dos resulta positivos nos anos de 2005 a 2006 e um grande aumento dos resultados positivos em 2009 e 2010, mostrando assim uma alta prevalência de S. mansoni no município de Januária MG, com alta carga parasitária, demonstrando a necessidade de intensificar a execução das medidas de controle, especialmente aquelas voltadas ao saneamento básico.

          Unitermos: Esquistossomose. Prevalência. Saneamento básico.

 

Abstract

          Schistosomiasis or bilharzia is a chronic disease caused by parasitic flatworms of the genus Schistosoma multicellular, affecting millions of people worldwide. In the state of Minas Gerais to schistosomiasis has been spreading slowly but steadily expanding to regions until recently, considered harmless. We conducted a descriptive and quantitative study, retrospective and observational period from 1996 to 2010, which aimed to observe the epidemiology of schistosomiasis in the region. A survey of data regarding the stool sample collected by the municipal government of Januaria covering 65,464 inhabitants, assigned by the regional health management. It was found through epidemiological surveys carried out, that cases of schistosomiasis in the years 1996 to 2010, that there was a decrease of positive results in the years 2005 to 2006 and a large increase in positive results in 2009 and 2010, showing thus a high prevalence of the municipality of S. mansoni Januária MG with high parasite load, demonstrating the need to intensify the implementation of control measures, especially those related to sanitation.

          Keywords: Schistosomiasis. Prevalence. Sanitation.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A esquistossomose ou bilharzíase é a doença crônica causada pelos parasitas multicelulares platelmintos do gênero Schistosoma, que afetam milhões de pessoas em todo mundo. A esquistossomose é causada pelo agente etiológico Schistosoma mansoni, cujos hospedeiros intermediários são moluscos do gênero Biomphalaria (B. Straminea, B. glabrata ou B. tenagophia) 1.

    No Brasil é conhecida popularmente como barriga d' água, xistose ou doença do caramujo, a esquistossomose é uma doença de transmissível e parasitária, típica de locais sem saneamento ou com saneamento básico precário.

    O ciclo de vida da doença é bem definido e acontece em duas fases: uma no homem (hospedeiro definitivo) e outra no caramujo (hospedeiro intermediário). O homem quando doente elimina através de suas fezes os ovos do verme. Estes ovos em contato com a água se rompem e liberam larvas (miracídios), que se locomovem ativamente em busca de um hospedeiro intermediário. Neste período, elas possuem um tempo médio de vida de até 8 horas, não sobrevivendo caso não encontrem um hospedeiro intermediário. No interior do caramujo, estas larvas se desenvolvem e passam a forma larvária (cercaria). Elas são liberadas na água, principalmente nas horas mais quentes do dia. Um único caramujo libera milhares de cercarias por dia. Uma vez dispersadas na água, as cercarias nadam rapidamente em busca do hospedeiro definitivo, infectando-o através da pele ou mucosas. Após penetrar na pele do homem, o parasita cai na corrente sanguínea e se aloja nas veias do intestino e fígado causando suas obstruções, sendo esta a causa da maioria dos sintomas da doença, que pode tornar-se crônica e levar o indivíduo a morte 1.

    A esquistossomose é uma doença de veiculação hídrica com contaminação fecal, ou seja, o homem apenas adquire a doença ao entra em contato com águas de lagos, represas, valas de irrigação ou córrego, que contenham caramujos do gênero Biomplhalaria, os sintomas mais comuns da doença são: diarréia, dores abdominais, dores pelo corpo, febre, calafrios, dores de cabeça, falta de apetite, mal estar, emagrecimento, endurecimento e aumento de volume do fígado e baço, hemorragias, vômitos negros e febre. Em alguns casos mais graves, pode provocar convulsões e paralisia dos braços e/ ou pernas1.

    No estado de Minas Gerais a esquistossomose mansoni vem se alastrando lentamente, mas progressivamente se expandindo, para regiões até recentemente, consideradas indenes 2,3,4,5,6.

    Um dos principais motivos para a expansão da endemia é a prática do turismo rural e a migração de pessoas infectadas, especialmente para as áreas periféricas dos grandes centros urbanos do país, como é o caso de Belo Horizonte que datam desde 1937. Foram encontrados caramujos nos pequenos lagos artificiais cimentados de parque, jardins e prédios públicos e em aquários de residência e lojas que vendiam peixes ornamentais, todos localizados em áreas urbanizadas, 7,8,9,10,11.

    Indo em Contraposição com estudos realizados em áreas urbanas e rurais de diversas regiões endêmicas do país encontraram as mesmas dificuldades em relacionar fatores sócio-econômicos com risco de infecção por Schistosoma mansoni por causa da homogeneidade das condições sociais e sanitárias das populações em estudo. Apesar das dificuldades encontradas, pesquisadores obtiveram como variáveis preditoras significantes a idade, o contato com água não tratada, o número de pessoas por residência, o tipo de moradia e a baixa escolaridade do chefe da casa 12. Essas variáveis apontaram os fatores sócio-econômicos como forma de direcionar as medidas de controle da esquistossomose.

    O diagnostico e os tratamentos são simples, mas a erradicação da doença só é possível com medidas que interrompam o ciclo evolutivo do parasita, como mudança no comportamento humano mediante a educação da população, melhoramento das condições básicas sociais e econômicas da comunidade envolvida13.

    Este trabalho tem por objetivo de Avaliar a Prevalência da infecção pelo Schistossoma mansoni no município de Januária no estado de Minas Gerais- Brasil. Os dados foram fornecidos através da prefeitura e da Superintendência de Epidemiologia da mesma.

Métodos

    Este estudo trata-se de um levantamento epidemiológico analítico e observacional, realizado no ano de 2012 em Januária, que é um municipio brasileiro do estado de Minas Gerais situado na região do Médio São Francisco.

    Realizou-se um estudo descritivo e quantitativo, de caráter retrospectivo, do período de 1996 a 2010, realizando um levantamento dos dados referente as amostra de fezes coletadas pela prefeitura municipal de Januária que abrange 65.464 de habitantes, cedidos pela gerencia regional de saúde. Em tais dados constam as localidades que o município de Januária abrange, o numero de localidades existentes, numero de localidades trabalhadas, total de localidades trabalhadas, numero de locais não trabalhados, exames realizados, numero de exames positivos e negativos.

Resultados

    Com base no levantamento feito no município de Januária MG pelo Programa de Controle da Esquistossomose (PCE). O valor total de exames realizados do ano de 1996 a 2010 foram de 74.524, sendo a media de exames de 4968,2 ou 6,7%, com base no resultado obtido notou-se uma redução no número de exames realizados, observando claramente que houve uma diminuição dos exames realizados do ano de 1996 a 2010.

    Houve uma maior redução dos índices de exames realizados porque o órgão responsável o PCE (programa de controle da esquistossomose) tem como objetivo prevenir a ocorrência de formas graves de esquistossomose reduzindo a morbi-mortalidade a ela associadas, Devendo ter atenção para se trabalhar todas as localidades, com o intuito de se conhecer a realidade municipal a reduzir a prevalência em todo município evitando a continuidade de reinfecção,

Gráfico 1. Exames realizados no período de 1996 a 2010, com os resultados em forma de porcentagem

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde do município de Januária, MG, Brasil, 2012

    A positividade de localidades trabalhadas, em 1996 conforme dados epidemiológico foram de 83,7% em 1997 foram de 89,2%, em 1998 (95,5%), 1999(65,6%), 2000(46,7%), 2001 (93,8%), 2002 (100%), 2003 (100%), 2004 (91,5%)

    2005 (74,5%), 2006 (63,6%), 2007 (76,0%), 2008 (83,3%), em 2009 (25,0%), 2010 (86,7%) este dados reflete o numero de localidades trabalhadas e suas respectivas positividade conforme (Tabela 1), sendo inconstante o numero de localidade trabalhada, este resultado é devido à rotatividade dos profissionais da esfera municipal que trabalham também com outras respectivas doença.

Tabela 1. Prevalência de Esquistossomose mansoni no município de Januária MG de acordo com os dados do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) nos anos de 1996 a 2010

    O tratamento deverá ser realizado de acordo com a prevalência encontrada na localidade:

  1. Prevalência menor que 50% - tratamento somente dos positivos

  2. Prevalência igual ou superior à 50% - tratamento em massa de toda a localidade.

    Quando o município apresenta, em dois ciclos completos consecutivos, positividade abaixo de 5% nos dois ciclos e não tiver nenhuma acima de 5%, o município poderá entra em fase de vigilância. Ressalvando os casos em que o município for limítrofe à localidades com positividade acima de 25%.

    Quando o município apresentar positividade abaixo de 5% em dois ciclos consecutivos, mas possuir localidades acima de 5%, as ações do ciclo seguinte poderão ser focalizadas nessas localidades com o intuito de diminuir a positividade local.

Gráfico 2. Índices positivos referente ao numero de casos de Esquistossomose mansoni no município de Januária, 

MG de acordo com os dados do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) relatados do ano 1996 a 2010

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde do município de Januária- MG, Brasil, 2012

    O tratamento medicamentoso é um importante fator determinante no sucesso terapêutico. A adesão do paciente pode ser influenciada por fatores diversos, entre eles temos motivos ligados à doença, ao tratamento, ao paciente, às condições sociais e econômicas, como também, relacionada ao sistema de saúde que o atende, estes resultados estão expressos nos seguintes dados referente ao ano de 1996 a 2010. Não houve recusa para iniciação do tratamento, mas houve uma respectiva contra indicação conforme (Gráfico 3), para determinados pacientes, por motivo relacionados ao seu estado imunológico, como os pacientes que apresentaram desnutrição, ou anemia acentuada, infecções agudas ou crônicas, criança menores de 2 anos (imaturidade hepática) e maiores de 70 anos sendo estes pacientes somente tratados se o risco/ beneficio compense o tratamento).

Gráfico 3. Índice do numero de pessoas com Esquistossomose mansoni no município de Januária MG no de 1996 a 2010

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde do município de Januária, MG, Brasil, 2012

    O tratamento Esquistossomose é muito importante, para reduzir as ocorrência de formas graves e óbitos, reduzir a prevalência da infecção e reduzir o risco de expansão da doença, no intuito de evitar a instalação de focos urbanos, é importante manter a vigilância ativa nas periferias das cidades, em virtude do grande fluxo migratório de pessoas procedentes de municípios endêmicos.

    No estudo realizado utilizo o levantamento feito pelo Programa de Controle da Esquistossomose (PCE), em que se observou que houve uma pequena variação referente ao numero de pessoas a tratar é o numero de pessoas tratadas, esta pequena variação comprova que o tratamento foi eficaz, havendo insignificante numero de pessoas que não foram tratada.

Discussão

    A esquistossomose, doença que acompanhou a humanidade desde quando esta habitava preferencialmente os campos, não foi, todavia, debelada com os progressos modernos. De fato, ela se encontra entre as poucas doenças parasitárias cuja distribuição mundial continua a aumentar. O próprio homem, ao modificar em seu benefício o espaço, fornece á doença um habitat novo, por exemplo, com a construção de represas e obras de irrigação13. Mesmo o processo de urbanização permite em seus centros periféricos, sem infraestrutura de saneamento básico e alimentados pelo processo migratório, a escalada da doença em um espaço inteiramente novo, dessa feita, urbano14.

    Os resultados do estudo mostram que os dados do PCE (Programa de Controle da Esquistossomose do município de Januária MG) apresentam uma cobertura insatisfatória pelo fato que os exames realizados na população ser inconstante, como a doença é habitualmente focal, estes dados sugerem que alguns seguimentos dessas população estão sujeita a condições sanitárias que afrontam a dignidade humana e possibilitam a persistência da doença, como e o caso da situação da higiene, índice que reflete o percentual de esgotamento sanitário, tem influencia no grau de contaminação ambiental por ovos de S. mansoni do município.

Considerações finais

    Constatou-se através dos inquéritos epidemiológicos realizados, que os casos de esquistossomose mansoni nos anos de 1996 a 2010, observou-se que houve diminuição dos resulta positivos nos anos de 2005 a 2006 e um grande aumento dos resultados positivos em 2009 e 2010, mostrando assim uma alta prevalência de S. mansoni no município de Januária MG, com alta carga parasitária, demonstrando a necessidade de intensificar a execução das medidas de controle, especialmente aquelas voltadas ao saneamento básico. Concluindo que a Esquistossomose mansoni no município de Januária MG, encontra-se em expansão no território mas com variação no numero de pessoas examinada e localidades, com isso influenciado no numero de caso positivos da pesquisa.

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